A incrível experiência da UNIFESP Zona Leste

Nassif e amigas/os, para amplo conhecimento e participação.

Abraços, Gustavo Cherubine.

MENSAGEM DO MOVIMENTO

Prezad@s  Amig@s. Vai aqui um grande convite:
 
“A Universidade Federal já está chegando na Zona Leste pelos CURSOS DE EXTENSÃO”.
Dia 4 de Fevereiro de 2011, Sexta Feira, às 9,00 horas, mais uma reunião para dar passos na implantação dos “CURSOS DE EXTENSÃO”.  Nesta reunião vamos contar com a presença da Pró-Reitora de Extensão da UNIFESP: Profa. Dra. Eleonora; com o Diretor da UNIFESP de Guarulhos/Pimentas: Prof. Dr. Marcos Cezar e a equipe de Extensão da UNIFESP Vila Mariana.
A reunião será no Salão da Igreja São Francisco, Rua Miguel Rachid, 997, Ermelino Matarazzo.
Falar com Luis: 7194.2246; ou [email protected]
* Qual o  grande passo nesta reunião?: começar a implantar CURSOS DE EXTENSÃO NA ZONA LESTE em conjunto com a UNIFESP-GUARULHOS/PIMENTAS.
Por favor, repassem este convite para todos e todas.
Um abraço e até 4 de Fevereiro de 2011, 9,00 horas da manhã.
MOVIMENTO DE IMPLANTAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL NA ZONA LESTE.
 
Quais as 20 propostas dos Movimentos, Entidades e Comunidades da Zona Leste para o “CAMPUS AVANÇADO DE EXTENSÃO NA ZONA LESTE E ALTO TIETÊ?”         {Planície do Alto Tietê!}
 
PRIMEIRO:  Deixamos aqui algumas propostas para dialogar com a UNIFESP sobre os seguintes CURSOS DE EXTENSÃO na Zona Leste em 2011. O que será possível fazer em 2011? A Zona Leste tem mais de 4 milhões de habitantes; mais de 40% da população da Cidade mais rica do Brasil; 11 SubPrefeituras, ou seja, 11 grandes cidades de 400.000 habitantes. No Alto Tietê temos uma série de Cidades: Guarulhos: mais de 1.200.000 mil; Mogi: 387 mil; Itaquá: 321 mil; Suzano: 262 mil; Ferraz: 168 mil; Poá: 106 mil; Arujá: 74 mil; Santa Isabel: 50 mil; Biritiba: 28 mil; Guararema: 25 mil; Salesópolis: 15 mil.  A região da PLANÍCIE DO ALTO TIETÊ (Zona Leste-Alto Tietê) significa 15% da população do Estado mais rico do Brasil, mas que convive com índices africanos!!!
Propostas de EXTENSÕES para dialogar com a UNIFESP,4/2/2011:1.   Cursinho Pré-Vestibular para  Jovens e Adultos na Zona Leste e Alto Tietê. Levantamos algumas ENTIDADES que podem abrir as portas para organizar o CURSINHO…2.   Trabalho em Escolas e Entidades sobre Saúde Preventiva com Adolescentes e Jovens. Como também um trabalho com Dependentes Químicos… 3.   Um trabalho com a População Idosa. Muito em breve teremos mais IDOSOS que CRIANÇAS em  São Paulo.
4.   Instalar o Observatório de Pesquisa de Políticas Públicas, Memória e Desenvolvimento Local. Na prática de conquistas de Políticas Públicas é fundamental conhecer os INDICADORES SOCIAIS… Sistematizar a Memória do Povo MIGRANTE/IMIGRANTE E NATIVO da Zona Leste (Memorial) e uma PLATAFORMA DE TECNOLOGIA SOCIAIL na PLANÍCIE DO ALTO TIETÊ. (Ler o texto-proposta para um grande diálogo, do Prof. Marcos Cesar, Diretor da UNIFESP-Guarulhos/Pimentas).5.   Cursos de Extensão para JOVENS no PRIMEIRO Emprego. Na Zona Leste e Alto Tietê temos milhares e milhares de Jovens SEM ESCOLA E SEM TRABALHO… ou em Sub-Emprego… Ou no…
6.   Cursos de Arte e Cultura na Zona Leste. Muitas Entidades e Movimentos estão interessados na ARTE/CULTURA e abrem as portas para desenvolver os trabalhos.
7.   Cursos de Esporte.8.   Cursos com Mulheres na Zona Leste. Guainazes é um dos Bairros mais violentos contra as mulheres…
9.   Trabalho com Deficientes. A ACDEM trabalha em 5 Casas com quase 600 Famílias que tem pessoas com Deficiência.
10. É urgente na Zona Leste e Alto Tietê um CENTRO DE CONTROLE da qualidade dos alimentos. Aqui temos o cinturão verde… Que alimentos o povo consome… que qualidade?… Vejam agora na Alemanha a contaminação dos frangos… O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, inclusive de muitos agrotóxicos proibidos em vários países. O Brasil é o campeão de impunidade diante dos agrotóxicos…O importante é MERCADO DO LUCRO!!!!! As Abelhas estão desaparecendo…  URGE UM LABORATÓRIO de acompanhamento dos alimentos. Sim? Não?
11. Que a UNIFESP crie canais de Comunicação: Rádio, Jornal, Televisão, Site… Cursos de Comunicação da Cidadania, das Informações necessárias da Saúde, Segurança, contra a Violência da Mulher, Comunicar cidadania plena todos os dias!
12. Conselho Tutelar: que a UNIFESP promova cursos, capacitação e principalmente acompanhar em PESQUISA QUAIS OS CASOS MAIS ATENDIDOS nos Conselhos Tutelares… É fundamental estas informações para direcionar as Políticas Públicas…
13. PLATAFORMA DE TECNOLOGIA SOCIAL: O Prezado Prof. Marcos César, escreveu um texto sobre a PTS: PLATAFORMA DE TECNOLOGIA SOCIAL NA PLANÍCIE DO ALTO TIETÊ. É um texto aberto para um profundo diálogo, pois estamos construindo um processo NOVO: implantar as EXTENSÕES. A prezada Pró-Reitora Profa. Dra. Eleonora, os Professores, Médicos, Mestres e Pesquisadores/as… estarão inaugurando um nascimento concreto da UNIVERSIDADE FEDERAL DA ZONA LESTE em articulação com o Alto Tietê. Nossos agradecimentos e muito trabalho!!!  
 
 
Na reunião de 27/1/2011, com cerca de 200 participantes, foram levantadas novas propostas… Algumas estão aqui do 14 ao 20…
14. Economia Solidária: (Renato)
15.  Matérias no Ensino Superior de Ética, Cidadania, História da Cultura Negra Afro-Brasileira e Africana, Lei 10.639-3, cfr Estatuto Igualdade Racial
16. Meio Ambiente: O ar da Zona Leste chega a ter uma diferença de 10 graus mais quente que na Zona Sul…
17. Habitação: milhares de Famílias são vítimas de enchentes…
18. Melhorar 100% o ensino médio:19. Na Zona Leste temos uma grande falta de médicos. Muita falta de psiquiatras, psicólogos…
20. Sistema viário na Zona Leste tem enormes problemas. Transporte Público!
21. Outras propostas:
Informações:  Luis – 7194.4426;  Andersom – 8444.9626;   [email protected]
Proposta: Em maio ou junho de 2011 o 3º. Seminário sobre Observatório de Pesquisa de Políticas Públicas, Memória e Desenvolvimento Local. Sistematizar os indicadores sociais da Zona Leste e Alto Tietê. Dia…. Local…. Horário……
Agendar:
26 de Fevereiro de 2011, Sábado, 9,00 horas: no Salão da Igreja São Francisco de Assis, Rua Miguel Rachid, 997, Ermelino Matarazzo, Zona Leste, Tel: 25464254.
Assuntos da reunião dia 26 de Fevereiro de 2011 com o Prefeito Kassab:
1ª.)= Compra do Terreno da UNIVERSIDADE pelo  Prefeito Kassab.
2ª.)= Cursos da Universidade Federal da Zona Leste. Quais?
3ª.)= Conhecer a LISTA dos Senadores e Deputados Federais que assumiram um compromisso de “EMENDAS”
            para a IMPLANTAÇÃO da Universidade Federal da Zona Leste em 2011, 2012…
4ª.)= Instalação da Escola Técnica Federal na Zona Leste.  A Presidente Dilma prometeu uma ESCOLA
            TÉCNICA FEDERAL A CADA CIDADE DE 50 MIL HABITANTES. Quantas virão para a ZL?
5ª.)= Para debater e decidir: Continuar a luta pela UNESP na Zona Leste em 2011. Vamos ou não…????
 
Leia este texto do Diretor da UNIFESP GUARULHOS/PIMENTAS sobre as Extensões na Zona Leste e Alto Tietê.
Plataforma de Tecnologia Social    (PTS) na Zona Leste e Alto Tietê
* Prof. Marcos César, Diretor da UNIFESP Guarulhos, Pimentas, SP, Alto Tietê. 28/1/2011
1)=As ações de extensão promovidas pela Universidade Federal de São Paulo, se pensadas de modo a abranger a região da Zona Leste e Alto Tietê, ou seja, num espectro de ação que integre o Campus Zona Leste da UNIFESP com o Campus Guarulhos da UNIFESP, abrangendo Ermelino Matarazzo, São Miguel, Itaquera, Lajeado e Pimentas, permitirão à Universidade pode projetar um programa de ação integrada em extensão e pesquisa baseada numa Plataforma de Tecnologia Social (PTS).  Essa PTS permitirá aos atores institucionais envolvidos com o projeto buscar parceiros estratégicos para a sua implementação, fixando metas de curto, médio e longo prazo.
2)=Definição Conceitual de Plataforma de Tecnologia Social:
Plataformas de Tecnologia Social articulam experiências e projetos de extensão universitária com programas de educação não-formal, proporcionando às comunidades participação ativa em processos de reorganização do cotidiano com base em pressupostos obtidos da formação oferecida pela Universidade.
A Universidade compartilha o conhecimento que produz por intermédio da pesquisa sistematizada. A pesquisa universitária praticada nas PTS é denominada pesquisa-ação, que tem características peculiares, adaptadas ao universo da extensão. Trata-se de princípio investigativo que produz conhecimento a partir da base de dados que os próprios programas de extensão geram na dinâmica de atendimento local. Ou seja, trata-se de um programa de produção de diagnósticos sociais com base na intensa escuta da demandas locais.
Cada PTS gera conhecimento e técnicas de ação plenamente apropriáveis pelas comunidades beneficiárias justamente porque esses conhecimentos são produzidos após uma série de oficinas de integração comunitária, que têm metodologia própria para a consulta às populações do entorno institucional.
O conhecimento obtido por meio das atividades de extensão torna-se tecnologia social à medida que o conhecimento produzido com a participação da comunidade torna-se utilizável pelos membros da comunidade nos processos de resolução de problemas cotidianos. Por isso, a Universidade organiza o diálogo com a comunidade de modo a evitar dispersão, excesso de abrangência ou a projeção de expectativas que a Instituição legalmente está impedida de atender. Por isso, a Universidade tem estratégias de ação e opções temáticas que orientam sua inserção e particularizam a “sua” Plataforma de Tecnologia Social.
3)= Essa Plataforma de Tecnologia Social tem a seguinte estrutura:
Método de trabalho:
·      Organiza atividades de pesquisa-ação e extensão com base em dois parâmetros organizadores:
a)    Nascer e crescer nas periferias metropolitanas: programa de extensão que fomenta subprojetos envolvendo crianças e adolescentes, famílias, mães e educadores de creches, bem como profissionais de instituições de guarda, internação, reclusão e saúde de populações infanto-juvenis;
b)   A maturidade e o envelhecimento nas periferias metropolitanas: programa de extensão que fomenta subprojetos voltados para o tema da qualidade de vida nos processos de envelhecimento vividos em condições urbanas específicas, nesse caso, nas grandes periferias urbanas.
·      Organiza redes de integração em extensão em núcleos de acompanhamento das condições de vida, mantendo sempre uma perspectiva geracional de abordagem:
a)    Infância: promovendo a integração entre mestrandos e doutorandos da UNIFESP que pesquisam o tema infância para que seus projetos interajam com crianças e suas famílias situadas na zona de abrangência da PTS;
b)   Juventude: promovendo a integração entre mestrandos e doutorandos da UNIFESP que pesquisam o tema adolescência para que seus projetos interajam com jovens e suas famílias situadas na zona de abrangência da PTS;
c)    Envelhecimento: promovendo a integração entre mestrandos e doutorandos da UNIFESP que pesquisam o tema envelhecimento para que seus projetos interajam com idosos e suas famílias situadas na zona de abrangência da PTS.
 
4)= No âmbito das PTS a Universidade é chamada a exercer um papel formador específico, que diz respeito à formação continuada que se oferece aos agentes individuais e coletivos que, em relação à comunidade, se tornam multiplicadores de conhecimento e estratégias para a resolução de problemas. A PTS mantém um processo de formação para a ação cuja denominação internacionalmente é conhecida como Pedagogia Social.
·      Nessa PTS um Laboratório de Pedagogia Social se estrutura com base em dois pressupostos de ação:
a)    Oferecer cursos de formação continuada visando acrescentar conhecimento sistematizado para as organizações sociais, organizações não-governamentais e movimentos sociais comprometidos com a melhoria das condições de vida das três faixas de idade abordadas (infância, juventude e velhice);
b)   Organizar as oficinas de integração comunitária, mencionadas acima, através das quais a Instituição coleta manifestações concretas da comunidade capazes de indicar aspectos que demandam conhecimento especializado sobre problemas específicos.
5)= Rede de extensão:
·      Com base no repertório de palavras-chave produzido pelo Laboratório de Pedagogia Social a PTS busca na própria Instituição projetos de extensão que contam com expertise acumulada na Universidade e os replica às comunidades locais, como por exemplo:
a)    Projetos relacionados ao tema drogadição;
b)   Projetos relacionados ao tema saúde da mulher;
c)    Projetos relacionados ao tema saúde de moradores de rua;
d)   Projetos relacionados ao tema arte-educação;
e)    Projetos relacionados à educação de jovens e adultos;
f)    Projetos relacionados ao tema saúde da criança;
g)   Projetos relacionados ao tema saúde do adolescente;
h)   Projetos relacionados ao tema gestação precoce; etc.
6)= Com base na mobilização de adolescentes egressos do ensino médio e interessados em cursar o ensino superior oferece:
a)    Cursinho Popular Pré-Vestibular mantido pela Instituição com a cooperação de alunos da UNIFESP;
b)   Programas voltados ao primeiro emprego e estágio profissional;
c)    Programas voltados à formação artística e cultural;
d)   Programas voltados à inclusão digital;
e)    Programas voltados ao ensino de língua estrangeira;
f)    Programas voltados para a formação musical;
g)   Programas de ação educativa para adolescentes em conflito com a lei.
 
7)= A PTS se completa com duas importantes unidades de ação integrada:
·     Observatório de Políticas Públicas, Memória e Desenvolvimento Local:
Voltado para a pesquisa de políticas públicas, memória e planejamento para o desenvolvimento, o Observatório é constituído por professores da Instituição, lideranças comunitárias, técnicos obtidos em convênios de cooperação com as diferentes esferas governamentais, educadores da região e estudantes universitários.
O Observatório, para além de reunir dados da região de inserção da PTS promove estudos sobre vários problemas que afligem a população local como aqueles relacionados à empregabilidade, condições de habitação, escassez de serviços públicos disponíveis, demandas por atividades culturais, degradação do meio ambiente mantendo interlocução direta com os movimentos sociais da região.
O Observatório mantém um acervo importante para a organização dos estudos na PTS. No caso específico dos Campi envolvidos, o acervo do Observatório tem por base:
caso específico dos Campi envolvidos, o acervo do Observatório tem por base:
a)    Os Planos Diretores Regionais, com suas respectivas metas, que já têm um histórico de elaboração com base na participação popular e que está conectado historicamente às demandas da região;
b)   O Plano de Desenvolvimento Educativo Local elaborado ao longo de quatro seminários desde 2001 pelo Fórum da Educação da Zona Leste;
c)    O Programa de Desenvolvimento Econômico da Zona Leste, através dos seus projetos já institucionalizados a partir das Leis da Operação Urbana Rio Verde-Jacu e Incentivos Seletivos para a Zona Leste, com consulta às entidades que integravam os Conselhos Gestores criados na época em que o plano vigorou;
d)   As propostas aprovadas na Conferência Municipal de Cultura e Pré-ConferÊncias das Macro-Regiões 1e 2 da Zona Leste, realizadas no primeiro semestre de 2004;
e)    Os indicadores sociais da região de emprego e renda divulgados anualmente pela Fundação SEADE;
f)    Os diagnósticos e metas que integram o Plano de Assistência Social dos Municípios de São Paulo e Guarulhos
 
Com a reunião dos dados mais importantes que dizem respeito às condições de vida da zona de inserção da PTS bem como das políticas públicas formuladas e implementadas para dar conta das necessidades sociais dos moradores locais pretende-se, por um lado, municiar melhor os estudantes, tanto os da Universidade como os das escolas locais, como também os professores da região, com informações relevantes sobre a realidade local, seus problemas e seu potencial em direção à superação da situação atual.
De outro lado, o conjunto de informações pode subsidiar o poder público local e as lideranças comunitárias na formulação de estratégias de enfrentamento das graves questões que afetam moradores mais pobres da localidade.
Para esses últimos é possível criar ferramentas específicas visando a acompanhar, compreender, monitorar e interferir nas políticas públicas voltadas para planejamento urbano, habitação, saneamento básico, meio ambiente, saúde, segurança, transporte, sistema viário, trabalho, promoção social, educação e cultura.
Em todas as experiências institucionais que se valeram da implantação de observatórios foi possível estimular líderes comunitários, educadores e alunos a conhecerem melhor a realidade da região onde moram, lecionam ou estudam, facilitando-lhes ao cesso a materiais que garantam conhecimento específico para participar de Conselhos Gestores de Equipamentos Públicos.
Foi possível também incentivar a postura investigativa dos líderes comunitários, professores e alunos das escolas locais, bem como estimular a preservação da história, memória e tradições locais, favorecendo ações cuidadosas em relação ao tema “identidade local”.
Mas, sobretudo, a experiência de instalação de Observatórios tem favorecido a elaboração pelas próprias pessoas e instituições da comunidade de projetos de desenvolvimento que promovem a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Some-se a isso, a inegável
democratização no acesso, a todo cidadão, aos resultados de pesquisas, bancos de dados e ao conhecimento acumulado sobre a região, de modo a favorecer a identificação entre as pessoas do entorno e a massa de informações produzida institucionalmente.
8)= Programa de Especialização em Demandas Sociais:
Gradativamente, a Universidade pode oferecer cursos de especialização (senso lato) voltados diretamente para a formação de profissionais altamente especializados em temas como:
a)    Prevenção de violências contra crianças e adolescentes;
b)   Prevenção a drogadição;
c)    Atendimento educacional a crianças e adolescentes com deficiências;
d)   Atendimento escolar para crianças cronicamente doentes;
e)    Economia solidária;
f)    Direitos sociais aplicados à infância e juventude;
g)   Terapias e procedimentos de acompanhamento ao idoso;
h)   Educação infantil e técnicas de berçário etc.
9)= Por fim, as Plataformas de Tecnologias Sociaissão ambientes acadêmicos propícios à integração com parceiros internacionais importantes, fundamentais para a captação de recursos para os projetos sociais em andamento.
Os cursos de extensão e de especialização podem ser projetados em duas perspectivas:
a)    Destinados ao público alvo do entorno universitário;
b)   Destinados a parceiros nacionais e internacionais que possam freqüentar a Instituição para aprender como organizar cursos de extensão e de especialização com esse enfoque e com as técnicas acumuladas pela Universidade (que, reconhecidamente, tem experiência consolidada nesse campo de atuação). Ao estabelecer termos de cooperação com projetos similares da África e da América Latina, a Universidade se habilita a fundos específicos provenientes da União Européia e dos EUA.
Em relação ao tema deficiência a PTS aqui projetada torna o projeto candidato a receber uma Cátedra UNESCO voltada para a educação de crianças com deficiências. Desse modo, o Vale do Alto Tietê, que engloba a Zona Leste de São Paulo e a região dos Pimentas de Guarulhos, tende a ser reconhecido como um pólo nacional e internacional de extensão universitária.    Tais iniciativas têm sido fundamentais para proliferação de projetos voltados para os temas cidade educadora, cidade responsável, cidade sustentável que itens estruturadores das práticas de pedagogia social.
O Movimento de Instalação da UNIFESP na Zona Leste agradece ao Prof. Marcos César, Diretor da UNIFESP-Guarulhos, pelo texto sobre o PTS que será um excelente instrumento para articular as UNIVERSIDADES na Zona Leste e Alto Tietê. No dia 28 de Janeiro de 2011 acontece a primeira reunião sobre os Cursos de Extensão na Zona Leste e Alto Tietê com a Exma Profa. Dra. Eleonora da UNIFES. Ermelino Matarazzo/Zona Leste.
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Para ler, debater….
O estado das universidades brasileiras
 
Nossa juventude está sendo bombardeada por mensagens que endeusam o chamado “empreendedorismo”. Os recipientes são estudantes das engenharias e ciências da computação, como também físicos, químicos e biólogos. Os apelos ao empreendedorismo deixam de mencionar que uma empresa de base tecnológica depende do aparecimento de uma idéia que não surge do ar, mas é pacientemente garimpada entre princípios científicos, experimentos e, principalmente, conhecimento de causa. O artigo é de Maurizio Ferrante.      Maurizio Ferrante (*)    Depoimento de um experiente leitor de quadros de avisos

Uma fonte de informações interessantes do estado atual da academia é representada pelos quadros de avisos de universidades. Entre anúncios tipo – aluga-se vaga em república feminina, vendem-se bicicleta com 12 marchas, geladeira semi-nova e um Gol 1998 em bom estado – aparecem chamadas vagamente relacionadas com estudo e carreira; por exemplo, avisos de palestras e cursos. Um tema que vem aparecendo mais e mais nos quadros de aviso, mas também em jornais e revistas que de vez em quando se ocupam de educação e afins, é o empreendedorismo. Assim mesmo: com dois ‘és’. Todos nós sabemos do que se trata: uma atitude independente e corajosa, que pressupõe espírito de iniciativa, destemor ao risco e, por fim, conhecimento técnico, atitudes “manageriais” e um bocado de ambição.

Com minha longa experiência de quadros de aviso de universidades posso atestar que nossa juventude está sendo bombardeada por mensagens que endeusam a tal atitude. Os recipientes são estudantes das engenharias e ciências da computação, como também físicos, químicos e biólogos. Não consigo me livrar da impressão de que as mensagens carreguem a silenciosa premissa de que seguir uma carreira acadêmica ou fazer carreira, primeiro em chão de fábrica e depois em atividades mais estratégicas, seja próprio dos menos capazes. Talvez esteja sendo injusto, mas é o que implica a adjetivação utilizada, que recobre de méritos o engenheiro (ou químico, ou físico…) empreendedor, e lhe aponta como inevitável o sucesso de sua pequena empresa, invariavelmente de base científica e com grande carga de inovação.

Em torno dessa idéia, a partir de 1984 começam a nascer os parques tecnológicos, que hoje no Brasil são mais de duzentos (na minha cidade tem dois), alimentados por diversos tipos de financiamento; CNPq, Secretaria de Ciência e Tecnologia dos Estados, etc., e cujo desempenho – perdas e ganhos – nunca foi apresentado aos pagadores de imposto. Notável é a ausência quase que completa de capital de risco provindo de grandes empresas ou mesmo de investidores pessoas físicas.

Sabemos que o tempo presente é a era dos serviços, natural sucessora da era da indústria, e o empreendedorismo, alardeado como a vocação dos mais capazes, passou a formar um mercado per se, sobre o qual se pode ganhar dinheiro. Isso levou à proliferação de parques tecnológicos, incubadeiras de novas empresas e entes do tipo, que logicamente necessitam de presidentes, diretores e administradores, perpetuando-se assim o ciclo do existo porque existo e quero continuar existindo. Das empresas amparadas por esses Parques e incubadeiras sabe-se pouco, e as perguntas que se colocam são: qual a taxa de mortalidade – Suíça ou de terceiro mundo? Qual o peso econômico das empresas? Qual o seu nível tecnológico médio?

Lembro-me de quando visitei a Feira de um desses Parques, e surpreso me deparei com o estande de uma (hoje falida) fábrica de tratores exibindo o seu já então vetusto produto. Naturalmente há exceções, e muitas, e pontos de vista diferentes, mas a intenção deste artigo não é tanto discutir os prós e contras do empreendedorismo no plano econômico ou no de formador de estruturas tecnológicas consistentes, como de levantar questões sobre o efeito que esse pesadissimo marketing da carreira possa ter sobre os estudantes.

Os apelos ao empreendedorismo deixam de mencionar que uma empresa de base tecnológica depende do aparecimento de uma idéia que não surge do ar, mas é pacientemente garimpada entre princípios científicos, experimentos e, principalmente, conhecimento de causa. Lembro que em uma eleição passada, o mote que acompanhava um dos candidatos era “deixe o homem trabalhar”. Eu adaptaria essa frase aos estudantes universitários (e secundaristas também): “deixem o estudante estudar em paz”. Sem o distrair continuamente com palestras de empreendedorismo, ou de como elaborar um curriculum vitae, escrever uma patente, e coisas do tipo. Tudo isso está sendo ministrado antes do tempo, e os que seguem essa sereia (porque é mais fácil ouvi-la do que espremer o cérebro sobre um texto de termodinâmica) acabam perdendo a oportunidade de se preparar melhor e fundamentar melhor suas idéias, que aí sim serão criativas.

A falta de engenheiros no Brasil é muito grande; formamos 30.000 profissionais por ano, pouco se comparado com a China – 400 mil; Índia – 250 mil, e Coréia do Sul – país pequenino com 50 milhões de habitantes que forma 80 mil engenheiros. A urgência é grande, e uma meta da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – órgão do MEC) é a evolução daqueles 30 mil para 40 mil nos próximos três anos. Esses números dão razão à CNI (Confederação Nacional da Indústria) que prevê um excesso de 150 mil vagas em setores técnicos.
Mas além da questão quantitativa, há a qualitativa: José Roberto Cardoso diretor da Escola Politécnica da USP faz notar que “… só um entre quatro engenheiros possui formação adequada…”.De fato, dependendo de como se contam há 1.087 cursos no país, dos quais a metade em escolas particulares, e uma olhada nas notas do ENADE dessa metade explica as palavras do professor.
Se ainda por cima desviamos antes do tempo um porcentual de estudantes desse mercado, e o distraímos com falsas e anti – tempo preocupações, não estamos colaborando muito com a solução dos problemas, estamos?
(*) Professor do Departamento de Engenharia de Materiais, na Universidade Federal de São Carlos
 
Até o dia 4 de Fevereiro de 2011, às 9,00 horas, no Salão da Igreja São Francisco, Rua Miguel Rachid, 997, Zona Leste.
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