Qual Brasil está crescendo mais?

grafico cresc PIB per capita

Nota do Brasil Debate

É conhecido o fato de que a renda per capita do Brasil tem crescido na última década. Segundo cálculos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o PIB per capita médio anual subiu de R$ 18.810,00 em 2000 para R$24.370,00 em 2012, a preços constantes de 2013.

São também conhecidas as disparidades regionais brasileiras: o Nordeste e o Norte são as regiões mais pobres do Brasil. Em 2010, as duas regiões representavam 18,8% do PIB, mesmo concentrando 36,1% da população brasileira. Esta é a dimensão regional da desigualdade de renda no País.

Portanto, para que o Brasil se torne um país mais igualitário em termos regionais, é necessário que as regiões mais pobres cresçam mais rapidamente que as regiões mais ricas.

Segundo o gráfico abaixo, isso vem de fato acontecendo. O PIB per capita do Norte e Nordeste cresceram, respectivamente, 0,6 e 0,5 pontos percentuais a mais em relação à média da economia brasileira.

O processo de distribuição de renda e os investimentos realizados nas duas regiões estão surtindo efeito para catalisar a convergência dos PIBs per capita regionais. Isso fica evidente, por exemplo, quando consideramos que as regiões Norte e Nordeste são as maiores beneficiárias dos programas sociais.

No entanto, esse processo ainda pode ser aprofundado, visto que as disparidades ainda são enormes, mesmo dentro dos estados de uma mesma região.
Cabe discutir como avançar nesse processo de forma sustentada. Afinal, seria possível reduzir a desigualdade de renda entre as pessoas sem resolver as desigualdades regionais?

Conheça a página do Brasil Debate, e siga-nos pelo Facebook e pelo Twitter.

 

Redação

9 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Programas sociais

    Programas sociais isoladamente não terão condições de reduzir as desigualdades regionais. Nem daqui a mil anos. As sociais só numa proporção mínima que tende a se perpetuar.

    O que fará diferença serão os investimentos públicos e privados. A consolidação das vocações micro-regionais, a exemplo da agricultura irrigada(em especial frutas e flores), a micro-pecuário(caprinos e ovinos e aves), o turismo, zonas de exportações, inversões pesadas na infraestrutura(ferrovias, portos, saneamento, aeroportos etc), distritos industriais e melhoria geral dos serviços públicos, com destaque para a educação e saúde. Na área de educação as escolas profissionalizantes para formar mão-de-obra especializada.

  2. Reduzir a desigualdade tem de ser prioridade.

    Os governos Lula e Dilma acertam em aumentar investimentos no norte e nordeste.

    Seria bom reduzir juros e consequentemente os serviços da dívida para poder investir ainda mais.

    Esta gradativa redução da desigualdade regional só tornou-se realidade porque agora temos um Estado que promove ativamente o desenvolvimento econômico.

    A idiotia neoliberal é incapaz de promover este avanço. É por isso que aécio neve vai perder feio estas eleições.  O modelo que aécio neve defende é o atraso. Um  retrocesso para o fracasso do desgoverno fhc.

     

  3. A densidade populacional tem

    A densidade populacional tem que ser levada em conta.

    Se o Sul e Sudeste crescem menos, o PIB vai pras picas…

    É mais ou menos como comemorar o crescimento do PIB em Quixeramobim em detrimento ao menos crescimento do PIB de Barretos.

    Pode até ser bom para Quixeramobim, mas (por densidade populacional) é ruim ao país.

    Matemática de curso básico.

  4. Quando eles falam que o

    Quando eles falam que o Brasil parou de crescer estariam falando específicamente de São Paulo e generalizando para todo o Brasil? É uma questão que merece ser verificada.

  5. Crescimento

    Pelo que eu soube, no Norte-Nordeste o crescimento se deve não só à bolsa família mas também  aos muitos investimentos que geraram na região muitos canteiros de obra, etc…

  6. Planejamento é

    Planejamento é isso.

    Desconcentrar para voltar a crescer de forma sustentável.

    Com os projetos de infraestrutura para a região como hidrelétricas, ferrovias norte/sul e FIOL e melhoria das estradas, programas sociais e financiamentos  muitas indústrias vieram para as regiões norte/nordeste.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador