Intenção de consumo do paulistano volta a subir em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Depois de seis meses consecutivos de retração, as famílias paulistanas voltaram a demonstrar maior disposição para as compras – tanto de produtos como de serviços: em setembro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), alcançou 109,4 pontos no mês, 1,4% a mais do que o valor registrado em agosto, quando apresentou 107,9 pontos: a menor pontuação histórica da pesquisa.

O destaque positivo ficou por conta do indicador Perspectiva de consumo, com alta de 4,1%, voltando a ficar acima da linha de indiferença (100 pontos), com 102,3 pontos. No mês anterior, esse mesmo item alcançou 98,3 pontos, seu mais baixo valor histórico. Outro segmento que apresentou alta foi Momento para duráveis, com crescimento de 2,8%, mas, ainda assim, não registrou melhora considerável, ao atingir apenas 93,4 pontos, o que reforça a insegurança das famílias na aquisição desse tipo de bens, como por exemplo, a compra de automóveis.

Ainda entre os indicadores que registraram altas estão os relacionados ao emprego. O segmento Emprego atual – o mais bem avaliado do ICF no mês – teve leve aumento de 0,9%, aos 127,1 pontos. Já Perspectiva profissional variou positivamente 2,2% com relação ao mês anterior, chegando aos 115,1 pontos. O item Renda Atual, que conclui os indicadores que cresceram em setembro, registrou alta de 1,7%, chegando a 123,1 pontos.

Com relação à faixa de renda salarial, tanto as famílias com renda de até dez salários mínimos quanto as com orçamento superior a esse valor demonstraram maior disposição para consumo, com aumento, nos dois casos, de 1,4% ante agosto, registrando 111,9 e 102,2 pontos, respectivamente.

Dois dos sete indicadores analisados apresentaram retração sobre o mês anterior: Acesso ao crédito – com baixa de 1,2% aos 121,9 pontos; e Nível de consumo, com baixa de 0,5% aos 82,9 pontos – ambos registraram a menor pontuação da série histórica.

Ainda que no mês a maioria dos segmentos tenha registrado alta, no comparativo anual, o ICF apontou retração de 11,7%, sendo esta a 21ª queda seguida.

De acordo com os assessores da Fecomercio, “o ambiente econômico está desfavorável para o consumidor, com os preços de alimentos e bebidas pressionando o orçamento doméstico e os juros altos encarecendo produtos e financiamentos. Assim, as famílias paulistanas estão adotando posicionamento mais defensivo, priorizando quitar dívidas a contratar crédito”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. ????

    Desculpas, mas tenho assistido, lido e ouvido em certa imprensa, e em certos programas eleitorais, que o país está em uma crise “sem precedentes”,  com inflação descontrolada e em recessão. No entanto o post fala que está tudo ao contrário justamente no local que esta imprensa reverbera mais. É uma peça de ficção, uma pegadinha ou algo assim ? /sarc

     

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