Abril vende Elemídia e pode desocupar mais 8 andares do poderoso prédio

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Jornal GGN – O grupo Abril está fechando a venda do Elemídia, veículo de comunicação estratégica de mídia exterior, comprado pela Abril em 2010 por cerca de R$ 110 milhões. O novo comprador é o fundo Victoria Partners que conseguiu o negócio por R$ 10 milhões a menos, segundo rumores do mercado.

Os presidentes Giancarlo Civita, Fábio Barbosa e Victor Civita Neto fazem a venda em uma necessidade de corte de gastos e aquisição de dinheiro. O Novo Edifício Abril, conhecido como Poderoso NEA, localizado na Avenida das Nações Unidas, pode perder até oito andares alugados para ajudar nas despesas.

O Elemídia foi adquirido pela Abril em dois pagamentos, um em 2010, por R$ 80 milhões referentes a 70% do negócio, e outro em 2012, quando o grupo pagou mais R$ 30 milhões para arrematar o restante da família Forjaz.

Desde que faz parte do NEA, o veículo líder no segmento de mídia digital out home da América Latina – com 20 mil pontos de mídia presentes em mais de 80 cidades de 20 estados do país, além de Buenos Aires, na Argentina – traz as marcas das revistas Abril, além de ter ampliado suas parcerias como a ONU, UFC, Pinacoteca, Discovery, entre outros.

Especialistas são unânimes, segundo o portal Brasil 247, em projetar o crescimento da mídia externa e sua valorização comercial. Para efeito de comparação, o portal Terra, com 1,8 mil monitores externos, é deixado em segundo lugar pelo Elemídia.

A medida, aliada ao recente histórico, apresenta a necessidade de caixa do grupo. Dois meses atrás, o grupo teve que abandonar a Abril Educação, vendendo 20% a investidores americanos do grupo Tarpon.

Com informações de Brasil 247.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

23 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1.   Estão vendendo um negócio

      Estão vendendo um negócio LUCRATIVO pra fazer caixa? Pelo visto a situação é muuuito grave. A Abril deveria seguir os “concelhos” de austeridade da Veja, HAHAHAHAHAHA!!!!!

    1. Se for a venda do lucro, então

      se percebe muito bem a competência econômica dessa editora!

      O mais certo seria vender a editora que gera prejuízo  e ficar com essa empresa lucrativa. Assim estariam completamente livres de débitos!!

    1. Deveria meswmo, cobrando os

      Deveria meswmo, cobrando os tributos atrrasados ou soneados e retirando publicidade de suas publicações para ela fechar mais cedo

       

  2. Mas não é esta gente que vive

    Mas não é esta gente que vive afirmando a competência e eficiência da inciativa privada? Parece que o santo de casa não fez milagre.

  3. o curioso disso são esses

    o curioso disso são esses nomes estrambóticos

    e siglas mirabolantes

    que indicam os grupos que compõem

    esse poderoso esquema

    midiático internacional  atualmente.

    memhuma sigla, nenhum nome

    que nos aproxime um milímetro dos nossos interesses.

    daí a ideia comum de que a abril

    tá mais pro pentágono-departamento do tesouro norte-amerixcano

    do que para qualquer instituição  brasileira, fazendo com que o grupo

    jogue contra elas, sempre. .  

  4. Quando a revistinha do esgoto fechar, me avisem.

    A abril só tem um jeito: vender tudo, fechar a revistinha do esgoto, e pedir desculpas. É a única coisa que ela pode fazer de bom.

    Quando a revistinha do esgoto fechar, por favor , me informem. E logo!

  5. Acho que vão sobrar… por

    Acho que vão sobrar… por algum tempo:

    – A Playboy, que é uma espécie de book para que os ‘homens bons” decidam se querem ou não uma noitada com a sub-celebridade da vez… alguns são enganados pelo fotoshop, mas de tanto terem cheirado… nem ligam muito, mas no geral as “meninas” se dão bem, algumas até saltam das páginas da revista direto para a tela da Vênus Platinada, sem escalas.

    – A Veja, até o dia em que alguém resolva fazer uma auditoria nas contas do Governo Paulista que explique como pode faltar água pra população e sobrar peixes graúdos em forma “círculos de leituras nas escolas” para aqueles psicóticos do esgoto.

  6.   Esse é o site da Victoria

      Esse é o site da Victoria Partners: http://www.victoriacp.com/

      Sediados em Bogotá, mas segundo os próprios dados do Fundo 51% dos investidores são da América do Norte e 27% da Europa. Claro que nos dias de hoje isso não quer dizer muito.

      Outro dia a Ed. Abril passou algumas de suas publicações a outra editora. Para ser franco, não sei se essa movimentação é simples downsizing ou se está havendo algum tipo de “reengenharia”. O fato é que o setor de revistas, a razão de ser da Abril até hoje, não tem futuro brilhante.

  7. A paixão pelo jogo político

    A paixão pelo jogo político cotidiano, pela adrenalina dos embates ideológicos, é para o mundo dos negócios um vício mais corrosivo que a própria jogatina por dinheiro. Desequilibra todos os segmentos de uma empresa que lida com informação e que não sabe manter o correto distanciamento entre negócios e conteudo. Enfia entre as engrenagens pedaços de política que emperram e disvirtuam o profissionalismo. Apenas o socorro político obtido por vitórias ocasionais pode aparentemente salvar uma empresa assim, como é o caso das assinaturas de jornais e revistas compradas pelo governo paulista para distribuição em sua rede de ensino. Este já é um sintoma claro do desvio do desempenho empresarial ótimo em concorrência aberta. Ao fim, roída de embaraços letais, só resta a falência.

  8. Ah, sim, só lamento pelo fim

    Ah, sim, só lamento pelo fim do Pato Donald. Será que outra editora continuará publicando? É a revista mais séria daquela editora. Quack!

  9. Não duvidemos na capacidade

    Não duvidemos na capacidade de reinventar-se  dessa mérdia,  sabe-se lá por que meios, quem sabe, ainda pode aparecer um incêndio…………………

    Custa caro se manter na lista da forbes!

    1. Pasadena da Abril foi a TVA

       

      A Abril é vanguarda… A Pasadena dela foi a tv a cabo nos idos dos anos 90.

      Esse negócio, que projetava ser uma mina de dinheiro, foi um poço quase sem fundo para a Abril. Um negócio que precisava de investimento intensivo em infraestrutura para se livrar das limitações do MMDS (micro-ondas) original e ainda tinha uma carteira de assinantes muito reduzida. Sem contar na hesitação, que custou caro, em escolher entre as tecnologias cabo ou satélite.

      Isso nos tempos em que o grupo estava em grande fase, que conseguia captar dinheiro no exterior. E justamente quando a Abril mudou para o imponente NEA, em meados de 1996.

      Mas não teve jeito, tempos depois a Abril teve que vender para a Telefonica depois de enterrar muito dinheiro no negócio e tomar uma surra da Globo e sua NET.

      Ironicamente a Abril, assim como a Globo, foi vítima do príncipe FHC. Todos acreditavam piamente que o dólar continuaria “barato” e fizeram dívidas atreladas à moeda. 

      FHC comprou a emenda da reeleição, reelegeu-se com o apoio maciço da mídia e no acender das luzes do 2º mandato aconteceu o inevitável: o dólar subiu muito, tirando o chão de quem estava exposto em moeda estrangeira.

      Interessante que não foram só empresas endividadas em dólar. Muita gente da brava e desmemoriada classe média também tinha em casa seu carro novo que trazia como equipamento de fábrica um grosso carnê com prestações indexadas ao dólar. E seu lindo e suado carrinho, de uma hora pra outra, não valia metade do que ainda tinha a pagar (não estou sendo irônico, foi triste isso).

      Lembro que comprei um Palio em 97 e, na concessionária, o vendedor não acreditava que eu queria meu carnê em reais. A prestação em dólar era uns 10% mais baixa, mas eu insistia com ele que não, que não ficaria exposto por 4 ou 5 anos a uma variação imprevisível. Sai da concessionária lendo nos olhos dele: “que cara burro!”.

      Apesar de tudo, termos que reconhecer que, nessa época, a Veja ainda mantinha uma certa independência e pegava bastante no pé da eminência parda Eduardo Jorge. Ou será que eu era jovem e ingênuo…

  10. Denúncia barata

    Numa pobreza dessas, imagine só como está barato publicar uma “denúncia” na Veja…

    Acho que vou aproveitar pra denunciar até o cachorro do meu vizinho que late a noite inteira…

    Eles estão se vendendo por qualquer preço!

  11. .

    Nassif, isso é uma péssima notícia. Significa que o poder pautador de Cahoeira aumentará e que o preço de difamação e assassinato de reputação cairá.

  12. Pelamordedeus……………..

    Vê se a Marina, ou o Aécim, vençam esta eleição senão estaremos no mato sem cachorrro!!!!

    Se não tivermos as tetas do governo para mamar, ficaremos pobres, e aí é que o bicho pega!!!!!!!!!!!!!!!

    Mas para meu consolo e de muitos, acredito, esta apenas começando, e atrás dela, é meu desejo que todo o PIG, vá para o abismo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    E já vai tarde!!!!!!!!!!!!!!!!

    Não votei na mídia para me defender, e não dou a ela este direito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  13. A eleição do PT, para a prefeitura de são paulo,

    já está dando resultado (oito andares desocupados!)

    Imagine-se, então, quando o governo estadual mudar de partido!

    Desocupação do prédio todo!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador