Fora de Pauta

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Redação

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  1. Ninguém escapa do terrorismo midiático

    Duas charges retratam o momento político do país, e viralizaram nas redes sociais. Uma é de Aroeira e a outra de Laerte.

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  2. Filha de Tucano e a Imprensa ˜brazileira˜

    Dois pesos, duas medidas

    Foto de Sophia Alckmin em NY evidencia parcialidade da mídia

    Filha do governador Geraldo Alckmin estava na semana de moda de Nova York e a mídia tratou o fato como uma futilidade. Imagine o Lulinha na mesma situaçãopor Lino Bocchini — publicado 15/09/2015 14p1, última modificação 15/09/2015 14p8 – Site Carta Capitalhare2  Instagram/Sophia AlckminSophia-Alckmin

    Sophia Alckmin (no banco), em NY, clicada ao acaso ao lado de Kim Kardashian e sua irmã, Kylie Jenner

       

    Viralizou na internet nesta terça-feira 15 uma fotografia de Sophia Alckmin, filha do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que apareceu involuntariamente ao lado de duas celebridades americanas, na semana de moda de Nova York. Vários sites de celebridades e amenidades noticiaram o caso como algo pitoresco, divertido.

    Agora pare um minuto, olhe novamente para a imagem e pense: e se ao invés de Sophia Alckmin fosse o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, sentado no banco nesta foto?

    Os sites e os jornais colocariam a imagem na parte de celebridades e amenidades ou nas páginas de política?

    A filha do governador de São Paulo pode viajar para onde bem entender e fazer o que quiser que ninguém questiona nem ela nem ao pai. Nem um único jornalista liga para o Palácio dos Bandeirantes para saber quem pagou sua viagem, suas roupas, sapatos e bolsas de marca, a fatura do seu cartão de crédito internacional.

    Ninguém faz plantão na porta de seu hotel para questionar se ela foi de classe executiva ou econômica, se o seu blog de moda tem algum financiamento ou saber quanto custou a garrafa de vinho que ela tomou com as amigas na noite anterior –era Romanée-Conti?

    Não sabemos nada sobre os gastos da filha jet-setter do governador. E ninguém se interessa em perguntar. Fica tudo por isso mesmo. Afinal, Sophia está em seu “habitat natural”, no entender dos editores e diretores dos meios de comunicação. Já o Lulinha… esse, como se sabe, é dono da Friboi, da Ambev, do Uber, do Facebook e da lua, e já deveria estar preso com o pai há muito tempo.

    http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/foto-de-sophia-alckmin-em-ny-evidencia-parcialidade-da-midia-7949.html

     

  3. Rua Antônio Pedro

    Foi um grande choque.

    O primeiro da minha vida.

    Onde estava a maior casa do mundo?

    Onde estava o maior campo de futebol do mundo onde uma vez quase perco o dedão do pé no gramado de paralelepípedo?

    Como era pequeno o meu mundo.

    Só agora via.

    Na Rua Antônio Pedro nasci e vivi a infância.

    Ali comecei a crescer.

    Ali parecia ser e estar o mundo.

    Ao sair de Juazeiro, já com 12 anos de idade, para ir morar em Salvador, quando voltei de férias pela primeira vez, tive aquele choque, o primeiro da minha vida.

    A maior casa do mundo, a minha, era na verdade uma casa pequena.

    O maior campo de futebol do mundo onde uma vez quase perco o dedão do pé no gramado de paralelepípedo, a Rua Antônio Pedro, era uma rua pequena e estreita.

    Sem saber, estava diante de uma informação que me guiaria pelo resto da vida.

    O mundo tem o tamanho do alcance da nossa visão.

    E a nossa visão tem ligação direta com a mente.

    O que nos faz ir ou ficar?

    Não, não são as pernas.

    É ela, a mente.

    A planície serena e segura parece ser a melhor escolha.

    Mas onde ficam os caminhos tortuosos em que pisamos em falso?

    Não é aí que aprendemos a acertar o passo?

    Na juventude quantos erros e acertos.

    E no amor!

    Também, quantos erros e acertos.

    Mas são os erros, mais do que os acertos, que nos preparam para a mulher que nos espera.

    Viva a vida deixando que ela lhe ensine.

    Faça-se amigo dela.

    É ela quem vai lhe ensinar, por exemplo, a enfrentar determinados momentos.

    É ela que ensina que o passado nunca passa.

    Está sempre presente mostrando os riscos que podem estar esperando o futuro logo ali após a esquina.

    É ela que lhe faz sentir o arrepio dos ventos quando estes parecem querer mudar.

    E diz:

    Vai doer.

    Mas, também diz:

    Jamais deixe de sonhar.

    Jamais deixe de lutar.

    Acho que o maior campo de futebol do mundo continua sendo a Rua Antônio Pedro.

    Acho que o mundo continua sendo a Rua Antônio Pedro.

    Acho que a maior casa do mundo ainda é a minha.

    Onde nasceu a criança que mora num adulto que insiste em existir e sonhar.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=4_bNtfbdGe4&feature=youtube_gdata align:center]

  4. Galera é a mãe

    GALERA É A MÃE!

    Já notaram como os comentaristas de futebol tratam a nós, torcedores? Tratam-nos por galera. O Faustão trata os telespectadores e suas amigas de auditório da mesma forma, no seu programa dominical.

    Mas que diabo é galera? Qual a origem desse termo? O verbete é definido assim pelo dicionário inFormal: Galera ou ¨galés¨ eram navios de guerra usados na Antiguidade; tinham bordas baixas, movidos à remo, mas também podiam ser dotados de 2 ou 3 mastros. As primeiras galeras foram construídas há cerca de 2000 anos antes de cristo (isto não está no dicionário). Tinham de 15 à 30 remos de cada lado, movidos geralmente por condenados.

    Vejam estas últimas palavras: remos movidos geralmente por condenados. Salvo algumas exceções, quem remava nas galeras eram escravos ou criminosos (pelo menos tinham sido condenados como tal) e, portanto, gente de última categoria ou a ralé da ralé na percepção da classe abastada daquele tempo e, por que não dizer, dos tempos atuais.

    Naquele tempo, portanto, galera era um navio. No interior das galeras ouvia-se o barulho surdo de um instrumento de percussão que sincronizava os movimentos dos remadores. Nos pés dos escravos e criminosos eram colocados grilhões que os mantinham atados à base da embarcação para que não fugissem durante as batalhas. Portanto, quando durante uma batalha uma galera afundava, os remadores afundavam junto com ela, pois todos estavam amarrados à embarcação. E aqueles que não conseguiam se desvencilhar dos grilhões morriam afogados.

    Hoje, para a Rede Globo e a mídia tupiniquim de uma maneira geral, galera não é mais um barco, mas as pessoas que continuam remando nos porões das trevas da ignorância, em pleno século XXI, graças à manipulação de suas consciências por uma elite sórdida e criminosa.

    Hoje, galera são as pessoas que participam de um programa de auditório e aplaudem um gesto idiota de um ator qualquer, ou que assistem a um show da Ivete Sangalo. Ou ainda são aqueles torcedores que se contentam em sentar num domingo à tarde numa “geral”, que nada mais é do que um bloco de cimento quente de um estádio descoberto e aquecido ao longo de todo um dia, e que vão para a casa curtir suas hemorroidas durante uma semana inteira (é preciso lembrar que nem todos os estádios foram preparados para a Copa). Ou seja, a galera é o povão sofredor junto com uma classe média idiotizada e facilmente manipulada que adora praticar mímica. Portanto, esse termo galera é em sua essência depreciativo.

    Com relação às pessoas das galeras de times adversários (as torcidas organizadas), elas brigam o tempo todo porque são tratadas como animais selvagens, não só pela polícia, mas por todo o aparato repressivo, discriminatório e aterrorizante operado e disseminado sistematicamente pelos meios de comunicação de massa, quando muitas dessas pessoas gostariam de ser tratadas apenas como animais domésticos.

    E as “autoridades” não compreendem porque a sociedade brasileira está ficando cada vez mais intolerante e partindo para uma violência de fazer inveja aos assassinatos das escolas americanas e aos filmes e vídeos games americanos e japoneses.

    E tudo isto acontece com o auxílio inestimável das intrigas das novelas da Globo e do incentivo à violência dos programa genuinamente brasileiros, como o programa do Datena e assemelhados, e com o incentivo dos telejornais, nas pessoas de seus apresentadores bem pagos, como ocorreu durante as manifestações dos anos recentes. Estamos cotidianamente preparando as pessoas para agredir e destratar as Instituições brasileiras e voltamos a ressuscitar a lei de Gérson em toda a sua plenitude: agora o brasileiro quer (não apenas gostaria de) levar vantagem em tudo, ainda que na marra.

  5. Há uma possibilidade sinistra

    Há uma possibilidade sinistra para o contexto das IFES presente nas atuais medidas anunciadas pelo Governo Federal. Esse cenário pode ocorrer pela combinação do término do abono permanência com a suspensão dos concursos públicos. O Quadro de Referência e o Banco de Equivalente possibilitam às IFES a reposição quase automática de pessoal em seus quadros. E o abono permanência tem garantido uma quantidade significativa de pessoal na ativa, mesmo tendo direito à aposentadoria. 
    Com o fim do abono, a corrida por aposentadorias será grande, podendo gerar perdas de 20 a 30% no pessoal das IFES. Se isso não for reposto via concurso, o cenário sinistro está desenhado. Laboratórios e disciplinas paradas, setores com dificuldades etc. Enfim, retorno aos anos 1990.
    A insensibilidade ou trapalhada do governo não pode chegar neste ponto, pois sai da esfera da negociação salarial e do ajuste de contas públicas, para a dimensão do sucateamento das IFES. Com certeza uma grande mancha no processo de melhorias feitas pelos atuais governos nas Universidades Públicas. 
    Falo deste cenário como uma possibilidade e em tom de alerta, pois acredito que os concursos públicos em caráter de reposição de pessoal para as IFES devem ser mantidos, independente da suspensão dos concursos e considerando o fim ou o disciplinamento do abono permanência. A reposição, via concursos, do Quadro de Referência e do Banco de Equivalente deve ser mantida pela qualidade do serviço prestado pelas IFES. Além disso, essa reposição não trará elevação de custos de pessoal, pelo contrário, pois um servidor com todos os benefícios do final de carreira será substituído por um servidor em início de carreia, gerando uma pequeníssima economia no meio dos bilhões que hoje compõem o orçamento. 
    O governo precisa esclarecer melhor suas medidas, pois a timidez em trazer para o ajuste de contas aqueles que menos pagam impostos neste país é grande. A timidez em chamar o Judiciário e o Legislativo para o ajusto de contas e o ataque às mordomias e privilégios também é grande. Por outro lado, o receituário ortodoxo trazendo os custos para os assalariados e servidores está em pleno vigor, mesmo considerando a justa preservação dos programas sociais para os mais pobres e os cortes na própria pele, do poder Executivo. 
    Vamos acompanhar. Como venho dizendo, a disputa está em quem ficará com os maiores impactos do ajuste de contas.

  6. E se os jornalistas fossem taxistas?

    https://www.youpix.com.br/e-se-os-jornalistas-fossem-taxistas-c0431a893bf7

    E se os jornalistas fossem taxistas?
    por Paulo Serpa Antunes, jornalista especialista em Jornalismo Digital e autor do http://www.jornalismodigital.jor.br

    Preocupados com a desvalorização da sua atividade, jornalistas se uniram num movimento contra o que chamam de concorrência desleal — a divulgação de informações, a redação de notícias e a edição de conteúdo na internet por profissionais não diplomados.

    Os autores de blogs, sites e página em redes sociais não-jornalistas passaram a ser chamados de clandestinos, digo, precários.

    Como bons jornalistas, eles começaram sua campanha com comentários irônicos (muito bem redigidos) nas redes sociais. Apoiados pelo patrões da grande mídia, eles estenderam sua ação através de editoriais furiosos, reportagens que mostravam o drama de jornalistas freelancers que não conseguiam mais cobrar o piso de seus clientes e campanhas publicitárias bancadas pela Associação Nacional de Jornais (que no fundo estava se lixando para quem estava escrevendo o quê, só queria mesmo era garantir sua fatia do bolo publicitário).

    O sindicato convocou uma grande passeata contra o jornalismo cidadão.

    Parece que fracassou: havia mais gente cobrindo o evento do que se manifestando.

    As fotos da passeata publicada nos jornais, no entanto, exibiam cartazes fabulosos:
    “App de notícia, só ser for da Folha”.
    “As empresas jornalísticas são regulamentadas pela Lei de Imprensa. Quem regulamenta o Buzzfeed?”
    “Não alimente as blogueiras de moda”.

    Num momento de maior violência, uma leitora afirmou ter sido agredida num aeroporto. Lia textos sugeridos pelos amigos nas redes sociais quando foi cercada por um grupo de jornalistas aos gritos de “sai do Facebook, volta pro UOL” e “teus amigos não sabem nada, só quem pode fazer curadoria de conteúdo é jornalista”!

    A polêmica envolvendo jornalistas e não-jornalistas foi parar no Legislativo e no Judiciário. Em debates ferrenhos, blogueiros, social medias e os citizem journalists invocavam a liberdade de expressão.

    Os jornalistas defendiam suas reserva de mercado usando os mais variados argumentos (o filho do dono de uma grande empresa companhia de mídia chegou a falar em direito hereditário).

    Alguns representantes da sociedade civil, convidados a opinar, defenderam os webwriters, alegando que o serviço prestado por nossa imprensa é muito ruim, quando não mentiroso. (Neste momento, o publisher da Veja colocou as mãos no bolso, olhou para cima e começou a assobiar).

    O assunto se estendeu por anos e anos. Alguns jornalistas, por desgosto, ou falência, trocaram de profissão.

    E não é que antes da polêmica terminar um leitor, num raro momento de atenção, percebeu:

    – Não é que o jornalismo produzido pelos veículos de comunicação melhorou?

  7. http://1.bp.blogspot.com/_8Jn

    http://1.bp.blogspot.com/_8JnFtmfKCmQ/TGIaiP5U_rI/AAAAAAAAApw/by92LaxGzuc/s1600/MexicoCity+%28560%29.jpg

    QUANDO OS AMERICANOS OCUPARAM A CIDADE DO MEXICO – Em março de 1847 o Exercito dos EUA ocupou porto

    de Vera Cruz e partiu direção à Cidade do Mexico visindo derrotar o General Antonio Lopez de SantÁna, presidente e

    ditador do Mexico. A situação politica do Mexico naquele momento tinha enfraquecido a capacidade de resistencia do Pais, esfacelado entre caudilhos e sujeito ao norte a invasão de indios navajos que roubavam o gado dos mexicanos.

    Em 1846 o Mexico teve quatro Presidentes, 6 Ministros da Guerra e 16 Ministros da Fazenda.

    Lutas fraticidas, caos social e economico, abandono do Norte pelo governo, facilitaram para os americanos a tomada do Texas, do Novo Mexico e da Alta California mas era preciso consolidar por tratado aquelas conquistas territoriais e esse era o objetivo da inursão do Exercito chefiado pelo General Winnfield Scott.

    A batalha decivisa na Cidade do Mexico ficou conhecida como Batalha de Chapultepec, nome do castelo que dominava a cidade.  Em 8 de setembro de 1847 o General Scott chega à capital e o enfrentamento durou até 15 de setembro.

    A barragem de artilharia foi durante todo o dia 12 de setembro, enfraquecendo a primeira linha chefiada pelos Generais Terres e Rangel, quando se deu a batalha de Molino del Rey, em torno de uma fabrica de canhões.

    As tropas mexicanas se retiraram da cidadela durante a noite, deixando livre o caminho para o Palacio Nacional, onde os americanos baixaram a bandeira mexicana e hastearam a americana.  O General Scott nomeou o General Quitman como governador militar da cidade. A ocupação durou até a assinatura do Tratado de Guadelupe Hidalgo onde o Mexico reconhecea anexação do Texas, Novo Mexico e California, após receber uma compensação financeira de 15 milhões de dolares. Na realidade o Texas já tinha se declarado uma Republica independente em 1836, sem fazer parte dos Estados Unidos, em uma serie de batalhas contra os mexicanos comandadas pelo General Sam Houston. uma das razões da União americana conseguir o Tratado de reconhecimento das anexações era forçar a Republica independente do Texas a se juntar à União, os texanos em principio tinham preferido ser um Pais fora dos EUA.

    A invasão do Mexico em 1847 foi um preludio da Guerra Civil que se travaria 13 anos depois. Na sucessão de enfrentamentos entre EUA e Mexico ocorreram já no Seculo XX outras incursões do Exercito americano contra o Mexico, a ultima das quais em 1917, quando foi novamente ocupado o porto de Vera Cruz, mas essa já é outra historia.

  8. Mais triste de que ver as

    Mais triste de que ver as imagens dos refugiados de guerras isolados como bichos por cercas de arame farpado, foi assistir, ontem, pelo portal IG, um video mostrando uma luta oficial de MMA entre crianças de 13 anos de idade, é claro, nos EUA.

    Tenebroso.

    Durante varios minutos, sob os olhares felizes de uma plateia de crianças e adultos, dois garotos se engalfinhavam ate sangrar.

    Depois de muitos socos e pontapes,  um deles, com a boca sangrando, é examinado por um medico que permite  a a continuação da carnificina.

    O mundo anda num periodo tão sombrio que cenas tão tristes acontecem diante de nossos olhos e não causam mais indignação.

    Lutas de MMA não deveriam ser aceitas e permitidas nem mesmo para adultos, que quebram maxilares , pernas e braços ao vivo pela tv.

    Entre crianças  significam um estagio muito alto de barbarie.

    A humanidade esta regredindo a passos rapidos.

  9. Justiça decide

    Justiça decide por liberdade do ativista Cesare Battisti, condenado na Itália

    Por iG São Paulo |

     

    14/09/2015 21:57

     

    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-09-14/justica-decide-por-liberdade-do-ativista-cesare-battisti-condenado-na-italia.html

    Decisão considera pedido de prisão ilegal. Autorização para ficar no Brasil foi concedida pelo ex-presidente Lula

    A 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região reformou decisão da 20ª Vara que mandou prender o ativista político italiano Cesare Battisti em março deste ano. O tribunal entendeu que não dava para executar provisoriamente uma sentença irreversível. Ou seja, que a prisão foi ilegal.

    Na ocasião, Battisti chegou a ficar preso por cerca de seis horas, mas foi solto graças a liminar, confirmada nesta segunda-feira (14/9) pelo TRF-1, por unanimidade, obtida pela sua defesa. Battisti é representado pelos advogados Igor Tamasauskas e Pierpaolo Bottini.

    Ativista Cesare Battisti foi condenado por terrorismo pela Justiça da Itália EBC/ReproduçãoAtivista Cesare Battisti foi condenado por terrorismo pela Justiça da Itália

    Em 2011, o Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pública pedindo a nulidade do visto de Battisti porque a solução dada pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, não teria amparo na legislação brasileira, ou seja, ele não poderia ter o visto para permanecer no país. Como não havia previsão legal, segundo entendimento do MP, o italiano deveria ser considerado irregular e, portanto, deportado.

    E março deste ano, uma juíza da 20ª Vara julgou procedente a ação. Porém, antes mesmo de publicar a decisão, deu cumprimento provisório e mandou prender o italiano. A defesa entrou no mesmo dia com um Habeas Corpus e um agravo de instrumento e obteve liminar nos dois. A liminar do agravo de instrumento foi confirmada na decisão desta segunda-feira, sob argumentação de que não cabia no caso execução provisória da sentença.

    No sábado (12/9), Battisti formalizou casamento com uma brasileira com quem vivia em união estável fazia algum tempo. Em entrevista ao site de notícias italiano L’Indro, em março deste ano, o procurador da República Vladmir Aras disse que o visto de Battisti se transformaria automaticamente em permanente se ele casasse com sua companheira brasileira. Além disso, o Estatuto do Estrangeiro veda a deportação nesses casos.

     

  10. Cesare Battisti: a imprensa

    Cesare Battisti: a imprensa não se permite mostrar que sou uma pessoa

    setembro 13, 2015 10:33  http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/09/cesare-battisti-a-imprensa-nao-se-permite-mostrar-que-sou-uma-pessoa/

    Cesare Battisti: a imprensa não se permite mostrar que sou uma pessoa

     

    Antigo militante do Proletários Armados pelo Comunismo, ele provocou polêmica quando recebeu asilo no Brasil. Hoje, vive como escritor e reclama do que julga ser perseguição da mídia. “Para eles, não existe o Cesare Battisti ser humano”

    Por Leonardo Fuhrmann

    Esta é uma matéria da Fórum Semanal. Confira o conteúdo especial da edição 213 clicando aqui

    Uma fita adesiva ao lado de uma das campainhas no portão leva o nome do morador ilustre dessa rua tranquila do Embu, na Grande São Paulo: Cesare Battisti. O próprio autor e antigo militante de esquerda sobe as escadas e vem atender ao portão. Baixo, magro e com um sorriso no rosto, ele leva o repórter ao cômodo que usa como escritório e é compartilhado com um quarto de criança. “Aproveito para escrever quando ela está na creche”, comenta.

    Pendurado no armário, chama atenção o diploma de um curso de preparação de tortas em que o escritor foi aluno do chef pâtissier Fabrice Le Nud. “A gente se tornou amigo. Ele é francês e compreende a minha história”, diz. Battisti oferece uma água ou um café, mas sugere uma cerveja. “Talvez não esteja tão gelada como gostam os brasileiros, mas acho que está boa”, diz. Inicialmente ressabiado, ao final da conversa, oferece uma carona para um ponto de ônibus, para o repórter voltar para São Paulo. “Muitos jornalistas querem ver o monstro, mas preferem não ter uma conversa de verdade”, afirma.

    Confira abaixo a íntegra da entrevista com Battisti:

    Fórum – Seus livros nos dão a sensação de misturar ficção e autobiografia. Por que você escolheu essa forma?

    Cesare Battisti – Essa questão com a autobiografia é algo que começou aqui no Brasil. Eram três e agora, com o lançamento de O cargueiro sentimental, passam a ser quatro. O primeiro é o que tem mais uma conotação autobiográfica, até porque eu estava fugindo. Depois de 24 anos de asilo formal, primeiro no México, depois, na França, aconteceu essa situação que eu não esperava. Por isso, escrevi Fuga sem fim. Esse é o título aqui, no original era diferente. Tinha todo o desespero da fuga uma coisa de ir para trás, de se perguntar “por que eu?”. Na época em que aconteceram as coisas que ensejaram tudo isso, eu era pouco mais do que um adolescente. Mas o Ser bambu, que vem logo depois, já é uma obra de ficção.

    Fórum – O uso da narração em primeira pessoa não é um recurso que aumenta essa sensação?

    Battisti – Gosto muito da narração em primeira pessoa, mesmo que seja uma decisão difícil para o escritor. Você tem menos recursos, é muito fácil errar, desconversar ou sair do tema. Grandes escritores que escreveram em primeira pessoa, sem comparações comigo, fizeram textos extraordinários. Comecei a escrever em terceira pessoa. Depois, foi uma espécie de desafio. Sempre escutei escritores mais experientes falarem sobre essa dificuldade, porque comecei como jornalista também. E na época que estava no México, eu cobria muitos eventos culturais, literários principalmente. Deles participavam escritores como o Gabriel García Márquez e outros que, como ele, depois se solidarizam comigo quando cheguei ao Brasil. E todos eles gostavam de uma cerveja e eu ouvia as conversas sobre o desafio de narrar em primeira pessoa. Como já havia escrito três ou quatro livros, resolvi experimentar para ver o que acontecia. A primeira experiência não foi muito feliz, porque é difícil mesmo.

    Fórum – Mas tem muitas coisas que parecem ter saído da sua vida, não?

    Battisti – Não é só por isso que se causa uma confusão entre ficção e autobiografia no que escrevo. É também porque faço romances sociais. Todo escritor de alguma forma fala da vida dele. A única maneira de se afastar disso é construir narrativas em terceira pessoa. Conto histórias que não são minhas, mas os leitores ficam com a impressão de que são. Como, por exemplo, no livro que acabou de sair. Pego várias histórias para contar o que aconteceu na Itália desde o Pós-guerra até os anos 2000. Por três gerações, quero mostrar o que foi a viagem da resistência à guerra, ao fascismo, à corrupção no poder. É um pai, um filho e a neta. Podiam ser meu pai, eu e a minha filha. Mas isso não aconteceu comigo. Ou 90% das coisas não se passaram comigo.

    Fórum – Como surgiu o livro que você lançou neste mês no Brasil?

    Battisti – Escolhi o título O cargueiro sentimental por causa de um boteco que conheci em uma ilha da Bretanha. Gostei da imagem do navio que transporta uma carga pesada e, para mim, a história da Itália da II Guerra Mundial até a atualidade é uma carga pesada. São os que resistiram ao nazismo e ao fascismo na época do meu pai, a minha geração que lutou contra os governos dominados pela máfia, dos ativistas do pós-1968, que é uma cultura revolucionária que se deu no mundo inteiro. E, por fim, a geração de quem tinha 20 anos na virada do milênio, última época retratada no livro, o que passa pela cabeça dessa geração. A personagem podia ser uma filha minha [Battisti tem duas filhas que moram em Paris]. No livro, o narrador fala do pai em uma idade que meu pai não chegou. E esse pai é um anão. O meu era baixinho assim como eu, mas não chegava a ser um anão.

    Fórum – Seus personagens parecem ter existido de fato, não acha?

    Battisti – Os episódios que conto são baseados na realidade. Claro que a ficção acaba sempre rebaixando um pouco a realidade, porque a realidade é muito forte. O Gabriel Gárcia Márquez contava de como o livro Outono do patriarca não havia funcionado. Ele retratava um ditador que existiu de fato e ficou tão colado à realidade que não causou o interesse que a literatura dele geralmente provocava. Acho que a ficção é uma forma de diluir a realidade. Pelo menos, aprendi por aí. Não vou escrever os tormentos da sociedade tal qual eles acontecem.

    Fórum – Como é a sua vida no Brasil hoje?

    Battisti – Na realidade, a minha situação no Brasil é muito difícil. Houve durante muitos anos uma campanha da imprensa que acabou comigo. Para eles, não existe o Cesare Battisti ser humano, o autor. Só existe um Cesare Battisti terrorista. Aquelas fotos de caretas que a revista Veja escolhe para estampar, por exemplo. Tem muita gente que nem sabe que sou escritor. E já tenho vinte livros publicados. Então, existe uma resistência até a distribuição dos meus livros. São trinta anos de profissão, em que eu vivia disso e até que muito bem. Não é o caso agora. Estou sujeito a um boicote que não para. Sou mais reconhecido como escritor na França, na verdade. Comecei a escrever no México, mas foi lá que me firmei como escritor.

    Fórum – Mas ao que você atribui o que chama de boicote?

    Battisti – Quando o assunto é algo relativo à política e ao Judiciário, tem uma fila de jornalistas para falar comigo. Quando se trata do lançamento de um livro, não aparece ninguém. A imprensa vende uma outra imagem de mim. Eles criaram um monstro de A a Z e agora precisam continuar a alimentar essa imagem. Trabalharam tanto para criar isso, que não podem recuar. Não se permitem mostrar que sou uma pessoa. Os que estão nessas redações agora nem sabem o porquê. Foi uma máquina que começou com isso e vão seguindo. Se você pergunta para as pessoas que acham que sou esse monstro aí, muitas delas nem sabem o motivo. Não sabem o que, onde ou por que, mas falam.

    Fórum – O que aconteceu nos anos 1970 foi muito marcante, não?

    Battisti – Os anos 1970 são o fim de 1968 e o início de uma nova era. O maio de 1968 começou em Berkeley nos Estados Unidos, nem foi na França como todo mundo acha, e se espalhou pelo mundo. Passou por Praga [na então Tchecoslováquia] e até pela China. Isso criou um movimento cultural enorme. E também os grupos armados, porque a repressão foi pesada. Alguns países tiveram a inteligência de não reagir tão ferozmente e se livraram mais rapidamente desse movimento de guerrilha. Outros, em que a situação política, econômica e social era diferente, não conseguiram fazer o mesmo. E nesses lugares, esse 68, que poderia ter durado alguns meses ou um ano, acabou demorando 15 ou 20 anos para ser superado. Tinha por todos os lados, Itália, Alemanha, Bélgica e até a Suécia. Acho que uma democracia forte é capaz de reconhecer seus erros e de corrigi-los. Os países onde a democracia é fraca não chegaram a corrigir isso até hoje.

    Fórum – Você se sente um personagem preso aos anos 1970?

    Battisti – Eles estão tentando isso. Até 2004, que foi quando fugi de Paris para o Brasil, essa história toda era um passado remoto para mim. Eu não estava nem aí. Quando perdi a condição de asilado e tive de deixar a França, fui colocado de volta nesse assunto. Felizmente, já não estou aí para isso de novo. Apesar das perseguições que não param. Isso é passado. Tenho o problema de ser perseguido ainda, como centenas de pessoas por aí. Se eles nos atacam com tanta ferocidade ainda, é porque o problema ainda existe do lado de lá. Não quero ficar amarrado para sempre nessas coisas. Tanto que vou fazendo outras coisas, estou preparando um romance sobre o Brasil.

    Fórum – Sobre o que você está escrevendo atualmente?

    Battisti – Estou fazendo uma ficção histórica. Comecei a pesquisar quando conheci o primeiro povoado do Brasil, Cananéia [extremo sul do litoral paulista]. Vou para lá quase toda semana e comecei a me interessar pela história do bacharel Cosme Fernandes, que foi alguém afastado de Portugal e veio para cá em 1503. Ele casou com a filha de um cacique carijó e criou diversos povoados. Primeiro, Cananéia; depois, São Vicente. Era alguém que controlava muitos quilômetros da costa. É um personagem misterioso, dizem que depois se aliou aos espanhóis. Mas uma coisa é certa, ele foi o fundador de São Vicente, e não o que a história oficial conta. Criei um personagem que seria descendente dele e faço um romance noir sobre isso. Esse personagem volta para lá para buscar alguma coisa e isso cria o pretexto para eu contar a trajetória do bacharel.

    Fórum – Por que decidiu tratar desse tema?

    Battisti – Ele é um personagem que faz falar muito. Existe muita especulação sobre sua história. Quem era, como veio parar aqui… E é alguém que teve um grande poder durante quase 30 anos. Tanto que há documentos que mostram como Portugal e Espanha tentaram negociar com ele. Na Batalha de Iguape, ele conseguiu fazer frente a uma tentativa portuguesa de recuperar o território, por exemplo. O sumiço dele depois é um mistério. Como toda lenda, tentam fazer dele uma pessoa boazinha, não era tanto assim. Uma pessoa pode ser boa ou não dependendo das circunstâncias. Mas é alguém que fundou o Brasil de alguma forma, porque a história oficial registra a fundação de São Vicente como o primeiro município do Brasil e, antes disso, ele já havia criado povoados lá e em Cananéia.

    Fórum – E é um personagem pouco citado na história oficial

    Battisti – A História do Brasil, como de qualquer outro país, é manipulada e reescrita pelos vencedores. Nós sabemos que as coisas não são exatamente da forma como são contadas. A conquista do território, com o massacre dos índios, a figura depois dos bandeirantes. Tudo isso. Sou apaixonado por História e, quando chego a um país, a primeira coisa que costumo fazer é ler sobre ele. E a gente sempre descobre que figuras que são tratadas como heróis são na verdade genocidas. Isso não é só no Brasil. É parecido em todos os lugares. Como a atuação dos jesuítas. Eles podem fazer beatos e santos, mas a história é outra. O bacharel é mais uma oportunidade de dizer “olha aqui a manipulação”.

    Fórum – De alguma forma, será seu primeiro livro 100% brasileiro?

    Battisti – Ao pé do muro é o meu primeiro livro brasileiro. Quando o escrevo, estou preso e, com um jogo da ficção, conto as histórias de pessoas com quem convivi dentro da cadeia. É o meu primeiro contato com o Brasil. Agora, esse será o primeiro em que posso mover os meus passos livremente, escolher para onde ir.

    Fórum – Você produziu em idiomas diferentes durante essa trajetória. Como foi isso?

    Battisti – Escrevi meu primeiro livro em espanhol, no México. Quando voltei para a França, não tinha conhecimento suficiente de francês e voltei a usar o italiano. Comecei a escrever em francês aqui no Brasil. Mas agora está ficando difícil, porque penso e sonho em português. Então, muitas vezes não bate. Quando você escreve, se perde com a personagem ou ela leva o autor para onde ele quer ir. Às vezes, é preciso puxar a história de volta. Preciso da ajuda de uma pessoa em qualquer idioma. Não é ortografia, são as expressões que você não encontra em nenhum dicionário. Por exemplo, se escrevo em italiano, não é mais o italiano que existe. É um idioma de 40 anos atrás. As expressões mudaram. É nesse ponto que preciso de uma colaboração. Agora, estou escrevendo em francês, mas uso também termos que são portugueses. Estou misturando as imagens dos dois idiomas. É algo que pode dar certo, ficar legal, mas existe o risco de ninguém entender.

    A língua é viva e, para mim, o que é vivo hoje é o português brasileiro. Mas me obrigo a escrever em francês porque tenho medo de passar para o português e no fim não conseguir fazer em um nem no outro. Foi o que aconteceu com o italiano, passei para o francês e hoje não consigo escrever no meu idioma nativo nem uma carta para a família.

    Fórum – E qual a sua relação com o Brasil hoje?

    Battisti – Gosto desse país. Não sabia nada quando cheguei. Mas foi tão intensa a vida aqui, a solidariedade que recebi tão rapidamente. Tenho onze anos de Brasil, mas tenho a sensação que faz 30 ou 40 anos. Tenho amigos em vários estados, gente querida. É algo muito forte. Isso surpreende até companheiros que chegam do México, da Itália ou da França. Todo mundo acha que estou aqui sob pressão o tempo todo. Mas também não tenho 20 anos. Se eles precisam criar uma situação comigo para distrair o povo das besteiras que fazem, que continuem. Não vou viver 500 anos como as tartarugas, não vou ficar atrás do que eles pensam sempre.

    Fórum – Essa pressão não existe na sua rotina?

    Battisti – Aqui no Embu, as pessoas me conhecem, gostam de mim. Raramente alguém se manifestou diretamente a mim de maneira agressiva. E quando fizeram, foram militantes declarados de direita. Mas foi raro. Desde que estou na rua, faz mais de quatro anos, deve ter acontecido duas ou três vezes. Geralmente os que não gostam de mim não se manifestam. E os outros chegam e conversam. O meu problema é com a imprensa, que cria uma imagem de mim que não corresponde à verdade de jeito nenhum. Mesmo alguns adversários políticos ferrenhos que tenho, acho que mudariam de ideia se tivéssemos oportunidade de bater um papo. Eles estão falando de coisas que não sabem. Eu era um menino na época, estamos falando de 40 anos atrás.

    Fórum – A que atribui essa resistência a você?

    Battisti – A preguiça é um bicho feio. Se você quiser saber tudo sobre mim, tem como ir atrás. Mas, se você só quer ler o título da revista Veja ou de O Globo, isso é problema seu. Eu não vou atrás de você. Faça o que quiser. No STF [Supremo Tribunal Federal], o único que leu o pedido de extradição inteiro foi o Marco Aurélio Mello, que pediu vista. Ele citou que havia 143 vezes que eu era acusado de “subversão armada contra o poder do Estado”. Como uma pessoa assim não é político? Quem vai ler 800 páginas? Ninguém. Tem aqui o livro do Carlos Lungarzo, que eu não conhecia e hoje é meu amigo. O trabalho dele tem informações sobre a minha história que eu mesmo não conhecia. Coisas sobre as pessoas que me acusaram de fazer o que eu não fiz, que foram encontradas com as armas dos crimes e admitiram suas responsabilidades. Foram quatro anos de pesquisa para ele fazer Os cenários ocultos do Caso Battisti.

    Fórum – E quem é esse Cesare Battisti pouco conhecido aqui?

    Battisti – Tenho praticamente 30 anos como escritor, antes fui jornalista e fiz roteiros para minisséries de TV e escrevi peças de teatro. Ganhava dinheiro com algumas coisas e depois fazia trabalhos solidários. Fiz parte de um grupo de escritores que criou bibliotecas e davam oficinas em bairros carentes e prisões. Por isso que uma parte da França me defendeu muito quando essa polêmica toda voltou à tona. Minha vida é escrever. Acho que não vai dar certo tentar matar o ser humano e o autor. Vou continuar aqui escrevendo. Não vou fazer literatura para anestesiar a mim e a ninguém. Tenho um olhar social para o que está acontecendo no mundo. Estou proibido de fazer política e não faço. Mas alguém precisa me explicar onde está a fronteira entre a cultura e a política, porque a política era uma arte quando foi criada pelos gregos. Agora parece que virou outra coisa. Faço cultura e, se ela se parece às vezes com a política, é algo que não depende de mim.

    Foto de capa: Reprodução

  11. Farra do petróleo barato chegando no fim?
      em: http://br.wsj.com/articles/SB11688882734826564029104581235433724476642?tesla=y 

    Petróleo de xisto enfrenta seca de capital nos EUA

    Jim Flores, da Freeport-McMoRan, empresa que explora petróleo na área americana do Goldo do México ENLARGE Jim Flores, da Freeport-McMoRan, empresa que explora petróleo na área americana do Goldo do México Photo: BRANDON THIBODEAUX FOR THE WALL STREET JOURNAL PorDaniel Gilbert,Erin Ailworth eAlison SiderQuarta-Feira, 16 de Setembro de 2015 00:03 EDT

    As petrolíferas americanas desafiaram a gravidade financeira por mais de um ano, tomando emprestado e gastando bilhões de dólares para extrair petróleo mesmo enquanto os preços da commodity despencavam.

    Mas a festa pode ter chegado ao fim. O setor de petróleo deve finalmente enfrentar um ajuste de contas, dizem especialistas, com a carnificina devendo ocorrer ainda este mês. O motivo: as pequenas empresas de perfuração estão se preparando para cortes em suas linhas de crédito em outubro em meio à reavaliação, por parte dos bancos, dos ativos dessas produtoras de petróleo. E, com o petróleo negociado abaixo de US$ 45 por barril, até as grandes empresas estão com dificuldades para permanecerem lucrativas.

    Jim Flores, vice-presidente do conselho da Freeport-McMoRan Inc., que explora petróleo na área americana do Golfo do México, explicou desta forma o dilema do setor: “Está chovendo e vai chover por um longo tempo. Nós todos vamos ficar molhados. Algumas pessoas vão se afogar. E você precisa chegar do outro lado.”

    Embora o banho de sangue financeiro provavelmente se concentre nas empresas menores e mais endividadas, ele poderá ter efeitos importantes no mercado global de petróleo. Dados divulgados em agosto pelo governo americano mostraram que a produção americana finalmente começou a cair, chegando a cerca de 9,3 milhões de barris diários em junho, um recuo de quase 3% desde que a produção atingiu um pico, em abril. E as restrições de capital podem ajudar a derrubar a produção em outros 500 mil barris por dia até o fim de 2015, estima o Citi Research.

    Isso seria equivalente à Exxon Mobil Corp. , a maior petrolífera dos Estados Unidos, paralisar sua produção de petróleo no país e ainda cortar um pouco mais. Vista de outra forma, tal queda exigiria que cerca de 20 petrolíferas independentes de capital aberto e valor de mercado de US$ 2 bilhões ou menos parassem totalmente de produzir.

    “Com oito pedidos de insolvência já anunciados este ano, os produtores mais fracos podem viver ou morrer, dependendo dos caprichos dos provedores de capital”, afirmaram analistas do Citi recentemente, prevendo que os bancos reduzirão as bases dos empréstimos em até 15%.

    ENLARGE  

    Se os bancos fizerem cortes dessa magnitude, cerca de US$ 10 bilhões de liquidez poderia sumir, segundo análise feita pelo The Wall Street Journal de documentos que cerca de 75 empresas de petróleo apresentaram aos reguladores. Até o momento, poucas firmas foram poupadas; a Rex Energy Corp. , da Pensilvânia, informou na semana passada que os bancos mantiveram sua linha de crédito de US$ 350 milhões.

    Mesmo com limites estritos para quanto as empresas podem emprestar, alguns analistas acreditam que as mais fortes encontrarão uma forma de sobreviver, obtendo, por exemplo, injeções de recursos de investidores de private equity. Mesmo os poços de petróleo de um produtor insolvente podem continuar produzindo se comprados por outra empresa, ou parar nas mãos dos credores em caso de falência.

    Petrolíferas pequenas e de médio porte foram pioneiras no uso de tecnologias de exploração de petróleo e gás em formações rochosas de xisto na América do Norte. Essas especialistas em xisto se mostraram resistentes mesmo com os preços do petróleo caindo cerca de 60% nos últimos 15 meses. Elas cortaram bilhões de seus orçamentos, negociaram descontos com fornecedores e perfuraram poços mais rapidamente e a custos menores. Mas os preços do petróleo mostram poucos sinais de que irão se recuperar este ano, e muitas empresas ainda estão deficitárias. Das 40 produtoras dos EUA acompanhadas por analistas da Wells Fargo Securities Research LLC, apenas duas devem poder financiar suas operações com o dinheiro que estão ganhando neste ano.

    Isso deixa as empresas extremamente dependentes do capital de Wall Street para se manter — e a oferta desse capital deve se reduzir. As empresas de petróleo com ações negociadas nas bolsas dos EUA e do Canadá já captaram cerca de US$ 21 bilhões com novas emissões neste ano, segundo a Dealogic, mas as ofertas se reduziram para apenas

    US$ 333 milhões em agosto.

    Do lado da dívida, muitas petrolíferas preveem que os bancos vão cortar suas linhas de crédito, geralmente proporcionais ao valor de seus ativos de petróleo e gás. O preço baixo do petróleo torna os seus campos menos valiosos. Os bancos já cortaram algumas linhas de crédito no início do ano e estão começando outra rodada de avaliações que deverá levar a novas reduções.

    “Aqueles que se apertaram no início do ano agora podem ter problemas nos próximos meses”, diz Jim Rebello, diretor administrativo da Duff & Phelps Securities LLC.

    A W&T Offshore Inc. informou no início do mês que iria vender um projeto valioso de petróleo de xisto por US$ 376,1 milhões — metade do valor estimado por analistas quando a empresa cogitou vendê-lo pela primeira vez, no ano passado. A W&T vai usar o dinheiro arrecadado para pagar empréstimos de sua linha de crédito; a empresa não respondeu a pedidos de comentários.

     

  12. Ataques paramilitares contra os Guarani Kaiowá envolveriam até s
    http://informes.rel-uita.org/index.php/pt/sociedad/item/ataques-paramilitares-contra-os-guarani-kaiowa-envolveriam-ate-senador-e-deputados?category_id=14 Com Cleber Buzzato

    Ataques paramilitares contra os Guarani Kaiowá envolveriam até senador e deputados

    Ruralistas proclamam: “tem que eliminar esses índios inúteis”

    En Montevideo, Luciana Gaffrée20150914-CleberBuzzato714

    Foto: Gerardo Iglesias

    A comunidade da Terra Indígena Ñande Ru Marangatu, homologada pela Presidência da República há mais de dez anos, foi atacada em 29 de agosto por um grupo de proprietários rurais, o que levou ao assassinato da liderança Semião Vilhalva Guarani e Kaiowá, de 24 anos. Cleber Buzatto, secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) alerta que os Guarani Kaiowá estão vivendo uma situação insustentável. Ele denuncia também uma preparação mediática a partir de mentiras para justificar os ataques.-O Cimi denuncia uma orquestração midiática preparando o clima para esses ataques, que culminaram no assassinato de Semião. Como foi isso?
    -Já no início da semana, e mesmo no próprio sábado antes do assassinato de Semião Vilhalva Guarani e Kaiowá, havia ações organizadas por lideranças sindicais e seus familiares fazendeiros no Mato Grosso do Sul.  

    Uma das fazendeiras divulgou um vídeo incitando a população local contra os índios, e uma série de boatos foram espalhados naquela região. Entre os boatos, diziam que os indígenas iam invadir a cidade, para colocar fogo nela.

    No dia 27, Pedro Pedrossian Filho postou uma mentira no seu perfil do Facebook que se espalhou virtualmente. Ele pegou fotografias de um maquinário queimado em uma fazenda do Paraguai e escreveu que aquele maquinário tinha sido queimado pelos indígenas.

    Espalhou isso, com mais de mil e quinhentos compartilhamentos, com uma série de comentários mais do que racistas, ameaçando fazer ataques e assassinatos contra os indígenas Guarani Kaiowá.

    Foi criado todo um ambiente para que houvesse uma espécie de justificativa para esse ataque perpetrado e posto em prática pelos latifundiários. Sendo que o ataque aconteceu após uma reunião no sindicato rural da cidade de Antônio João (MS), onde a Sra. Roseli Maria Ruiz incentivava o ataque.
     Estejam preparados para o conflito, para a guerra!Tiro, bomba e porrada nesses vagabundos-Havia dois deputados e um senador envolvidos?
    -Havia. A presidente do Sindicato Rural do município Roseli Maria Ruiz, os deputados federais Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Tereza Cristina (PSB), e o senador Waldemir Moka (PMDB) estiveram presentes na reunião que incentivou produtores rurais a organizar o ataque à comunidade indígena.

    O Mandetta inclusive acompanhou os fazendeiros na ocasião do ataque.

    No sábado de manhã, dia 29, Roseli Maria Ruiz convocou uma reunião de fazendeiros e teria feito um discurso exaltado, chamando os fazendeiros para que a acompanhassem no ataque aos Guarani Kaiowá, que haviam retomado as fazendas desde o dia 22.

    Durante o ataque, Semião levou o tiro que o matou. Além da sua morte, vários indígenas, entre eles crianças, ficaram feridos a pauladas. Uma criança de um ano e poucos meses levou um tiro de borracha nas costas e outro na cabeça.

    -Tiros de borracha não são armas da polícia?
    -Durante o conflito, agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), que é um órgão oficial, um destacamento de operações de fronteira, estava no local. Portanto, ou os tiros partiram dos próprios policiais ou dos fazendeiros.

    Se partiram dos fazendeiros significa que estão tendo acesso a armamento restrito, e se partiram dos policiais, significa que participaram junto com os fazendeiros. Ou seja, essa é uma questão que também precisa ser resolvida.

    Neste caso o governo federal enviou a força de segurança na região da Terra Indígena Nanderú Marangatu contra essas ações paramilitares, visando a inibir essas atitudes que atentam contra o estado democrático e de direito

    -O que se espera do governo e das autoridades pertinentes?
    -Esperamos que o Poder Executivo tome medidas concretas e profícuas, no sentido de dar sequência aos procedimentos administrativos de demarcação das terras dos povos indígenas dessa região.

    E que o Judiciário reveja alguns posicionamentos que tem adotado de suspender ou anular os efeitos de atos administrativos de demarcação de terras indígenas locais, porque está mais do que evidente que só poderemos encontrar uma solução definitiva para essa situação de tensões no Mato Grosso do Sul com a retirada dos não-índios das terras indígenas.

    Duas investigações estão em curso, uma pela Polícia Federal e outra pelo Ministério Público Federal (MPF) do Mato Grosso do Sul – em decorrência dos ataques de fazendeiros contra as comunidades das terras indígenas que culminaram no assassinato da liderança Semião Vilhalva Guarani e Kaiowá, de Guyra Kamby’i, no Distrito de Bacajá – que fica a cerca de 30 quilômetros do município de Dourados, no Mato Grosso do Sul.
     Não basta matar, precisam calar o CimiE assim encobrir ações paramilitares-A deputada estadual Mara Caseiro (PT do B), apresentou petição para abertura de uma CPI. Ela afirma ter documentos que comprovariam que o Cimi incita invasões de terras em Mato Grosso do Sul.
    -Essa deputada não possui nenhum elemento concreto, que justifique esse pedido de CPI.

    O seu pedido contra o Cimi se trata de uma cortina de fumaça para tentar encobrir as ações paramilitares postas em prática pelos fazendeiros no Mato Grosso do Sul, bem como o assassinato da liderança cometido pelos fazendeiros.

    As ações de retomadas de terras feitas pelos povos indígenas são autônomas, pois eles são senhores e sujeitos de suas posições, análises, decisões e ações. E, portanto, são plenamente conscientes das consequências potenciais advindas dessas ações políticas.
    É exatamente por isso que muitas comunidades têm aguardado décadas para realizar algumas dessas ações. E eles só as realizam realmente quando se sentem em uma situação limite.

    Essa retomada só foi feita depois de mais de dez anos estando acampados em um espaço extremamente reduzido. E o nosso papel nessas situações, quando somos acionados pelas lideranças, é o de dar visibilidade e acionar os órgãos, buscando não haver maiores consequências contra os povos.

    Portanto, o que temos feito é divulgar e visibilizar a luta dos povos e principalmente denunciar as violências cometidas contra eles.

    E para isso agradecemos especialmente a ajuda da Rel-UITA.

  13. Impunidade

    A sociedade tem que exigir o fim das “ilhas de impunidade no país”

    http://www.ocafezinho.com/wp-content/uploads/2015/05/psdb-fernandinho-beira-mar.jpg

    Nenhum político tucano foi para a cadeia e olha que o desserviço ao país é grande: Privataria Tucana, compra de votos para reeleição de FHC, Sanguessugas, Lista de Furnas, Trensalão, Aeroporto de Claudio etc. Para que não reste dúvida da impunidade, os tucanos saíram ilesos do Mensalão e do Lava Jato. No mensalão, o escracho é que o tucano foi anterior ao do PT e não foi sequer julgado e, para tranqüilidade dos tucanos, os crimes estão prescrevendo.

    No Lava Jato, o chefe Sérgio Moro é muito mais “competente”, pois se no mensalão, como assistente da ministra Rosa Weber, livrou os tucanos, agora, no Lava Jato, além de blindar  todos parlamentares tucanos, o governo tucano de FHC na Petrobrás nem sequer é investigado. E olha que foram várias delações premiadas no Lava Jato citando o governo de FHC e os parlamentares tucanos, como os senadores Aécio Neves e Antonio Anastasia, entre outros. E governo de FHC, na Petrobrás é cantado em prosa e verso, pelos delatores. Mas Sérgio Moro é firme não vai investigar a era FHC na Petrobrás. Eta juiz durão!

    Já os empresários que quiserem investir na comunicação, o pagamento do imposto de renda é discutível. Pelo andar da carruagem querem uma brecha legal, pois aqueles que tiveram contas no HSBC, na Suíça, nenhum deles fez acordo com a Receita Federal para acerto de contas e o rombo soma algo em torno de R$ 20 bi. Entre outros, a Globo, Band, RBS, Editora Abril responsável pela revista Veja, e Folha de São Paulo. Deveríamos saber o nome desses fiscais da Receita Federal e seus chefes que estão por trás dessa benevolência com dinheiro público! E não é pouca coisa, são R$ 20bi. É quase o ajuste fiscal de Dilma.

    Foram denunciados e presos os diretores da Petrobrás corruptos com devolução de parte do dinheiro roubado. Isso deveria ser regra para todos os corruptos!

    E temos também a sonegação do imposto de renda da Globo na transmissão da Copa do mundo de 2002, mais R$ 180 milhões.  Ou barramos a picaretagem ou a coisa vai ficar feia!

    A deputada federal Cristiane Brasil, do PTB/RJ, filha do ex deputado Roberto Jeferson, o legítimo mensaleiro, pois foi o único condenado com prova material, já que os outros mensaleiros em sua maioria foram denunciados somente pelo “Domínio dos Fatos”(o direito brasileiro exige a prova material). Em 2005, Mauricio Marinho, o chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, aparece negociando propina com empresas. Na gravação, Mauricio disse que agia em nome de Roberto Jeferson, então presidente do PTB. Veja o vídeo,(http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/mp-denuncia-roberto-jefferson-por-escandalo-na-ect/ )

    Como filha de peixe peixinho é, diretamente do blog Brasil 247, “Filha de  Roberto Jeferson protocola a PEC 125 que decreta “Lula nunca mais” na Constituição”.

    É preciso que as instituições restaurem o império da lei, pois os picaretas não têm limite: querem barrar o ex-presidente Lula por decreto legislativo, e tomar a presidência no golpe, já que no voto eles já se consideram derrotados!

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    Rio de Janeiro, 16 de setembro de 2015 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

            

    http://emanuelcancella.blogspot.com.

     

  14. A parceria que não deu certo

    De início, quero ressaltar que não sou petista, tampouco tucano, mas nos últimos anos tenho votado no projeto de país apresentado pelo PT, que indiscutivelmente ampliou as políticas sociais, aumentou as possibilidades de acesso ao ensino superior, introduziu uma política habitacional para as pessoas de menor renda, dentre outros feitos, que podem ser comprovados diante dos números comparativos entre a gestão tucana e a gestão petista . Ocorre que o PSDB nesses últimos 12 anos foi incapaz de apresentar uma proposta para governar o país, minha análise não decorre de uma visão maniqueísta, mas nasce da constatação de que a parceria entre a mídia tradicional e o PSDB não deu certo e se esgotou, com os parceiros desfacelados, de um lado o PIG está desmoralizado, desacreditado e, por conseguinte, com perda de receita, em face do declínio assustador nos índices de audiência (é óbvio que a internet, as redes sociais agravou a situação). De outro lado o PSDB ao abir mão do direito de ser e fazer oposição consciente, honesta, sensata e coerente, perdeu a capacidade de falar à sociedade, não consegue demonstrar que tem uma alternativa para governar o país, se é que tem, e deixou escapar a magnífica oportunidade de formar capilaridade política, rejeitando a ideia de se aproximar de movimentos sociais.

    Desta feita, a incrível incapacidade dos tucanos de não perceber que o modelo em voga de parceria com a mídia tradicional se esgotou, expõem a baixa qualidade, a falta de talento, a ausência de expertise e a falta de visões proativa e estratégicas dos quadros do PSDB, a citar os principais nomes: José Cerra, Aécio Neves, Fernando Henrique, Aloysio Nunes, Geraldo Alckmin, Álvaro Dias, dentre outros. Ademais, como pode um partido ter os principais meios de comunicação do país a sua disposição e perder quatro eleições consecutivas?  Aliás o resultado mais concreto que a famigerada parceria PSDB e mídia tradicional trouxe aos tucanos foi a benevolência dos meios de comunicação para com os malfeitos do PSDB, essa esquizofrênica atitude dos membros de um dos mais importantes partido político do Brasil, levou os tucanos a perigosa visão simplista de um país a cada dia mais complexo, haja vista que os tucanos acreditam e tem certeza de que detêm o monopólio da ética e dos bons costumes. Os tucanos estão com estrabismo divergente, pois nos últimos dias seus principais quadros foram denunciados em atos de corrupção, prova de que não são donos do monopólio da ética e dos bons costumes. Não se pode olvidar que não deve ser o norte, o objetivo de um partido político fazer uma parceria com quem quer que seja no intuito de seus “malfeitos” não serem amplamente divulgados pelos meios de comunicação tradicional e, por consequência, investigado, denúnciado e processado. Nesse diapasão o PT nos últimos doze anos foi fuzilado, enxovalhado e trucidado pela mídia tradicional, em face dos seus “malfeitos” e, como disse anteriormente, ganhou quatro eleições consecutivas. Portanto, deve o PSDB repensar a sua maneira de fazer política, a começar pelo significado da sua nomenclatura PSDB = Partido da Social Democracia Brasileira, que raios de “Social Democracia Brasileira” é essa que não tem amparo nos movimento sociais? A não ser que os tucanos acreditaem que meia dúzia de coxinhas despolitizados lhes daram sustentação política ou acreditem que a elite paulista e paulistana continuarão por muito tempo a bater nas suas panelas elétricas e eletrônicas? 

    Não obstante, nesse momento de falta de sensibilidade política do PSDB, diante da grave crise vivenciado pelo país, não há um cidadão de bem que não sinta a falta do talento, da expertise,  da proatividade, da serenidade, e do espírito republicano de Franco Montoro, Artur da Távola e Mário Covas. Não tenho a pretensão e nem o poder de dar um ultimato ao PSDB, como fez a Folha de São Paulo em editorial com a Presidenta Dilma, mas na condição de cidadão antenado com os acontecimentos políticos nacional, tenho o dever de trazer essa questão à baila para reflexão dos dirigentes tucanos. Uma vez que se o PSBD não refletir sobre o seu papel diante da sua responsabilidade para com o país, se definirá como um perdedor incorrigível que se tornou um simulacro de partido da política golpista.

    Por fim, um pequeno exemplo de proatividade, sem entrar no mérito da questão, tampouco fazer juízo de valor do autor da proposta: 

    CCJ aprova prazo para presidente da República nomear diretores de agências reguladoras

    “A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 2, a admissibilidade de proposta (PEC 76/15) que fixa prazo máximo para a nomeação, pelo presidente da República, de dirigentes de agências reguladoras.

    O texto aprovado fixa em 60 dias o período máximo para o chefe do Poder Executivo nomear os membros dos conselhos diretores e das diretorias de instituições como as agências nacionais de Energia Energia (Aneel), de Telecomunicações (Anatel), das Águas (ANA) e de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outras. O prazo será contado a partir do momento em que o cargo de dirigente ficar vago.

    Autor da proposta de emenda de Constituição, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) lembrou que, neste ano, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) mostrou elevado percentual de vacância nos órgãos de direção das agências. Além de prejudicar a autonomia e a independência das atividades de regulação e fiscalização dos serviços públicos, o deputado interpreta esse “desfalque” como uma “burla do governo” em relação à legislação que criou as diversas agências reguladoras.

     

     

     

    1. “Quando haverá outro dia

      “Quando haverá outro dia esperança” “Brasileiro profissão esperança” de Antonio Maria e Dolores Duran, por Paulo Gracindo e Clara Nunes” copio aqui porque precisamos “respirar” a punição dos corruptos do PSDB e do Sr Eduardo Cunha. Precisamos respirar a devolução, pela Globo, do IR não pago.se não, como acreditar no STF e nas CPIs? Como acreditar que o congresso nos representa? Falta ar puro aos brasileiros!

      Precisamos mostrar aos coxinhas que eles defendem os maiores corruptos desse país!

  15. Se arrependimento matasse

    Jorge Bastos Moreno, um dos poucos jornalistas do Globo que (ainda) não aderiu ao clima de linchamento, publicou post sobre a pelada realizada entre o Politeama, time de Chico Buarque e o time do MST.

    http://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-moreno/post/sempre-simpatico-chico-buarque-joga-pelada-com-o-mst-e-autografa-dvd-para-maduro.html

    Coitado. Deve ter aprendido que amarrou seu cavalo no poste errado. Recebeu uma enxurrada de comentários dessas pessoas que se acham com moral para atacar o Chico. Saíram porteira a fora pisoteando os jardins.

    Jorge Bastos Moreno paga o preço de ser empregado do jornal dos Marinhos.

     

     

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