Agência nega que fez campanha “O Brasil não pode parar”

Campanha pede que os brasileiros retornem à normalidade em meio à pandemia de coronavírus

Jornal GGN – A agência iComunicação não é responsável pela campanha “O Brasil não pode parar”, diferente do que foi informado pela revista Época nesta sexta (27), e reproduzido aqui no GGN.

“Diferentemente do que vem sendo veiculado, a agência não produziu a Campanha ‘O Brasil não pode parar’ até porque ainda aguarda o início da sua operação para abril de 2020”, afirma.

A campanha, segundo a iComunicação, foi realizada pela agência Isobar, que tem contrato em vigor até o dia 31 de março. A Isobar nega que tenha produzido o vídeo que circula nas redes sociais, convocando os trabalhadores brasileiros à normalidade.

A assessoria de imprensa da iComunicação emitiu uma nota para todos os jornais, informando da contratação emergencial para prestar serviços ao governo federal pelo prazo de seis meses. Segundo o informe, a concorrência foi aberta porque a agência anterior, a Isobar, rompeu o contrato com o governo em meados de janeiro.

Época informou que o governo pretende lançar no sábado a campanha que pede que os brasileiros retornem à normalidade em meio à pandemia de coronavírus.

Leia abaixo:

A agência IComunicação, há 38 anos no mercado e atualmente presidida por Cadiji Bazzi Morales, assina contrato com a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) para assumir, em caráter temporário – seis meses, as demandas de comunicação digital do Governo Federal. A medida de contratação direta foi necessária por conta da decisão do Grupo DAN, holding da agência Isobar, de encerrar suas atividades em Brasília informada em janeiro deste ano.

Essa contratação visa atuar nas presenças digitais da presidência como redes sociais, sites e blogs, em mais de 20 frentes de trabalhos em atendimento aos diversos temas do governo. Diferentemente do que vem sendo veiculado, a agência não produziu a Campanha “O Brasil não pode parar” até porque ainda aguarda o início da sua operação para abril de 2020.

Quanto ao processo de contratação esclarece que recebeu um e-mail de solicitação de proposta de preços enviado pelo Departamento de Conteúdo e Gestão de Canais Digitais do Governo no dia 28 de fevereiro de 2020. O contrato, assinado hoje, 27/03/2020, pela IComunicação e o Governo, tem como uma das entregas cerca de 1000 posts mensais.

A IComunicação venceu na disputa de preços sobre as propostas das agências: CDN, In Press Oficina, MacCann Erickson, Moringa Digital, Lov Comunicação Interativa Ltda, Chá Com Nozes Propaganda, Partners Comunicação, Huge Digital LTDA, Monumenta Comunicação Estratégias Sociais Ltda, LEW ́LARA\TBWA e Fields Comunicação Ltda.

“É importante ressaltar que o contrato do Governo seguiu um fluxo previsto em lei. Um processo de licitação baseado no modelo, Técnica ou Técnica e Preço, de qualquer parte do Governo leva, no mínimo, quatro meses para ser concluído. A Isobar anunciou no meio de janeiro a interrupção do contrato que será encerrado agora, no dia 31/03. O Governo não teria tempo hábil para uma licitação e a área de comunicação digital faz parte da Comunicação essencial à sociedade, um direito do cidadão e, portanto, uma obrigação do governo”, afirma Carolina Morales, sócia-diretora da IComunicação, vice-presidente da ABRADi e membro do Comitê Técnico Digital do CENP.

“O contrato com a Isobar já estava em sua última prorrogação, a alternativa que se mostrava factível era a prorrogação em caráter excepcional, à vista dos prazos e providências para uma nova contratação. Entretanto, quando indagada sobre o interesse na prorrogação de vigência em caráter excepcional, a Isobar declinou do pedido e, deste modo, os atuais gestores se viram induzidos a realizar contratação em caráter emergencial, a fim de suprir as principais necessidades digitais e, assim, não ensejar prejuízos na prestação dos serviços públicos, tampouco comprometer o cumprimento da missão institucional conferida à SECOM”, explica Carolina Morales.

A atual contratação é proposta nos termos do Art. 24, IV da lei no 8.666/1993, sendo necessária à vista da essencialidade e indispensabilidade dos serviços e, ainda, pelos seguintes outros motivos: fim da vigência dos Contratos no 02 e 03/2015 e o novo processo licitatório em tramitação previsto para o próximo semestre.

A IComunicação

Para participar da contratação direta, a empresa precisou comprovar que é capaz de atender uma empresa do porte do Governo. A IComunicação, com sede em Brasília e filial em São Paulo, demonstrou em vários atestados de capacidade técnica, incluindo contratos atuais e anteriores com: Ministério Público do Trabalho (MPT), Controladoria Geral da União (CGU), Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), Sebrae Nacional, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), CAIXA, FIESP, Banco Mundial, Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), FENAPAES, Federação Nacional das Apaes, entre outros.

Redação

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Isobar?
    Era o nome dado a um ponto por uma galera q vendia cerveja em isopor proximo a uma faculdade privada no maracana.
    Não, não deve ter nada a ver. Seria tosco demais..

    1. Mas Doria, um dos artifices do golpe que levou ao planalto uma turma de malucos totalmente despreparada e alucinada, passou a sofrer ataques do tal gabinete do ópio (digo Ódio).
      Agora Doria, q no link abaixo sugere um encaminhamento melhor para os 4.8 milhoes que o bolso de alguns (vagabundo vai se fazer ), mas doria está vendo o que é realmente uma quadrilha, perigosa, muito perigosa.

      https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/03/27/doria-diz-que-o-mundo-inteiro-esta-em-casa-e-questiona-se-bolsonaro-e-o-unico-certo.ghtml

  2. Então, segundo esses princípios da pós verdade bolsonarista, uma vez que o desgoverno não se mostra capaz sequer de realizar e cumprir os atos administrativos mais basilares para regularidade de contratos de comunicação, passa-se a considerar válido que:
    (…)
    “…a área de comunicação digital faz parte da Comunicação essencial à sociedade, um direito do cidadão e, portanto, uma obrigação do governo…”
    (…)
    E, desta feita, por meio desse contorcionismo retórico, o Carluxo poderia contratar, em caráter emergencial, serviços de comunicação para dar suporte à continuidade da campanha eleitoral do seu pai, para que ele possa continuar no palanque da campanha, de onde nunca desceu, mesmo depois de decorridos um ano e três meses de sua proclamação e posse para um mandato presidencial de quatro anos. Ou seja, financiar a continuidade da atuação do Gabinete do Odio passaria então a ser questão de interesse público? Nada como ter a sorte de fazer parte de uma quadrilha que teve a felicidade de poder atuar livremente no ambiente da ilegalidade consentida, advindo do Golpe de Estado, “…com STF, com tudo…”, não é mesmo?

  3. Perguntas que me surgem da história toda: Se uma empresa avisa o governo que vai interromper um contrato anteriormente feito, essa empresa não deve pagar uma multa? E essa multa não deve ser suficientemente alta para compensar o governo pela perda que este vai ter na contratação – de forma emergencial – de outra empresa prestadora do serviço? Da forma como a história foi contada não chega a ser uma história. Agora, vamos dizer, tá muito romântico. Por amor, puro amor. Amigos para sempre, felizes para sempre…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador