Após quase um ano de relutância da NotreDame, paciente consegue realizar cirurgia

Carla Castanho
Carla Castanho é repórter no Jornal GGN e produtora no canal TVGGN
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Em novembro, GGN conversou com a paciente já sequelada que precisou recorrer à Justiça para garantir a cirurgia via Notredame

A paciente Clotilde Camargo Magano

Clotilde Camargo Magano, de 65 anos, foi uma das pacientes que enfrentaram os gargalos da Saúde Suplementar quando precisou de uma cirurgia mais complexa e de alto custo. Nesta quinta (18), porém, ela conseguiu realizar a operação solicitada há quase um ano. Para isso, o caso precisou parar na Justiça e virou objeto de reportagem do GGN em novembro passado.

A operadora NotreDame chegou a alegar que o médico de Clotilde não era credenciado à rede e considerou a orientação de sua própria Junta Médica como “soberana”, ao negar o parecer do profissional que assiste Clotilde, que precisou comprovar a necessidade de equipamentos necessários para a cirurgia. 

Segundo a defesa da paciente, a conduta do plano Advance 700 da NotreDame foi cruel, indevida, descabida e afronta o princípio da dignidade humana”. A morosidade para autorizar a cirurgia de Clotilde a levou a uma quadro de sequelas físicas em virtude da doença que enfrentava.

Apesar da relutância da operadora, Clotilde realizou a operação nesta quinta (18) e na sexta já teve alta. Segundo ela, correu tudo bem, “foi ótimo, o hospital da Beneficência Portuguesa tem uma estrutura ótima, estou feliz”. No entanto, mesmo no dia da internação, a paciente testemunhou novos empecilhos por parte da operadora de saúde, que informou que a guia médica estava vencida.

“Quando a gente chegou na hora da internação, disseram que a guia estava vencida, uma coisa maluquíssima. A gente precisou correr atrás senão não ia nem conseguir fazer a cirurgia. Me deu vontade de fazer um boletim de ocorrência, mas no fim deu tudo certo, graças a Deus. A NotreDame é de uma picaretagem tão grande, não dá pra acreditar, uma empresa que cuida da vida do ser humano pisa na bola o tempo inteiro. Não se reconhece como cuidador do ser humano, do doente, do paciente, ela ignora”, desabafa Clotilde.

Apesar do estresse mesmo no dia da operação, Clotilde agradeceu ao Jornal GGN por ter sido ouvida em um momento tão delicado. “Agradeço por terem me ouvido, pela preocupação e atenção. Graças a Deus aconteceu minha cirurgia”. 

A síndrome

Clotilde sofre da síndrome da cauda equina – uma condição médica rara que ocorre quando uma parte inferior da medula espinhal é comprimida [entenda mais abaixo] – e precisou recorrer à Justiça de São Paulo, em maio passado, para realizar a cirurgia de descompressão endoscópica lombar. O pedido para a realização da cirurgia foi feito em 16 de fevereiro de 2023 e o prazo limite estipulado pela ANS para o plano dar uma resposta é de 30 dias.

Saiba mais detalhes sobre o caso de Clotilde abaixo:

Carla Castanho

Carla Castanho é repórter no Jornal GGN e produtora no canal TVGGN

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