Indústria da defesa busca maior integração com cadeia produtiva tradicional da região Sul

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação
 
 
Do Ministério da Defesa
 
Os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, se reuniram na sexta-feira (20), com lideranças empresariais do Rio Grande do Sul, para tratar de pauta conjunta com objetivo de fortalecer a indústria nacional de defesa.
 
O encontro ocorreu no município de Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande Sul, região conhecida pelo elevado potencial de seu polo metal mecânico.
 
“O Ministério da Defesa está buscando integrar as cadeias produtivas tradicionais a uma produção mais associada à nossa Base Industrial de Defesa”, explicou o ministro Raul Jungmann.
 
De acordo com o ministro da Defesa, essa integração com a indústria nacional de defesa já começará a ser feita nos próximos dias.
 
“Nesta semana enviamos uma equipe técnica que verificou que Santa Rosa e região têm todas as qualidades e exigências e estão prontas para fazer parte deste amplo mercado que representa R$ 209 bilhões só aqui no Brasil”, disse. “O Ministério da Defesa está pronto para fazer essa ponte. Na próxima semana já devemos criar uma comissão para aproximar Santa Rosa à base industrial de defesa”, garantiu.
 
Para o ministro Osmar Terra, essa aproximação com a indústria de defesa é importante para ampliar a produção de uma indústria que tem como marca a qualidade máxima em seus produtos.
 
“Nosso objetivo aqui é poder trazer para Santa Rosa a possibilidade das indústrias metalúrgicas venderem seus produtos, não só para máquinas agrícolas, mas, também, para a indústria de defesa, que é um outro universo, que engloba a produção de navios, submarinos, helicópteros”, destacou. “Pela elevada qualidade da produção local, podemos entrar como fornecedores de peças até para submarinos”, enfatizou o ministro do Desenvolvimento Social.
 
De acordo com o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Flávio Basilio, de maneira geral, o Sul representa uma importante região para o setor.
 
“Precisamos aproveitar cada vez mais a expertise e o potencial da indústria gaúcha para ampliar nossa produção de defesa, reduzindo custos logísticos, integrando cadeias produtivas globais e permitindo um volume maior de exportações para essas empresas”, disse.
 
O coordenador da equipe técnica da Seprod, coronel Luís Felipe, explicou que a região conta com empresas que podem se tornar fornecedoras de importantes projetos das Forças Armadas.
 
“Nós visitamos cerca de sete empresas e observamos a alta qualidade da produção. As peças fabricadas para as montadoras de colheitadeira, por exemplo, podem perfeitamente ser utilizadas pelos blindados das Forças Armadas”, afirmou.
 
Responsável por 3,7% de todo o PIB nacional, o potencial da indústria de defesa vêm despertando interesse de empresários e produtores gaúchos, não só pelo elevado valor agregado dos produtos de defesa, que reúnem alta tecnologia de sistemas, como por sua capacidade de geração de empregos.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Tem curso de linguas ?

      Tipo ” hebraico grátis e rapido ” , e um de alemão seria bom para conseguir falar com o pessoal “que manda” nos blindados, da KMW em Santa Maria.

       A “industria de defesa” brasileira regrediu aos tempos de Collor , o que era nacional acabou, ou foi negociado com israelenses, suecos e europeus, ou simplesmente foi descontinuado.

  2. Estratégia é estratégia

    Nassif: de quanto será esse cachê? Se esse ramo da indústria for para o estrangeiro dizem fica é fácil a “defesa” da negociação. Já entregamos o Submarino atômico e as centrífugas etc. Alcântara pertence aos gringos. O présal foi pro beleleu. Defesa do quê?

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