Uma tragédia institucional
por Wilson Ramos Filho – Xixo
Tenho muitos amigos magistrados. Gente séria que honra a toga. Alguns deles que, lá atrás, até se empolgaram com o que chamavam de “protagonismo judicial”, já pensam diferente ao reconhecer que parte dos juízes de primeiro grau, iniciantes na carreira, passou de todos os limites do razoável.
A foto de um juiz midiático em black-tie, em NY, ao lado de um dos próceres golpistas causou vergonha e desconforto nas corporações que os representam. A liminar concedida em Campinas para atender aos interesses de um notório candidato, a pedido do MBL, irritou meus amigos que lamentaram estar impedidos de criticá-la publicamente.
Esta percepção já está disseminada. Nas últimas pesquisas divulgadas, registradas no TST pela Confederação Nacional dos Transportes – CNT, a desmoralização do Poder Judiciário aparece, de modo constrangedor, em números.
JUSTIÇA NO BRASIL
• A avaliação sobre a atuação da Justiça no Brasil é negativa para 55,7% (ruim ou péssima) dos entrevistados. 33,6% avaliam a Justiça como sendo regular e 8,8% dos entrevistados avaliam que a atuação da Justiça no Brasil é positiva (ótima ou boa).
• 52,8,% consideram o Poder Judiciário pouco confiável; 36,5% nada confiável; e 6,4% muito confiável.
• Para 90,3% a Justiça brasileira não age de forma igual para todos. Outros 6,1% consideram que age de forma igual.
Esses números, divulgados em pesquisa séria patrocinada por uma entidade patronal (CNT) dão a dimensão do desastre causado pela Lava-Jato na credibilidade institucional da magistratura:
– 91% da população tem uma avaliação negativa da Justiça;
– Apenas 6,4% confiam no Judiciário;
– Somente 6,1% consideram-no imparcial.
Esses resultados nos dão a dimensão da tragédia decorrente do “ativismo judicial negativo”. A população compreendeu – tarde demais – que o Golpe esgarçou institucionalmente o país. E quem perdeu foi a democracia. A quem interessa o reconhecimento da parcialidade da magistratura? Certamente não a quem a exerce dignamente. Estes contam com minha irrestrita solidariedade.
O terceiro volume da Enciclopédia do Golpe memorizará para as futuras gerações o papel da cúpula do Judiciário. O tema foi amplamente debatido em evento realizado em São Paulo.
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Essa tragédia institucional,
Essa tragédia institucional, como diz o título, para os togados lavajateiros e os “deuses” do TRF-4, STJ e STF, não vem ao caso, pois pouco se importam com a Justiça. Como diz a Bíblia, seu deus é o próprio ventre, hoje diríamos,suas contas bancárias, no Brasil ou no exterior. A Constituição? Ora, a Constituição…
Exatamente. E a tendência é
Exatamente. E a tendência é piorar, e muito, pois cada vez mais há uma casta de indivíduos ligados ao judiciário, maçonaria e a partidários de direita que ocupam os cargos em detrimento de pessoas que não pertencem ao clube, mesmo que mais qualificados. Daí também o baixo nível de boa parte dos atuais membros do judiciário e ministério público.
“Negativa”? O judiciário
“Negativa”? O judiciário brasileiro é um prostíbulo. Pior, em um prostíbulo os frequentadores respeitam as leis da casa. E eu arrisco dizer que sempre foi assim, só está ficando mais óbvio agora por causa da perseguição política a céu aberto contra Lula.
Ficam “nauseados” … eu até acredito!
Mas pq estes magistrados não fazem absolutamente nada? Nem nos bastidores… Quem cala, concente!
Cabe ao próprio poder
Cabe ao próprio poder judiciário acabar com a barbárie. O que estão esperando, já que há magistrados conscientes dessa tragédia?