PIB fecha trimestre com crescimento de 1,2%, diz IBGE

Indicador voltou ao patamar pré-pandemia, mas segue 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade brasileira, segundo IBGE

Jornal GGN – O Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de 1,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre do ano passado, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o terceiro resultado positivo, depois dos recuos no primeiro (-2,2%) e no segundo (-9,2%) trimestres de 2020, quando a economia encolheu 4,1% por conta da pandemia, e retomou o patamar visto no quarto trimestre de 2019, mas permanece 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

“Mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Os dados foram afetados pelos resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%). Na agropecuária, a alta foi puxada pela melhora na produtividade e no desempenho de alguns produtos, sobretudo, a soja, que tem maior peso na lavoura brasileira e previsão de safra recorde este ano.

Já na atividade industrial, o avanço veio das indústrias extrativas (3,2%). Também cresceram a construção (2,1%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%).

Nos serviços, que contribuem com 73% do PIB, houve resultados positivos em transporte, armazenagem e correio (3,6%), intermediação financeira e seguros (1,7%), informação e comunicação (1,4%), comércio (1,2%) e atividades imobiliárias (1,0%). Outros serviços ficaram estáveis (0,1%).

Os efeitos da pandemia influenciaram a estabilidade no consumo das famílias (-0,1%) no primeiro trimestre deste ano, frente ao quarto trimestre. Já o consumo do governo teve queda de 0,8%.

Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) cresceram 4,6%, devido ao aumento na produção interna de bens de capital e no desenvolvimento de softwares, a alta na construção e os impactos do Repetro, regime aduaneiro especial que permite ao setor de petróleo e gás adquirir bens de capital sem pagar tributos federais.

Na comparação anual, o PIB cresceu 1,0% no primeiro trimestre deste ano, com alta de 5,2% na agropecuária e de 3,0% na indústria. Já os serviços recuaram 0,8%. Pela ótica da despesa, destaque para os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) com crescimento de 17,0%, maior taxa desde o segundo trimestre de 2010.

Já o consumo das famílias recuou 1,7% explicado pelo aumento da inflação e reflexos da pandemia que afetaram negativamente o mercado de trabalho, reduzindo o número de ocupações e a massa salarial real. Também recuou o consumo do governo(-4,9%).

No que se refere ao setor externo, as exportações tiveram alta de 0,8%, enquanto as importações avançaram 7,7% em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Redação

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