Varejo tem vendas 7,8% menores em relação a 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O total do volume de vendas no varejo brasileiro apontou queda de 7,8% em novembro na comparação com o visto no mesmo mês de 2014, oitava taxa negativa seguida nesse tipo de comparação e a mais acentuada desde março de 2003 (-11,4%), segundo a série sem ajuste sazonal divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em novembro de 2015, o volume de vendas do comércio varejista avançou 1,5% sobre o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Nessa mesma comparação, a variação na receita nominal foi de 2,3%. Para o volume de vendas, a segunda variação positiva consecutiva na margem contribuiu para interromper a trajetória de queda no indicador de média móvel trimestral (0,6%), observada desde dezembro de 2014. Para esse mesmo indicador, a variação da receita nominal permanece positiva em 1,3%.

Mesmo com o avanço dos dados mensais, os resultados continuam negativos para o volume de vendas no acumulado de janeiro-novembro de 2015 (-4%) e para os últimos 12 meses (-3,5%). A receita nominal, para essas mesmas comparações, mantém-se no campo positivo, com variações de, respectivamente: 1,4%; 3,3% e 3,6%.

Na análise mensal (série ajustada sazonalmente), o acréscimo de 1,5% do volume de vendas atingiu cinco das oito atividades que compõem o varejo. Os principais destaques vieram de móveis e eletrodomésticos (6,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,1%). Os desempenhos destes segmentos em novembro indicam um movimento de antecipações de compra para o Natal, fato já observado em anos anteriores. As demais taxas positivas foram registradas em: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,6%). Vale registrar o expressivo aumento de 17,4% em equipamentos de escritório, informática e comunicação.

Por outro lado, entre as atividades com redução no volume de vendas, em relação a outubro de 2015, figuram hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%); livros, jornais, revistas e papelarias (-0,7%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor varejista mostrou queda de 7,8% em novembro de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos entre as atividades que compõem o comércio varejista. Entre as atividades, a redução no volume de vendas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-5,7%) exerceu o principal impacto negativo na formação da taxa geral, seguido por móveis e eletrodomésticos (-14,7%); tecidos, vestuário e calçados (-15,6%) e combustíveis e lubrificantes (-12,0%). Esses quatro setores juntos respondem por mais de 90% do resultado global para o varejo.

As demais atividades que registraram taxas negativas praticamente não tiveram influência significativa no resultado interanual do volume de vendas em novembro: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-4,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-18,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,6%). Por outro lado, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com avanço de 2,0% frente a novembro de 2014, foi o único a exercer pressão positiva.

Na passagem de outubro para novembro de 2015 (série com ajuste sazonal), as vendas no varejo foram positivas para 19 das 27 Unidades da Federação, com as maiores taxas de variação sendo observadas no Pará (3%) e Roraima (2,9%). Por outro lado, Amapá (-2,9%) e Paraná (-1,6%) formaram os estados com recuos mais acentuados nessa comparação.

Frente a novembro de 2014 (série sem ajuste sazonal), o comércio varejista registrou queda em 26 dos 27 estados para o volume de vendas, com destaque em termos de magnitude para: Amapá, com -27,4%. Somente Roraima (4,0%) apresentou aumento do volume das vendas em novembro. Quanto à participação na composição da taxa negativa do varejo, destacaram-se, pela ordem: São Paulo (-6,0%); Rio Grande do Sul (-10,9%), seguido por Paraná (-10,0%) e Santa Catarina (-11,3%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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