Educação responde ao GGN sobre denúncias de materiais abandonados

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Após a publicação da reportagem “Secretaria de Educação diz que pilha de livros abandonados ‘pode ser montagem’“, o GGN recebeu uma resposta da pasta do governo do Estado de São Paulo com o retorno sobre as denúncias de livros, instrumentos musicais e carteiras encontrados nas salas de aula, intactos, e não entregues aos estudantes. Cabe ressaltar que, antes de publicar a reportagem, todas as denúncias referente às três escolas citadas foram enviadas, com as respectivas fotografias, à Secretaria de Educação, sem o devido esclarecimento ao jornal. 
 
RESPOSTA: Secretaria da Educação do Estado
 
A matéria “Secretaria de Educação diz que pilha de livros abandonados pode ser montagem” ignorou a resposta da Secretaria da Educação do Estado e traz denúncias não informadas pela reportagem à Pasta, para que fossem esclarecidas. Sobre a Escola Estadual Arthur Chagas Júnior, a Diretoria Regional de Ensino Leste 4 informa que no ano passado desenvolvia um projeto de música. Quanto às carteiras encontradas, todas as escolas têm material para reposição.
 
Sobre livros de Ensino Fundamental encontrados na Escola Estadual Godofredo Furtado, a administração regional informa que sem acesso ao prédio da escola, que está ocupada, não se pode afirmar com precisão sobre o fato. 
 
Quanto aos uniformes esportivos encontrados na Escola Estadual Fernão Dias, a Diretoria Regional de Ensino Centro-Oeste informa que se tratam de doações recebidas para que os estudantes participem de campeonatos escolares, porém, seu uso não é obrigatório. As mochilas guardadas são materiais reservas para doações a alunos que necessitem. A unidade conta com 22 computadores utilizados pelos estudantes e está em processo de desfazimento dos mais antigos.
 
Conforme informado ao jornal “as escolas citadas pela reportagem já começaram a receber os livros didáticos do ano letivo de 2016. Arthur Chagas Júnior, Godofredo Furtado e Fernão Dias receberam respectivamente, 3.855, 2.196 e 5.446 livros do PNLD (Programa Nacional do Livro Didático), conforme descrito no site do FNDE (www.fnde.gov.br) que serão distribuídos no início das aulas, marcadas para começarem no dia 15 de fevereiro. À reportagem do GGN foi explicado que a distribuição dos livros pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é realizada através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).  
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. Tem alguma coisa errada

    – “Cabe ressaltar que, antes de publicar a reportagem, todas as denúncias referente às três escolas citadas foram enviadas, com as respectivas fotografias, à Secretaria de Educação, sem o devido esclarecimento ao jornal” ,

    e

    – “A matéria […] ignorou a resposta da Secretaria”. 

    Essas duas informações não combinam. Mas que bom que o GGN dá destaque à resposta da Secretaria no mesmo espaço da denúncia. Se todos os veículos fizessem isso…

  2. Ou seja, não há problema

    Ou seja, não há problema algum, está tudo sobre controle, não é boicote ao governo federal , os livros de anos anteriores não existem mais, pode procurar lá, não é sucateamento do ensino público, não falta , nem faltará água para a população( dos jardins), em SP não há corrupção, os empreiteiros doam por puro desprendimento e pela nobre causa tucana, as viagens de avião da Lu e do totó são todas para obras de caridade. 

    1. Ou seja, Estado de São Paulo,

      Ou seja, Estado de São Paulo, um estado sem corrupção, até há alguns corruptores, mas sem corrompidos. É o Estado dos sonhos de todos brasileiros.

  3. Os  argumentos deles  nao

    Os  argumentos deles  nao  convence nem sequer a  um cachorro vira  lata porque  as desculpas  apresentadas  é coisa  de  super  vira-larta,  Pode  percorrer  as  escolas  pelo Brasil,  e  voces  vao encontrar   farto  material  que nao  foi entegue  aos  alunos.  ou  foram enviados  acima   dos  numeros  de alunos  matriculados.  Isso  se  chama  super-faturamento  e   nao  dá  para  ser  pego.  Pelo  menos,  nao  ate agora  mais se for  feito uma   vistoria  e investigaçao  completa  vai  ser   desnudado o que  estou dizendo. Se uma  escola  tyem  2 mil alunos  eles mandam  livros  para mais de  3  mil   e fica  tudo  entulhado  ate  ir  para o  lixo  nas escondidas.  É a  forma  que  o  PSDB  e  seus  capangas  encontram  para   roubar  as contas publicas  sem serem  notados. 

    Olha so  como é que  eles  estao ja entegando  material de  2016  se as  aulas nem sequer começaram?  eles  vao de casa emcasa  dos  alunos entregar?  Provavelmente vao dizer que os  livros  ja  estao a disposiçao  dos alunos  nas  respectivas  escolas. mais  isso é  so para tapar  o escandalo  dos  amontoados  de livros  que  nao tem  explicaçao a nao ser  a que  deia  acima. 

  4. As  explicaçoes deles nao

    As  explicaçoes deles nao convence nem  umcachorro   vira-lata  quanto mais pessoas de bom senso,  que sabem´pérfeitamente  que eles  estao mentindo  descaradamente. A  unica  explicaçao plausivelque  temos ér  que  os livros  foram  super-faturados.  ou seja:  se  a escola  tem   2 mil alunos   eles   simplesmente   mandaram para a escola 3  mil livros,  aumentando o  faturamento  para poder   ganhar   nas  conrtas  dos cofres  publicos. Corra   todas as escolas publicas do  país e  voce vai encontrar  montanhas  de livros  que nao sao entegues  ou foram  entregues  e  uma  grande  parte  sobrou  porque foram enviadas  a mais. Ai  esta na  hora  de  se  abrir  uma CPI do  livro   e  muita  coisa  vai  ser  descoberto.

  5. Irresponsabilidade e desperdício
    Visito escolas publicas há mais de 10 anos, em todo o Brasil. Vi em muitas delas esta cena deprimente de livros didáticos sem uso, empilhados num canto. Na rede estadual de SP foi onde vi a maior quantidade.
    É um assunto a ser melhor compreendido.
    Segundo gestores de escolas com quem conversei a respeito, os professores são obrigados a selecionar os livros para suas turmas, mas muitos não os utilizam, pois preferem seguir seus próprios métodos. “Todo professor brasileiro é construtivista. Mas basta fechar a porta da sala de aula que o construtivismo evapora. O sujeito abre a cartilha Caminho Suave, enche a lousa de textos para os alunos copiarem e manda ver”, me disse um supervisor.
    Nem todos professores são assim. Conheci muitos professores de nível excelente em escolas públicas, muito mais que esperava encontrar. Mas essa questão do livro didático sempre aparece como um desafio.
    Um especialista do MEC me falou do absurdo dessa situação. O livro didático é produzido por 1 ou mais autores, com a curadoria de uma editora especializada e é submetido a uma banca de especialistas do FNDE-MEC antes de ser disponibilizado ao professor. Ou seja, é um produto de qualidade certificada, que muitas vezes o professor despreza, com prejuízo para seus alunos.

  6. pelo que  me disseram, para

    pelo que  me disseram, para cada 10 livros que governo federal compra, as editoras doam por puro amor uns 3 exemplares para que fique de reserva na escola para o caso de algum estudante esquecer o seu em casa. Portanto, essa questão do livro é coisa que envolve o governo federal e tudo é fruto de  bondade e não há nenhuma bandalheira nisso

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