Carta Pública e Aberta de Dom João VI, a raposa política, às

Ao Titular: Micael, o brevíssimo, alcunhado também de “A Lebre ” . Contém: Breves e Precoces Memórias Úteis acerca de Golpe encetado. Recomendações a quem o queira aprender. À vista d’nele, novamente não cair. Mas se caindo, aos próprios fundos evitar.

Louvadas, recomendáveis e perenes políticas e pessoais providências, debaixo seguidas

Atenção! (I)

Não vos casai à segunda vez. Se casardes, casai então com alguém da mesma faixa etária. Se não for possível, casai com uma dessas trabalhadoras valiosas, destas firmes e honradas, diárias e suadas em firme batente profissional. Se não vos for ainda possível, casai-vos então com uma feiosa, de gosto. Beleza de misse ou passarela, então e por conseguinte, desconsiderai
…

Jamais fiqueis no mesmo partido por mais de quarenta anos. Arejei-vos. Façai-vos no seguinte. Patroa, sempre é a boa a mais velha possível. Partido, mais ou muito mais que velho, necrose certa e pública. Embalsamamento político pois…
( daí à certas e injustas alusões à criptas, vampirismo político e presas Corega, um passo )

Atenção! (II)

Para ( e em firme caso ) o exclusivo e determinado caso e exceção ao descumprimento de duas dessas premissas acima. Na verdade, quando for este o presente caso concreto ( tal patroa, bem mais nova, correspondendo ao partido e traste político bem mais velho ),isto toma a forma de incidente grave. Nunca e nunca assuma-se, a jeito de nenhuma ou qualquer coisa parecida, mesmo onde leve assemelhada, a golpe de Estado.
( vendo-se, decerto o acontecer então: invejarem a si, por sua esposa, e os companheiros de partido, eles tais mesmos, considerando presidência ilícita junto à patroa jovem, belíssima e prendada – que é justamente o injusto caso de muita sorte ser, mais ainda d’amor e fortuna juntos para um só dos companheiros de si; resultado, então preciso: votarão, deliberarão e chegarão a tirar o belo e septagenário vosso courinho, a bem devagarzinho e devagarzinho tirar – e de tirinha em tirinha; ô raça, pois )

Especialmente cuidado, se forem aqueles ‘ golpes ‘ pinçados dos normais e inexplicavelmente passados a muy bien defendidos por mídia…

Atenção (III )

Filtrai absurdamente em tudo, tuas e vossas amizades políticas. Na verdade, afastai-vos de tudo quanto é amigo parlamentar do Rio de Janeiro, à direita do Corcovado. Se for do teu mesmo e esclerosado partido, então: fujai desassombrosamente, correndo como bexiga cheia, e cheia de vontade, de à casa chegaire. Em velocidade de só de vós cessada quando a Marte chegardes…

Atenção! (IV )

De novo: partido político. A gravidade disto é que é muito importante. Quanto mais um partido participe de TODOS os governos nas últimas três décadas, mais rápido claro fica ( e ora pois realmente claro fica…) a inapetência dele partido para o concreto e real exercício do poder. Ou seja, partido político a que o silêncio da caneta escrevendo, considera-se mais positivo e importante que o barulho ( rematado diário, exaustivo ) do desempenho e exercício do cargo. Presidência, nestes casos dessa então fossilização politica’, fujai em frente, à velocidade redobrada. Parai apenas em Alfa Centauro.

Atenção!!!: demoreis de – sempre em caso de golpe de Estado e conspiração inevitáveis – só nomear a lá de três semanas, após o Mal e feito. Nomeai simplesmente a casa civil, o da economia e o da defesa. Deixai que o resto se digladie e se vire, pois. Até morrendo, de preferência. E publicamente.

Passadas três semanas da justa medieval, convocai uma reunião aberta e exclusiva a todos os sobreviventes da mesma.

Importante: nesta reunião, ou melhor antes dela, assisti vós a primeira parte do ‘Poderoso Chefão ‘ , à cena do casamento.Exatamente! Aquela! .As núpcias e festa correndo solta e o Chefão Corleone recebendo a fina flor da criminalidade in camera.

Façais igual. E não esqueçais gravar – maciça e exaustivamente – todo mundo com quem falardes e receberdes.

O passo seguinte é mostrar as gravações sempre aos desafetos políticos de cada qual dos gravados; dos que ainda restem vivos àquela bendita reunião e consequência, agora… filtrai ainda, mais uma vez. Partí daí, duas semanas depois destes fatos, e façais uma lista ministerial mínimamente responsável.

Com isto, tal medida simples, garante-se pelo menos um aniversário de governo. De ao menos, um mísero mês.

Afastai qualquer pessoa de perto de si, da sua família ou conhecidos seus com o nome de figura geométrica.Losango, triango (caipirês), triângulo, parábola, parabólica, anabólica, metabólica… Se possuir então nome de figura torta ( cunha, alcunha, Al Cunha – aquele do bandido mestre; mestre dos mestres bandidos ), daí é só haver e ver. Perceber, localizar e isolar.

Nunca mandeis….( Isto aqui é absolutamente importante ). Nunca mandeis cartas. Qualquer carta. Mesmo que para elogiar a si ou somente para se queixar, ou importunar.

A quem quer que seja e mais especialmente, a quem esteja acima de vós. Permaneçai firme nesta intenção. Ah, também não tentai especialmente fazer quaisquer poesias. Afinal tirardes a sorte grande, no amor, na vida e já no agora. Nisto tudo, não se pode ter tudo e de tudo.
( Estais grandinho,
crescidinho e ‘velhinho’ demais para desacreditar disso tudo ).

Em caso inevitável da Presidência deste Golpe não poder prescindir de vossa generosa e solícita pessoa, combinai especialmente com um ‘personal politics adviser ‘ dentre quem saiba mais sobre política e varejo, relações humanas e ambições políticas do que vós próprio. And never says que sabeis governar porque já trataste com trastes ( com bandidos). Afinal mesmo Eliott Ness tratava com um outro Al, o Capone, antes de prendê-lo. E consta nunca ter chegado a ser prefeito de Chicago.Mesmo mero chefe de polícia.

Nunca, ( …e nunca é nunca) chegueis a escrever qualquer livro de Direito. Para em seguida ir à política, a militante e candidato. Especialmente se for de bom Direito Constitucional. Calha ser o livro sério e bom – e o político lhe ser um contraste? Todo mundo confunde uma coisa com outra… E afinal não se escapa ou livrarás nem livro, nem a ti nem a teu cabeçalho.

( Afinal, da História se dirá que não se consegue ser golpista o tempo todo ).

Caso o golpe faça água, gritai alto o nome de Justiça! Justiça! Naquele adequado tom de estar-se sendo de roubado a tungado ( sob tom alto e de voz convincente ). Daí só podem acontecer duas coisas: voltareis a vice. Chamuscado, mas enfim sabendo o que sabeis ser vós: um sobrevivente. Outra, a de passar à ponderação pública sendo aparentemente ter sido apenas um mínimo idiota útil possível. Gastando vosso tempo útil numa política inútil…

Apenas e afinal um bom e modesto professor o qual exagerado buscara perfume inatingível, submergido bastante donde estava, no adiante das nhacas do Poder.

O resto então passa a ser apenas merenda desviada
( um outro, inescapável – ou escapável ? – escritor de livros de direito )