Duas vezes em que a Lava Jato fabricou provas para validar delações

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Juízes da Lava Jato do Rio de Janeiro e Curitiba admitem como prova de delação premiada conta de e-mail e outros documentos que foram fabricados durante ou até mesmo depois das negociações entre os procuradores e os candidatos a delator

Jornal GGN – Na famigerada sentença do chamado “caso triplex”, o então juiz de Curitiba, Sergio Moro, gastou o dedo escrevendo repetidas vezes que, em sua visão, as delações premiadas e os testemunhos de corréus contra o ex-presidente Lula foram acompanhados de “provas corroborativas”. Mas e se as tais “provas corroborativas” que os juízes da Lava Jato levam em consideração foram fabricadas “do zero”, durante ou até mesmo depois de negociações entre o Ministério Público Federal e os candidatos a delator?

A situação acima já extrapolou a condição “dúvida razoável” e se transformou numa realidade que se repete tanto na Lava Jato de Curitiba como no braço fluminense.

O Conjur de terça (2) publicou reportagem especial mostrando que foi exatamente o que ocorreu no âmbito de uma ação penal decorrente da Operação “Câmbio Desligo”, que tramita sob o juiz Marcelo Bretas.

A história envolve doleiros investigados pela Lava Jato no Rio, que criaram um sistema de informação chamado Bankdrop para controle de transações financeiras. Em fevereiro de 2018, em negociação com o MPF, os doleiros-delatores implicaram um homem que trabalhou numa casa de câmbio. Três meses após esses depoimentos – mais precisamente em 3 de maio de 2018 – a “Câmbio Desligo” teve sua fase ostensiva deflagrada. Mas somente 5 dias depois disso é que se deu a abertura de uma conta de e-mail que, cadastrada no Bankdrop, encaixa o delatado na narrativa dos delatores.

Em petição ao juiz Bretas, o advogado do deletado defendeu uma perícia técnica nas provas apresentadas pelos delatores, mas o magistrado negou acesso ao sistema informatizado onde a prova teria sido fabricada no final de março passado.

Chama atenção que Bretas, contraditoriamente, admitiu que o Bankdrop “admite inserção e subtração de dados”. Isso, na visão do advogado do delatado, “coloca à prova sua confiabilidade para lastrear a persecução penal”.

Essa não é a primeira vez que a Lava Jato é pega fabricando provas para corroborar delações. Aliás, o enredo do Bankdrop lembra os sistemas de comunicação e de controle de pagamentos da Odebrecht (Drousys e MyWebDay), apresentados à Lava Jato de Curitiba. Há indícios de que o sistema foi acessado (e, portanto, pode ter sofrido alterações) quando as denúncias estavam a todo vapor.

Mas o GGN também mostrou, em fevereiro passado, que uma outra “prova” documental utilizada por Gabriela Hardt para condenar Lula no caso Atibaia foi fabricada durante a fase de negociação de acordo de delação entre Pedro Barusco, ex-executivo da Petrobras, e os procuradores de Curitiba.

O caso de Barusco está registrado a partir da página 133 da sentença assinada por Hardt. O delator afirmou que produziu, “no período da minha colaboração”, uma planilha que contém, “de memória”, contratos da Petrobras com a Odebrecht e os valores de propina que ele acredita que foram combinados entre as partes.

Barusco, para lembrar, é o delator da Lava Jato que, pego recebendo propina por meio de offshores (provas  dos pagamentos foram obtidas, de fato, por meio de cooperação internacional), acabou condenado e, depois disso, recorreu ao acordo que implica Lula, em troca de benefícios.

Na delação, ele confirmou a tese da Lava Jato: metade da propina paga por empreiteiras à Diretoria de Serviços ficava com a “casa” (ou seja, com diretores da Petrobras que recebiam no exterior) e a outra fatia teria sido destinada ao PT.

Durante o julgamento do caso Atibaia, o MPF perguntou a Barusco se ele recordava de uma tabela que indicava contratos entre a Petrobras e consórcios integrados pela Odebrecht, utilizada como prova de sua delação.

“Sim”, respondeu Barusco, “essa planilha foi feita durante, no período da minha colaboração. Acho que foi novembro ou dezembro de 2014”, afirmou. “E a gente tem que ver como é que eu fiz essa planilha. Eu peguei todos os documentos de contratação desses pacotes da refinaria e fui, pela memória, lembrando quais os que tinham havido combinação de propina ou não, e fui montando a planilha”, acrescentou.

A juíza Hardt classificou a planilha de Barusco como “prova complementar produzida a respeito do pagamento de propina.”

Leia mais aqui.

 

 

 

 

 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

22 Comentários

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  1. tudo isso com o conluio da grande mídia
    e suas mentiras e invenções, como a do globo,
    de que o triplex pertecencia a lula,
    entre inúmeros outros…

  2. Não adianta!! Podem mostrar por A + B, 1+1=2 que as provas foram forjadas, que Lula é um preso político que a frase fatídica vai ser dita: “Não vem ao caso!”

  3. Essa trolha é fabricada desde o seu início, foi uma patranha que inventaram com apenas o objetivo de chegar na Petrobras e em Lula…..

    Se der um chute na base cai tudo……

    O Brasil ficou nas mãos de um incompetente que não sabe se expressar com decência em.nenhuma língua…. . .com a cumplicidade dos larápios de sempre……..

  4. Considerando que essa “magistrada” foi aquela que, mesmo sem competência, homologou acordo ilegal entre os procuradores e seu chefe DD, o Departamento de Justiça dos USA e a direção da Petrobrás, além de ter copiado parte da sentença do justiceiro Moro em outro processo distinto, tudo que essa senhora produz deve ser minuciosamente analisado, pois sua fidedignidade é altamente questionável.

  5. Por quê é tão difícil aceitar a realidade de enriquecimento ilícito destes corruptos. É claro que pro LADRÃO sempre negará seu roubo. O pior cego é o que enxerga e que não vê. Parem de subestimar nossa inteligência. Está mais do que claro o coluio desse CARTEL de políticos LADRÕES que se perpetuaram no poder às custas dessa visão inexperiente de vocês que defendem esse LULALADRAO, fala sério…. Que cegueira. JÁ PARARAM PRA PENSAR COMO É BOM TER O MELHOR EMPREGO DO MUNDO? O BRASIL SE TORNOU O PARAÍSO DOS LADROES DO COLARINHO BRANCO. PAREM DE COLOCAR A JUSTIÇA COMO BANDIDO E ENXERGUEM DE VERDADE QUE OS VERDADEIROS BANDIDOS SÃO OS QUE NEGAM SEU ROUBO. DEIXEM DE DAR MORDOMIAS PARA LADROES ENQUANTO VOCÊS TRABALHAM E GANHAM MIGALHAS PAGANDO IMPOSTOS PARA ELES SE ENRIQUECEREM. POR FAVOR!

    1. KKK
      Você mata de rir qualquer um!
      KKK
      Para, não aguento… Ou você é comediante ou nem leu o texto… ou… você é um coitado que ganha migalhas com comentários, já que agora anda desempregado… Quem sabe um pobre de direita desempregado que reza pelo bem do patrão e defende umas moedas com comentários toscos!

    2. O bom disso tudo é que se amanhã te acusarem de qualquer coisa e fabricarem provas contra você, você vai poder experimentar desse novo método de justiça assumindo a culpa do que você nem sabe que fez sem reclamar.

  6. Essa farsa jato não passa de uma fábrica de mentiras desde o começo, vem forjando provas e vendendo sentenças, só não ver quem não quer.

    1. Ué, quem defende rico corrupto é a lava jato, afinal de contas Pedro Barusco continua rico, sabia? E todos os diretores ladrões da Petrobrás também. E DD também queria ficar rico com bilhões da Petrobrás e da Odebrecht. Deixa de ser mané

      1. Esses trolls que tentam se passar por “cidadãos de bem (ben$)” em blogues progressistas não contam com a qualidade dos comentaristas do GGN! Hahahaha. Parabéns, Arthemisia.

        Sampa/SP, 04/04/2019 – 11:10

    2. O sujeito é só o produto do cruzamento da ignorância com a

      Esse sujeito era figura carimbada lá no Blog da Cidadania, agora, apareceu por aqui.
      É um pobre diabo!

  7. “recorreu ao acordo que implica Lula, em troca de benefícios.”
    Eu imagino que Barusco, o delator, não conseguiu implicar Lula em absolutamente nada.
    Não existe afirmação séria e não existe palavra confiável. Existe, sim, uma confissão em que o delator afirma que produziu, “no período da minha colaboração”,
    O delator lembra uma planilha que contêm “de memória”, contratos da Petrobras com a Odebrecht e os valores de propina que ele “acredita” que foram combinados entre as partes
    O depoimento do delator não se sustenta em nada e foi incapaz de provar a existência de qualquer certeza, sobre a participação e a relação de Lula com os seus relatos.
    Se observarmos bem, nós veremos que o delator procura atender de certa forma ao trato assumido, no acordo, para ganhar seu prêmio pela delação.
    Então, para não dar a mão ao azar, eu avalio que o delator planejou as criminosas fakes e carregou nas suposições, nas ilações e nos deboches. Usou da tática comum que mancha reputações de forma gratuita e sem nenhum fundamento.

    Contudo, para um judiciário que não gosta de ser criticado, abaixo temos uma pequena coleção do que sempre “não vem ao caso”, para um sensível judiciário que não gosta e tanta não permitir que seja criticado:
    – Bretas, contraditoriamente, admitiu que o Bankdrop “admite inserção e subtração de dados”. Isso, na visão do advogado do delatado, “coloca à prova sua confiabilidade para lastrear a persecução penal”.
    – uma outra “prova” documental utilizada por Gabriela Hardt para condenar Lula no caso Atibaia foi fabricada durante a fase de negociação de acordo de delação entre Pedro Barusco, ex-executivo da Petrobras, e os procuradores de Curitiba.
    – Há indícios de que o sistema foi acessado (e, portanto, pode ter sofrido alterações) quando as denúncias estavam a todo vapor.
    – Três meses após esses depoimentos – mais precisamente em 3 de maio de 2018 – a “Câmbio Desligo” teve sua fase ostensiva deflagrada. Mas somente 5 dias depois disso é que se deu a abertura de uma conta de e-mail que, cadastrada no Bankdrop, encaixa o delatado na narrativa dos delatores.
    – O caso de Barusco está registrado a partir da página 133 da sentença assinada por Hardt. O delator afirmou que produziu, “no período da minha colaboração”, uma planilha que contém, “de memória”, contratos da Petrobras com a Odebrecht e os valores de propina que ele acredita que foram combinados entre as partes.
    – respondeu Barusco, “essa planilha foi feita durante, no período da minha colaboração. Acho que foi novembro ou dezembro de 2014”, afirmou. “E a gente tem que ver como é que eu fiz essa planilha. Eu peguei todos os documentos de contratação desses pacotes da refinaria e fui, pela memória, lembrando quais os que tinham havido combinação de propina ou não, e fui montando a planilha”, acrescentou.

  8. O filho competentíssimo de Lula criou um joguinho que virou febre e a Oi comprou, eis a origem da fortuna… O resto é estória da carochinha!!!

  9. 1 – Uma excelente tarefa para trabalho conjunto entre alunos/estudantes de Direito e Jornalismo: reunir as principais sentenças e processos da Lesa-Pátria e suas congêneres pelo país e fazer uma análise qualitativa essencialmente jurídica com avaliação do entorno político e social – uma espécie de reconstrução de roteiro de filme de suspense ou crime planejado, uma investigação que ligue os inúmeros pontos soltos, com vistas ao esclarecimento da população. A falta de informações e a referência quase sempre genérica e fragmentada aos casos ajuda a manter a névoa de desconhecimento que permite aos lavajateiros vender sua falácia de combate à corrupção quando na verdade agiram, e o farão até que a máscara seja completamente retirada, apenas como empresários arrivistas tentando abrir espaço num mercado qualquer. Se partirmos das hipóteses, que já têm inúmeros indícios e auto-delações (do cara do DoJ, dos próprios lavajateiros) de conluio entre justiceiros provincianos e ambiciosos de explorar o “mercado interno da corrupção empresarial e política”, submissos ao USA, tais processos e sentenças podem ser a prova cabal do crime contra o Estado de Direito no país. O problema é que eles fizeram, certamente com a orientação, digo, “cooperação técnica para combate ao terrorismo” (para os imperialistas USeiros, qualquer tentativa de soberania é certamente um ato de terrorismo, #$%¨&) dos chefes dos USA, tudo tão disperso e fragmentado que parece um labirinto insolúvel sem que se juntem as peças certas do quebra-cabeça montado para devolver o país ao seu leito atávico de colonização submissa, voluntária e vergonhosamente subserviente. Nada nessa história é independente como os lavajateiros querem fazer crer; ao contrário, espalham as operações, as denúncias, multiplicam “fatos” e delações, tudo para dificultar a compreensão das pessoas e a defesa dos acusados – a utilização de casos reais de corrupção para justificar a generalização e a condenação antecipada de qualquer um sem a necessidade de provar nada, a presunção de culpa como o pecado católico a justificar a venda de indulgências. Mas tudo isso não é por acaso. E se não tiver ninguém disposto ao trabalho difícil de reconstituição dos crimes da Lesa-Pátria, ficamos como aqueles torcedores que têm certeza que seu time foi roubado mas não passa de papo de boteco. Que tal uma força-tarefa da sociedade civil para isso? Com certeza não faltará financiamento coletivo para desvendar o maior embuste da história recente do país, e a causa é muito justa: salvar nosso direito ao passado reparado, nosso presente e futuro, fazer justiça, dar a mão a quem está no limite da miséria, material e moral, e de volta à pobreza e desesperança por obra e desgraça desses fdp.
    2 – “Ninguém solta a mão de ninguém”. É lindo mas a alegoria tem que se multiplicar na vida real, não apenas como autodefesa civil mas com tudo o que a imagem desperta de propósito e de disposição de, de fato, darmos as mãos para socorrer o país já mais da metade desesperado dentro de um poço sem fundo e sem forças para reagir. Mais que a confirmação do vexame e do desgaste que seria a continuação do golpe, me dói e deixa perplexa o quanto que a sociedade civil tão qualificada, tão disposta a agir, tão esclarecida, não consegue empreender atividades conjuntas que pareçam reconstruir ou recuperar o tecido social esgarçado. Tudo parece apenas compor uma cacofonia inútil e a tudo engolfa como num buraco negro.
    Parece que ainda estamos na fase de combustão do rastilho de m* que foi deflagrado de maneira intensa a partir de 2013, e que qualquer tentativa de contrapor não funciona, que qualquer movimento contrário apenas nos desgasta e faz participar da geléia geral estragada que o mundo virou, e que vai levar muito tempo a reverter o fluxo de desorganização social e política industrialmente iniciado aqui pela máquina de guerra semiótica (como diz Wilson Ferreira) dos USA como comandante-em-chefe do capitalismo ultraliberal misantrópico e eco-genocida (termo da ativista Vandana Shiva, salvo engano meu).
    De nada valeu assistir tanta sessão da tarde – não aprendemos como pensa e age o adversário, apenas a nos submeter a ele.
    Quanto tempo durará essa hipnose, a fadiga social e política, a desorientação, a queda que parece um spin vertiginoso, a falta de rumo, de prumo, de horizonte de esperança e de um projeto claro e factível de saída dessa enrascada? Que utopia mínima nos une? Qual(is) fratura(s) vínhamos empurrando com a barriga que deu(deram) nessa cratera em expansão, que permitiu ficarmos cativos de um bando de piratas caricatos e em certas situações, dignos de pena tamanha sua ignorância (desconhecimento) sobre a vida, o que ainda não conseguimos entender sobre o que estamos vivendo, para além da repetição em loop do golpismo USeiro no nosso quintal? O melhor divã com certeza é uma rede de pano debaixo de uma árvore a contemplar a Natureza cuja redescoberta reverente pelo/as humano/as filho/as pródigo/as pode ser, paradoxalmente, a salvação do que de bom a civilização ocidental produziu.
    Em maio outra Greve Mundial pelo Clima (e pela Vida no planeta) vem aí. E aí, Brasil, vai ficar na rede virtual batendo tecla para idiota viralizar?

    Sampa/SP, 04/04/2019 – 12:36

    1. Que falta faz a opção de editar os comentários…
      Edição de trecho: “Tudo parece apenas compor uma cacofonia inútil e a tudo engolfa como num buraco negro.”
      Leia-se: “Tudo parece apenas compor uma cacofonia inútil que a todos engolfa como num buraco negro. Parecemos figurantes num filme como “O mundo de Andy”, em que a realidade e a ficção inconsequente se confundem de modo a que nada leva a lugar nenhum, o niilismo parece inescapável como forma de fugir da coisificação permanente a que estamos sujeitos – o choque de descobrir diariamente o sem-limite da hipervigilância, por exemplo, não nos impede de continuar no perigoso submundo digital, indiferentes ou impotentes diante da inescapabilidade de sua utilidade – e maquinalmente, seguimos evitando ou protelando perguntas incômodas e mudanças necessárias. Somos cúmplices? Certamente, não somos originais em nosso desespero, mas só isso não explica nossa rendição.”

      Carlos Drummond de Andrade – Elegia 1938 (na interpretação de Caetano Veloso)
      https://www.youtube.com/watch?v=AqNjbqQwOzE

      Sampa/SP, 04/04/2019 – 15:45

  10. Todos os políticos podem ser acusados de envolvimento em corrupção, e não tem como escapar dessas acusações, culpados ou não.
    As acusações não têm a finalidade de prender ninguém, só tem o propósito de manter os politicos sobre controle. Os Serras, Aécios, Richas, Bolsonaros e etc, jamais serão presos, não importa as provas que tenham contra eles, mas políticos como o Lula não têm a mesma sorte, para eles a justiça é curta e grossa e as provas não são tão importantes.
    No governo FHC houve muitas acusações contra políticos e empresários, mas ninguém foi preso ou julgado.

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