os concursos públicos municipais paulistas e a mídia

A que ponto chegamos. Estava fazendo pesquisas na internet e me deparei com uma situação inusitada em concursos públicos de algumas cidades do interior de São Paulo.

No caso do Concurso Público da cidade de Charqueada-SP temos: ( ver edital )

(…) Língua Portuguesa e Professor de Matemática

4.1.1.3. As questões de conhecimentos gerais visam  aferir as noções básicas relacionadas ao que acontece no cotidiano.

 

4.1.1.3.1. Sugere-se as seguintes leituras, com vistas às questões de Conhecimentos Gerais:

4.1.1.3.1.1. Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, Revistas Veja, Isto É e Época e pesquisas na internet. (…)

Já em Sertãozinho temos: ( ver edital )

(…) 5.0 – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

5.1 – Professor de Ensino Básico I- Português e Matemática- Conteúdos de Ensino Médio

5.2 – Professor de Ensino Básico II- Conteúdos em nível de Ensino Superior específicos de cada disciplina;

 

5.3 – Atualidades – Revistas: Veja e Época, Jornais: Folha de São Paulo e Estado de São Paulo (ano 2010), Livro Histórico de Sertãozinho – “Conto, canto e encanto com minha história…Sertãozinho-Energia, Fé e Trabalho”- Editora Noovha América – 1º ed. – 2007. (…)

COMENTO: Será que a liberdade de escolha das leituras nestas cidades se restringe a duas revistas e dois jornais e qualquer coisa fora seria assuntos não atuais. A visão dos candidatos a professores deve ser restrita?  O que configura tal atitude por parte do poder público municipal? Sabemos que a Secretaria de Educação Paulista fez compras sem licitações destas revistas e jornais para serem entregues nas escolas públicas do Estado conforme a  Namaria, nossa incessante detetive do Diario Oficial do Estado de São Paulo ( vide post em seu blog ). Este conluio entre a mídia e o poder público paulista não merece uma maior atenção dos orgãos fiscalizadores estaduais e federais? Acredito que nos mesmos moldes em que se inseri a proximidade de agentes públicos federais e empresas privadas como por exemplo, uso  de jatinhos, podemos citar o uso de matérias do interesse do governo paulista e seu partido, hoje na oposição, e as compras sem licitação, o direcionamento de editais de concursos como também uma escandalosa relação de parasitismo.

Redação

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