Boeing terá até 90% do controle da aviação comercial da Embraer

Proposta apresentada pela norte-americana agradou governo, agora venda da companhia está nas mãos dos acionistas, 85% deles estrangeiros 
 
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(Arquivo)
 
Jornal GGN – A Boeing apresentou uma nova proposta que agradou o governo brasileiro que já vinha sendo anunciada pela imprensa na semana passada. É a criação de uma nova empresa com toda a área comercial – e mais competitiva – da Embraer. A nova companhia, não mudaria de nome, continuaria com a marca da brasileira, mas a norte-americana teria entre 80% e 90% do controle. 
 
A proposta traz como solução deixar a área de Defesa da Embraer como está, nacionalizada, evitando qualquer problema diplomático com a sueca Saab para compra dos caças Gripen. A estrutura acionária da Embraer, com os mesmos acionistas e a ‘golden share’ do governo, seria mantida.
 
Segundo informações do jornal Valor, o acordo depende apenas da aprovação dos acionistas e novas reuniões, incluindo o governo, serão agendadas em Brasília apenas após o Carnaval. 
 
Quanto ao valor de compra oferecido pela Boeing à fabricante brasileira será o equivalente a até 90% do seu capital em dinheiro, sendo a maior parte distribuída aos acionistas (85% estrangeiros) na forma de dividendos, aumentando as chances da proposta ser aprovada. 
 
Leia também: Venda de Embraer também depende de decreto de Temer
Redação

14 Comentários

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  1. Brazil, the end.

    Chico sonhou um imenso Portugal.

    A coxinhada sonhou um imenso Porto Rico. Eles ganharam.

    No caso se está vendendo a parte que tem economia de escala, e consequentemente competividade,

    O que restou em mãos brasileiras não tem como sobreviver sozinha. Logo fechará.

    1. VERGONHA

      Mas esse é o plano da Boeing. Eles sabem que a Embraer não se sustentará somente com a área de defesa, então a Embraer vai vender o resto a preço de banana pra eles…Gringos maquiavélicos e governo entreguista só podia dar nisso. 

  2. Os grandes projetos da

    Os grandes projetos da aviacao civil estao todos congelados. Atualmente a Boeing, Airbus, Bombardier e Embraer NAO possuem nenhum projeto de um novo aviao civil. 

    Normalmente esses projetos custam BILHOES de dolares e projetos como o 787 e A350 atrasaram alguns anos. Os ultimos projetos (737Max, A320Neo, CSeries, Embraer E2) foram justificados pela criacao de novos motores com economia de 20%.

    Nao existe nenhuma tecnologia que justifique a criacao de um novo projeto de bilhoes de dolares. Mesmo projetos como o A380 e 747-8 nao pagaram o custo de desenvolvimento.

    Neste cenario, nao eh justificavel vender a parte civil da Embraer? 

    1. mas o C-Series não são apenas

      mas o C-Series não são apenas por causa dos motores, e sim também pela estrutura feita com materiais revolucionários, pelo que li num texto recentemente explicando a compra da projeto pela Airbus. O desenvolvimento é caríssimo, por isso que foi bom pra Bombardier vender parte desse projeto para a Airbus. Vai acontecer quase o mesmo com a Embraer, somenta a divisão de aviões comerciais será vendida. Li também em outro texto que o verdadeiro interesse da Boeing são nos engenheiros da Embraer para ajudá-la em vários problemas de atrasos nas suas fábricas, parece que esse é o real interesse. 

  3. A Embraer vai virar uma caixa
    A Embraer vai virar uma caixa vazia. A nova empresa vai ficar com tudo. Isso é um prévia do que pretendem fazer com a Petrobrás.

  4. Não há outra comparação: uma

    Não há outra comparação: uma quadrilha de assaltantes arrombou a porta, roubou a casa e agora está repassando o produto do roubo a recepatadores internacionais. O brazil não vai se recuperar disso. Acabou. Somos um futuro Paraguai que nunca se recuperou da guerra do século 19. Eles, pelo menos, podem se conformar de que foram destruídos por exércitos estrangeiros invasores. Aquele pessoal que gosta de ficar pensando em projetos para o futuro do brazil deveria mesmo é se dedicar a traçar um plano de tomada do poder para ver se ainda é possível salvar alguma coisa. O projeto para o futuro do brazil deverá ser feito a partir do que se conseguir salvar. E as forças armadas brincando de Marcha soldado, cabeça de papel…

  5. Pergunta idiota

    Mas se 85% da Embraer está em mãos de estrangeiros, então a desnacionalização já ocorreu, certo?

    Então nós estamos esperneando tarde demais?

    Ou eu estou perdendo alguma coisa?

    Qual será, hoje, o resultado líquido da Embraer para o país, se consideramos exportações- (importações + remessa de lucros)?

    A Embraer é uma grande importadora, boa parte desses componentes do aviões são importados.

  6. Adeus

    Era uma vez uma empresa que vestiu um dia as cores verde  e amarela.

    Sorrateiramente foi sendo comprada pelos gringos, os tais  85 por cento dos acionistas… 

    Agora os gringos vieram fazer valer os seus direitos. 

    “Queremos tudo, mas para não ficarem melidrados podem ficar com a area militar, que alias nao nos interessa”.

    O mais triste é que nem aqui vai ficar o dinheiro da venda, muito menos os tais “dividendos”.

    Triste.

  7. ” Area de defesa ” resistirá ?

        Sem a lucrativa area de comerciais e executivos, a area de defesa ( Embraer Defesa & Segurança ) não se sustenta a médio prazo com independencia, o que irá possivelmente resistir será a SBCA + Gavião Peixoto, relativa ao Gripen, já os outros produtos de “carteira”, como o A-29 e o KC-390 já estão situados em outra esfera internacionalizada:

         Um é muito competitivo ( A-29 ), mas não conseguimos competir com o “sócio” norte americano ( Sierra Nevada ), muito menos com os financiamentos da DSCA/FMS/Pentagono, já quanto ao KC-390 – já um produto do portfólio Boeing ( acordos de mercados ) – o recente road show apenas conseguiu uma negociação – uma carta de intenção – semana passada, para 4 a 6 unidades.

          Quanto ao SisFron, que a midia comentou sobre a Embraer ser fundamental, é apenas uma meia-verdade, ela trata-se da integradora nacional do sistema, mas os equipamentos já selecionados são todos israelenses ( AEL ), e norte-americanos ( Harris e/ou Motorola ), o mesmo ocorre com a Visiona, a operadora nacional do SGDC, é somente a integradora, já o satélite assim como os equipamentos são europeus.

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