O plágio da Veja

O GVO, ou Global Voices, é um site com jornalistas do mundo inteiro empenhados em apresentar visões alternativas à da grande mídia.

No dia 29 de dezembro, Aysesha Saldanha escreveu uma reportagem sobre blogs palestinos descrevendo o clima em Gaza. (clique aqui)

Na edição de 5 de janeiro, a revista Veja publicou a reportagem “Blogueiros narram drama da guerra em Gaza”, chupando integralmente as informações do GVO. (clique aqui)

A matéria saiu assinada por um jornalista da Veja. Não foi dado crédito ao autor da pesquisa, menos ainda ao site GVO.

Integrantes do GVO pedem que se divulgue esse episódio, de uma revista comercial de alta tiragem se apropriando do trabalho de voluntários.

Luis Nassif

63 Comentários

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  1. Mais uma comprovação de que a
    Mais uma comprovação de que a Ética deixou de fazer parte dos negócios da empresa, sejam eles venda de livros escolares, reportagens sobre política, processos judiciais, divulgação de produtos culturais, etc,etc,etc…
    Mas a falência da sua credibilidade já começa a cobrar o preço e o Outono em (na) Abril será inevitável.

  2. Cara, que vergonha! A única
    Cara, que vergonha! A única parte do texto que não é plágio (pelo menos da GVO) é o outro lado, ou seja, como Israel e seus simpatizantes utilizam a internet para difundirem a sua visão da guerra. E não custava nada citar a fonte, que a matéria ficaria boa.

  3. A Veja é caso de tribunal
    A Veja é caso de tribunal penal brasileiro e internacional, haja vista o seu impregnado anti-nacionalismo, preconceitos e até mesmo racismo contra os povos do terceiro mundo (vide apoio incondicional ao genocídio que israelenses estão fazendo na palestina) .
    Aliás, eu acho que os latrocídas israelenses estão testando até onde vai a indignação dos humanos com esta carnificina, para brevemente fazer uma barbaridade muitíssimo maior (talvez ataque nuclear ao Irã) .

    Saudações !

  4. Nessas horas é que pergunto:
    Nessas horas é que pergunto: onde anda a Fenaj com seu Código de Ética? Se parasse algumas horas de fazer lobby das empresas-escolas de Comunicação e olhasse para o comportamento da categoria que deveria representar e defender éticamente, esse tipo de “roubo” seria punido.
    Mas estou sendo tolo. O rapaz da veja, autor da chupada, é diplomado, portanto não está nas preocupações da Fenaj.

  5. Se pesquisar, vai encontrar o
    Se pesquisar, vai encontrar o outro lado, ou seja a visão de israel, plagiado de algum lugar.

    O Sr. Roberto Cívita perdeu completamente a vergonha.

  6. Em recente artigo para a
    Em recente artigo para a Falha, digo Folha de São Paulo, o ‘articulista’ JOÃO PEREIRA COUTINHO escreveu, em 06 de janeiro de 2009: “Imaginem os leitores que, em 1967, o Brasil era atacado por três potências da América Latina. As potências desejavam destruir o país e aniquilar cada um dos brasileiros”. E por aí vai seu argumento….

    MAS, o Azenha (http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fisk-testemunha-a-eficacia-da-propaganda/) deu a dica: Bob Fisk chamou a atenção para o artigo do Lorne Gunter, no jornal canadense National Post (http://www.nationalpost.com/opinion/columnists/story.html?id=8680d5d4-58d6-4c14-9097-814c5a880820&k=50184). O artigo, publicado em 29 de Dezembro de 2008, inicia: “Suppose you lived in the Toronto suburb of Don Mills and people from the suburb of Scarborough — about 10 kilometres away — were firing as many as 100 rockets a day into your yard, your kids’ school, the strip mall down the street and your dentist’s office”. Ele descobriu que várias pessoas, em vários órgãos de imprensa, estão utilizando a mesma linguagem e argumentos!

    Bob Fisk continua: “(…) The Irish Times e lá está uma carta do embaixador de Israel na Irlanda, dedicado a explicar ao povo da República da Irlanda como é viver sob ataque dos foguetes palestinenses. Já adivinharam? Acertaram. “O que vocês fariam”, Zion Evrony pergunta aos leitores, “se Dublin vivesse sob bombardeio de 8.000 foguetes e morteiros…”

    E mais ainda: “La Presse, em francês, de dois dias antes (…) lá está matéria assinada por 16 destacados intelectuais pró-Israel, escritores, economistas, professores, na labuta para explicar como é viver sob ataque dos foguetes palestinenses: imagine por um instante que as crianças de Longueil vivam sob permanente terror, dia e noite, que as lojas, os escritórios, hospitais, escolas, sejam alvo permanente de terroristas que vivam em Brossard.”

    A figura do ‘articulista’, além de reproduzir, como uma marionete bem treinada, as idéias e argumentos da propaganda internacional em defesa de Israel, ainda acrescenta a seu artigo uma pérola. Imaginando o país sendo atacado por 300 mísseis uruguaios, diz ele: “Pergunta: o que faz o presidente do Brasil? Esqueçam o presidente real, que pelos vistos jamais defenderia o seu povo da agressão”.

    Isto é sintomático e perigoso: não gostaria que se misturassem a defesa da invasão de Gaza com a política anti-Lula. Quem faz isto só pode ser um canalha oportunista, além de… bem, deixa pra lá…

    É isso.

    Em Tempo: Somente para contra-ponto, vou reproduzir o que Marcel Hark Maciel escreveu no Azenha (http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fisk-testemunha-a-eficacia-da-propaganda/):

    “Imagina que vc viva, digamos, em São Paulo. Sua família e amigos vivem e trabalham lá há gerações. Daí, na região de Pinheiros se estabelece uma pequena colônia de, digamos, suiços. Os suiços estão tendo problemas graves na Suiça, então começam a imigrar em número massivo para este bairo. Como tem dinheiro, começam a comprar todos os imóveis da região para alojar mais suícos. Compram também empresas locais para que os suíços trabalhem. Alguns de seus parentes perdem o emprego e as casas, e pode ser que vc tenha que ajudar uns tios ou primos seus. Mas daí, chegam mais suiços, não dá mais para somente comprar as casas e as empresas, então os suíços, com o dinheiro que tem, formam milícias e começam a expulsar alguns dos seus amigos de casa, queimar suas lojas e empresas, para que assim tenham mais espaço para mais suiços. Nesta hora, vc já perdeu vários amigos, talvez um primo, e dois irmãos. Seus amigos restantes formam uma gang armada para lutar contra os suiços, e a violência cresce. É neste momento que as Nações Unidas declaram que São Paulo é agora um país Suiço. Seus antigos colegas de trabalho pegam em armas para resistir. Seu bairro é arrasado em represália, e seu filho mais novo assiste sua esposa ser estuprada na volta da escola. Você olha para o lado, e tem uns pedaços de pau e algumas pedras. O que vc faz?”

  7. Agora tá é assim ? “Viva a
    Agora tá é assim ? “Viva a esculhambação e o resto que se f***” ?

    Nassif eu mandei o seu texto para o blog do azenha, pedindo que ele seja veiculado. Ele eu sei que dará o crédito do texto.

  8. Que coisa feia isso! Não é
    Que coisa feia isso! Não é crime?!

    Será que o Daniel Dantas está regulando financiamento para a VEJA?

    O Lauro Jardim, que só faz fofoca, bem que podia revisar isso, ou algum dos “leitores anônimos” do Reinaldo Azevedo. Isso aí é muito pior que os erros de português que a VEJA gosta de achar para desqualificar os outros.

  9. Vejam o site da Carta Capital
    Vejam o site da Carta Capital desta semana. Eles demolem com um articulista português que fez o mesmo tipo de uso de “história hipotética”. Parece que a orquestração desse tipo de baboseira é mundial…

  10. Isso poderia servir para mais
    Isso poderia servir para mais um capítulo da série “O caso veja”?
    A propósito aqui vai uma crítica minha, não gostei do link do caso Veja ficar tão abaixo na página, quase que, como escondido.

  11. Veja bem, Nassif, as coisas
    Veja bem, Nassif, as coisas provavelmente não são o que parecem. É bem provável que tudo não passe de um erro de revisão de algum funcionário relapso… :0)

  12. Devemos apoiar tal iniciativa
    Devemos apoiar tal iniciativa da revista Veja, afinal a qualidade vai melhorar. Até eles se deram conta que já tinham ido por esgoto abaixo.

  13. Olha só, um dia lendo uma
    Olha só, um dia lendo uma reportagem no Washington Post sobre declarações racistas feitas logo em seguida à eleição de Obama, resolvi procurar mais informações sobre um personagem citado.. Encontrei uma citação no ‘O Globo”. No fundo era uma tradução da matéria do Post sem citar a fonte e na maior cara de pau assinada “O Globo”. Como estamos em tempos de internet saquei o meu e-mail e entrei em contato com o jornalista.

    Pelo jeito deu certo. Agora o “O Globo” enfiou a frase “como mostra reportagem publicada nesta terça-feira pelo “Washington Post”” Parece que autor da matéria fez valer seus direitos. Mas de qualquer forma, a matéria continua sendo a tradução escancarada.

    Vejam só: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/11/11/com_eleicao_de_obama_europa_mostra_face_racista-586345983.asp

    http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/11/10/AR2008111002810_pf.html

  14. Como foi na calada da noite,
    Como foi na calada da noite, seria furto. Mas a violência de subtrair a matéria-prima da informação a caracterizaria como roubo mesmo.
    Não me surpreende.
    Recomendação: não assine, não compre, não atenda a tal da revista veja.

  15. não me surpreende essa
    não me surpreende essa atitude da veja. como leitora do inglês guardian, economist, independent, etc, ao ler muitas notícias nacionais sobre os temas internacionais passou, regularmente, a me soar um plágio, digamos, inocente do que esses outros jornais disseram anteriormente. o que parece é que muitos jornalistas aqui “chupam” as matérias dos demais jornais e as transcrevem, no entanto um pouco mais escancarado do que aquilo aprendido na escola como paráfrase. uma pena. no caso da veja, é uma vergonha. como veículo de comunicação, com a infeliz influência nacional que detém, ao cometer tal desrespeito à “liberdade de imprensa” mundial incentiva a falta de responsabilidade e legitimidade com o papel do jornalismo, o de informar genuinamente.

  16. Não foi a VEJA que publicou
    Não foi a VEJA que publicou matéria dizendo que os JUDEUS, são mais inteligentes que os outros seres humanos? Que os genes de judeus eram superiores?

    “Uma teoria que explica
    os gênios judeus

    Estudo diz que brilho intelectual
    de tantos judeus pode ser produto
    da seleção natural ”

    É tanta incoerência, tanto racismo.

  17. Os neocons (neoconservadores)
    Os neocons (neoconservadores) da Veja sempre foram mesmo um plágio dos neocons da Fox News. A versão impressa e tupiniquim dos reacionários estadunidenses. Era isso o que FHC queria dizer com a “expressão interna da dependência”, um grupo que aliás ele (FHC) cortejou, abrindo assim o caminho para o reforço dessa mesma dependência. PSDB, Veja, FSP, Estadão: uma corja de entreguistas, deslumbrados com essa esdrúxula combinação que é o imperialismo com desigualdade social ao extremo

  18. Não teve plágio nenhum. É só
    Não teve plágio nenhum. É só comparar as reportagens. A Veja citou os blogs como fonte de informação. Não há cópia do texto. apenas aproveitaram as informações e citaram a fonte.

    Este blog vive transcrevendo matérias de outros iornais, igualmente citando as fontes, e nunca foi acusado de plágio.

    Obs: não sou leitor da Veja

    A matéria é sobre blogs. O que a revista fez foi copiar a matéria de um outro autor, mencionando os mesmos blogs e os mesmos trechos dos blogs. Ela plagiou a matéria sobre os blogs, não os blogs – que eram a razão de ser da matéria.

  19. alias, um dado interessante
    alias, um dado interessante que precisa ser aprofundado e que releva ainda a importancia dos blogueiros e da internet, eh o fato de a grande midia estar meio copiando as pautas e as materias boladas pelos blogueiros…que permitem no minimo que alguns bons jornalistas ainda da dita grande midia produzam algo que tenha a ver com a realidade e a verdade, talvez dando o drible da vaca nos mais renitentes conservadores (nao eh o caso da veja, que deve estar tao desesperada que so resta a ela copiar, ja que perdeu o rumo depois de tanto tempo perdido em suas craquentas crueldades mentais)….

  20. Nassif, nesse caso a culpa é
    Nassif, nesse caso a culpa é não só do reporter espertalhão? Alguém da redação teria que ter revisado o que ele escreveu para verificar se foram citadas as fontes corretas?

    Veja tem uma estrutura quatro vezes maior do que a necessária para produzir aquela quantidade de conteúdo. Acima do repórter tem o editor – incumbido de analisar quatro ou cinco matérias por semana. Depois, o diretor de redação, fora os checadores de informação.

  21. A Veja é uma revista para
    A Veja é uma revista para quem nao lê . . . . . O leitor de Veja nao escuta absolutamente nada, é um preguiçoso, nao quer esquentar a cabeça com nada, nao quer pensar . . . . . é a água com açucar para as ante-salas de dentistas, medicos etc . . . . . por isso eu acho que a revista nunca vai acabar, ela diminui diminui mas tem um ponto do qual nao passa, é essa massa de ignorantes que quer passar um verniz se disendo informados . . . .

  22. Há muito que nada mais que
    Há muito que nada mais que venha da “Caolha” me surpreende.

    Ela, com plágio ou sem plágio, virou caricatura.

    .

  23. De vez em sempre sai alguma
    De vez em sempre sai alguma coisa negativa sobre esse semanário chamado veja. Será que o consumidor deste lixo não acredita que eles são inescrupulosos a esse ponto ou compram pra enfeitar mesas de salas de recepção?

  24. Bem, pela explicação dada a
    Bem, pela explicação dada a pergunta de um colega mostra-se que não só o repórter que produziu a matéria é uma pessoa desonesta profissionalmente como os seus superiores são coniventes. No CPP, ao envolver servidores públicos, isso se chama condescendência criminosa e, quando da bobagem do mensalão, a mesma Veja e diversas outras exigiram que o Lula fosse condenado por isso ao acobertar os supostos mensaleiros.

    E onde estão os órgãos que deveriam fiscalizar a imprensa? São condescendentes também?

  25. “Onde está o efeito estufa
    “Onde está o efeito estufa ?

    A propósito da matéria da tal revista o blog da Metsul detona, com argumentos técnicos, a reportagem do jornalista “profissional mal informado”.

  26. Vamos deixar o pobre do André
    Vamos deixar o pobre do André Pontes em paz!

    O que ele fez não foi nada mais do que preservar as fontes, prática tão em voga na nossa nobre imprensa, independente, livre e responsável

    Ou será que só a Andréa Michael pode exercer sua profissão tão eticamente?

  27. LN,

    Dizer que a VEJA se
    LN,

    Dizer que a VEJA se apropriou de matéria alheia virou redundância ou como vocês jornalistas denominam “cozidão”, né?

  28. Talvez essa seja a única
    Talvez essa seja a única forma encontrada pela revista de melhorar seu conteúdo (rs…).

    Mas é preciso também ter caráter e inteligência. Caráter, por motivos óbvios e inteligência para saber que um mau-caratismo desses não passaria desapercebido.

    Nassif

    Ler seu blog não tem preço. Além do seus posts, levamos de brinde vários comentários inteligentes e bem-humorados. “Veja é a mais vendida” é impagável!

    🙂

  29. Nada me assusta quando sai da
    Nada me assusta quando sai da Veja. Veja é a cara dos seus leitores, uma revista de roupão, quadrada, anêmica, moralista e infeliz. Quem lê veja merece ser enganado.

  30. Nassif, não sei como a
    Nassif, não sei como a informação vazou para você. Mas, o plágio do texto da Ayesha foi feito a partir de uma tradução minha. Ou seja, o dito jornalista da Veja copiou a tradução que fiz do texto da Ayesha. É uma pena que a notícia tenha se espalhado dessa forma sem que me consultassem. Acredito que foi uma ação precipitada e infantil.

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