A porta da frente e o Partido dos Trabalhadores

Estrela e solução Rômulo Gondim
Redação

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  1. A porta da frente e o Partido dos Trabalhadores

    Hoje, justo hoje, é necessário escrever. Fazer o que manda o cívico e a consciência. Pontuar para que fique claro.

     

     

    Justo hoje, escrever é imprescindível. Recomendado a todos, para que se organize as idéias.

     

     

    Hoje é um dia pálido e triste. Um dia de uma ingratidão fundamental. Diga-se ainda: um dia de institucionalidade. Farto sim de impessoalidade. Dia este em que mencionar pessoas ou erros torna-se menor…

     

     

    Exatamente por isto cumpre dizer – e escrever – no dia de hoje. Necessário ainda, assentar: antes que aquele tempo regente, dos vícios da nossa incompreeensão intelectiva, o faça. Antes do seu incontornável manifesto, convém à cidadania – da alma –, fazermos todos. E colocarmos as idéias no papel.

     

     

    Afirmo ingratidão? Sim, e das maiores o faço. Somente um apaixonado arrependido pela atividade das idéias ( ou da política ) deixaria de não prestar atenção às narrativas e aos embustes bem declamados, na tribuna senatorial de ontem. E desta madrugada, quase inteira. Mesmo que se ouça apenas dos seus extratos jornalísticos.

     

     

    O embuste e a ingratidão ( não falemos de nomes, nem os daqui, nem os de lá ) culminam numa construção forçada. O PT traiu o país. Traiu a pátria. Roubou, do devido ao confiado. Triste sua sina, deste ladrão atraiçoado, atraiçoador.

     

     

    Esta é a verdadeira razão de ser deste texto. Esta refutação perseguida, sob o nome do ‘reclassificar dos fatos’. O nome não é ladrão, a atitude não é traição, e sequer confiança nunca foi quebrada. Depois e ao final, falar o que realmente é…

     

     

    Se o ladrão deixou o Brasil de 2016 ( seu anverso de 2002 ) em muito maior projeção; maior arrecadação, maior – ora, mais agora baqueada – pujança econômica; acesso ao fino talento humano; oportunidades e alimentação aos despossuídos; se afinal, as reservas em dólar não permitem e endossam que se recorra ao FMI; e ainda se o cobiçar da fonte energética do pré sal transforma a Petrobrás na maior das sete ou oito irmãs – mesmo baqueada – , ao tal ponto da Casa Branca somente se manifestar sobre o golpe parlamentar brasileiro – exata, suspeita e sintomaticamente apenas ontem. Deixemos, enfim, que o nível tal da declamação e repisamento psitacídeo, fina e charmosamente realizado de cima da tribuna parlamentar, lhe faça…

     

     

    Se o grau de elegância pessoal ( dos trajes e dos modos ) do Senado pode ser mais refinado e altivo que o da Câmara, a mistificação e a ofensa à inteligência no entanto, também residem no bem mais atrativo. Prefira-se, na verdade, a sinceridade exponencial e louca da Câmara. No que diga a verdade da suas causas ( o favor político e monetário cru ) e seus repugnantes, chocantes efeitos. Na sua inegável potência política.

     

     

     

    Ouvir que o ladrão dos dinheiros e da confiança popular, por quem disse o que disse, ficou conformado por engodo e ardil. A conta é justamente em contrário. Não importa quanto as Míriam ou os Leitões, tal Merval argentino ( Macri sintonizado, viu? ) ou paraguaio, as inteligências ‘entre aspas’ ou os tons conciliatórios de ex ministros de pijama, deste PSDB histórico nas privatizaçoes e o mesmo da forra privataria daquelas indecências políticas lhe façam; quanto exatamente hoje, nesta mesma manhã deste depressivo e melancólico dia, o façam – entre o analítico, o bisonho e o obtuso – xadrezes políticos em televisão fechada e aberta…

     

     

    Ouvir quem fez oposição – sem qualquer mínima credencial a isto – à estes treze anos e cinco meses incompletos, dessas intensas transformações sociais internas, aquelas justamente reconhecidas, referendadas e copiadas pelo mundo inteiro; aquele mesmo mundo onde o acordo Irã, Turquia e Brasil foi copiado e, quando feito; e quando tentado-se aplicar apenas por aqueles únicos três, conseguiu explodir a unilateralidade ( é só ler os textos próprios ) ortodoxa e ideológica da pax americana.

     

    Se até Obama nos copia, com respeito a Cuba e o resto – e a multilateralidade adquire hoje o status de praxis regra internacional – algum mérito o dito e pretenso ladrão afinal deve ter: se e que os comensais da privataria não lhe percebam, ou que mesmo os tribunos elegantes do Senado também lhes papagueiem, esta nossa outra história e relato poderia, dentro dalguma pérfida vontade humana, ser falsificada. Porém hoje, muito mais difícil que na Idade Média – aquela dos livros trancados e aquela das fogueiras acesas…

     

     

    Ouvir que roubar é transformar; é aproximar o capital do trabalho; é aproximar a riqueza da cidadania; é dar projeção e mérito às idéias; é fazer valer a institucionalidade na Pátria, mesmo para ser até traído por elas, tanto instituições quanto Pátria, constitui o âmago desta aludida falsificação histórica – a mesma que nesta biliosa e nauseante quinta feira 12 de maio, assume o nome de profunda e desonesta ingratidão histórica quanto aos fatos. Da Pátria, falsificando a História – nos ternos e nos vestidos finos – na suavidade da honorabilidade merecida ao Senado Federal, na declamação dos versos medíocres e receitas históricas doutros poetas, natimortos cívicos.

     

     

    Poetas, ao descortinado, de completos dias escuros ( saberemos afinal, se o teorema da ‘republicanicidade’ dos dois Ministros da Justiça últimos, estará aí de fato correto; não ao que parece, dada a sede da nomeação de um invasor de Sindicatos )…

     

     

    Desta maneira chama-se ladrão ao erro narrativo do falsificado, na História; traição, à fidedigna transformação empreendida ( pouca, mas inédita e copiada pelo mundo todo ) como proposta e afinação de sensibilidade política; de insensibilidade política, à declamação das falas, caras e bocas tribunas, as mesmas de história e passado bem conhecido e mapeado…

     

     

    A vocação do PT, a história lhe fará jus. As bases do exame de sua conduta, mesmo até de seus crassos erros, nem é menos efetivo ladrão que qualquer outro agente político. Mas é mais transformador político que todos eles juntos e somado todos os anos políticos de atuação de todos outros…

     

     

    O Partido dos Trabalhadores desce, meritória e respeitável, a rampa do Planalto pela porta da frente

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