Delegado interrogado por compra de votos apreende material de jornalista

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A jornalista Cynthia Blink, da Rede Diário de Comunicação, foi alvo de arbietrariedade por parte do delegado da Polícia Federal Leon Emerich. Segundo informações do jornalista Mário Bentes (ex-repórter e redator do GGN), Cynthia cobria uma audiência de Emerich no Tribunal Regional Eleitoral, onde ele prestou depoimento por compra de votos envolvendo o atual governador do Amazonas, José Melo (PROS), quando teve seu material apreendido à força. O caso também foi relatado pelo Diário do Amazonas.

 

Por Mário Bentes

Quero prestar minha solidariedade à jornalista Cynthia Blink, vítima de abuso de poder e arbitrariedade por parte do delegado Leon Emerich, da Polícia Federal, enquanto ela cumpria seu dever como repórter.

O delegado tomou o cartão de uma máquina fotográfica e, literalmente, arrancou o celular das mãos da jornalista alegando que levaria os equipamentos para a perícia.

O caso ocorreu após o delegado prestar depoimento ao TRE sobre denúncias de compras de votos que envolvem o atual governador do Amazonas, José Melo.

A repórter não sabia da determinação judicial que impedia registros de imagens da sessão. No entanto, o juiz que a presidia não havia determinado nenhum tipo de apreensão, já que as imagens feitas foram apagadas na mesma ocasião.

Importante destacar que o próprio magistrado, em entrevista concedida ao jornal Diário do Amazonas, informou que a apreensão dos equipamentos da jornalista foi feita “à revelia”).

Além do mais, o delegado fez ameaça velada ao afirmar à repórter, após a tal perícia – ilegal, registre-se –, que o aparelho seria monitorado pela PF (grampo? tem mandado?) e que a corporação seria informada se houvesse publicação de imagens referente ao depoimento prestado ao Tribunal.

A postura do delegado fica ainda mais debochada, grosseira e arbitrária justamente porque a Polícia Federal tem tradição em vazar seletivamente informações sobre investigações em andamento. Mas só quando interessa.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Estamos vivenciando uma

    Estamos vivenciando uma ditadura de subordinados de uma presidenta que diz ter sido perseguida por ela em 1964. Tem algo errado aí. Ou será que a perseguição da presidenta em 64 foi igual a de Serra, FHC e outros? Dá a entender! Eu não me lembro de subordinados de FHC perseguindo jornalistas.

  2. Alçada do Ministro da Justiça

    Se o delegado é da PF, é subordinado ao Ministro da Justiça que deve(ria) se manifestar e tomar porovidências imediatas, claro, contra o indigitado delegadinho!

  3. O “Zé” vai mandá investigá.

    O “zé” vai mandar investigar…A jornalista.

    Onde já se viu, afrontar um delegado, fazendo jornalismo sem o consentimento do delegado.

    Quer uma matéria, um furo, umas fotos é so solicitar ao setor de vazamento competente da PF.

    Agora, do jeito que foi feito, sem pedir licença, vira bagunça.

    Tá certo o delegado viu, tinha mais é que prender, ele foi muito indulgente.

    É a nova PF do “zé”.

    É assim que o “zé” gosta; é assim que o “zé” quer.

     

  4. Deram asas às cobras…
    Não é

    Deram asas às cobras…

    Não é a imprensa que santifica todos os dias os “valorosos” delegadinhos da PF?

    pois é, colham os frutos.

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