Mercado repercute ata do Copom e balanço da Vale

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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As operações no mercado brasileiro prometem ter um tom mais otimista nesta quinta-feira, e um dos pontos que deve influenciar esse desempenho é a repercussão do balanço da Vale, que fechou o primeiro trimestre de 2013 com um lucro líquido de R$ 6,366 bilhões.

 

“A opinião mudou de ontem para hoje. O resultado dela superou um pouco as expectativas, apesar do lucro inferior [ao esperado]”, afirma o analista de investimentos Elad Revi, da Spinelli Corretora. Para ele, por se tratar de uma das blue chips mais relevantes da bolsa, essa percepção deve influir nas negociações de hoje no pregão.

 

Entre os pontos fortes apresentados no balanço e listados pelo analista, estão a melhora da gestão de custos e a mudança na forma de gerenciar o crescimento da empresa, focada em agregar valor e em crescer de forma não tão rápida. “Isso é uma gestão completamente diferente do que se conhece da Vale, e deve dar uma certa guinada nas negociações [de hoje]”.

 

Os mercados também acompanham os números do mercado de trabalho divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontaram uma taxa de desocupação da ordem de 5,7% – considerada a menor para o mês desde o início da série (março de 2002) – e a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que sinalizou as preocupações do colegiado quanto as incertezas internas e externas e seus efeitos sobre o cenário prospectivo para a inflação.

 

De acordo com o documento, os integrantes são favoráveis a uma ação de política que neutralize os riscos que se apresentem no quadro prospectivo, principalmente para o próximo ano, e isso levou a um aumento da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual (para 7,50% ao ano) por seis dos oito diretores do colegiado. Os representantes que defendiam a manutenção da taxa ponderaram que a reavaliação do crescimento está em curso, e sua intensidade pode influenciar favoravelmente a dinâmica de preços domésticos, mas essa visão não foi respaldada pela maioria.

 

 

Na parte de balanços, destaque para os dados trimestrais do Santander, da Klabin e da Arezzo. Às 11h32, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) operava em alta de 0,27%, aos 55.132 pontos.

 

No mercado internacional, as bolsas da Ásia encerraram o dia em direções opostas com setor de construção na China caindo, frente à especulação de que o governo irá retomar o controle sobre os preços dos imóveis, além do início da reunião de dois dias do Banco do Japão.

 

Na Europa, as bolsas avançam devido aos dados do PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido que ficaram acima das expectativas e frente às especulações de uma possível redução dos juros europeus. Já os índices futuros dos Estados Unidos apresentam alta a espera de indicadores de hoje e do PIB que será divulgado amanhã – para os analistas, os dados devem mostrar avanço da economia de 0,4% em 2012 para 3% anualizado em 2013.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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