As “Coisas” de Moacir Santos.

Postado no: http://klaxonsbc.com/2011/08/12/as-coisas-de-moacir-santos/

 

 

** “Lembro de estar no quintal da casa, batendo latas, imitando a banda da cidade. Porque eu tinha uma bandinha: uns cinco meninos, tudo nuzinho, porque lá é muito quente e porque a gente era pobre. […] O meu instrumento era lata, eu ficava batendo lata de goiabada. Ta-ta-ta-ta, tocando. Eu tenho isso pra mim, que eu já nasci músico, nasci com a música. Eu era também diretorzinho dos meninos da banda, quando a gente era criança.

A história do menino Moacir José dos Santos, começa em São José do Belmonte, Estado do Pernambuco, em 1926. Perdeu a mãe  no segundo ano de vida, criou-se solto na cidade pequena do interior, tendo como primeiro paixão a banda de música da cidade.

Desenvolto ficava rodeando os músicos e instrumentos, que logo perceberam no pequeno uma séria inclinação para a aventura musical. Aos 14 anos já dominava vários instrumentos e caiu na estrada, peregrinando por várias cidades onde era sempre bem recebido devido às suas habilidades musicais, até chegar no Recife aos 16 anos.

Moacir cresceu, sua música também.

Santos rodopiou por bandas militares, orquestras de rádio (Rádio Nacional a convite de Paulo Tapajós) e já no Rio de Janeiro estudou teoria musical com o maestro Guerra Peixe Filho. Trabalhou como assistente do maestro alemão Hans Koellreuter, foi professor de feras como Tom Jobim, Baden Powell, João Donato, Dom Um Romão, Sergio Mendes, Nara Leão … segundo os pupilos: o mestre maior da harmônia.

Compôs, arranjou, acompanhou, foi parceiro de Vinicius de Moraes ( Se você disser que sim) e Mário Telles (Nanã), acima de tudo ajudou a desenhar uma nova forma de música brasileira.

Em 1965 lançou o disco “Coisas”, capítulo sagrado da história da música instrumental brasileira. Em 1967, Moacir Santos foi para os EUA, se esmerou como arranjador, compositor e instrumentista até nos deixar em 2006.

O álbum “Coisas” foi dividido em 12 coisas. Literalmente. A coisa numero “dez” é que a gente deixa registrado em três tempos e em três  de peças cabeças singulares da música brasileira.

 

** retirado do: http://musicosdobrasil.com.br/moacir-santos

 

Redação

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