O xadrez da Carta aos Brasileiros de Dilma

O golpe e a perseguição mesquinha contra contra Dilma provocaram uma comoção nacional, um abraço de solidariedade amplo. Do seu lado, Dilma retribuiu abrindo-se ao público de uma maneira que jamais ousou em seus tempos de presidente.

O resultado final é que sua voz ganhou peso político.

Por todos esses fatores, a ideia de lançar uma Carta aos Brasileiros, expondo um conjunto de princípios, poderá se constituir em um episódio da mais alta relevância política, e se constituir no primeiro lance com vistas às próximas eleições gerais.

Peça 1 – o receituário de uma nova esquerda

Está-se em pleno processo de modelagem do novo quadro partidário. As manifestações deram voz a uma multiplicidade de movimentos sociais, grupos de opinião, ONGs, típica de sociedades socialmente avançadas. E trouxeram para a política uma extraordinária geração de jovens, não mais amarrada à militância partidária, mas a bandeiras diversas tendo como ponto comum os valores civilizatórios, dentre os quais o mais relevante é a defesa da democracia.

É uma enxurrada de afluentes políticos indo em direção ao rio maior, as eleições de 2018.

Dependendo do seu conteúdo, a Carta aos Brasileiros de Dilma poderá se constituir na semente inicial do novo pensamento de esquerda moderna, que poderá emergir a partir das próximas eleições, tendo Lula como símbolo máximo e Dilma como sistematizadora do programa.

Peça 2 – o novo pacto ou o confronto.

O ponto de partida é definir o caminho a ser perseguido: o do pacto ou do confronto.

No período petista, Lula logrou consolidar a pax social, o pacto dentre as diversas forças do país, movimentos sociais, direitos humanos, empresários industriais, mercado, corporações públicas. Tudo isso foi possível devido ao seu talento político intuitivo e um período de bonança que antecedeu a crise de 2008 e à forma como mobilizou o país contra a crise.

Houve um breve ensaio, um trailer do que poderia ser o país potência, com suas políticas comerciais, diplomáticas, de segurança nacional, com as políticas sociais, os ensaios de política industrial, culminando com a ajuda decisiva de Dilma na montagem do grande pacto em torno do pré-sal – que deveria garantir, ao mesmo tempo, a musculatura para a cadeia produtiva do petróleo e gás (incluindo estaleiros e outros setores associados) e recursos para as políticas sociais.

Não vem ao caso, agora, apontar a sucessão de erros que levou à crise política.

Importa notar que os grupos de esquerda atraídos para a disputa democrática indagam-se com razão se ainda há espaço para pactos. Todos se sentem, justificadamente, traídos pela ilusão democrática, pela falta de defesas contra o golpismo intrínseco à plutocracia brasileira, agravado pelo desmonte imposto por esse interinato predador.

A tendência maior, portanto, seria partir para a guerra política, apostar as fichas em um Bonaparte caboclo comandando as tropas contra os que assaltaram o poder.

Mas seria a perpetuação da radicalização impedindo qualquer política mais duradoura.

O país jamais ingressará na próxima etapa política e econômica se não refizer um amplo pacto político com os olhos voltados para os novos tempos.

A direita precisa aceitar que não se monta o país sem respeito permanente aos direitos sociais e à continuidade das políticas de inclusão. A esquerda precisará abrir mão do viés estatista, identificar e defender as estatais essenciais, mas apostar em modelos que atraiam o capital privado para a infraestrutura e os serviços públicos.

Peça 3 – as medidas de corte

A pedagogia torna-se mais eficiente quando os princípios são transformados em propostas. São as propostas que ajudam a entender o novo, a formatar a nova utopia mesmo que, à primeira vista, pareçam impossíveis de serem alcançadas. Por isso mesmo, as propostas não poderão ser mais do mesmo, a repetição de bordões economicistas desenvolvimentistas ou de mercado.

Primeiro, terão que apontar qual o desenho de país que se ambiciona. Depois, os meios de se atingir quando, aí sim, entrarão as propostas de desenvolvimento.

O discurso será para marcar o novo tempo político. Portanto, há a necessidade de ousar, de pensar grande, de antever o novo tempo e imaginar as políticas que representem um corte entre o velho, que se encerra com o golpe, e o novo que começa a nascer.

Peça 4 – algumas medidas sugeridas meramente a título de exemplo

Grupo 1 – o choque de capitalismo social.

As empreiteiras devem ao Fisco e devem à União, na forma de multas bilionárias que estão sendo aplicadas. O seu maior ativo são as ações. Monta-se um modelo pelo qual elas quitarão suas dívidas com a entrega de ações – mesmo que signifique a perda do controle.

Do mesmo modo, os estados devem à União. Mas têm ativos que podem ser monetizados, como empresas estaduais e direitos de concessão. Precificam-se esses dois ativos que serão entregues para amortizar dívidas. A maior parte das estaduais e municipais são empresas de saneamento. Mas poderão ser concessões de mobilidade urbana ou de energia.

A União ficará com ações das empreiteiras e direitos de concessão dela, União, de estados e municípios. De posse delas, poderá avançar em um amplo programa de concessões na área de saneamento, repassando as ações para fundos sociais de propriedade de trabalhadores.

Grupo 2 – o choque da regularização fundiária

Hoje em dia, há uma quantidade gigantesca de moradias e propriedades de baixa renda não legalizadas, sem o registro de propriedade, tanto nas áreas urbanas quanto nas áreas rurais do país. Com os modernos recursos de GPS, pode-se montar um enorme mutirão de legalização fundiária. Do mesmo modo, se acelerariam os projetos de reconhecimento dos direitos de minorias. E também os mutirões carcerários, visando libertar pessoas que tenham cometido crises de menor gravidade.

Grupo 3 – o choque de desburocratização.

Com os modernos recursos da informática, com as experiências de gestão já testadas, haverá maneiras de implementar uma grande reforma administrativa desburocratizante tanto na área fiscal quanto na de gestão pública.

Grupo 4 – o choque de aprofundamento da democracia direta.

A Constituição legou um conjunto de instrumentos de participação popular. Depois, foram criados vários fóruns incluindo participação do setor privado. Agora, tem que se entrar na era da democracia digital e definir, com clareza, quais os espaços para instituir a participação cidadã através das redes sociais, dos coletivos.

A busca da síntese

As sugestões acima são meramente indicativas. Há muitas ideias e iniciativas já testadas no setor público, pensadas na academia.

Se Dilma souber construir a síntese, sua Carta aos Brasileiros poderá se constituir no marco zero do novo tempo.

O importante é mostrar as limitações impostas pelo antigo modelo e a utopia a ser perseguida, sem precisar se ater às limitações do dia-a-dia da política.

Luis Nassif

82 Comentários

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  1. Novo????

    “Dependendo do seu conteúdo, a Carta aos Brasileiros de Dilma poderá se constituir na semente inicial do novo pensamento de esquerda moderna, que poderá emergir a partir das próximas eleições, tendo Lula como símbolo máximo e Dilma como sistematizadora do programa.”

    Desculpa, Nassif, mas isso é exatamente o velho que acaba de ser enterrado.

    Não há nada de novo em Lula e numa “Carta aos Brasileiros” reeditando como farsa a tragédia da pantomima da conciliação de classes. Ainda mais diante de uma direita que não hesita em mostrar seus dentes.

    Essa lorota, sim, seria o pior dos bonapartismos!

    Bola fora, Nassif! Essa volta ao passado já não tem mais como caber no bonde da história. Já era! Já deu.

     

    1. O que não tem jeito, já está arrumado

      O que muda o mundo, muda o Brasil, hoje os países estão interligados por laços que são impossíveis de serem olvidados.

      Por aqui resta a Guerra, como nos demais países periféricos que sustentam os grandes esquemas dos USA, Alemanha, Inglaterra, França e resto da Europa.

      A diferença é se a Coréia do Norte mandar uma bomba na Coréia do Sul e ai a China entrar na parada contra o Japão, obrigando o USA a intervir numa aliança contra ele capitaneada pela Rússia.

      Melhor nem pensar no pior.

  2. Oito direções dentro de espaços públicos de interferência cidadã

    Sem uma sistematização não adianta sonhar na esfera pública.

    Mas antes de sonhar, eu, no meu parco entendimento de como as coisas acontecem, arrumaria primeiro a grana, dando um cambeque na dívida, que seria auditada antes de se recomeçar os pagamentos, sobre os quais incidiriam juros negativos, como no resto do planeta civilizado.

    No mais, mais do mesmo, Astrologia, Tarot e Geometria.

  3. O capitalismo demonizado
    Falar em abrir espaços a iniciativa privada em um pais em ela sempre agiu de maneira predatoria.Seja como agente corruptor,ou predtando seviços de baixa qualidade e caros,ou produtos em destaque de tecnologia e automotivos de preços injustificadamente caros,e suas agencias reguladoreas que não funcionam.O problema não é a iniciativa privada em si,mas sua total falta de confinça a setores mais organizados.Pacto é uma palavra que soa magica pacificadora.Mas por mais boa vontade,boas intenções (o inferno esta cheio) tem que primeiro fazer a ideia ser aceita.Depois propostas e contrapartidas e garantias.Mas quem assina o pacto ? quem avaliza,quem fiscaliza se as intiutições estão falidas sem credito de boa parte da população.Judiciario como todo da PF,MPF,OAB e STF enfrentam não so a desconfiança,mas a ira e a indgnação da sociedade civil organizada.E quem da direita ira representa-la,os empresario,ruralistas,midia e que responda efetivamente por eles.Do que abrirão mão ? O unico pacto viavel agora para pavimentar o caminho para outros é o respeito a democracia,ao pacto de 88,a constituição.Fora isto é bla bla ou mi mi que não encontra eco.

  4. Tardias reformas de base,

    Tardias reformas de base, parece muito com aquelas velhas questões nunca tratadas desde o tempo de Jango, repito ou o Brasil acaba ou menoriza a Globo ou esta acaba (como vem nos lascando a 51 anos) com o Brasil, outra desgraça com mais de 50 anos é o PMDB.

  5. Esta Carta da Dilma, tá me

    Esta Carta da Dilma, tá me cheirando uma nova roupa da Carta aos banqueiros do Lula. Trata-se de mais do mesmo. Neste país, não há possibilidade de saída através de qualquer pacto mas apenas de uma derrota substantiva da direita. Por sinal, nos 13 anos de governo, o que fez o PT com relação às forças armadas? Qual é a radiografia desta instituição? Ela é composta só por gente da extrema direita, como parece entender a própria direita? 

  6. “O golpe e a perseguição

    “O golpe e a perseguição mesquinha contra contra Dilma provocaram uma comoção nacional, um abraço de solidariedade amplo.”

    Fico muito contente em saber que essa “comoção nacional¨ e esse ¨abraço de soliedariedade amplo¨ em uma mandatária notoriamente inepta e incompetente sejam motivos determinantes para reverter uma recessão de -4% ao ano (por dois anos seguidos), bem como sejam capazes de devolver o emprego a centenas de milhares de trabalhadores que foram demitidos, incluindo muitos familiares e amigos meus que estão passando necessidade no momento. 

  7. É melhor esperar sentado essa

    É melhor esperar sentado essa carta (de tanto que foi pedida e negada). A Dilma ainda vai ler as memórias do FHC que ganhou da Mariana Godoy e depois ver o que fazer. Pelo andar da carruagem, ao invés do PT ser o pólo aglutinador do novo que está surgindo, este é que acabará confeccionando a sua carta para tentar conter (com Lula à frente se ele não for tirado do páreo) a coalizão conservadora que ora nos assola. Se o “golpeachment” (e as “medidas impopulares” mais adiante) passar, a contenda entre o novo e o velho se acirrará. Difícil prever o que acontecerá quando temos, de um lado, um Ancien Régime procurando por todos os meios se consolidar no poder e, de outro lado, os antigolpistas (antipetistas aí incluídos) cada vez mais irritados.

    PS: Nassif, sei que não é hora, mas estou esperando (sentado) o xadrez do republicanismo ingênuo pelo qual passamos.

     

  8. Liberdade

    Caso Dilma consiga voltar a comandar o pais ela estará livre e forte para enforcar o congresso. Então no primeiro dia na primeira hora que ela sentar na cadeira deve encaminhar para a câmara dos deputados a solicitação de plebiscito para reforma política, reforma tributária e os entraves que trava o pais.

     

  9. Não haverá nenhuma pax

    Não haverá nenhuma pax social, pacto ou seja lá o que for, se pelo menos 3 senadores não se dignarem em reverterem seus votos no Senado

    Se isso não acontecer, haverá revoltas e embates entre esquerda e direita por muito tempo.

    Sem restabelecimento da Democracia, e a volta da Dilma, só haverá recrudescimento do radicalismo politico no país, creio até em algumas perdas de vida. Principalmente se o Temer mandar seu gal.( de nome esquisto) perseguir o PT e os movimentos sócias.

    A Democracia tem que ser restabelecida para que o país possa ter paz.

  10. Dilma para fazer uma carta

    Dilma antes de fazer uma carta com algum propósto relevante, para o país ter redeas, precisa escolher entre deixar os enganos que o Temer fez ou voltar como tudo estava antes.

    Uma das coisas que ela pode aperfeiçoar da decisão de Temer é acabar definitivamente com a mamata do chefe do BC ter status de presidente de empresa com cargo de ministro, o qual faz negócios com o dinheiro do país com o mercado sem assumir nenhuma responsabilidade das crises. É moral ou jogo, mas subordinado com o ministério da fazenda guiando a economia em si mesma, pelas decisões de governo.

    Deve-se mudar o conceito de inflação. Toda vez que se coloca uma meta para alguma coisa, no caso a inflação, a ideia é que essa meta passa a ser um objetivo a atingir. Está errado. Quando essa meta é reajustada pelo próprio mercado futuro, já não é uma meta, é um desejo sem limite. Quando é que isso vai ser regido pela ação do governo?

    Outra coisa, por que não abrimos espaço para criar uma base monetária real (no tempo que pressupõe a confiança do lastro concreto para o crédito que nos dirige como pessoas e nação)?

    O país não pode continuar pagando três fontes diferentes de existência de dinheiro (dólár, real e digital dos bancos) sem nenhuma moeda possível de ser a relação concreta com a produção da sociedade e fatores de governo. É como se esses dois últimos tivessem que depender de três ladróes invisíveis que esperaram que os valores da sociedade sejam criados para roubá-los com créditos para produtos e títulos púlblicos em nome de quem não são seres verdadeiros.

    Podemos esperar a riqueza, a saúde, a felicidade? A margem de quem querem isso?

  11. Caro Nassif
    O PT tentou um

    Caro Nassif

    O PT tentou um pacto, até mesmo por necessidade, se não, não governaria.

    Temer e demais golpistas não precisam de pacto, eles são maioria, é um legitimo governo puro sangue, do que há de mais podre da casa grande, como sempre compete.

    Está nas ruas sociais, essa divisão, sempre esteve, agora mais visivel.

    Compete aos partidos de esquerda, trabalhistas, progressitas construirem essa maioria, e há que se explorar essa divisão.

    Saudações

     

  12. Se é numa carta que a Dilma e

    Se é numa carta que a Dilma e o PT esperam reverter ou apontar qualquer caminho, de fato, estamos (pra lá de) perdidos.

  13. Melhor uma ação pessoal e direta

    Carta se envia ao vento, à mídia (cartinha me lembra do Temer), destinada para quem não conhecemos. Uma carta dessa forma equivale a um compromisso, um cheque em branco, uma submissão para coxinha, e Dilma não precisa fazer isso, como Lula “teve” que fazer em 2002, na “carta aos brasileiros”. Dilma deve conversar diretamente com os movimentos populares e partidos progressistas – e para isso não precisa enviar carta. Deve ser criada unidade de ação para estas eleições municipais e para 2018. Define-se com a base um conjunto de ações para ser consultadas ao povo, mediante plebiscito e assembleia específica para a reforma política, ampla e irrestrita. Não há carta para ninguém, mas conversas e ações com remitente definido.

  14. DIscordo do grande e

    DIscordo do grande e competente jornalista Luis Nassif. Não sei se há mais espaço para pactos. Há um dado que não está sendo considerado: a elite morre de medo de manifestações de rua, por mais que digam que não. Há um potencial imenso para que elas cresçam e se intensifiquem. Mas não podemos ter medo, temos que ir para cima. Acho que esse ponto, o da intensificação das lutas sociais, precisa ser melhor abordado, inclusive nos meios de como incluir os não militantes nela, de maneira pacífica. A questão da comunicação nos movimentos precisam ser melhor construída, pois sequer conseguem comunicar adequadamente datas e locais de passeatas e manifestações.

    Nassif, essa gente não está acostumada com conflito, com povo, com opinião pública desfavorável. É só apertar que eles entregam. Vide o Temer, que em um mês se mostrou um dos políticos mais covardes que nós vimos na história recente, sequer sai do Planalto e não pisa na rua. Eles se assustam com essas coisas. E não vão poder lançar mão de soluções autoritárias, vide junho de 2013. O povo, principalmente o mais jovem, não aceitam isso. Lembre-se de que naquele ano tudo começou porque a polícia pegou pesado contra o pessoal do passe livre.

    Vamos pra cima, é o único caminho. Saudações.

    1. Dois covardões

      Temer e FHC, escondidinhos debaixo da saia da mamãe KKKKKKK!!!!!!!!!

      Governo mediocre, sitiado e disfuncional, com lider covarde ninguém aguenta.

  15. A ideia da carta é boa, mas

    A ideia da carta é boa, mas infelizmente Dilma não tem capacidade de transformar em realidade o que estiver escrito nessa carta. Reli rei Lear. E Dima me lembra o velho Lear que se dá conta de como sofre seu povo , das injustiças do mundo, só quando está sem poder nenhum para mudar a realidade. E o rei não retorna ao poder – assim como creio que Dilma não mais voltará a ser presidente do país. 

     

     

  16. Pacto com quem não quer

    Fazer um pacto com um grupo que preferiu o assalto na mão grande, jogou às favas qualquer resquício de “respeito ao contraditório”?

    Compreenda, Nassif, houve uma ruptura… Escolheram um caminho sem volta. A única opção é a demonstração de força, que passa necessariamente por aumentar a permeação dos valores da esquerda no tecido social. A carta não pode ser “só” de Dilma, se assim for, será inócuo. Mas se Dilma se propor a ser a porta voz de uma carta que represente um consenso, o primeiro ato concreto da democracia direta, a coisa muda de figura. Nada vai mudar de cima para baixo, a aglutinação dos anseios difusos irá canalizar a força política real, saindo da roda da política das comadres. A esquerda tem que ousar e aproveitar a mobilização atual dos segmentos que foram acordados pela porrada do golpe

    1. Só o sangue nos redimirá?

      O espírito do Sangue é poderoso, mas como garantir que não será cooptado pelas forças das trevas que agora estão no comando. Satã tem suas estratégias e não é bobo.

      Penso que a saída mais fácil do enrosco é lutar com as mesmas armas, Astrologia, Tarot e Geometria e usar os mesmos meios de persuasão, o Temer têm se mostrado titubiante no uso do poder da presidência, não é do ramo autoritário, é a sua fraqueza.

      Uma medida que mostraria “sine qua non” a determinação do povo para barrar o golpe seria o compromisso firme de auditar a dívida brasileira e parar de pagar os juros pornográficos.

      Duas vantagens imediatas, dá o recado claro e límpido para a banca que aqui sem acerto eles não são benvindos e ajunta uma grana para as medidas emergenciais que terão de ser tomadas.

      Com o sangue correndo nas ruas, fica difícil para os dois lados, com terra arrasada ai acaba qualquer esperança.

  17. Muito blá blá blá e pouca
    Muito blá blá blá e pouca atitude.
    De boas intenções o inferno está cheio.
    Erradicar a cultura da vantagem, corrupção e mitigar o jeitinho.
    Investir em educação e séria e com base. Voltar a fazer as empresas a acreditarem que o investimento em tecnologia dá retorno.
    Ser menos condescendente com com os crimes nas ruas, mais duro nas penas e condenações. Proporcionar segurança para o cidadão que trabalha e luta para crescer. Esquerda ou direita pouco importa, todos querem ter uma vida digna e respeito. Estas filosofias são uma falácia. Faća para os olhos e que se realmente perceba.
    38% de impostos nos produtos, além de outros pagos por serviços indiretos continua insano e inviável.
    Corruptos deveriam ser fuzilados literalmente, eles minguam a nação.

  18. Constituinte exclusiva
    ESPESSA IGNORÂNCIA

    “Assim, começamos e entrever uma ossatura institucional tecida por
    por conflitos entre diversos setores burgueses que disputam palmo a
    palmo o predomínio dentro da ordem, eventualmente apelando para
    os trabalhadores e setores populares e, mais frequentemente, unindo-
    se contra eles” (Virgínia Fontes, Estado, Poder e Classes Sociais no
    Brasil, in P.H.Pedreira Campos, Estranhas Catedrais, maio de 2013)

    Há mais de meio século, sentava nos bancos da recém criada Faculdade de Administração e Finanças, da Universidade do Estado da Guanabara. O País passara por um primeiro golpe, de matriz estrangeira, mas logo sofreria um outro, talvez mais repressivo e violento, mas com um projeto de desenvolvimento nacional. O interesse empresarial fazia constituir novas unidades acadêmicas voltadas para tecnologias de produção e gestão. Também apoiava o candidato Costa e Silva que adotaria o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), ao qual sucederiam os Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs).
    Era o mundo da guerra fria que obrigava as nações à definição de contra ou a favor dos Estados Unidos da América (EUA). Mas, apesar desta polaridade, os Governos Militares, com e após Arthur da Costa e Silva, conseguiram embutir na “luta anticomunista” o desenvolvimento industrial e tecnológico brasileiro. Foi também um tempo, e é imperioso reconhecer, que o sistema financeiro internacional, ou a banca, ainda não se impunha, como hoje, sobre os governos em todos os países.
    Neste projeto de “Brasil Grande”, além de Faculdades e empresas, houve o crescimento decorrente das pesquisas tecnológicas. Assim, ao lado da repressão política, avançava um desenvolvimento nacional. A falta de um projeto social, na época identificado ideologicamente, possibilitou o desmanche que o neoliberalismo, nos governos posteriores a 1985, implementou no Brasil. Hoje ouvimos as sandices dos ajustes fiscais e superavits primários como se o desemprego, a redução da produção, a ausência de pesquisa e a eliminação da atuação estatal fossem benéficas para o País. Falta, como faltou, a consciência nacional, ao lado das consciência de gênero e de raça que se difundiram e ocupam atualmente as pautas das lutas populares.
    Enquanto isso, um provisório governo vai retrocedendo o País ao mundo colonial. O mais estranho e conflitante é o papel da indústria e da grande imprensa pavimentando seu próprio desaparecimento. Senão vejamos. A Veja, um verdadeiro símbolo da revista partidária, na defesa deste provisório mandatário, ilustra uma de sua capas com a provisória primeira dama como “recatada e do lar”. Ora, lá está no grande sociólogo brasileiro, Gilberto Freyre, que a família do século XVII, do Brasil précapitalista, é a família patriarcal, personalíssima, onde todos, rigorosamente todos, as mulheres, os filhos de todas as mães, os agregados e os escravos devem ser recatados, submissos, do lar face ao patriarca, o senhor feudal brasileiro. Para que a indústria, de qualquer natureza, numa sociedade assim constituída?
    Coerente em seu desmanche, o provisório governo acaba com os órgãos de gestão específica para a ciência e tecnologia, para a inovação, para a cultura, para a inserção social, para as políticas de constituição da cidadania e da nacionalidade.
    Para coonestar tal retrocesso, aí está o congresso do boi, da bíblia fundamentalista e da bala, em outras palavras, do Brasil essencialmente agrícola, com a autoimolação da indústria, do criacionismo, sem espaço para ciência e tecnologia, e da bala para a repressão que já está nas ruas e apenas espera sua confirmação no Poder para extinguir, não só a imprensa independente, como a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), já prometida por ministro provisório, mas toda e qualquer voz e manifestação oposicionista. A paz dos cemitérios, como já se conhece da História.
    Este é o Brasil dos que dele se apossaram pelo novo modelo do golpe legislativo-judiciário.
    Seria apenas uma eleição majoritária para o executivo suficiente para que o Brasil encontre novamente o caminho do desenvolvimento, não apenas econômico mas social, científico, cultural, e institucional? Ou precisamos de uma constituinte exclusiva que dê as necessárias condições para termos, com segurança, a possibilidade deste desejado País?
    Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado

  19. Nassif, bom dia. Não só

    Nassif, bom dia. Não só concordo com suas premissas como acrescento mais sugestões que podem estar na tal Carta aos Brasileiros:

     

    1.      Autonomia técnica do Bacen – independência não, mas algumas medidas que reforcem o caráter técnico do Bacen são muito bem-vindas;

    2.      Transformação das Empresas Públicas em Sociedades de Economia Mista – As estatais podem ser mantidas no comando do Estado com apenas 51% das ações, sendo o restante vendido para a iniciativa privada, vedada a participação de estrangeiros (além de reforçar o caixa do Governo, esta medida pode auxiliar na melhor governança das organizações envolvidas); e

    3.      Apoio às concessões de infraestrutura – Em formato de PPP ou outros, as concessões podem ajudar na melhoria da logística brasileira, sem falar no reforço de caixa do Governo com as outorgas.

     

    Abs, Fábio Faiad.

    1. Tem que haver para o BACEN

      Tem que haver para o BACEN polícia, tribunal e prisão, para  ninguém confundir dinheiro público com sistema de vigilância do mercado.

      A autoridade pública é o contrário da honestidade para si mesma ou, por acaso, será apenas a prudência.

      Quer liberdade onde esta se julga e se dirige? Vai seduzir o STF que a interdição desaparece.

  20. Já ficou meio clichê ficar

    Já ficou meio clichê ficar repetindo o “combinar com os russos”, mas na falta de expressão melhor fica isso mesmo. Pacto com a Imprensa, com Aécio, Temer, STF, PGR, com os golpistas fascistas? Nem a velhinha de Taubaté acredita nessa possibilidade. Mas se Dilma quiser e tiver competência para montar um Ministério realmente de notáveis, sem mercadantes e cardosos, que pode ser suprapartidário de verdade, não “de governabilidade”, por exemplo com nassifes e bressespereiras, ela poderá não apenas propor mas “impor” um armistício. Nada de ditatorial mas de governo forte. Com apoio de suas bases poderá propor sim, tudo o elencado pelo Nassif e muito mais conforme sugerido, juntamente com o cessar fogo. Sendo aceito pelos adversários a paz e a Democracia estarão de volta, com eleições ocorrendo nas datas previstas. Se recusado, poderá ser ” imposto” dentro de normas legais, é possível sim, como o imposto que se paga. E se isso não for acatado e desencadear acirramento da guerra, que vença o mais forte e se morrermos, “morramos como quem soube viver direito”. Claro que minhas assertivas são só retóricas, se o “lado certo”, como definiu a presidenta, for derrotado, não será com a morte física de seus defensores, mas a morte das instituições e das conquistas obtidas de 2002 para cá, recuperáveis, talvez em…só Deus sabe quando.

    1. A ideia de um ministério “apolítico” (no caso sem políticos …

      A ideia de um ministério “apolítico” (no caso sem políticos de carreira) tornaria possível o pacto, simplesmente aproveitando pessoas dos vários setores que levaram solidariedade ao governo Dilma.

      Seria simples, para cada mistério procurar pessoas dispostas a encarar o problema, seria (utilizando uma palavra moderna) o empoderamento dos movimentos sociais.

  21. A Dilma não possui

    A Dilma não possui competência para tamanha tarefa. É uma Presidenta para épocas de bonança, não de crise. Já foi, morreu, acabou, boa aposentadoria para ela. 

  22. Nem vai ser preciso carta

    Nem vai ser preciso carta

    Com o aprofundamento da crise e a falta de geração de empregos a própria população vai escorraçar os golpistas do poder, mas até lá, com todas as propostas do governo PSDB-PMDB em andamento haverá um estrago tão grande e gigantesco que teremos nos tornado uma Grécia, ou pior, com a privatização das estatais como a Petrobrás viraremos um México: uma nação sem alma 

    Caberá à esquerda novamente, como aconteceu com a grécia, tomar à frente novamente da luta e tirar o país do buraco, que com certeza a atual política irá nos meter

    Aí sim quero ver se vai caber o apoio da bancada evangélica, da bala e da rural para a aprovação das medidas que o governo porvertura tomar para recondicionar a economia, porque queira ou não, não é mais questão de ter ou não o apoio desse pessoal: É PRECISO, então antes de pensarmos em reestruturação econòmica, precisamos mais do que nunca, ugertemente, de reforma políica que devolva o poder novamente ao povo, é um absurdo você ter deputados eleitos com poucos votos na cãmara, enquanto outros ficam de fora por conta do quociente eleitoral, um absurdo, por isso o Congresso hoje não nos representa

    Fica fácil desse jeito, tirar qualquer presidente da República que não tenha maioria no Congresso, por pessoas sem compromisso com o povo, mas sim com seus familiares…

     

    http://www.tre-pe.jus.br/eleicoes/calculo-do-quociente-eleitoral

  23. Faz-se pacto com quem quer
    Faz-se pacto com quem quer pacto. Confronta-se quem quer o confronto.
    Já está suficientemente provado, provado que o bloco reacionário não quer pacto. Pra eles só há duas alternativas: usurpação ou confronto.
    Sejam quais forem as palavras que esses bestas do PT venhma a colocar no papel – já está mais que provado também que não sabem redigir nem discursos nem notinhas – se não denunciarem firmemente a usurpação e não deixarem clara a disposição para o confronto, vão continuar sendo tratorados.
    Que o sejam com algum resto de dignidade, pelo menos.

  24. Pacto ou confronto?

    A crise política, materializada pelo Golpe de Estado do governo provisório, arrancou do fundo do tacho e trouxe à superfície a porção restante de barbárie da sociedade brasileira indigerível e incozinhável.

    São o que resta dos antigos donatários das Capitanias Hereditárias: vagabundos, corruptos e cruéis. Temer, Cunha, Geddel, Moreira Franco, Aécio, Marinhos, Saads, Frias. A lista é extensa. A manada de estúpidos que os seguem, infelizmente, ainda é extensa. O desafio esta aí. Não há pacto possível com a corrupção e o atraso que esses caras representam.

    A saída não é pacto ou confronto, mas pacto COM confronto: formação de amplo arco de alianças democráticas, com projeto de futuro ancorado na CF, e confronto radical contra essa minoria do mal. Não há futuro possível com a banda podre da elite brasileira que ocupa como uma metástase um país que não é seu. Queremos um outro país com uma outra elite.

  25. As manifestações contra o

    As manifestações contra o golpe demonstram que uma parcela considerável da sociedade brasileira evoluiu, o golpe demonstra que uma parcela continua sendo a mesma m_rda que sempre foi. Não há pacto possível. Quem deve realizar um pacto são os setores progressistas para acabar com divisões que só favorecem a direita patrimonialista, corrupta e entreguista.

  26. A minha proposta de

    A minha proposta de “Transição com Dilma”, que postei semana passada e hoje no “Fora de Pauta”, se encaixa perfeitamente nesse conjunto de propostas. 

     

    Transição/Constituição com Dilma.

    Forma & Conteúdo

    Por Edivaldo Dias de Oliveira

    “Talvez seja melhor colocar em forma de pergunta: como seria possível obter um contrato constitucional mais progressista que o de 1988 em um contexto politicamente tão pior que aquele da Constituição Cidadã? Imaginem  se,  ao invés de eleger uma assembléia constituinte, o próprio congresso arrogasse para si esta tarefa, como ocorreu na constituição anterior! Mas não precisa. Mesmo se houver eleição de constituinte exclusiva, imaginem a qualidade dos eleitos! Provavelmente similar à que temos agora na Câmara dos Deputados, a mais conservadora da história. A não ser que os defensores desta idéia tenham algum plano secreto para resolver esse problema, uma constituinte agora seria um desastre de proporções titânicas para o nosso país.”

    João Feres Jr. Trecho de artigo 08/06/2016  “Constituinte e novas eleições: as outras modalidades do golpe.”

    https://jornalggn.com.br/noticia/constituinte-e-novas-eleicoes-as-outras-modalidades-do-golpe-por-joao-feres-jr

     

    A forma.

    Não há dúvida que as duas propostas, alem das demais, como estão colocadas, com Dilma voltando para convocar novas eleições, consulta popular sobre sua permanência ou uma nova constituição, é mais um golpe contra a presidenta, com o terrível agravante de que agora tal golpe é desferido por nós esquerdistas, democratas e outros apoiadores e eleitores seus. E isso deve doer no fundo de sua alma.

    Por outro lado, não há que se falar em eleições gerais nem por hipótese, pois bandidos ou não, todos foram legitimamente eleitos de forma soberana pelo povo, e somente o devido processo legal em função de algum delito pode encurtar seus mandatos, qualquer alternativa diferente desta constitui-se em golpe, tanto o que foi dado na presidenta. 

    No entanto há um terceiro caminho, que chamo de Constituição Soberana, sob o comando da presidenta eleita, em que é possível que ao fim do seu mandato ela nos entregue um país mais moderno e amadurecido democraticamente, como jamais tivemos até então.

    Minha concepção de Constituição Soberana passa pela apresentação à sociedade, de diversas propostas de constituição concebida pelos mais variados grupos políticos existentes, enquanto a presidenta vai tocando o governo, isso não será nem melhor nem pior do que Temer está fazendo nem que ela faria se não tivesse sido arbitrariamente afastada.

    Para tanto, não há a menor necessidade de eleger quaisquer representantes para elaborar a nova Carta a ser eleita pelo povo de forma soberana, pois as mesmas serão registradas junto ao TSE e depois se inicia uma campanha eleitoral em dois turnos em que o eleitor escolhe as duas cartas com que mais se identifica, depois de intenso debate. As duas mais votadas disputam o segundo turno e a eleita entra imediatamente em vigor substituindo a carta de 88.

    Nunca tal proposta foi tentada em nenhuma parte do mundo, no entanto não há meio mais legítimo e justo, de dar ao povo o direito soberano de discutir, emendar, votar e escolher o Contrato Social.

    Essa fórmula inovadora, para não dizer revolucionária, elimina os conchavos, acertos e arranjos, próprios de assembléias e congressos constituintes, entre esquerda, centro, e direita, gestando e parindo dessa relação “promíscua”, uma Carta Frankenstein.

    No mais, um amplo debate sobre as vantagens de uma ou outra carta por todos os cantos do país, em todos os canais e redes de comunicação contribuirá para ampliar como jamais se viu, o grau de entendimento da sociedade, sobre o Contrato Social sob a qual ela vive.   

    O que se pode colocar como principio geral é que todas as cartas deverão assegurar o pluripartidarismo, a unidade da Nação a garantia de sucessão, o direito das minorias, a criminalização de todo tipo de preconceito e demais direitos básicos presentes nas constituições mais modernas, que garante o Estado Democrático de Direitos.

    É um texto enxuto, conciso.

    Tratei aqui apenas da forma, embora também tenha pensado longamente sobre o conteúdo, de como seria uma carta moderna, que contemplasse os anseios se não da maioria do povo, ao menos das mais conscientes e amantes da democracia. Deixarei para apresentar em uma segunda oportunidade, para não tomar seu tempo e desviar sua atenção.

    Para finalizar e justificar a presença de Dilma à frente de um processo dessa magnitude, não vejo no cenário político brasileiro ninguém com maior dignidade, caráter e honradez para pôr-se à frente de tal projeto, sendo sua fiadora. Não nos esqueçamos, que a Carta Cidadã de 88 teve como grande fiador a figura altiva de Ulisses Guimarães. Pensemos! Dilma está cumprindo seu segundo mandato, não aspira nem pode nenhum grande posto eletivo. Todos os demais políticos que aí estão, de todos os matizes e grandezas, tem interesses eleitorais, o que é justo.

    Portanto é ela a pessoa talhada para conduzir um processo profundo de transformação da sociedade brasileira com o que ora apresento através desse projeto.

  27. a taxa de retorno dos 1%

    ->”A direita precisa aceitar que não se monta o país sem respeito permanente aos direitos sociais e à continuidade das políticas de inclusão. A esquerda precisará abrir mão do viés estatista, identificar e defender as estatais essenciais, mas apostar em modelos que atraiam o capital privado para a infraestrutura e os serviços públicos.”

    como retornar de uma viagem definitiva? é preciso vir à luz. em 13 anos de pax lulista as ruas se transformaram num cemitério. os movimentos sociais foram cooptados e anestesiados, em nome da defesa do “nosso governo” e de não se fazer “o jogo da Direita”. mas agora a principal resistência ao golpe vem do Povo sem Medo ocupando os espaços públicos.

    escravagista e colonial. anti Nação e anti Povo. servil aos interesses externos, mas rosnando para as demandas internas. sem criatividade, em nenhum sentido, plagiária em todos os sentidos (link). definitivamente a plutocracia brasileira não cabe em nossa Constituição. o governo Temer é a pauta de Eduardo Cunha, e a pauta de Eduardo Cunha é a Constituição dos Plutocratas Brasileiros (link). uma sociedade constituída para servir aos 1% dominantes.

    com a honrosa exceção de Kátia Abreu, quantos dos grandes empresários brasileiros se manifestaram contra o golpe e em defesa da Democracia? ao contrário, a Opus Dei paulistana compareceu em peso ao beija-mão de Temer (link).

    a iniciativa privada brasileira não tem iniciativa tampouco é privada. parasita o orçamento público através das desonerações, incentivos, repactuações, aditivos, superfaturamentos e, principalmente, da sonegação (link). o coração das trevas desta estrutura é o sistema financeiro subsidiado fartamente pela Bolsa Selic (link).

    “Tem um grau de financeirização na economia brasileira, em que todos os setores têm interesses. Havia, e acho que isso ficou patente, uma grande resistência à queda da taxa de juros.”

    Dilma Roussef, em entrevista a Luis Nassif – veiculada em 10/06/2016 (link)

    a crise nos atirou num estranho paradoxo: se foi através da seletividade da operação Lava Jato que o golpimpeachment se viabilizou, é através da radicalização não seletiva de suas investigações a única chance possível de um novo pacto social, passando de fato o país a limpo.                                                                                                       

    os banqueiros obtém o retorno de seu investimento nas campanhas eleitorais através da Selic,  dos swaps cambiais, do spread bancário e da política econômica voltada para os interesses do mercado financeiro. seus  operadores são o Copom, o BC e o Ministério da Fazenda, fazendo com que cerca de 45% do orçamento público se destine ao pagamento de juros.

    o limite da investigação em curso na Lava Jato são as contradições intrínsecas do capitalismo: financeirização e oligopolização. a contradição interna da Lava Jato é que sua investigação desemboca na constatação que a corrupção sistêmica é endógena ao capitalismo. e não pode ser corrigida, portanto, pela via policial ou judicial. requer uma solução política.

    .

    1.  A argumentação demonstra o

       A argumentação demonstra o caráter neoliberal atenuado, mas neoliberal do Nassif. A sociedade brasileira tem de crescer contra o pacto restritivo da exclusão e procurar se estabelecer através de um viés político que configure as políticas populares.Dar a mão para a burguesia agora, significa dar o braço e a cabeça depois.Esta é a tônica da ação histórica da burguesia nacional/estrangeira.Foi em 54, foi em 64/68 e está sendo em 16.

      Reformular a Constituição, via proposta inicial de iniciativa plebiscitária é a solução para o Brasil e por tabela para a América Latina, afinal os interesses políticos econômicos e sociais da região são muito iguais.Se o país se repactuar pela reformulação constitucional teremos um começo de conversa com hegemonia da maioria da sociedade, caso contrário teremos a hegemonia do capital externo.Para isso teremos que fazer a lição de casa que passa pela reformulação do órgão que investiga a corrupção orientada pelo capital externo, despolitizando-o e tornando-o fiel aos interesses amplos da maioria dos interesses sociais e de sua orientação econômica popular.Qualquer conversa outra, é conversa mole para tergiversar e impor o viés escuso da grande burguesia externa e paulista.

      Portanto concordo com a via de correção isenta e  política.

      1. a taxa de retorno dos 1% (2)

        ->” Dar a mão para a burguesia agora, significa dar o braço e a cabeça depois.Esta é a tônica da ação histórica da burguesia nacional/estrangeira.Foi em 54, foi em 64/68 e está sendo em 16.”

        se depender da plutocracia brasileira sempre seremos uma base territorial comandada de fora para atender interesses de fora. como os barões do café, que passavam apenas 4 meses no país e depois voltavam a Paris para torrarem o dinheiro e serem ridicularizados pela elite européia. como Aécio que foi comprar o enxoval de bebê em Miami. um setor dominante que poderia estar entre os mais influentes do mundo, sempre chamados a participar das grandes decisões globais, mas preferem se manter numa condição servil e humilhante. nem os banqueiros se salvam. qual deles é motivo de destaque em Davos, por exemplo?

        – > “fazer a lição de casa que passa pela reformulação do órgão que investiga a corrupção orientada pelo capital externo, despolitizando-o e tornando-o fiel aos interesses amplos da maioria dos interesses sociais e de sua orientação econômica popular”

        a Lava Jato nada mais é que a apropriação pela Direita de várias investigações que foram suprimidas pelo lulismo. um processo cujo momento mais dramático e decisivo foi o acordo para encerrar a Satigraha, em 2008. com a auditoria da privataria e da dívida interna (não que seria fácil, mas a proposta deveria ter sido abraçada pelo governo) não restaria pedra sobre pedra de FHC, de Serra, de Aécio e de todos estes golpistas que agora usam a Lava Jato para detonar Dilma e os direitos sociais.

        abraços

        .

    2.  A argumentação demonstra o

       A argumentação demonstra o caráter neoliberal atenuado, mas neoliberal do Nassif. A sociedade brasileira tem de crescer contra o pacto restritivo da exclusão e procurar se estabelecer através de um viés político que configure as políticas populares.Dar a mão para a burguesia agora, significa dar o braço e a cabeça depois.Esta é a tônica da ação histórica da burguesia nacional/estrangeira.Foi em 54, foi em 64/68 e está sendo em 16.

      Reformular a Constituição, via proposta inicial de iniciativa plebiscitária é a solução para o Brasil e por tabela para a América Latina, afinal os interesses políticos econômicos e sociais da região são muito iguais.Se o país se repactuar pela reformulação constitucional teremos um começo de conversa com hegemonia da maioria da sociedade, caso contrário teremos a hegemonia do capital externo.Para isso teremos que fazer a lição de casa que passa pela reformulação do órgão que investiga a corrupção orientada pelo capital externo, despolitizando-o e tornando-o fiel aos interesses amplos da maioria dos interesses sociais e de sua orientação econômica popular.Qualquer conversa outra, é conversa mole para tergiversar e impor o viés escuso da grande burguesia externa e paulista.

      Portanto concordo com a via de correção isenta e  política.

  28. Pacto Pressupõe Governança, O Que Não Há…
    Bom dia.

    Nassif, demais postantes. Pacto pressupõe governança, pressupõe projeto, o qua não há, mormente do lado direito da rua.

    Num país onde a “justiça” é coonestadora do esgarçamento do tecido jurídico da infanta defunta democracia brasileira, falar em pacto soa pueril e não se pode aplicar esta marca a você, a bem da verdade. Olha o Janot brincando de emular com o DeMentes. Num país com um mínimo de projeto ambos estariam na rua.

  29. “A direita precisa aceitar
    “A direita precisa aceitar que não se monta o país sem respeito permanente aos direitos sociais e à continuidade das políticas de inclusão. A esquerda precisará abrir mão do viés estatista, identificar e defender as estatais essenciais, mas apostar em modelos que atraiam o capital privado para a infraestrutura e os serviços públicos.”

    Acho que o ponto está ai. Desde a finaceirização da economia brasileira, a direita desistiu do setor produtivo e foca todos os ganhos na parte financeira. Isso torna o empresariado brasileiro basicamente um grande especulador e por isso pouco afeito a projetos na economia real. Impossível contar com o empresariado em um ambiente assim. Por isso que vejo a esquerda apostar tudo no estado pois, bem ou mal, ele cumpre seu papel de investidor produtivo. Acho que o grande pulo do gato no Brasil é fazer o empresariado voltar a pensar em projetos na economia real e esquecer um pouco o mercado financeiro. Mas isso só virá com uma mudança na condução das políticas monetária e cambial.

  30. O blog conseguiu arrebanhar

    O blog conseguiu arrebanhar muitos radicais, que não querem saber de acordo nenhum. Pouco lhes importa onde o Brasil vai parar. Ou são descamisados ou funcionários públicos, que creem contar com seu contracheque garantido.

    Quanto às medidas sugeridas pelo Nassif, discordo completamente do “choque de aprofundamento da democracia direta”, que facilmente descamba para uma ditadura travestida de democracia, uma vez que os tais “movimentos” e “coletivos” são, como regra geral, massa de manobra na mão de espertalhões ou líderes messiânicos (vide Stedile e Boulos).

    1. Vê como é difícil o pacto?

      Vê como é difícil o pacto? Tem gente que considera o MST e o MTST uma massa de manobra na mão de espertalhões. E, como regra geral, salvo as honrosas exceções, as pessoas que pensam assim são os golpistas e eles não querem pactuar nada, apenas manter os privilégios intocados.

      1. Acho que não se pode comparar
        Acho que não se pode comparar o MST e o MTST. O primeiro é um movimento político de base social que se preocupa com a conscientização de seus afiliados e da sociedade sobre a questão fundiária; quanto ao MTST desconfio que não haja a mesma preocupação ou interesse em discutir o problema da habitação com responsabilidade nem de promover a conscientização de seus seguidores.

    2. Pois é,

      “O blog conseguiu arrebanhar muitos radicais, que não querem saber de acordo nenhum.” inclusive a turma do Bolsonaro que vem aqui vomitar seus sonhos de ditadura, ah esqueci “ditabranda” conforme um dos seus jornais de cabeceira.

  31. “A direita precisa aceitar

    “A direita precisa aceitar que não se monta o país sem respeito permanente aos direitos sociais e à continuidade das políticas de inclusão”.

    Nassif, se eu não respeitasse tanto o jornalista e entendesse a importância da série “xadrez”, eu somente publicaria algumas risadas a partir desta frase.

    Que direita? Esta direita que não tem política para o país e só representa os seus mesquinhos interesses?

    Ficou provado que não há pacto possível com a direita, especialmente quando ela se julga a dona da bola e neste momento e mesmo em um eventual retorno de Dilma eles parecem ter a bola. Não é?

    Se o arco de alianças que se formou entorno da defesa da democracia conseguir vencer o golpe (ainda não vejo no horizonte esta possibilidade), ou Dilma usa a “Carta ao Povo Brasileiro” para apontar o caminho da esquerda ou estará mais uma vez fadada ao isolamento que permitiu que o golpe avançasse.

    Na hipotese do “pacto”, ficaremos em situação parecida com a dos coxinhas, que foram as ruas protestar contra corrupção e ganharam em troca um governo do Temes e Eduardo Cunha.

  32. “A direita precisa aceitar

    “A direita precisa aceitar que não se monta o país sem respeito permanente aos direitos sociais e à continuidade das políticas de inclusão”.

    Nassif, se eu não respeitasse tanto o jornalista e entendesse a importância da série “xadrez”, eu somente publicaria algumas risadas a partir desta frase.

    Que direita? Esta direita que não tem política para o país e só representa os seus mesquinhos interesses?

    Ficou provado que não há pacto possível com a direita, especialmente quando ela se julga a dona da bola e neste momento e mesmo em um eventual retorno de Dilma eles parecem ter a bola. Não é?

    Se o arco de alianças que se formou entorno da defesa da democracia conseguir vencer o golpe (ainda não vejo no horizonte esta possibilidade), ou Dilma usa a “Carta ao Povo Brasileiro” para apontar o caminho da esquerda ou estará mais uma vez fadada ao isolamento que permitiu que o golpe avançasse.

    Na hipotese do “pacto”, ficaremos em situação parecida com a dos coxinhas, que foram as ruas protestar contra corrupção e ganharam em troca um governo do Temes e Eduardo Cunha.

  33. É possível o pacto.

    Apesar da desconfiança dos comentaristas, é possível sim um pacto entre movimentos sociais e governo, desde que seja ampla a adesão dos mesmo.

    A dúvida principal se baseia principalmente na capacidade de cumprir o pactuado, porém não vejo dificuldade nisto desde que o pacto seja bem estabelecido e fiquem todos os movimentos sociais com a obrigação de apoia-lo com toda firmeza, ou seja, eles que serão os guardiões da execução do mesmo.

    A noção de esquerda e direita não pode ser considerado algo estático com uma distribuição de forças já consolidada principalmente num país como o Brasil, se os movimentos que apoiarem forem representativos da população e se responsabilizarem quando atores externos a aliança governo federal e movimentos sociais começarem a tentar impedir a implementação do mesmo a reação tem que ser vigorosa e clara, não há espaços para concessões!

     

    1. O pacto com os movimentos

      O pacto com os movimentos sociais, quase todos já alinhados com o governo, mesmo com restrições, é factível e benéfica. Mas um pacto com o demônio seria mais fácil e mais proveitoso do que com os fascistas golpistas.

    2. Pacto para valer só com o enfrentamento

      São oito os espaços políticos a serem atendidos, nem o governo da Dona Dilma, nem o dos Golpistas sabe como fazer isto.

      Uma vêz firmado o compromisso político com os oito espaços será preciso romper com o dinheiro fraudulento que usamos e gera esta moeda que circula nos escravizando e espoliando.

      Será a reconquista da Soberânia, do Território e da População pelo Brasil.

      Um pacto dete nível, rompendo com o Dólar terá de ter sustentação internacional. Se seus agêntes de mídia foram censurados e banidos, dando lugar a uma mídia isenta e democrática fica muito mais fácil.

      Dá para fazer, mas dá encrenca e trabalho.

      1. A base deve ser esta, as organizações sociais terão que se …

        A base deve ser esta, as organizações sociais terão que se manter permanentemente mobilizadas.

  34. Ora Nassif,deve haver é

    Ora Nassif,deve haver é RUPTURA e não PACTO,isso td tá acontecendo pq houve esse tal de pacto

    com o PMDB e deu nisso(bem q o Ciro Gomes avisou)não tem condições de estender a mão para

    quem não RESPEITA A LEI,aliás quando Lula e Dilma estavam “por cima da carne seca” tinham td

    para fazer as REFORMAS estruturais e NÃO FIZERAM,fazendo um jogo duplo,não se deve errar

    duas,três vezes, o destino está nas mãos do povo já nestas eleições de 2018!!

    OBS:Nassif e galera GGN,assistí um documentário de nome “we are legion(sobre o Anonymous) e

     achei q se identifica muito com todos aqui(guardado as devidas proporções) então digo;

     VAMOS MUDAR O MUNDO!!? (a ferramenta nós temos,esse blog, o Nassif e todos aqui)

  35. Autocrítica Necessária

    Colhemos atualmente as consequências do pragmatismo político da Pax Social patrocinada pelo Lulismo, a partir de um processo de cooptação dos movimentos sociais e sindicais e da construção de uma aliança suprapartidária sem qualquer critério ético. Qualquer iniciativa agora de dar o tom das discussões sobre os rumos do país sem uma autocrítica séria das esquerdas , corre o risco de que sejam cometidos os mesmos erros que levaram a atual crise política e ao retrocesso histórico sem proporção.

    Sem uma autoavaliação de nossa camnhada, há possibilidade da Carta chegar aos seus destinatários com uma mensagem “indecifrável”!

     

  36. Essa crise tem nome

    Essa crise tem nome e se chama Eduardo Cunha. Após a prisão desse demônio em pessoa toda negociação com o Congresso Nacional será viável. A Dilma causa menos instabilidade política do que o presidente afastado da Câmara dos Deputados. A bagunça na política causada pelo terremoto causado pela rebelião das trevas liderada pelo Eduardo Cunha tende a diminuir significativamente com sua queda. Só assim seria viável uma Carta aos Brasileiros de Dilma. 

  37. o problema é que os

    o problema é que os trogloboditas sao analfabetos políticos,

    são golpistas, odeiam a política no seu sentido mais amplo e visceral…….

  38. Saudade da Dilma batendo
    Saudade da Dilma batendo forte e o mundo reclamando do “excesso de pulso” e “pouco papo”. Ao menos, ela estava ali…

  39. Xadrez da Carta aos brasileiros

    Excelente proposta Nassif, porém, a ´trava` são os russos: nossos legislativo e, principalmente, o judiciário e seus apêndices ( MPF, PGR e PF ).

    A plutocracia se confrontada com um forte movimento da população nas ruas ( em apoio às propostas ) poderá recuar nas suas tentativas golpistas seculares, pois, esta nova camada da população não aceitaria mais rompimentos, em tese.

    A partir disto, temos que resolver paralelamente o desmonte do oligopólio da grande mídia e reduzir o sistema Globo ( o nosso câncer e já transformou-se em metástase ).

  40. Xadrez da Carta aos brasileiros

    Excelente proposta Nassif, porém, a ´trava` são os russos: nossos legislativo e, principalmente, o judiciário e seus apêndices ( MPF, PGR e PF ).

    A plutocracia se confrontada com um forte movimento da população nas ruas ( em apoio às propostas ) poderá recuar nas suas tentativas golpistas seculares, pois, esta nova camada da população não aceitaria mais rompimentos, em tese.

    A partir disto, temos que resolver paralelamente o desmonte do oligopólio da grande mídia e reduzir o sistema Globo ( o nosso câncer e já transformou-se em metástase ).

  41. Lula nunca teve interesse em modernização…

    Mas antes de passar a esse assunto, vamos destacar os pontes fortes do texto do Nassif. Disse o Nassif: “Importa notar que os grupos de esquerda atraídos para a disputa democrática indagam-se com razão se ainda há espaço para pactos.”. -> Ora, se a esquerda não acreditar que existe espaço para pactos, ou ela se isolará do restante da sociedade, ou fará um apelo à ditadura. Democracia não funciona sem pactos (Dilma, por exemplo, rompeu o pacto com teorias econômicas estapafúrdias e inabilidade política, não devemos nos esquecer  onde os problemas começaram…). Feita essa observação sobre o pacto de que precisamos, é perfeito ler isso: “A direita precisa aceitar que não se monta o país sem respeito permanente aos direitos sociais e à continuidade das políticas de inclusão. A esquerda precisará abrir mão do viés estatista, identificar e defender as estatais essenciais, mas apostar em modelos que atraiam o capital privado para a infraestrutura e os serviços públicos.”. -> Eu diria que o choque de desburocratização proposto é o tipo de coisa essencial para construir novos pactos. Independente de se defender estado mínimo ou não, é consenso em qualquer corrente ideológica que precisamos de um estado que FUNCIONE (algo que ainda estamos longe de ter aqui, apesar dos discursos ufanistas dos últimos anos). Por fim, voltando ao Lula. Lula não tem viés modernizador algum, nunca teve intenção em fazer qualquer reforma modernizadora, tanto que não fez, e hoje vemos que continuamos tão arcaicos quanto sempre. Se não forem pensadas novas lideranças, a esquerda vai desaparecer no Brasil, por conta do monopólio de lideranças como a de Lula. O protagonismo exagerado dele levou à criação de Dilma – como ele mesmo disse, um poste – o que nos levou à condição dramática em que estamos. Não apenas a demonização do PSDB teve interesse meramente eleitoral (sim, porque não faz sentido demonizar um partido de centro-esquerda enquanto o PT entregava ministérios ao PMDB….), como ainda a escolha de uma liderança fraca com Dilma mostram o lado monopolista da maneira de Lula fazer política. Ele não queria concorrentes para o dia seguinte, e hoje o PT está sem alternativas por conta disso mesmo. Insisto que a esquerda deve entender os erros que cometeu e largar as mistificações de lado, se quiser sobreviver como alternativa no país.

  42. chega de relações políticas epistolares…

    pouco importa o escrito, se não visto ou sentido

    é zerar tudo com o carteiro sendo o povo ou nada

  43. Não se dá pérolas aos

    Não se dá pérolas aos porcos.

    Nassif, o otimista. Sabe quando uma carta como essa dará resultado no Brasil? Nunca. Porque civilidade  se propõe a um país com civilização e o Brasil é um país bárbaro. 

    Sabe pra qual público a presidente tem que endereçar uma carta? A todos os prefeitos e vereadores do Brasil informando o que significará a redução de investimento em Saúde e Educação. Os políticos mais acessíveis e que atuam perto da população são os vereadores e os prefeitos e quando faltar recursos serão eles os políticos que pagarão a conta da sordidez do governo federal. Se junto a isso vier a reforma previdenciária e trabalhista e o fim dos investimentos sociais por parte do governo federal o problema social atingirá niveis catastróficos.

    E se são prefeitos e vereadores os principais cabos eleitorais de deputados e senadores que sejam informados desde já da crise que enfrentarão no futuro. Pois que a imprensa que “escolheu” o novo presidente e seus asseclas jamais dará cobertura para o problema dos municipios frente a redução de investimento no social por parte do governo federal.

    Os prefeitos e vereadores que se mexam porque a bola está na marca do penalti e quem vai ganhar o jogo serão os governos estaduais e o governo federal. E vai ser de 7 a 1 para a Alemanha ou se preferirem de 1 a 0 para o Perú.

    1. tocou numa relação muito importante…

      mas que segue praticamente esquecida, sem a devida importância e que, justamente por isso, segue afastando cada vez mais o cidadão dos prefeitos e dos vereadores. Imprensa nó noticia desgraça repentina, defeitos ou má prestação de serviços quase nunca. E assim como o MP, ainda se acha, a imprensa, boca, olhos e ouvidos do cidadão. Mentira

      tenho pra mim que é trabalho de mídia paga distanciá-lo, o cidadão, cada vez mais dos problemas locais

      este é que deveria ser o nosso campo de luta e de cobranças, cobrança local e mais direta, a todos acessível, não de deputados, senadores e governadores

      desviam a nossa atenção dos problemas locais e, acredito, é só por isso que não dá tempo de fazer mais nada quando a desgraça chega na nossa cidade/bairros

  44. Lula nunca teve interesse em modernização…

    Mas antes de passar a esse assunto, vamos destacar os pontes fortes do texto do Nassif. Disse o Nassif: “Importa notar que os grupos de esquerda atraídos para a disputa democrática indagam-se com razão se ainda há espaço para pactos.”. -> Ora, se a esquerda não acreditar que existe espaço para pactos, ou ela se isolará do restante da sociedade, ou fará um apelo à ditadura. Democracia não funciona sem pactos (Dilma, por exemplo, rompeu o pacto com teorias econômicas estapafúrdias e inabilidade política, não devemos nos esquecer  onde os problemas começaram…). Feita essa observação sobre o pacto de que precisamos, é perfeito ler isso: “A direita precisa aceitar que não se monta o país sem respeito permanente aos direitos sociais e à continuidade das políticas de inclusão. A esquerda precisará abrir mão do viés estatista, identificar e defender as estatais essenciais, mas apostar em modelos que atraiam o capital privado para a infraestrutura e os serviços públicos.”. -> Eu diria que o choque de desburocratização proposto é o tipo de coisa essencial para construir novos pactos. Independente de se defender estado mínimo ou não, é consenso em qualquer corrente ideológica que precisamos de um estado que FUNCIONE (algo que ainda estamos longe de ter aqui, apesar dos discursos ufanistas dos últimos anos). Por fim, voltando ao Lula. Lula não tem viés modernizador algum, nunca teve intenção em fazer qualquer reforma modernizadora, tanto que não fez, e hoje vemos que continuamos tão arcaicos quanto sempre. Se não forem pensadas novas lideranças, a esquerda vai desaparecer no Brasil, por conta do monopólio de lideranças como a de Lula. O protagonismo exagerado dele levou à criação de Dilma – como ele mesmo disse, um poste – o que nos levou à condição dramática em que estamos. Não apenas a demonização do PSDB teve interesse meramente eleitoral (sim, porque não faz sentido demonizar um partido de centro-esquerda enquanto o PT entregava ministérios ao PMDB….), como ainda a escolha de uma liderança fraca com Dilma mostram o lado monopolista da maneira de Lula fazer política. Ele não queria concorrentes para o dia seguinte, e hoje o PT está sem alternativas por conta disso mesmo. Insisto que a esquerda deve entender os erros que cometeu e largar as mistificações de lado, se quiser sobreviver como alternativa no país.

  45. Não devemos nos esquecer da

    Não devemos nos esquecer da responsabilidade do senador Aécio Neves.

    Um playboy inútil cuja atitude deplorável desempenhada desestabilizou um país já polarizado.

    Incansavelmente procurou sabotar Dilma desde a hora seguinte ao anúncio de sua fragorosa derrota.

    1. Igualmente não devemos nos

      Igualmente não devemos nos esquecer da responsabilidade do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

      Um bon vivant inútil que enquanto colaborava sorrateiramente nos bastidores com a trama para derrubar a presidenta eleita, exibia alegremente sua sabujice em entrevistas e artigos escancaradamente golpistas.

      Para um ex-presidente esperava-se um comportamento imensamente mais comedido e responsável.

      Mas o seu passado de realizações(?!?!) deve lhe pesar na consciência.

  46. Os comentários, em sua
    Os comentários, em sua maioria, refletem que a confusão e falta de entendimento sobre o que fazer, de que tanto acusam A Esquerda, o PT e todo mundo também é nossa, perplexos cidadãos que parecemos ter em comum apenas o antigolpismo, assim como a direita parece ter em comum somente a falta de escrúpulos em destruir o que for necessário pra manter sua carnificina neoliberal.
    Peço aos mais impacientes que leiam atentamente as entrelinhas do texto do Nassif: ele está buscando caminhos pra sair do impasse, apelando pra elementos novos da política (não falo de “lideranças oportunistas, também) e da sociedade que podem ser o pulo do gato catalizador, um pensamento estratégico que una nossas concordâncias pra superar a cortina de ferro dos golpistas, com possibilidade de mobilizar de fato pessoas que estão, no momento, descontentes com o cenário mas receosas de participar por pensarem que o golpe é um problema exclusivo do PT ou da presidenta, sem nenhuma perspectiva mais ampla. Aponta, humildemente, que são apenas sugestões, mas que têm o grande mérito de sonhar alternativas de soluções – não há varinha mágica em política, infelizmente! – pro gargalo político e econômico deste momento, com raízes pro futuro mas sem sufocação de outras possibilidades, é um exercício de pensar fora do caos. Concordo que um pacto arbitrário e na hora errada é contraproducente e potencialmente catastrófico mas não podemos também continuar aceitando que os golpistas dêem as cartas e fiquemos apenas reativos. As propostas de repactuação devem vir de quem tem talento e interesse pra propor um projeto pro país e não esperar, ingenuamente, que os golpistas sejam vencidos numa guerra civil – advinha quem ia morrer? – ou desistam dos seus interesses vencidos pelo cansaço ou por convencimentos improváveis. Acho que as duas frentes – combate político e social, não violento, argumentativo e de mobilizações diversas, de um lado, e a geração de propostas factíveis, abrangentes e com um mínimo de coerência com o que o país vinha construindo, pretende manter e melhorar/superar, de outro, são as duas asas sem as quais não se levanta vôo. Esta crise não significa que dá pra jogar a história do país no lixo e começar do zero, essa falácia pseudo reformista desde a origem no Genesis – as reformas reais não serão feitas sem que o golpe parlamentar seja derrotado com nova rearticulação política e social – é a panacéia que os golpistas vendem pra preguiçosos que esquecem que o caminho precisa ser trilhado com responsabilidade e otimismo, pé no chão e cabeça nas nuvens, sem niilismo nem ódio infertilizante.
    “Pessimismo da razão e otimismo da vontade”, acrescento luta com fé, alegria e criatividade!

  47. Ah, tá

    Depois de 5 anos de inação e apolítica, Dilma subitamente vai ter a capacidade de fazer uma Carta aos Brasileiros que demande atenção e credibilidade. Tá bom.

    Tão crível quanto à tal “comoção nacional” que a mesquinharia do Temer gerou.

     

  48. Pelo que escuto na classe média e média/alta paulistana

    que mostra, de maneira mais ou menos clara dependendo das pessoas, seu ódio aos pobres, acho que não escaparemos de um confronto primeiro, e só depois um acordo, quando esta dita classe média e média/alta sentir na pele o que pode perder.

    Alias…

    Quando apareceu a foto com uma sublime imitação do quadro de Delacroix, liguei este á revolução de 1848, mas vi que pela data da obra a referência era a “revolução de 1830” que tirou do poder os Bourbons e o passou para Louis Philippe de Orleans, sogro da Princesa Isabel.

    Pesquisando sobre os 2 eventos franceses, achei um causo muito interessante para o Brasil de hoje.

    A chamada “revolução de 1848” se iniciou com as “jornadas de fevereiro” que provocaram a queda de Louis Philippe, e a instauração de um governo provisório dominado pelos republicanos, mas deixando intocado o parlamento dominado por monarquistas, muitos inclusive disfarçados como “republicanos” (eram apelidados de “republicanos do dia seguinte”).

    Uma das causas das “jornadas de fevereiro” foi um desemprego galopante no operariado urbano, consequência dum súbito encolhimento do crédito no nascente capitalismo francês, e alias espalhado por toda a Europa.

    O tal governo provisório dominado pelos republicanos teve a ideia de criar frentes de trabalho remunerados pelo estado, que foram chamados de “Ateliers nationaux” (oficinas nacionais). Nos meses seguintes a burguesia francesa que vivia basicamente de rendas de juros sobre a dívida interna criada pelos Bourbons pela emissão de obrigações para “compensar” a aristocracia das perdas de bens na Revolução Francesa, se rebelou contra este desperdício de dinheiro público. Como franceses gostam de trocadilhos, chamavam as frentes de trabalho de “RAteliers nationaux” (dentaduras nacionais).

    Pressionaram o governo provisório para cortar esta despesa, e para salvaguardar a “governabilidade” este aceitou fecha-los em junho 1848.

    Imediatamente o povo se revoltou, construindo barricadas em Paris e iniciando as chamadas “jornadas de junho”, que Marx considerou o primeiro movimento revolucionário operário. A revolta foi esmagada no sangue.

    P.S. Historiadores concluíram décadas depois que o custo dos “Ateliers nationaux”  era de cerca de 1% do orçamento estatal, enquanto o serviço da dívida pública representava cerca de 25% do orçamento.

    P.S.2. O Bolsa Família custa 0,58% do PIB brasileiro, e o serviço da dívida pública interna representa cerca de 10% do PIB brasileiro.

    1. só pra esclarecer o amigo, a

      só pra esclarecer o amigo, a “direita” brasileira não é contra o bola família, muito pelo contrário, é a favor.

  49. Relaxa e Goza, O Retorno ao Brasil Para Poucos.

    Devo andar muito cego, politicamente.

    Da carta aos banqueiros até o processo de defenestração paraguaia de Dilma do poder e junto a Democracia, antes e enquanto governo, o que mais se tentou fazer, bem mais que pacto, em vão, foram concessões aos mesmos com quem se quer estabelecer novo pacto, hoje, quando na realidade, na mão grande, já chegaram ao poder, faltando apenas os ajustes necessários para evolução à equipe de confiança e afinada para consolidar o poder e ludibriar brasileiros fora da Casa de comando, altos, médios e sonhantes, que agora o Brasil tem rumo e futuro, quando na verdade, retorna ao passado do atraso, que os mantém no poder sem maiores riscos.

    Mas quem perceberá o retrocesso, senão nós, se contam com o monopólio da mídia à toda e agora com o governo, para a massa não perceber e além, aderir com fervor ao mesmo, aceitando “sacrifícios” para degustar o tal bolo crescidão mais à frente (já ouviram isso alguma vez?).

    O que Dilma precisa escrever não é inócua carta aos que nunca desejaram o que proporia, mas sim uma nota (não as  inúteis de Falcão, o insubstituível) aos que se colocam juntos à volta da democracia, curta, apenas para lembrar a única opção que resta para reverter a volta ao passado e impedir que o golpe estabeleça-se: “ÀS RUAS, DEFENDER A DEMOCRACIA.”

    Democracia restaurada, propõe-se o pacto… o resto é remédio tarja rosa, para iludir e aceitar sem luta, mais uma vez, à base dos males o menor. Que compre, quem não o conhece ou quer mais de menos.

  50. Para aprofundar a discussão,

    Para aprofundar a discussão, o Brasilianas.org não será relançado? O crowd-funding proposto para os comentaristas do blogue com certeza tem o potencial para financiar essa empreitada importante para discussão dos problemas brasileiros.

  51. O novo no Brasil passa pelo
    O novo no Brasil passa pelo velho, testado e aprovado, modelo da social democracia.

    Muito se debate sobre o que pode advir para que o Brasil avance. Uns apostam na ruptura, outros em um pacto.

    Formulações de projetos, não são achados, nem passes de mágica. Para vislumbrar o que seria o “princípio” há que se perguntar o que nos falta, as carências e vazios; e imprescindível perscrutar a história na busca do que democracias mais avançadas realizaram para alavancar os seus desenvolvimentos.

    Há, de logo, algumas constatações que afloram de forma clara e que não fazem parte, pelo menos como condição princípua, do debate, e que diferenciam o Brasil das democracias referenciais:

    Injustiça social, desequilíbrio abissal entre classes, – o estudado modelo “casa grande e senzala”, desprezado na formulação de planejamentos, e que impede a realização de pactos sérios e profundos. Podemos apontar o indicador e citar a falta das reformas de base, ou reformas estruturantes, as reconhecidas como imprescindíveis desde antes da ditadura, as reformas fiscal e tributária, a reforma política e todas aquelas que modifiquem a estrutura colonialista e coronelista da nossa sociedade.

    Fica claro até para qualquer amador que nossa economia não evoluiu de sua base no setor primário, de fornecedores de commodities, desde o Brasil colônia.

    Fica claro o conhecimento de que continuamos sendo uma sociedade de divisão classista injusta e predatória, mesmo estando entre as dez maiores economias do mundo há mais de 50 anos. O bolo cresceu e não foi repartido como prometeram os da “casa grande” para pacificar toda a população.

    Fica claro para qualquer principiante em história que os maiores avanços econômicos se deram concomitantemente com avanços democráticos de inclusão social e redistribuição de riqueza. Foi assim na Revolução Francesa, no “new dial” americano, na social democracia européia, e até na política pós guerra no Japão e na Alemanha.

    Outro fator que não se pode esconder é que o único pacto feito no Brasil com vistas ao aprimoramento democrático foi o que resultou na Constituição de 1988, onde foram traçadas linhas mestras para a inclusão social, respeito as minorias com a ampliação de direitos, e raízes para com o federalismo diminuir as diferenças regionais. Estas últimas, de logo, demostraram – se inócuas com os coronéis do nordeste preferindo manter as condições cruéis de desequilíbrios que facilitavam o domínio por meio da chibata e promessas vãs. Quanto aos avanços sociais, esses se limitaram mais aos aspectos conceituais de reconhecimento de direitos do que propriamente na inclusão prática com melhorias salarias, escola pública de qualidade e demais políticas sociais.

    O lulismo, ouso discordar da academia, foi menos um pacto e mais como uma permissibilidade da “casa grande” de ser fazer, de forma tímida, limitada e de dependência, a inclusão, resguardando o aumento da riqueza da elite . O próprio Lula afirmava que “os banqueiros nunca ganharam tão dinheiro como em meu governo”, e pela constatação da forma com que está sendo desmontado, com imensa facilidade, os avanços.

    Não é preciso grande esforço mental para se perceber que um pacto não será possível. Primeiro, pela leitura histórica de que as democracias avançadas citadas só se desenvolverem com as rupturas apontadas. Segundo, pela constatação de que a direita, a Casa Grande, no momento atual, se encontra com uma força tão intensa, poucas vezes vista, como fica demonstrado pela sordidez do nosso parlamento, pela prepotência do Judiciário, pelo arrogante Ministério Público, violência das polícias, pelo pensamento hegemônico redistribuído pela mídia. Terceiro, por nenhum dos nossos líderes, desde a nossa formação, ter conseguido realizar avanços via pactos, quem tentou foi deposto, “suicidado”, renunciado, ameaçado por impeachment ou por CPI’s, ou ainda amordaçados e amarrados pelo congresso.

    Por outro lado, temos uma população, incluindo os grupos que foram às ruas pedindo a derubada de Dilma, e a exemplo do que ocorre pelo mundo, em grave crise existêncial. Sem saber exatamente o que querem, negam a política sem perceber que estão fazendo política. Criam o caos, das deficiências e trazem o risco de trocarem por algo ainda pior.

    Pelo mundo democrático, a elite soube, em momentos de graves crises, ceder, pactuar, e fazer avançar os direitos, trazendo mobilidade social e redistribuição econômica.

    Esses avanços ocorreram quando a classe média se descolou, como babadora de ovos da elite, e reconheceu que as migalhas concedidas pelos “senhores” aos capatazes, aos Capitães do Mato, e negadas aos mais pobres, eram insuficientes para trazer um sentido mínimo de paz e harmonia, quando então se uniram aos pobres e conseguiram os recomeços da história.

    Então, a “carta” de Dilma terá que ser direcionada com foco preciso, a classe pobre e a classe média, chamando, finalmente, a nossa Revolução. Teria alcançado, a nossa classe média, a maturidade para entender o quanto ela é sacrificada para garantir a riqueza da nossa “casa grande” ?

  52. É comovente o grau de

    É comovente o grau de omitismo que projeta no curto prazo não obstante a magnitude de certos problemas nacionais sem respectivos instrumentos de remediação.

    Veja, por exemplo, os 60 mil assassinatos por ano e o nível das polícias militar e civil. Um Presidente capaz de fazer esse número cair pela metade deveria ser entronizado imperador como Bonaparte o foi.

    Você acha que a partir de 2018 começa a solução deste problema?

    Você olha a lentidão paquidérmica da justiça e o viés elitista. Um Presidente capaz de usar suas forças para resolver tal problema deveria ser endeusado em vida como Mohamed Ali o foi.

    Acha que começa em 2018?

    Olhe o baixíssimo nível de instrução de nossos alunos do ensino médio que 90% é incapaz de calculos elementares e interpretação de textos básicos.

    Vai melhorar quando, 2018?

    Os problemas são sinistros, cabulosos, intricadíssimos… Exigem orquestração de altíssimo nível, capacidades, ótima liderança, ótima burocracia.

    Isso num país que passados dois anos não consegue encher estádios depois de uma Copa do Mundo, e apodrecem.

    Num país que promete uma obra de transporição para 2009, e entrega pela metade em 2016.

    .

    Sério mesmo…Não sei onde andam com a cabeça.

  53. ilusões politicas de um país dependente!

    Em que lugar do mundo a direita está abrindo mão de algo para dar o minimo – ‘direitos sociais’ e ‘inclusão social’?  Na Argentina? Na França? na Grécia? nos EUA?!!! Ora no mundo todo a direita está destruindo os tais direitos e inclusão, produzindo exclusão de todo tipo, inclusive a exclusão da vida.É .Incrivel como nosso atraso histórico e dependencia nos faz ter ilusões de que podemos repetir a história dos paises ditos ‘civilizados’. Um dia seremos ‘socialmente avançados’, chegaremos a ‘civilização’ e termos a ‘verdeira democraia’ – como se tudo isso existe lá no norte do globo, como se eles não tivessem seus próprios retrocesso, bárbaries e autoritarismos! Primeiro acreditamos que criariamos o ‘pais de classe média’ – como se estivessemos na década de 1950 em pleno século XXI – e agora se propõe ressucitar o cadaver insepulto da tal social democracia no Brasil. A social democracia está morta e enterrada na Europa – é só olhar o governo ‘socialista’ da Franç e será um país dependente que irá ressucitá-la? Quanta autoilusão ufanista!

  54. A estupidez humana.

    Acabei de escutar Marconi Perillo no Senado dizer que estamos a viver a pior crise do Brasil. Assim de repente eis que se percebe que para este sr. o tempo da ditadura militar não era tão mau como hoje – de fato seria mesmo preferível. É incrível as coisas que se escutam sem que ninguém chame a atenção. 

  55. a globo é inimiga do povo

    a globo é inimiga do povo brasileiro e da democracia….golpista sempre, continuará golpista….sem controle sobre esse monstrengo fica dificil…como ocorre em paises civilizados, tem que ter rédea nessa besta, mesmo que ela não queira, e não quer, claro

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