Fora de Pauta

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Redação

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  1. Se Sérgio Porto ainda tivesse vivo, ele pediria parte dos salários dos altos signatários da República.
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    Sérgio Porto (1923 — 1968), conhecido pelo pseudônimo de “Stanislaw Ponte Preta”, foi um cronista, escritor, humorista, radialista, teatrólogo e compositor, que além de possuir uma cultura excelente tinha um senso de humor fantástico e refinado.
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    Ele fazia crônicas ácidas que criticavam a moralidade da sua época e quando foi necessário a ditadura militar, faleceu precocemente aos 45 anos e a sua última frase que proferiu no seu leito de morte para a pessoa que o estava cuidando mostra exatamente quem foi Sérgio Porto “Tunica, estou apagando. Vira o rosto prá lá que não quero ver mulher chorando perto de mim.”
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    Ele era um profissional fantástico conhecido tanto por suas crônicas, mas também por suas frases, como: “Imbecil não tem tédio” ou “Basta ler meia página do livro de certos escritores para perceber que eles estão despontando para o anonimato” como centenas de outras.
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    Sérgio Porto escreveu três livros exatamente sobre aqueles que ele criticava, chamado: “FeBeAPá – Festival da Besteira que Assola o País”, onde há uma coleção de besteiras que foram colecionadas por Sérgio Porto, tais como esta: “Policiais da Dops e elementos do Exército invadiam a casa da escritora Jurema Finamour e carregavam diversos objetos, inclusive um liquidificador. Vejam que perigosa agente inimiga esta, que tinha um liquidificador escondido dentro de sua própria casa.” Só para quem não sabe Dops era o Departamento de Ordem Política e Social do Brasil, a polícia política, onde qualquer coisa que provocasse estranheza dos policiais e outros agentes públicos, militares, por exemplo, era coisa de comunista.
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    Pois a morte poupou Sérgio Porto de uma velhice mais prolongada (teria 96 anos) e também de ver parte de seu humor seria indevidamente usurpado pelos altos cargos da República, pois simplesmente as piadas já saem prontas das bocas e ações daquele que ocupa o cargo de presidente e seus diletos primeiro e demais escalões.
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    Até a morte de Sérgio Porto, as piadas eram produzidas em sua maioria por prefeitos, vereadores, deputados e poucas por ministros e presidentes. Isto ocorreria principalmente porque nos cargos mais elevados, existiam pulhas com mais cultura e com senso de ridículo. Jamais teríamos um ridículo ministro da educação que faria uma grotesca imitação do famosíssimo Gene Kelly, um dos mais respeitados atores e dançarinos do cinema mundial cantando e dançando a canção “Singin’ in the Rain” que deu o nome a um musical clássico de Hollywood. Também as performances da Ministra Damares, os surtos do Ministro Guedes e o besteirol do nosso Ministro das Relações Exteriores além das frases e mensagens escatológicas daquele que ocupa a cadeira da presidência (não vou falar do haviam do ministro da educação, pois caio frequentemente neste erro horrível e roto não deve falar de descosido).
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    Isto tudo causaria um sério problema para Sérgio Porto, pois as imagens, as falas e os escritos destes personagens, por si só já são uma piada pronta, não necessitando nada mais do que as colocar em evidência.

  2. Bolsonaro e a psicanálise, um estudo de ca(u)so.

    Edivaldo Dias de Oliveira

    “Ele mudou muito pessoalmente, casou com sua terceira esposa, teve uma filha e, algo que ninguém sabe, ele fez psicanálise por dois anos “. 31 de maio de 2019.
    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/bolsonaro-fez-psicanalise-por-dois-anos/

    O relato acima foi feito por um General que não quis se identificar, é só conferir no endereço disponível acima.

    O fato é que desde que lí o artigo tenho me encasquetado com o tipo de tratamento feito por esse homem que governa Brasil, pela primeira vez na história de um país democrático juntamente com sua prole, de forma escatológica, e por quais mudanças passou desde as sessões de análise.

    Como não tenho formação acadêmica nenhuma, mas sou curioso em muitas áreas corri para pesquisar quais linhas psicanalíticas existem além das que já tinha conhecimento por ser muito popular como as de Freud, Jung e Lacan.

    Então, bora googlar. Só num endereço da Exame de 27 de outubro de 2015, numa reportagem de Clarissa Barreto, encontrei nove tipos diferentes de terapia, e olha que não ví nenhuma referencia a uma que me chamou a atenção certa vez pela excentricidade, pois entre outras coisas encerrava o paciente numa espécie de armário de madeira, que depois era fechado e coberto de folhagem e que teve entre seus adeptos o poeta beat Willian Bourroughs, cujo criador, austríaco, morreu numa prisão americana acusado de charlatanismo. Reich era o nome do fulano, cuja terapia tinha um forte apelo sexual, não apenas teórico mas principalmente prático.

    Não sei por que, mas acho que o nosso presidente se encaixa bem nessa ultima linha, só fico imaginando a dificuldade de enfiar ele na caixa. O senão no caso é que seu criador é tido por muitos como o precursor da contracultura, da liberação sexual dos anos 60 e das manifestações libertárias de 68, acho que isso o põe fora dessa terapia.

    Como o Gal que pediu anonimato não informou a linha terapêutica seguida, nem quantas sessões foram feitas durante esses dois anos, pois as sessões variam muito de uma linha para outra só nos resta a especulação, mas eu me peguei dia desses a imaginar uma conversa entre duas pessoas em que uma se queixa de alteração de humor para outra e essa última aconselha:

    – Porque tú não faz análise?
    – Isso é bom mesmo, funciona?
    – Oh, se é? Nosso presidente fez, dois anos, olha que fofo?
    – Melhor não.

    Dois anos de terapia a, no mínimo uma sessão por semana equivale a 96 sessões e é isso que se nos apresenta como uma grande mudança?

    Como e em que estado este homem se apresentou para sua primeira sessão, enjaulado e com uma focinheira como Hannibal Lecter? Afinal ele mesmo já disse que usava dinheiro da Câmara para comer gente, sem especificar qual o tipo de comida.

    Seria essa a terapia do Joelhaço criado pelo renomado Dr. L.F. Veríssimo e ministrado pelo famoso Analista de Bajé?

    Ou quem sabe o próprio exército tenha desenvolvido uma terapia própria e revolucionária usando o homem e seus filhos como cobaia e que acabou não dando muito certo? A Terapia Tiririca. Pior do que tá não fica.
    Com a palavra os psicanalistas.

  3. Até um presidente do tipo de Jair Bolsonaro consegue (talvez sem querer!) fazer coisa boa, como foi o caso do fim do horário de verão. Ufa! Em Belo Horizonte o início da manhã no horário de verão era muito triste; as pessoas não tinham escolha, tinham de tocar a vida levando filhos para a creche ou para a escola e indo depois para o trabalho. Isto (por enquanto, pelo menos) acabou.
    O mesmo Bolsonaro poderia acabar (por exemplo) com o alistamento militar obrigatório, seria um imenso corte de gastos, dinheiro jogado fora.

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