Neonazismo no Brasil traz desafios a país da miscigenação, diz Financial Times

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O crescimento de uma onda neo-nazista no Brasil confronta não apenas as origens da história nacional, como também está chamando a atenção da imprensa internacional. 
 
Reportagem publicada nesta terça-feira (11) pelo Financial Times mostra como grupos de extrema direita não são mais casos tão isolados, citando inclusive o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) no Congresso, representando milhares de brasileiros nas urnas, como exemplo.
 
O repórter da publicação inglesa, Joe Leahy, conversou com o delegado Paulo César Jardim, responsável por uma investigação que aponta para neonazistas, no Rio Grande do Sul, candidatos ao recrutamento de extremistas de direita na Ucrânia para lutar contra os pró-rebeldes russos na guerra civil do país europeu.
 
“Tínhamos consciência de que alguém tinha vindo da Europa.. Um italiano… Tinha vindo ao Brasil para recrutar pessoas para a Ucrânia”, havia relatado o delegado ao Financial Times. 
 
“A revelação, se comprovada, de que os movimentos ultranacionalistas subterrâneos do Brasil buscam experiência de combate no exterior é uma preocupante constatação de um fenômeno que chocou o país que se considera um caldeirão racial”, publicou o jornal.
 
Nessa linha, o diário afirma que, com mais de metade da população reivindicando pelo menos alguma herança africana, os brasileiros se orgulham das relações tranquilas entre os diferentes grupos raciais do país. Mas, por outro lado, “o aumento de neonazistas no Brasil tem desafiado um mito popular de que o racismo, pelo menos a variedade dele como é mostrada nos EUA e em outros países ocidentais, não existe lá”.
 
Os dados são do aumento no fluxo de ataques neonazistas e de grupos de extrema direita no país, citando o caso de ataques a uma banda de punk que defendia direitos iguais e homossexuais com facas e machado. 
 
E é nessa onda ultraconservadora que surgem os políticos para representar estes grupos. “Enquanto a extrema-direita ainda é vista como à margem da política em um país que se libertou de duas décadas de ditadura militar apenas em meados dos anos 80, os políticos ultraconservadores e seus partidários estão dispostos a preencher um vácuo político que se desenvolveu depois do julgamento do impeachment de agosto da ex-presidente Dilma Rousseff”, diz o jornal.
 
Apesar de citar o deputado do PP Jair Bolsonaro como fora de exemplos do neonazismo, a reportagem do Financial Times relaciona posturas do parlamentar com os grupos extremistas. “Congressista e ex-capitão do Exército Brasileiro de extrema-direita, ganhou as manchetes no ano passado por louvar um torturador conhecido desde a época da ditadura. Também no ano passado, um grupo de ultraconservadores invadiu o Congresso e revelou bandeiras pedindo o retorno do governo militar”, cita.
 
 
Os pontos de convergências entre Bolsonaro e o neonazismo estão, entre outros, a intolerância e o racismo, continua o diário, que também mapeia onde estão localizados os maiores grupos neonazistas no país: no sul e sudeste, “regiões que receberam a maior parte dos imigrantes alemães, italianos e poloneses do Brasil”.
 
 
Também relaciona o surgimento da onda de movimentos deste tipo na América do Sul  com sites de ódio na Internet. De acordo com um artigo da antropóloga Andriana Dias, da Unicamp, o Brasil de 200 milhões de habitantes tem 150 mil “simpatizantes” de movimentos neonazistas.
 
Para além do neonazismo em si, o jornal britânico exemplifica a extensão desses grupos: “nos casos mais recentes, os skinheads têm como alvo os gays na Avenida Paulista, a principal via pública em São Paulo. Em 2011, três skinheads foram condenados por tentar matar quatro pessoas, incluindo uma pessoa negra com uma prótese, com bastões e facas.”
 
“Estes não são criminosos comuns ou ladrões, eles têm uma ideologia. São pessoas que acreditam na limpeza étnica, na pureza racial”, contou o delegado Paulo César Jardim a Joe Leahy.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

31 Comentários

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  1. Recrutar coxinhas para lutar

    Recrutar coxinhas para lutar ao lado dos Ucranianos contra os Russos é algo infrutífero !!!

    Mais fácil convocar o pessoal do PSOL, e notadamente do PSTU.

     

    1. Vc. propõe um crime

         Escutar por mais de uma hora o Zé Maria ( conheci como Faisca ) discursando, seria um “crime contra a humanidade”, nem Putin aguentaria.

  2. Cuidado
    Não deixe lavarem seu cérebro.

    Amar o seu país não te faz um neonazista.

    Apoiar um projeto nacional Para a coletividade, para A MAIORIA, não te faz intolerante.

    A estratégia é sempre te confundir.

    E lembre se, estes radicais de direita são exatamente os que se associam a interesses EXTRAMGEIROS por aqui.

    Nacionalismo é OUTRA coisa!
    …exceto para os COMPRADOS das esquerdas que são os contratados para TE confundir!

  3. Há um submundo na política brasileira que deveria ser ……….

    Há um submundo na política brasileira que deveria ser devidamente analisado, as simplificações feitas tanto pela imprensa nacional e estrangeira, bem como a imprensa alternativa não capta a verdadeira extensão destes grupos.

    Tenho insistido em vários pontos que não se deveria classificar os grupos mais perigosos e numerosos como Neo-Nazistas ou Neo-Fascistas. os grupos Neo-nazistas são praticamente marginais na grande quantidade de direitistas, ou até melhor, anti-esquerdistas. O Delegado citado na reportagem já faz a décadas o acompanhamento destes grupos neo-nazistas e o seu trabalho tem se revelado extremamente eficiente. Logo no estado do Rio Grande do Sul, enquanto a polícia gaúcha se interessar em reprimir estes grupos eles serão devidamente contidos.

    Porém o que há no Brasil é uma quantidade extremamente significativa de elementos que rigorosamente não podemos chamar com ideologia fascista, mas sim com um comportamento e alguns componentes mais superficiais (nem por isto menos perigosos) da ideologia fascista, que chamo grupos de comportamento fascistas, são anti esquerda (apesar da definição de esquerda não ser nada bem definida pelos diversos grupos), militaristas e truculentos.

    É importante definir corretamente estes grupos, pois os mesmos estão só esperando o Líder. De forma correta o artigo não definiu Bolsonaro como nazi-fascista, pois na realidade este não é e não tem a capacidade de sê-lo.

    Dentre os vários grupos existentes pode-se identificar coisas extremamente bizarras, desde anarco capitalistas e strasseristas. Porém a imensa maioria não tem ideologia definida, é como uma massa de lumpemproletariado pronta para seguir o Líder.

  4. BRASIL DESPEDAÇADO

    Despedaçaram nossa economia, nossos direitos e agora querem despedaçar o Brasil. Parece brincadeira, lorota, mas não é.

    Tentaram fazer isso na Síria, fizeram isso no Iraque e na Líbia e agora vão, aos pouquinhos, sem que você perceba, fazer isso em nosso país.

    Comecaram com nossas riquezas, com nossos direitos e agora avançam contra nosso território.

    O departamento de Estado norte americano concluiu há 04 anos em um relatório reservado, que o Brasil seria uma ameaça aos interesses norte-americanos na américa e na África, caso governos nacionalistas se mantivessem no poder. O mesmo relatório afirma que pela extensão territorial, avanço tecnologico e densidade demográfica, nosso país, ao cabo de 20 anos ou menos já teria acesso a tecnologia de foguetes capazes de lançar mísseis intercontinentais com ogivas nucleares e que,o Ministério da defesa brasileiro, através de um conhecido membro da Marinha (provavelmente referiram-se ao Almirante Othon Luiz) e de cientistas brasileiros ligados ao ITA e ao IME, mantinham contatos “clandestinos” com países da Ásia, possuidores da tecnologia de foguetes de grande alcance. e que essas “negociatas” punham em risco a segurança dos Estados Unidos. O departamento de estado norte americano, sugere, nesse mesmo relatório, ações rápidas para conter a “ameaça vinda do Sul”  Uma dessas ações seria promover  a dèbacle econômica do  Brasil através de alianças entre o governo americano e os setores  empresariais brasileiros tradicionalmente ligados aoa EUA (mídia, FIESP, FIRJAM, etc).

    Mas o que mais choca nesse relatório é a frase: “é um grande país, porém dividido por fortes diferenças sociais. Fomentarmos essas diferenças criaria situações que poderiam culminar em uma quebra dos laços federativos do país, o que para os Estados Unidos seria, do ponto de vista estratégico, “mais seguro”

    Portanto, matérias como essa aí do FT sobre o Brasil, já fazem parte dessa estratégia do governo dos EUA. Ela, provavelmente, será reproduzida por toda a imprensa nacional como forma de criar um sentimento divisionista  em nosso país, acéfalo  pelas cabeças cortadas e pela ignorância.

    PS: Com o fim das FARC e de uma possível internacionalização do PCC, que tem como defensor o Careca do ABC  e que  se tornou Ministro, quem aí duvida que muito em breve o nosso estado Islâmico (criação da CIA) tenha como líder o Marcola?

    Em breve teríamos cidades inteiras, como na Colômbia ou na Síria, dominadas por mercenários.

    Seria perfeito.:

    a divisão territorial defendida pelo governo americano começaria pelas florestas equatoriais, provavelmente.  Terra de ninguém. Onde o filho chora, mas mamãe nenhuma ouve, onde a imprensa mal chega.

    Onde  a guerrilha do Araguaia nasceu, morreu, mas que  demorou quarenta anos para que soubéssemos da existência dela,

    onde cabeças também foram cortadas.

    Norte tomado por traficantes vindos do Brasil

    Perigo para a soberanis do Sul.

    Os corta-cabeças!

    E quem, quem poderia nos salvar de toda essa tragédia?

    Eles, é claro: a liga da Justiça, os herois do Norte.

    Fariam nas florestas equatoriais uma grande base

    e de lá controlariam tudo…

    até o som do seu peido solitário no elevador vazio.

    A cisão que vigorou por 50 anos na Colômbia estaria em território brasileiro.

    A cisão que vigora no Iraque, na Líbia e  que quase vigorou na Síria

    Bate à nossa porta.

    Quem sobreviver…

    verá.

  5. O “italiano”

      Dr. delegado,  o suposto recrutador, esta “lenda do italiano”, que nem italiano era , foi apenas um representante de uma empresa que recruta mercenários em varias partes do mundo, e andou circulando pelo interior gaucho-catarinense.

        Quem veio, tipo “cavalo de tróia”, visando não diretamente “recrutar” descendentes de ucranianos no Brasil ( pelas nossas leis tal pratica é crime ), mas realizar proselitismo politico, foi o cantor ultranacionalista Tarás Kurchyk que fez varios shows no Estado do Paraná e demonstrações politicas publicas em cidades de colonização ucraniana ( //marciopimenta.photoshelter.com/image/I0000_h.Qb4Ri5LM )

    1. Chi se ne frega?

      Se não era italiano, era colombiano, panamenho, paraguaio, peruano, argentino, americano… faz tempo que a máfia é internacional.
      Tanto faz a nacionalidade, o que importa é a organização…

      1. Não é “mafia”, são as PMCs

           ” Private Military Contractors” enviam “recrutadores” pelo mundo todo, são empresas registradas em seus paises de origem e bastante conhecidas no meio, e como no Brasil e Argentina existem comunidades ucranianas tradicionalistas, este tipo de assédio já era esperado – apesar das leis brasileiras criminalizarem tal conduta de seus cidadãos

        1. E as armas?

          Pode até ser que sejam. O que não significa que o crime organizado não invista nelas também…

          Eles só fornecem a mão de obra? E as ferramentas, quem vende pra eles…?

          O melhor então seria “todas as máfias” juntas: siciliana, Camorra, Ndrangheta, Yakuza, ISIS, Al Qaeda, ucraniana, russa, chinesa, etc, etc, etc…

  6. Fratelli d’Italia

    “Tínhamos consciência de que alguém tinha vindo da Europa.. Um italiano… Tinha vindo ao Brasil para recrutar pessoas para a Ucrânia”, havia relatado o delegado ao Financial Times.”

    Já repararam que tem sempre um italiano no meio? Por que será?

    O que faz a PF além de caçar o Lula?

    Tá nas barbas de todo mundo! Eles já compraram todas as praias do nordeste, dominam o tráfico internacional de drogas, armas e milícias. De onde eles vêm? Por que têm tanto dinheiro?

    Só não vê quem não quer!

    Reserve uma pousada, por mais simples que seja, da Bahia ao Pará. Depois veja quem é o dono. Compare com os amigos e veja o resultado. Na maioria das vezes o dono nem aparece na recepção. Não adianta mais saber de qual cidade da Itália ele é, porque a máfia já tomou conta da Itália. E do Brasil…

    1. Não são só italianos

      Em Tiradentes MG, já há ingleses donos de pousada. Uma vez fui a Tiradentes e encontrei os restaurantes fechados para certas delegações de turistas. Foi um custo achar onde almoçar. 

  7. Duvido que essa onda pegue no

    Duvido que essa onda pegue no Brasil.

    Por enquanto esses babacas não estão tendo resistẽncia.

    Quero ver quando as classes C,D,E acordarem, e os morros e periferias invadirem as cidades e a porrada estancar, se esses merdas não vão botar o galho dentro.

    Quero ver esses babacas fazerem graça aqui no RJ. Mesmo no bairros nobres. Estão fudidos.

    Isso é coisa de coxinha. Depois que o primeiro se ferrar eles param com essa palhaçada.

  8. estão

    com essa matéria do Financial Times. preparando nosso espírito para um confronto que será provocado, contra pseudo neonazistas ou o que seja, que servirá para dividir (mais) o país. O velho lema continua válido: divide e governa. A propósito, o que aconteceu com a “célula terrorista” de porra-loucas que foi desbaratada há meses e seus membos (aparentemente uma garotada inconsequente em busca de uma bandeira) devidamente enquadrada na recente lei atiterrorismo?

  9. O cotidiano me mostrou que

    O cotidiano me mostrou que esse tal mito da “democracia racial” nunca existiu. Não passa de mito mesmo. Pura balela.

    Se tem uma coisa que a Revolução dos Midiotas mostrou foi o verdadeiro caráter (ou alma se preferirem) dos brasileiros. E o que apareceu foi uma coisa pavorosa.

  10. Faltou dizer o principal.
    O

    Faltou dizer o principal.

    O nazismo não foi derrotado com palavras e sim com tanques T-34, caças Ilyushin Sturmovik e foguetes Katyusha. 

    É preciso dar aos nazistas exatamente o que eles desejam: morte em combate. 

    1. É mais ou menos por aí. A

      É mais ou menos por aí. A época do “Lulinha Paz e Amor” tem que ser sepultada. Acabau. A Revolução dos Midiotas deixou claro que não existe a mínima possibilidade de diálogo com essa gente. A direita, nazista ou não, tem que ser tratada como inimiga mortal, ou para usar Bismarck fora de contexto, a “ferro e sangue”. Os revolucionários franceses de 1794 sabiam o que fazer com essa gente. Stalin também. Pior é que, aparentemente, a esquerda brasileira não apredeu nada com 1954, 1964 e 2016.

       

  11. ….
    There’s nothing necessarily wrong with being far left radical. It’s the ones who are letting themselves be used by Soros & Co. to create divisions that grind my gears. The ones who supported Killary with no ability to think for themselves. Especially when they have no real understanding of political or geopolitical considerations. Who have no understanding of US imperialism and the endless death, destruction & mayhem that has been wrought unto the world because of it.

  12. Cuidado

    É preciso cuidado: nem todo nacionalismo é excludente. Uma coisa é um neonazismo; outra, bem diferente, é a afirmação da soberania e da independência do nosso país, a determinação em impor nossos interesses sobre os de interesses de quem conosco negocia. Lembrando sempre que a Grã-Bretanha, de onde são as pessoas que publicam o Financial Times, ficou apavorada com a prosperidade do Brasil de Lula, temor de que ultrapassássemos o ex-império em PIB e outras bobagens estatísticas que-tais. E que a malediscência é arma usual dos anglo-estadunidenses, seja em artigos de revista, em filmes… em tudo que publicam sobre outros países.

    A expressão “para inglês ver” tem uma razão de ser… Omar Shariff nunca foi um grande ator nem Dr. Jivago um filme bacana, exceto na avaliação de Hollywood.

  13. Já estamos em plena vigência

    Já estamos em plena vigência de uma NOVA DITADURA CAPITALISTA midiática e NAZI FASCISTA. PRECISAMOS NOS DEFENDER COM BONS ARGUMENTOS; Gostaria que os comentaristas o o próprio Luiz Nassif fizesse uma relação dos JORNAIS E SITES DO MUNDO que sejam de centro (independentes) e ou de ESQUERDA.  Já leio diversos  como o Pravda.ru em portugues, a  BBC em portugues, o Liberation mas não consegui emm portugues, etc, etc, 

    Talvez devessem os editores colocar neste site, ao lado, essa relação sempre atualizada. SÓ ESTRANGEIROS.

  14. Acredito que muitos dos novos neonazistas jovens foram capturados pelas armadilhas espalhadas por velhos lobos do neonazismo. Imagino uma estrutura em que o núcleo central criou e espalhou seus braços por todo planeta. Observadores implantados em universidades, forças policiais, night clubs, politica, clubes de tiro, alta sociedade, milícias e etc, estudam o ponto mais vulnerável de suas caças para capturá-las sem quase nenhuma resistência. Parece que grande parte desses alvos são jovens frustrados, ou rejeitados, ou infelizes, ou narcisistas, ou mal-amados ou frios de alma, de espírito, de sentimento e de coração. Enfim, eu avalio que essas pessoas deixam transparecer facilmente todos os seus sinais de desestabilidade, de inconformismo, de intolerância, de pavio curto e de violência. A sociedade, por sua vez, até consegue identificar algumas dessas pessoas, através de alguns de seus sinais expostos. Porém, possivelmente não percebem que o seu pavio já está aceso, seja na mente ou no comando implantado por uma lavagem cerebral. Qualquer demora para desmobilizar e desarticular essas graves ameaças poderá ser tarde demais.

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