Presidente do Partido Socialista Operário Espanhol assume governo da Espanha

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução Twitter

Da Revista Forum

O socialista Pedro Sánchez será o novo chefe do governo da Espanha

Em 2015, Sanchez esteve no Brasil e se reuniu com Lula. Na ocasião, ele disse que o ex-presidente brasileiro era “uma referência em política global, da boa política”

O presidente do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, se tornará o novo chefe de governo espanhol. A Câmara dos Deputados da Espanha aprovou nesta sexta-feira (1º) a moção de censura contra o governo de Mariano Rajoy, do Partido Popular. Após ser indicado pelo rei, Sánchez tomará posse formalmente.

“Podemos presumir que a moção de censura seguirá adiante. Em consequência, Sánchez será o novo chefe de governo. Serei o primeiro a felicitá-lo”, declarou. “Foi uma honra ser o chefe de governo e deixar uma Espanha melhor do que encontrei. Sorte a todos vocês pelo bem da Espanha”, afirmou Mariano Rajoy, que reconheceu mesmo antes da votação que seria derrotado.

A moção de censura recebeu 180 votos a favor, 169 contra e apenas uma abstenção. Abalado por casos de corrupção do seu partido.

O líder socialista, de 46 anos, contou com o apoio dos grupos independentistas e nacionalistas do País Basco e da Catalunha, além de Unidos Podemos, coalizão de esquerda. Após a votação, Rajoy apertou a mão do socialista e saiu sem fazer comentários à imprensa.

“A Democracia na Espanha abre uma nova página. Uma etapa para recuperar a dignidade das instituições. De responsabilidade, diálogo e consenso, é o momento de trabalhar pela igualdade, construir um país que não deixa ninguém no caminho”, afirmou no Twitter.

Sanchéz com Lula no Brasil

Em 2015, Sanchez esteve no Brasil e se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Sánchez disse que Lula era “uma referência em política global, da boa política”.

[Lula] foi um presidente que tirou o Brasil de uma situação de crise econômica e ofereceu oportunidade a gente que não teve oportunidade”. E completou: “Apostou em construir uma classe média forte no Brasil por um progresso inclusivo e uma economia justa. É isso que também quero para a Espanha”.

Leia, abaixo, a notícia publicada no site do Instituto Lula:

As relações sociais e econômicas entre Brasil e Espanha foram temas de um encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário geral do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), Pedro Sánchez, na tarde desta sexta-feira (27), em São Paulo.

Eles falaram ainda sobre os desafios que a União Europeia enfrenta e a necessidade de compreensão das políticas de investimento público, que podem solucionar, por exemplo, o desemprego na Europa.

Sánchez lembrou que o Brasil é o segundo país com maior nível de investimento espanhol em todo o mundo. “Por isso é importante que a política espanhola esteja no Brasil.” Motivo que também é responsável por atrair ao Brasil muitos jovens espanhóis em busca de oportunidades de emprego.

O secretário afirmou que Lula é “uma referência em política global, da boa política” e que a visita ao ex-presidente lhe deu a oportunidade de entender como ocorreu o processo de ascensão econômica e social brasileiro. “[Lula] foi um presidente que tirou o Brasil de uma situação de crise econômica e ofereceu oportunidade a gente que não teve oportunidade”. E completou: “Apostou em construir uma classe média forte no Brasil por um progresso inclusivo e uma economia justa. É isso que também quero para a Espanha”.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. O reverso da medalha

    “Apostou em construir uma classe média forte no Brasil por um progresso inclusivo e uma economia justa. É isso que também quero para a Espanha”

    Só posso esperar que essa classe média forte que ele quer para a Espanha não faça com ele o mesmo que a classe média brasileira fez com o PT.

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