PT quer lançar Lula à Presidência na próxima sexta com vídeo da prisão

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Enquanto isso, oposição tenta impedir sua candidatura no STF. E aliados tentam convencê-lo a ser transferido para presídio de Pinhais, com outros detentos, mas Lula resiste
 

Foto: Nelson Almeida/AFP
 
Jornal GGN – O PT irá realizar o lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima sexta-feira (08), em evento na cidade de Contagem, Minas Gerais. Sem a presença do líder, detido na sede da Polícia Federal de Curitiba, o partido tentará gravar um vídeo com mensagem do ex-presidente na prisão.
 
Em nota, o diretório nacional convidou todos os membros estaduais e municipais do PT, a militância, movimentos sociais, artistas, intelectuais, religiosos e apoiadores do ex-presidente “que lutam contra o golpe e a prisão injusta do ex-presidente Lula”, para estarem presente.
 
Como forma de marcar o Ato Nacional de lançamento da pré-candidatura de Lula a disputar a Presidência do país, o PT tenta, agora, gravar um vídeo com o ex-presidente. 
 
De acordo com o Painel, da Folha, o ex-ministro Eugênio Aragão, que atua como advogado da sigla, tem uma audiência marcada para amanhã (04) com a juíza Carolina Moura Lebbos, responsável pela execução da pena em Curitiba.
 
Transferência de cela
 
Enquanto isso, com o líder isolado, alguns aliados e membros do PT também defendem que Lula peça transferência para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, que abriga outros presos da Operação Lava Jato. Lá, Lula teria contato com outras pessoas e não se sentiria mal pelo isolamento da atual cela.
 
Entretanto, o ex-presidente estaria resistente a fazer o pedido, porque considera que pedir a transferência é admitir a condenação imposta pela Lava Jato, da qual ele ainda recorre.
 
Registro de candidatura
 
Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já evitou se posicionar sobre um possível impedimento para Lula disputar as eleições. Nesta semana, a Corte decidiu não se manifestar sobre uma consulta feita pelo deputado federal Marcos Rogério (DEM-RO), que questionava se réus em ações penais podem concorrer à Presidência.
 
Todos os ministros entederam que o questionamento fazia referência direta a Lula e que, por isso, não é competência da Justiça Eleitoral se antecipar sobre o tema, que poderá ser questionado posteriormente. Mas o deputado segue insistindo no tema. Agora, ele quer levar o tema para o Supremo Tribunal Federal (STF).
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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    1. Aí o que ocorreu foi um

      Aí o que ocorreu foi um chamamento divulgado pelos deputados Wadih Damous e Paulo Pimenta que haviam visitado Lula e transmitiam um recado do presidente Lula. Não houve tempo hábil para um lançamento organizado, o que se fará agora.

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