Tendência de fusões também na mineração

Se a tendência na área de siderurgia é a compra de participações, fusões e aquisições, na área de mineração a previsão não é diferente. Estudo recente da consultoria Ernst & Young aponta que em 2011 o setor pode ter ganhos aproximados ao verificado em 2007, ano em que o faturamento atingiu o ápice, mesmo com instabilidade econômica nos EUA e na Europa.

A principal razão do crescimento é a busca por segurança em aceso a recursos -em escassez crescente-, levando cada empresa a buscar robustez para garantir uma fatia no mercado de mineração, inclusive as siderúrgicas, que no caso do Brasil possuem uma concentração do fornecimento.

O levantamento também aponta como estimuladores do processo a melhora de fluxo de caixa e uma organização vertical para lidar com os custos.

2010

Em 2010 houve um aumento de 89% no valor das transações feitas no setor em relação ao ano anterior, em uma movimentação global de US$ 113,7 bilhões. Os mercados emergentes, categoria onde se inclui o Brasil, foram responsáveis por 43% deste total. Na América Latina as transações cresceram 94% no ano.

A recuperação econômica, resultante em parte das boas performances corporativas, e a alta nos preços das commodities resultaram em uma mudança na atuação do setor de mineração no Brasil no ano passado. As empresas começaram a buscar dentro das fronteiras nacionais novas formas e opções de crescimento. Isso explica em parte o movimento de empresas siderúrgicas ampliando o escopo de sua atuação e mineradoras formando parcerias.  No total, o país registrou 33 negócios no período, representando um total de US$ 17,8 bilhões.

As aquisições realizadas por companhias brasileiras de mineração e metais somaram US$ 13,5 bilhões, um aumento de 290% ante 2009, tornando o país o terceiro que mais fez aquisições em 2010. Seis dos 23 grandes negócios registrados no ano passado foram feitos por empresas brasileiras, com destaque para a Vale, responsável por três deles.

Emergentes

A insegurança de investimento em mercados tradicionais fez com que a América Latina se tornasse o centro das atenções, com destaque para o Brasil. O país protagonizou, junto com Canadá e Austrália, considerados também países de menor risco, o cenário dos negócios em mineração, liderando o ranking de países com maior fluxo de negócios no setor no ano passado.

O documento ressalta que os países emergentes tiveram um papel de destaque, em um volume financeiro de US$ 49 bilhões. Luiz Cláudio Campos, da Ernst & Young, explica que as empresas da região têm um papel de peso nas aquisições em outros países.

A China, por outro lado, caio do primeiro para o quarto lugar, com uma queda de 11% no volume de transações. O arrefecimento dos negócios no país asiático, no entanto, é resultado do crescimento dos outros países, não se configurando uma redução nas fusões e aquisições em si. Isso porque os negócios fechados na China cresceram 29% em 2010.

Redação

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