Escutar Lula e Franklin Martins não garante a conversão de um público vil

A modulação da temática vem sendo observada ao longo do tempo, mas certas teclas são sempre batidas. Há o anseio, o desejo, a necessidade de que o Planalto se comunique bem. Mas alguém já parou para explicar o que seria esse se comunicar bem?

Quais são as saídas para o alegado imotismo dilmístico? Criar sites e mais sites para informar a população sobre as ações do Governo? Faz sentido quando pesquisas atrás de pesquisas solidificam a mudança de pefil dos brasileiros quanto o procurar por notícias. Ora, mais isso não existe? Há sites de diversos órgão federais onde a seção de transparência pode ser facilmente encontrada para servir de fonte de informação quanto determinada denúncia. Bem, se há sites governamentais com conteúdo que pode ser base para um debate mais arejado e mesmo assim a coisa tá ruim, então o que sobra?

Alguns podem sugerir que Dilma dê mais entrevistas e vá diariamente à TV para prestar contas aos brasileiros. Diariamente? Semanalmente? Mensalmente? Não, não creio que seria atitude mais inteligente. Afinal, três pronunciamentos em cadeia nacional são suficientes para que pássaros de alta plumagem comecem a cantar em seus poderosos amplificadores informativos o canto bolivariano imbecil. E o canto desses pássaros ainda encanta, o que pode ser visto pelo  compartilhar intenso do mesmo assovio nas chamadas redes sociais e rodas de indignados.

A batalha da comunicação já começou perdida pois ela não pode ser travada. O carro de som do Governo jamais foi aceito nas competições políticas de som automotivo. O público presente sempre foi preguiçoso o suficiente ao preferir associar o som de mais alto volume àquilo que está mais próximo da verdade. Vence quem grita mais alto e com frequência. Gritar alto e com frequência não é a prioridade de Governos e nem deveria ser no contexto em que estamos inseridos.

A pior sensação que tem é constatar que nem mesmo usar o lugar comum de que apenas a instrução poderia levar a alguma chance de êxito governamental na alegada guerra de comunicação, pois o próprio Nassif já descreveu como pessoas do seu metiê, julgo que sejam instruídas, mudaram de atitude em relação a ele depois que o mesmo passou a escrever o episódio do Mensalão de forma menos enviesada. E o exemplo não para aqui. Todos que chegaram até aqui nesse texto têm exemplos em seus círculos de pessoas instruídas que apenas assobiam o canto dos pássaros. Não importa que Dilma vá diariamente para rede nacional, nem que existam sites oficiais com boa informação para a formação  de julgamentos. Se os pássaros cantam mais alto e com maior frequência, já era!

Esqueça o binômio instrução/compreensão, ele é ilusão, faixada retórica, e esses últimos anos estão aí para provar que imbecialidades podem vir das mais finas flores da sociedade e também da classe média. Sentimentos coloniais, negação da história para acusar o desafeto bolivariano, aquele que lhes causa urticária.

Vendo os textos do Nassif sobre a tal falha na comunicação, parece até que seja fácil para o Governo vencer a pick-up dos opositores equipada com alto falantes potentes e repetitivos para um público que só quer escutar a música mais alta. Bem, mas se o Nassif diz né, então dever ser fácil mesmo. É só escutar Lula, Franklin Martins etc, todos eles tem receita para converter a má vontade do público, aquele que a famosa profecia de Joseph Pultizer chamava de VIL.

 

 

Redação

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