Estadão rompe silêncio e divulga avanços tecnológicos do Mais Médicos

Jornal GGN – Graças ao Estadão fica-se sabendo que o programa Mais Médicos incorporou grandes avanços tecnológicos, para aumentar sua eficiência.

Cada médico ganhou um iPad com um conjunto relevante de informações e funções, inclusive com tradutor automático português-espanhol, para acelerar a adaptação dos médicos ao país.

Dentre as informações disponíveis, materiais de consulta referentes a protocolos clínicos, informações sobre doenças e tradutor português-espanhol, entre outros recursos. Tem ainda portarias e vídeos sobre os programas do ministério, cadernos de atenção básica e produções científicas.

Qual a razão do Estadão ter rompido a cortina de silêncio? Simples: por trás das informações havia uma “denúncia” grave: os aparelhos não tem placa 3G. E em grande parte dos postos médicos (que são do Estado e dos municípios) não existe sistemas wi-fi. Toda a matéria girou em torno dessa “denúncia”.

Nas operadoras, o acesso ao sistema 3G sai por R$ 30,00 mensais.

 

Sem Wi-Fi, tablet do Mais Médico perde funções

Profissionais ganharam aparelho, mas não conseguem acessar informações durante as consultas porque UBSs não têm serviço de internet sem fio

15 de dezembro de 2013 | 2h 08

Fabiana Cambricoli – O Estado de S.Paulo

Sem contar com Wi-Fi nos postos de saúde onde trabalham, profissionais do programa Mais Médicos não conseguem usar parte dos recursos oferecidos no tablet dado pelo Ministério da Saúde para auxiliá-los no atendimento aos pacientes.

Sem uso: 'Serviço facilitaria trabalho', diz médica cubana - JF Diorio/Estadão
JF Diorio/Estadão
Sem uso: ‘Serviço facilitaria trabalho’, diz médica cubana

 

No aparelho ficam disponíveis materiais de consulta referentes a protocolos clínicos, informações sobre doenças e tradutor português-espanhol, entre outros recursos.

Parte do material, porém, só pode ser acessada se o aparelho estiver conectado à internet sem fio, tecnologia inexistente na maioria das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) onde os médicos atuam.

Levantamento feito pela reportagem nas 48 cidades do Estado de São Paulo que receberam profissionais do programa mostra que apenas a minoria conta com o serviço. Das 36 prefeituras que responderam, apenas oito têm internet Wi-Fi em todos os seus postos de saúde. Outras seis têm a tecnologia em algumas unidades e 22 não possuem o serviço em nenhuma UBS.

“O tradutor do espanhol para o português, por exemplo, só funciona se tiver internet. Isso acaba dificultando um pouco nosso trabalho porque, quando surge alguma dúvida, temos de interromper a consulta, às vezes sair da sala, para pedir ajuda a um colega. Todos são sempre muito solícitos, mas o serviço no tablet facilitaria”, diz uma médica cubana que trabalha na zona norte de São Paulo.

Com cem profissionais do programa Mais Médicos, a capital é um dos municípios que não têm internet Wi-Fi em nenhum de seus postos de saúde. Em todo o Estado, são 356 profissionais já em atendimento, além de 216 que devem começar a trabalhar ainda neste mês.

Aplicativo. Outro recurso do tablet indisponível para os médicos que não têm internet em seus postos é o aplicativo Telessaúde, no qual os profissionais podem enviar suas dúvidas para os supervisores.

O Código Internacional de Doenças (CID-10) também só pode ser consultado quando há rede Wi-Fi disponível.

Médicos de cidades em que as UBSs têm internet dizem que os recursos do tablet facilitam o trabalho. “Quando preciso consultar detalhes sobre alguma doença ou então tirar uma dúvida do idioma, o tablet já está na mão, agiliza a própria consulta”, afirma a médica cubana Mercedes Perez Calero, de 44 anos, que trabalha em Guarulhos, onde 20 dos 67 postos têm internet grátis.

Investimento. Segundo o Ministério da Saúde, até agora, 4.974 médicos já receberam o tablet em todo o País. Cada aparelho custou R$ 1.450, num investimento total de R$ 7,2 milhões. Outros cerca de 1,6 mil médicos que estão no Brasil pelo programa também vão receber o equipamento, diz a pasta.

Questionado sobre a dificuldade de uso do material pelos médicos, o ministério informou que todo o material está disponível para acesso remoto.

O Estado navegou no tablet e confirmou que o tradutor, o aplicativo Telessaúde e o CID-10 não funcionam sem internet. Já as portarias e vídeos sobre os programas do ministério, protocolos clínicos, cadernos de atenção básica e produções científicas estão disponíveis no tablet mesmo no formato offline.

Ainda segundo o ministério, o equipamento tem tecnologia 3G e cabe ao médico contratar um pacote de dados móveis para ativar o serviço.

 

 

 

Luis Nassif

22 Comentários

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  1. Pra comecar, ta parecendo que

    Pra comecar, ta parecendo que o iPad foi colocado nas maos de medicos cubanos para espionar los, portanto foi exigencia dos EUA.  O iPad, em caso eu nao disse hoje, eh uma maquina de espionagem.

    Pra segundar, triste eh ver que os avancos vao pra medicos estrangeiros porque a clique brasileira da medicina se considera uma clan…

  2. A maioria das cidades

    A maioria das cidades brasileiras não tem 3G, e as que tem o que sabem qual é a qualidade do serviço.  Os médicos do programa vão para cidades pequenas onde mal existe um bom sinal de celular. 

  3. Esses caras estão de

    Esses caras estão de bricadeira né? 3G nos mais isolados rincões do país?  Fala sério!

    Em São Paulo, Capital, há inúmeras regiões em que esse serviço inexiste. Especialmente nas periferias.

    Em locais mais extremos como o distrito de Marsilac não há nem sinal de celular comum.

    Heloou!!! Estou falando de São Paulo, Capital, quase 2014!

    Aqui leitura obrigatória para jornalistas do Estadão e autoridades publicas:

    http://extremossp.com/desconectados/

    http://extremossp.com/

    1. Médicos brasileiros

      Marco, se os médicos brasileiros honrassem o juramento que fazem ao se formarem… nós nem precisaríamos recorrer aos estrangeiros. Eles que arregassem as mangas… vão para os mais recônditos do país trabalhar e levar o progresso para esse país; que peguem eles tb seus iPads e párem de ficar falando mal do governo. 

      O comparativo é simples: O que seria do Brasil hoje, se os colonizadores que aqui chegaram do estrangeiro ficassem latindo contra suas coroas e nao arregassassem as mangas e fossem desbravar esse Brasil?????? 

      Tirem seus rabos dos seus consultórios chiques da cidade e partam lá pro interior com esse salarinho pobre de 10 mil por mes… ou entao, calem a boca e deixa quem quer trabalhar fazê-lo.

      Se nao puder ajudar, falar bem… pelo menos cuide do seu próprio rabo.

  4. Ué como assim avanço

    Ué como assim avanço tecnologico? rs

    A materia esta denunciado que nao houve sequer um minimo de planejamento ( isso supreende alguem? rs )  por parte do governo que forneceu um aparelho e ” esqueceu ” que o mesmo necessita de conexao Wi Fi

    Nao vejo onde isso seja uma noticia positiva

    Mas mesmo que fosse qual o problema?

    Os questionamentos do Estado à epoca foram e sao justissimos ou seja:

    Os medicos deveriam ter o Revalida

    E os medicos deveriam ter acesso integral ao seu salario mediante respeito as normas trabalhista do pais

    Ocorre que os medicos cubanos sao ” prostituidos ” por uma ditadura que os usa para se financiar

    E o Brasil por afinidade ideologica correu achar um meio de dar dinheiro para manter esse regime patetico e falido e ditatorial caribenho 

    Só isso…rs

    1. Uma aula para um tolo ou reacionário desinformado.

      Onde já se viu, um coxinha como o leônidas, que tem 3 iPads em casa, um iPhone para cada membro da família e TV de plasma até no banheiro se preocupar com a ausência de wi-fi nos postos de saúde do fim-do-mundo. leônidas não sabe, mas vou ensiná-lo. Um tablet não é máquina de uso exclusivo para internet. Os primeiros PC’s (PC-IBM) no Brasil vinham com um processador 8088 de arquitetura x86, Esse processador era uma espécie de “down size” do 8086, inteiramente em 16 bits. Os 8088 processavam em 16 bits, mas se comunicavam com o resto do hardware em 8, ficando assim muito mais barato. NÃO podiam acessar a internet tal como a conhecemos hoje e mesmo assim, eram máquinas utilíssimas, toda grande empresa tinha uma ou duas. Redes de de computadores eram raríssimas e ainda se discutia qual arquitetura a ser usada, cliente-servidor, estrela ou qualquer outra. Portanto, Mr. coxinha leônidas, um tablet sem chip para usar rede 3G ou 4G não se parece com um automóvel sem gasolina ou uma televisão no meio da selva amazônica. Um tablet sem comunicação com a internet, vem e veio, conforme informa a notícia, com um monte de programas e dados gravados que facilitam enormemente o trabalho desses médicos. Além do mais, o médico que recentemente amputou a perna errada de um paciente no Rio de Janeiro era formado no Brasil e não precisou de Revalida. E, Dr. Coxinha, se você for médico, é um daqueles de nível 9, sendo 10 o nível da sarjeta.

      1. Não muda nada o que

        Não muda nada o que falei…rs

        os fatos permanecem o mesmo, a noticia em sí nao é elogio no sentido pleno da palavra e ainda que fosse ( ou seja ) os fatos sao:

        Medico tem que passar pelo Revaldia ( citar erro de medico ja estabelcido para questionar isso é RIDICULO rs )

        Cuba vive de usar esses profissinais se fazendo de cafetao dos mesmos

        Desculpe mas pode guardar sua aula para os pelegos de seu fã clube pois só lá poderiam achar que seu texto invalida algum dos FATOS mencionados no meu ok?

        kkkkk

  5. Ah! Essa mídia nativa

    Ah! Essa mídia nativa “investigativa”. Só não aparece nenhum comentário sobre o ministro das teles e o PNBL que deve estar em uma gaveta “errada”. Alô, alô, presidenta, até quando vamos tolerar esse ministro?

    Embora ainda não contectdo ao 3G (alguém aí consegue utilizar isso, em algum lugar?), é provável que os médicos “escravos” estejam recebendo informações que os ajudem nas suas atividades.

    Não se via notícia assim, no governo do “outro”, porque não havia o que noticiar. Nem contra (o que eu duvido) nem a favor.

  6. Programa Banda Larga nas Escolas para atender postos de saúde

    Está aí um bom pretexto para ampliar o escopo do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), que trocou metas de obrigação de universalização das empresa de telefonia privatizadas por atendimento gratuito de banda larga, com velocidade de 2Mbps, à todas as escolas públicas urbanas.

    A sugestão é a de que em nova rodada poderiam ser incluídas as escolas públicas rurais e postos de saúde, por exemplo. Por vezes para poder ofertar o serviço de banda larga no usuário final, as escolas no caso, é necessário que a empresa de telefonia amplie a infraestrutura de telecomunicações na localidade (backhaul ) .

    Com isso fica mais fácil ampliar a oferta de banda larga ao público em geral pois a infraestrutura necessária foi finalmente completada para cumprir as metas do programa PBLE.

    Aqui alguns links do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), outro dos programas pouco divulgados na grande imprensa.

    http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=15808

    http://www.governoeletronico.gov.br/acoes-e-projetos/inclusao-digital/banda-larga-nas-escolas

    http://www.anatel.gov.br/Portal/exibirPortalNivelDois.do?acao=&codItemCanal=1519&site=1

  7. Por favor Estadão, denuncie

    Por favor Estadão, denuncie minha cidade!

    Moro apenas a 250 Km de Belo Horizonte, capital dos Perrelas, e não existe sinal 3G, muito menos rede wi-fi!

    Se quiserem aproveitar a deixa, denunciem também que numa cidade com 90 mil habitantes não existe uma livraria sequer, e o Estadão está sendo boicotado por leitores que não sabem o beábá.

    Serei grato!

  8. Não li a denúncia sobre

    Não li a denúncia sobre ausência de placa 3G. Algum colega mais atento talvez possa me dizer  em que parte do texto do estado estaria essa “denúncia”. Só no texto do GGN vi a denúncia da “denúncia” , Quanto a automaticamente chamar tablet ( ou tabuleta ) de ipad, fica por conta dos viciados em apple.

    Já a ausência de wifi pode ser resolvida aos poucos (não muito devagar ), mas é melhor um tablet com algum contéudo disponível do que nenhum.

    Gostei muito de saber que o Mais médicos está disponibilizando esse equipamento para os recém chegados. Se devo essa informação ao estadão, melhor que nada.

    Cruzes ! Talvez o blog possa incorporar uma tradição carioca de reveillon e tomar um banho de sal grosso.

  9. Moro em Ipanema e dentro do

    Moro em Ipanema e dentro do imóvel não consigo sinal de nenhuma operadora.

    O interessante é que todos os moradores dos edifícios em torno falam nas janelas com os aparelhos e a cabeça para o lado externo para conseguirem falar.

    Trata-se de uma autêntica conferência onde todos participam das conversas indiretamente.

    Já entramos em contato com as operadoras e as mesmas informam não ser possível instalarem antenas multiplicadoras.

    Isto ocorre em plena Ipanema,imaginem nos recantos mais distantes?

  10. 3g

    O aparelho foi fornecido, agora cabe aos interessados adquirirem o plano 3G. Não vejo motivo de crítica nisso. Sem contar que nos hotéis ou pensionato onde esses médicos residem deva ter WiFi. O objetivo do jornal é criticar, sómente.

     

  11. programa mais médicos

    Se estiver correta a informação de que cada tablet custou R$1.450,00 ( e presume-se que tenham sido comprados em grandes lotes, mais em conta), devem ser de primeira linha, com todos os recursos, entre eles 3G e wi-fi. 

    Considerando-se que as UBSs são de responsabilidade municipal, e que há um descompasso entre a demanda e os investimentos das operadoras privadas em infraestrutura, dá pra se ter uma ideia das dificuldades e de quem cobrar providências. 

    Se nos centros urbanos o oferecimento de internet não é integral, imagine nas áreas mais afastadas. E sem internet não há wi-fi. O mesmo vale para o 3G: precário nas áreas mais urbanizadas, inexistente na maior parte dos rincões para onde foram encaminhados os profissionais do #MaisMfédicos.

    Mas a matéria, mesmo buscando a crítica, de forma enviezada desvela os investimentos em tecnologia no programa #MaisMédicos pelo ministério da Saúde. Aos poucos vai sendo desmascarado o corporativismo que permeia as críticas iniciais ao programa. Aos poucos também cai a politização interesseira dos que não têm nada a oferecer a não ser a crítica pela crítica.

    cid cancer – mogi das cruzes/sp

  12. Meu sobrinho mora em

    Meu sobrinho mora em Francisco Morato – SP e não consegue adquirir serviços de internet como speedy ou net porque não tem sinal algum. Já cahamou as empresas para tentar instalar os serviços e o sinal não aparece. Também, dependendo da operadora, e mesmo em determinados períodos, não se consegue usar celular, só o fixo.

  13. É hora de fazer mudanças

    É hora de fazer mudanças estruturais no Brasil.  Se o programa  + médicos que veio resolver a carëncia na área da saúde e encontra tbm problemas na conecção de internet ou infra-estrutura, significa a meu ver, um próximo passo a ser dado em prol do bem estar daquela região. Precisamos aproveitar estas lições e fazer parcerias com empresas e cidades e usar mais o poder das ppps, claro que transparëncia total de dados só para garantir. 

    1. Parabéns

      Obrigado Liliana Falabella… parabéns pelo seu comentário… de passo em passo chegaremos lá… é assim que se faz.

      Vergonhoso e mesquinho sim… é ficar reclamando do Governo… sendo que governo somos todos nós… e nao fazendo nada prá soma. Ao contrário, só atrapalhando

       

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