James Onnig destrincha a vinda de Macron ao Brasil além dos memes

Dolores Guerra
Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.
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Macron pode estar buscando se fortalecer com o apoio de Lula dentro da dicotomia formada por EUA e China

A primeira visita oficial do mandatário francês, Emmanuel Macron, ao Brasil, iniciada na terça-feira (26), tem como intuito afinar a agenda bilateral, incluindo temas como meio ambiente, defesa e reforma de organismos multilaterais.

Após desembarcar em Belém (PA), o primeiro compromisso dos chefes de Estado foi realizar uma ronda pela floresta e a realização de um encontro com representantes indígenas. As fotos oficiais do presidente Lula viralizaram nas redes sociais por parecer um ensaio pré-casamento. Memes à parte, o objetivo dessa iniciativa é demonstrar a possibilidade de desenvolvimento econômico sustentável na Amazônia e as populações locais dependentes da floresta.

Durante o programa TVGGN 20 Horas [assista abaixo], James Onnig destrinchou o significado dessa visita do presidente francês ao Brasil como uma tentativa de aprofundar as relações comerciais entre os dois Estados, uma vez que houve um afastamento dos países africanos ex-colônias do país europeu.

Onnig recordou que países como Mali e Burkina Fasso passaram por processos de golpes e sublevações nos últimos anos, levando ao afastamento com o país europeu. Por este motivo, Macron seria um entusiasta do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, precisando limar arestas para a boa aceitação dos produtos brasileiros aos olhos do mercado verde, em que os consumidores estão interessados em adquirir produtos que não sejam oriundos de zonas de devastação.

Dentro de um contexto geopolítico, Onnig apontou que este encontro entre presidentes, às vésperas das eleições do parlamento europeu, “pode ser uma síntese um pouco mais sofisticada de como é possível estabelecer diálogo para o padrão de hoje geopolítica mundial”.

Considerando o histórico da diplomacia brasileira de buscar intermediar conflitos, Macron pode estar buscando se fortalecer com o apoio de um representante do Sul Global dentro da dicotomia formada por Estados Unidos e China.

O debate completo você acompanha na TV GGN.

Dolores Guerra

Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.

1 Comentário

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  1. A pauta publicada, não tem nada a ver com os temas explosivos da atualidade, a questão palestina não foi aventada, a questão Rússia/Ucrânia muito menos, a UE e EUA tentaram desmantelar a Rússia, qualquer pessoa com o mínimo de discernimento em geopolítica, viu que a OTAN se precipitou e ilegalmente tentou fazer com a Rússia o que na história ninguém conseguiu. Como você promete bilhões para questões climáticas e desafia a Rússia uma guerra sem explicar as consequências, é muito estranho. O ocidente viciou em praticas cancionistas para continuidade colonialista. O que fizeram com a Líbia, deixou o mundo todo em atenção, roubaram na cara dura depois da crise de 2008, o dinheiro do Kadaf sumiu, mataram a família e os herdeiros, com a Venezuela se deram mau, roubaram a reservas, o ouro, e até proclamaram um presidente. o LULA nessa história com o Macron, em alusão a semana santa, ou foi Pedro ou foi Judas, o que o Madura faz na Venezuela, é o que Dilma não fez no Brasil, defender a Petrobras e o nosso petróleo. Agora na verdade a França veio pedir apoio do Brasil, para entrar no BRics, ainda mais depois que os EUA, inflou manifestações dentro da França, e vendeu submarinos nuclear para formar o ARKUS…

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