Integrantes do MTST protestam em shoppings de São Paulo por direito de fazer rolezinho

São Paulo – Um grupo de pelo menos 200 militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) faz um protesto desde as 18h20 de hoje (16) em frente ao Shopping Jardim Sul, zona sul de São Paulo. O ato é em apoio aos chamados “rolezinhos”, encontros que têm sido promovidos, desde dezembro de 2013, por jovens da periferia em centros comerciais da cidade.
 
O shopping foi evacuado por volta das 17h30 e todas as áreas de acesso bloqueadas com grades. O centro comercial também reforçou o seu corpo de seguranças para impedir a entrada dos manifestantes. O ato ocorre simultaneamente a outro protesto, no Shopping Campo Limpo, na mesma região.
 
Em 21 de dezembro, o Shopping Campo Limpo já havia sido alvo de um rolezinho. Na ocasião,  pelo menos oito homens da Força Tática da Polícia Militar entraram com armas carregadas com munição de balas de borracha e com granadas de gás no estabelecimento, que estava cheio em razão do Natal. Os policiais chegaram a abordar grupos de jovens dentro do centro comercial, que acabaram abandonando o local. 
 
Segundo a coordenadora estadual do MTST, Ana Ribeiro, o movimento decidiu apoiar os rolezinhos porque entende que os jovens estão reivindicando cultura para a periferia. “A gente está em uma luta por moradia na periferia, mas isso é uma luta imediata. Tudo que tem relação com a cidadania do povo da periferia a gente apoia”, disse.
 
Os manifestantes que participam do ato no Shopping Jardim Sul são, em sua maioria, moradores das ocupações Faixa de Gaza, em Paraisópolis, e Capadócia, no Campo Limpo. No Shopping Campo Limpo, os participantes são moradores das ocupações Vila Nova Palestina, no Jardim Ângela, e Dona Deda, no parque Ipê, todas na Zona Sul de São Paulo. 
 
Redação

2 Comentários

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  1. Aristóteles disse algo que

    Aristóteles disse algo que não é BOM PARA O PIG!

    “O Homem é um animal político!”

    O PIG não quer politização da população!

  2. Está cheio de gente se

    Está cheio de gente se infiltrando nesses movimentos dos sem teto. Sabem, de antemão, quais as áreas a serem desocupadas, e lá se instalam para depois reivindicarem direitos a moradia como os autênticos ocupantes do espaço. Vi um desses grupos acampado na frente do DETRAN em Santana, e soube, por uma noradora local, que não eram moradores originários da área recém desocupada, embaixo de uma ponte da marginal Tietê, mas sim, pessoas que lá tinham se instalado recentemente, ou seja, oportunistas. Não sei se o movimento dos sem teto cadastra seus integrantes. Se sim, deve verificar-lhes as condições, como o tempo que tem de moradia em São Paulo e no local que ocupam.  Se não fizerem isso muito bem, descaracteriza todo movimento, que no fim passa a ser instrumento de manipulação e distúrbio demográfico na cidade, estimulando movimentos migratórios até de outros estados. 

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