Hacker preso por Moro não é fonte do Intercept, diz Greenwald

Pelo diálogo revelado pelo jornalista à Veja, os hackers presos pela Operação Spoofing não teriam ligações com o dossiê Intercept, que é fruto de invasão no celular de Deltan Dallagnol

Jornal GGN – Pela primeira vez, Glenn Greenwald revelou alguns detalhes sobre a fonte do dossiê do Intercept Brasil contra a Lava Jato. O jornalista entregou à edição de Veja desta sexta (26) trechos de mensagens trocadas com o hacker que teria disponibilizado o pacote de mensagens de Telegram à redação, a partir de invasão no celular de Deltan Dallagnol, e não de Sergio Moro.

Com as informações fornecidas por Greenwald, os presos da operação Spoofing perdem o status de responsáveis pela série da Vaza Jato, como vem afirmando o ministro da Justiça Sergio Moro desde que a ação da Polícia Federal foi deflagrada.

Na quinta (26), um dos hackers presos, Walter Delgatti, afirmou à Polícia Federal que teria entregue a Greenwald o conteúdo das mensagens obtidas a partir da invasão no celular de Moro, de maneira voluntária e gratuita.

Contrariando a operação de Moro, Greenwald mostrou à Veja as mensagens trocadas com a fonte do Intercept, que teria sido questionado sobre a invasão no celular do ministro, no dia 4 de junho, e respondeu: “Nunca trocamos mensagens, só puxamos. Se fizéssemos isso ia ficar muito na cara.”

A resposta afeta também outras invasões que foram relatadas nas últimas semanas, em que as vítimas afirmam que o hacker se fez passar por elas para puxar conversa com jornalistas e outras pessoas.

A fonte do Intercept também disse “não somos ‘hackers newbies’ [amadores], a notícia [de invasão no celular de Moro] não condiz com nosso modo de operar, nós acessamos telegrama com a finalidade de extrair conversas e fazer justiça, trazendo a verdade para o povo.”

Ainda segundo Greenwald, o primeiro dos contatos com a fonte ocorreu no início de maio. Ou seja, um mês antes da invasão reportada por Moro.

“Ele conta que foi apresentado à fonte por um intermediário, e reitera que todos os contatos foram feitos virtualmente. Greenwald também afirmou desconhecer a identidade do hacker, que teria extraído todo material do Telegram de Dallagnol”, anotou Veja.

“A fonte me disse que não pagou por esses dados e não me pediu dinheiro algum em troca desse conteúdo”, acrescentou o jornalista.

Redação

5 Comentários

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  1. Agora sim…
    O Greenwald esperou a cena se definir para evitar um desmentido…
    Foram até o fim com mais uma mentira…
    Acredito 100% no Greenwald!
    A pressa em destruir os arquivos…
    Os tais Hackers bolsonaristas, que de um mês para cá se tornaram amantes da justiça…
    O Brasil precisa segurar suas pernas, por que ninguém faz isso pensando no bem do povo…
    Uma bando de mentirosos…

  2. Eu, que só tenho 2 neurônios e 1 deles aleijado, desconfiei desde o início que o hacker do Glenn não é o hacker do Moro. E o ministro caiu como um patinho. Como é burro !

  3. Tem gente que pega a técnica na própria internet ou no “piratas center” e sai por aí fazendo merda e caindo em armadilhas deixadas pelos que dominam a , pasmem, técnica

    quem domina usa um pequeno para invadir um grande

    e quando não deixam uma marca de vitória no sistema que “quebram”, podem ter certeza, não é hacker. Hacker não transfere culpa, simplesmente porque não se identifica culpado

    hacker não quebra, não estraga, não tira nada para ele, hacker apenas estuda para dominar a mentira com a verdade

    foi o que li por aí

  4. Quando em 2004 um jornalista do NYT, Larry Rohter, já usando fake news, chamou o então presidente Lula de bêbado e quase foi expulso do pais, a “imprensa” brasileira em peso, massacrou o Lula.
    Quando um ministro da justiça, notoriamente bandido, de um governo miliciano é confrontado com denúncias comprovadíssimas por um jornalista, Glen Greenwald, do The Intercept, também americano, é ameaçado de deportação, a “imprensa” canalha silencia vergonhosamente.

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