No Twitter, Bolsonaro é criticado por 54% e apoiado por 25% durante Roda Viva

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O comando do programa Roda Viva, da TV Cultura, anunciou ainda no ar que, “graças aos seguidores” de Jair Bolsonaro, a entrevista na noite de segunda (30) ocupou o primeiro lugar no ranking mundial do Twitter. O candidato à Presidência do PSL abriu um sorriso entusiasmado na hora em que ouviu a notícia, mas a pesquisa divulgada pela DAPP/FGV no dia posterior mostra que Bolsonaro, ao contrário do que imaginou, foi mais rejeitado do que apoiado na rede social.
 
Segundo o estudo, mais de 54,2% das contas em interação dispararam mensagens contrárias ao deputado. Essa massa é ilustrada pela cor laranja no gráfico acima. O segundo maior grupo, em verde, reuniu 26% dos perfis que demonstraram apoio a Bolsonaro. Também foram identificados dois grupos menores (rosa e cinza), com quase 5% dos perfis, cada. A presença de robôs não foi significativa na análise, diz a DAPP.
 
“O grupo laranja é menos coeso que o verde e apresenta perfis heterogêneos. De forma geral, o grupo laranja critica fortemente o deputado por causa de seus posicionamentos, considerados pelos usuários como preconceituosos. Por conta disso, houve fortes críticas relacionadas à sua exaltação da ditadura. O tuíte mais compartilhado no grupo ridiculariza uma fala de Bolsonaro na qual o deputado disse que os portugueses “nem botavam o pé na África”. O segundo tuíte com maior destaque foi o primeiro de uma sequência de mensagens criadas por um escritor e publicitário que dá dicas de como derrotar Bolsonaro nas eleições de 2018. Muitas postagens no grupo também ironizam os conhecimentos do deputado federal e dizem que ele não deveria concorrer à Presidência, e sim estudar para o ENEM dada a sua suposta falta de conhecimentos gerais”, explicou.
 
“O grupo verde, por sua vez, demonstra apoio a Bolsonaro e é composto majoritariamente de perfis alinhados à direita. O grupo exalta a performance do deputado na sabatina e direciona críticas aos entrevistadores do programa — citam especialmente a fala de uma das entrevistadoras sobre voto impresso e o uso Wikipedia como fonte por outro. Os usuários defendem ainda as posições do pré-candidato a respeito das minorias e ironizam aqueles que buscam soluções menos autoritárias para a segurança. Parte das publicações do grupo também demonstra apoio a Bolsonaro por oferecer uma contraposição à esquerda no país.”
 
“Em proporção muito menor, o grupo cinza demonstra preocupação sobre como o jornalismo tem lidado com Bolsonaro, o que, segundo os usuários, poderia culminar na eleição do pré-candidato. No principal tuíte do grupo, um usuário reclama da ênfase das perguntas nas controvérsias de Bolsonaro, e não em suas propostas, o que daria força para o pré-candidato, que sabe responder sobre polêmicas, mas não falar de forma concreta sobre o futuro. Já o grupo rosa demonstra oposição a Bolsonaro de forma similar ao grupo laranja, mas com um debate puxado primordialmente pelo perfil @sincerojesuis, que faz postagens em tom jocoso contra Bolsonaro.”
 
Entre as 20h do dia da sabatina no Roda Viva e as 8h da manhã seguinte, o Twitter registrou 717,3 mil mensagens sobre Bolsonaro, uma média de 60 mil tuítes por hora. “O volume registrado em 12 horas é equivalente a cerca de 65% das menções sobre o presidenciável computadas nos sete dias anteriores (de 23 a 29 de julho). O pico de referências ocorreu por volta das 23h, quando foram registradas aproximadamente 40% das menções e uma média de 4,6 mil tuítes por minuto.”
 
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Com informações da DAPP/FGV (Diretoria de Análises de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas)
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. A grande conclusão é que os Robôs da Alckmin são 3 vezes mais..

    A grande conclusão é que os Robôs da Alckmin são 3 vezes mais eficientes do que os Robôs do Bolsonaro.

    Qualquer medida de qualquer coisa como popularidade via qualquer meio eletrônico é pura falsificação.

    O mercado da Internet é um mercado não regulamentado, então tudo é vendido e comprado neste mercado, até simpatia e antipatia, quem paga mais leva.

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