Xadrez de como a Lava Jato protegeu Michel Temer, por Luís Nassif

Eletromecânico 1

Peça 1 – a teoria do fato, o supérfluo e o essencial 

As denúncias feitas pelo Ministério Público Federal de Curitiba contra o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, em função de manipulações nas licitações da Eletronuclear, têm características polêmicas.

Como se sabe, o método de investigação do MPF é chamado de “teoria do fato” (não confundir com teoria do domínio do fato), que nada mais é do que a tática de definir uma narrativa inicial do crime, para poder organizar melhor os elementos levantados na investigação.

A teoria do fato da Eletronuclear foi que o Almirante Othon direcionava licitações para as empreiteiras em troca de pagamentos feitos através do pagamento de serviços não realizados por empresa de sua propriedade e das filhas. Ponto.

Ficou aí e daí não saiu nem quando os fatos começaram a apontar em direções mais elevadas.

Como se sabe, ninguém é alçado ao comando de uma grande estatal sem ter um padrinho político. Principalmente quando se dispõe a fazer negócios.

A “teoria do fato” do MPF é um cartapácio de 135 páginas, assinado por onze procuradores, tendo 14 testemunhas relacionadas.

Foi um levantamento minucioso em que foram apurados até valores minúsculos (em relação aos números globais do golpe).

·      Na página 7, identificam um repasse de R$ 276 mil para a Aratec (a empresa de Othon).

·      Na página 12, três, de R$ 2,9 milhão, R$ 2, 7 milhões de R$ 1,4 milhão

·      Na página 13, uma de R$ 300 mil.

·      Na página 15, uma de R$ 1,5 milhão e outra de R$ 30 mil.

Colocaram tudo na denúncia, menos o essencial.

Jabuti não sobe em árvore. Principalmente em setores onde há negociatas, dirigente não entra pelo currículo. A grande questão que ficou em aberto:

1.     Quem era o padrinho político de Othon.

2.     Como o padrinho era remunerado.

Nas provas e depoimentos levantados, existem evidências fortíssimas permitindo destrinchar os dois pontos centrais. Mas foram deixados de lado pela força tarefa. O principal suspeito foi citado de raspão, a estrutura do golpe revelada, mas não houve um movimento sequer para aprofundar as investigações.

Peça 2 – os golpistas que escaparam

O principal contrato de Angra 3 foi o GAC.T/COJ-004/2010 e o Contrato GAC.T/CT- 4500151462.

O golpe é bem descrito na denúncia.

As licitações eram na modalidade preço-técnica. O golpe, usual, consistia em conferir mais peso à técnica e defini-la de forma bastante genérica, para permitir o subjetivismo do julgamento.

Todas as pistas estavam aí. Era uma concorrência internacional, e com o maior valor de contrato: R$ 162 milhões.

1.     Foi vencido pela AF Consult LTD da Finlândia

2.     Por exigência contratual, a AF Consult subcontratou a Engevix Engenharia e a AF Consult Ltda Brasil.

3.     20% dos valores foram remetidos para o exterior.

Tem-se, aí, a primeira chave: a AF Consult.

Mais: há um e-mail de Samuel Fayad, funcionário da Engevix, de 21 de agosto de 2014, em que informa os destinatários que Othon chamou “Roberto e o Lima para fechar o aditivo”. Na denúncia, os procuradores se limitam a informar que “Roberto e Lima são pessoas ligadas à AF Consult”. Nada mais disseram e, aparentemente, não investigaram.

Tinha-se, ali, a segunda peça.

Pela denúncia constata-se que os procuradores sabiam que a peça chave do golpe era a AF Consult e que os seus representantes eram Roberto e Lima.

Quinze pessoas foram denunciadas. Lima e a AF Consult, peças centrais da trama, ficaram de fora. Não há denúncias, não há investigações, não há teorias de Deltan Dallagnol, por mais estrambólicas que sejam, que expliquem essas lacunas.

A denúncia foi apresentada no dia 31 de agosto de 2015.

Cinco dias depois, a manchete da Folha era: “Governo tenta minimizar impacto da fala de Temer”. Temer declarou que, se mantida a baixa popularidade, Dilma dificilmente concluiria seu mandato. Já estava à frente do golpe.

Peça 3 – o notório coronel Lima

No dia 26 de junho de 2017, três parlamentares do PT – deputados estaduais João Paulo Rillo (SP) e Carlos Alberto Pletz Neder (SP) e o senador Lindbergh Farias – entraram com uma representação junto à Procuradoria Geral da República, denunciando as omissões da força tarefa da Lava Jato.

No capítulo I, falam da amizade histórica de Temer com João Baptista Lima Filho, o coronel Lima. Lembram o período em que Temer foi Secretário de Segurança do estado de São Paulo, e que coincide com o crescimento da empresa Argeplan Arquitetura e Engenharia, que tinha Lima como sócio. À esta altura, o tema já havia vazado para a imprensa.

A representação avançou em consultas na Junta Comercial, e reconstituiu a caminhada societária do golpe.

·      A Argeplan e a Drosera Participações Ltda (atual AF Consult do Brasil Ltda) se tornaram sócias em 10/08/2009, dez meses antes da publicação do edital.

·      O contrato com a Eletronuclear foi assinado em 24/05/2012.

·      Sete dias depois, em 31/05/2012 a AF Consult Ltda da Finlândia se retira da sociedade ingressando em seu lugar a AF Consult Switzerland Ltda, da Suiça.

A hipótese é que a AF Consult da Suiça tenha entrado para receber os 20% da propina, já que não há nem sinal de sua participação nos trabalhos.

Pelos dados divulgados pela imprensa, a divisão do bolo ficou assim:

1.     O contrato total era de R$ 162 milhões.

2.     R$ 113,4 milhões foram repassados para a Engevix que, embora subcontratada, foi quem realmente tocou a obra.

3.     A AF Consult do Brasil Ltda, sem nenhuma experiência na área foi subcontratada pela Engevix por R$ 48 milhões, havendo indícios de que os serviços não foram prestados.

No dia 10 de agosto de 2015, o diretor da Engevix José Antunes Sobrinho, prestou depoimento à Lava Jato de Curitiba.

Nele, conta detalhes do direcionamento.

A licitação para o pacote Eletromecânico 1 exigia uma empresa internacional, já que nenhuma nacional tinha experiência na área. Mas precisava ter um braço nacional. Venceu a finlandesa AF Consult Ltd, que subcontratou a Engevix. Para melhor avaliar a importância do contrato, segundo Antunes Sobrinho, foi o maior obtido pela Engevix.

Nenhuma pergunta sobre a AF Consult ou sobre Lima.

No dia 21 de abril de 2016, reportagem da revista Época já mencionava o nome de Temer na delação de Antunes. Segundo a matéria, os advogados de Antunes tentavam o acordo, com ele disposto a entregar Temer, Erenice Guerra, José Dirceu, João Vaccari e – como pedágio – a afirmação genérica de que os negócios só eram possíveis graças à caneta do presidente da República.

Na reportagem foi mencionada a Argeplan. Depois de ganhar uma licitação para a reforma da biblioteca do Tribunal de São Paulo, conquistou a licitação de R$ 162 milhões.

Segundo a matéria

Lima foi diretamente responsável pela indicação de Othon junto a Michel Temer, e por sua manutenção no cargo de presidente da Eletronuclear”. O delator disse ainda ter ouvido de Lima que a manutenção de Othon na presidência da empresa estava diretamente associada a “resultados”.

Há uma grande probabilidade das fontes da revista serem membros da Lava Jato, o que comporvaria que tinham todas as informações sobre o esquema Temer. Uma das observações era a forma imperativa com que o coronel Lima se dirigia ao Almirante Othon:

Não é a primeira vez que Lima surge na Lava Jato. O nome do coronel é citado em uma troca de e-mails de Antunes sobre o contrato Eletromecânico 1 de Angra 3, justamente o que foi firmado pela Engevix, com participação da Argeplan. Lima e sua empresa também aparecem em interceptações telefônicas do almirante Othon Pinheiro. Em 7 de julho de 2015, Lima perguntou se Othon teria previsão de ir a São Paulo para um encontro. Num diálogo que denotava subordinação de Othon a Lima, o almirante dizia que não tinha previsão, porém poderia rapidamente organizar a viagem para segunda-feira, menos de uma semana depois da ligação. “Segunda-feira, se o senhor vier aqui, a gente precisava ter uma conversa. Tem de tomar uma providência aí que… eu acho que tá chegando no ponto que vai culminar naquele tema”, diz Lima na gravação.

Antunes disse que foi procurado pelo coronel Lima para entrar no contrato de Angra 3. A empresa de Lima, afinal, não tinha quaisquer condições de executar os serviços. Antunes topou e foi subcontratado pelo consórcio AF/Argeplan, criado, segundo ele e documentos comerciais, por Lima e pessoas ligadas ao almirante Othon. Antunes afirma que “entre as condições para que Othon fosse mantido no cargo, estava a de ajudar Lima nesse contrato e em outros futuros, de modo que a Argeplan/AF e mesmo a Engevix se posicionassem bem nos futuros projetos nucleares”. Fontes da Engevix ouvidas por ÉPOCA garantem, contudo, que, apesar de integrar o consórcio, a AF Consult do Brasil não realizou nenhuma obra em Angra 3, e que sua participação no contrato jamais foi explicada pela direção da empresa.

No dia 24 de junho de 2016, o nome de Temer finalmente apareceu em reportagem da revista ÉpocaOperador ligado a Temer admite ter recebido R$ 1 milhão da Engevix”. Antunes estava em prisão domiciliar em Curitiba, e acusava Temer de ter sido beneficiário de R$ 1 milhão decorrente dos contratos da Angra 3.  Era uma proposta de delação premiada.

Mencionava o pagamento de R$ 1 milhão à PDA Projetos, outra empresa de Lima.

Segundo a matéria

“Com as revelações do executivo, o dinheiro pode ser rastreado pelos investigadores para que seja verificado se Temer foi de fato beneficiado, como afirma Antunes – o que, novamente, o presidente interino nega com veemência. Pouco tempo depois do pagamento da propina, Lima fez viagens ao Panamá e ao Uruguai, dois conhecidos paraísos fiscais usados por operadores da Lava Jato para esconder dinheiro”.

Já se sabia, então, que Lima e Temer tinham forte influência sobre o Almirante Othon. Antunes revelou que a Argeplan apenas reformava telhados e cuidados de pequenos projetos arquitetônicos.

Segundo a matéria, desde novembro de 2015 advogados de Antunes tentavam o acordo com a PGR.

Janot era representado nas negociações com Antunes pelo promotor Sérgio Bruno, do grupo de trabalho de Brasília, pelo procurador Athayde Ribeiro, da força-tarefa de Curitiba, e pelo procurador Lauro Coelho Júnior, da força-tarefa do Rio de Janeiro. O Ministério Público não informa oficialmente o motivo da recusa às revelações de Antunes, que só podem ser usadas como ponto de partida em investigações criminais caso seja assinado um acordo. Nada impede, no entanto, que a investigação prossiga a partir de outros atos iniciais – como informações fornecidas por outros delatores ou outras representações enviadas ao Ministério Público. Reservadamente, porém, negociadores comentam que Antunes parecia fazer “contenção de danos”. Ou seja, avaliam que ele não contou tudo o que sabia e vivenciou”.

Ora, é sabido que a revista é alimentada por integrantes da Lava Jato. As informações que obteve foram de suas fontes da Lava Jato. Qual a razão, no entanto, para nada disso entrar na denúncia?

Peça 4 – Moro convalida o jogo

A denúncia dos procuradores curitibanos foi apresentada no dia 1o de setembro de 2015. Foi acolhida pelo juiz Sérgio Moro apenas dois dias depois, apesar do tamanho do documento.

Na denúncia aceita, nada de João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, nem a AF Consult, nem os diretores responsáveis pela AF Consult Finlândia e AF Consult Switzerland.

No dia 30 de outubro de 2015, houve o fatiamento do Inquérito Eletronuclear, decidido pelo pleno do STF. E o caso foi transferido para o MPF e a Justiça Federal no Rio de Janeiro.

No dia 4 de agosto de 2016 saiu a sentença condenando 12 dos 13 réus em regime fechado e a sentença de 43 anos para o Almirante Othon.

Nada ocorreu com o coronel Lima e seu padrinho político Michel Temer,

Em abril de 2016, Antunes Sobrinho apresntou proposta de delação premiada.

No dia 20 de junho de 2016, matéria de O Globo informa que “Executivo que citou pagamento a Temer desiste de colaboração”. Um dos motivos foi o fato de ter sido absolvido pelo juiz Sérgio Moro em processo sobre a Petrobras.

No dia 4 de maio de 2016, em matéria do Valor Econômico, com o título “Foi todo mundo ludibriado, eu me sinto um idiota”, Antunes é questionado sobre a delação premiada

Valor: Quando o sr. esteve preso em Curitiba, foram publicadas informações de que estava negociando delação premiada, inclusive mencionando o presidente Michel Temer. Por que desistiu?

Antunes: Te respondo só com uma frase. Não fui eu quem desistiu.

Valor: Então o sr. ainda está disposto a colaborar?

Antunes: Você me perguntou por que eu desisti. Estou dizendo que eu não desisti. Ponto.

Peça 5 – a representação para o PGR

Na representação entregue ao PGR, os três parlamentares solicitam:

·      Investigar a suposta participação do Coronel Lima na articulação de licitação e contrato superfaturado nas obras de Angra 3, que favoreceu a AF Consult Ltd. Finlândia, que, por sua vez, subcontratou AF Consult do Brasil Ltda. para realizar 30% da obra, empresas estas sem experiência alguma em assuntos de energia nuclear;

·      Ouvir a testemunha dos fatos aqui narrados, o atual Diretor Presidente da Engevix, José Antunes Sobrinho, independente de eventual delação premiada ou acordo de leniência que possa ser aceita pelo Ministério Público Federal;

·      Apurar se a constituição da sociedade AF Consult Brasil Ltda. (da qual participam como sócias as sociedades Argeplan e a AF Consult da Finlândia, esta última vencedora da licitação) maculou o processo licitatório;

·      Promover a quebra dos sigilos fiscal e bancário das seguintes pessoas físicas:

o   João Baptista Lima Filho, CPF 029.709.378-91;

o   Maria Rita Fratezi, CPF 059.153.868-73;

o   Carlos Alberto Costa, CPF 026.907.308-63;

o   Roberto Liesegang, CPF 913.231.507-49, procurador da Af Consult – Switzerland Ltd.;

o   Carlos Jorge Zimmermann, CPF 169.302.749-68, procurador da AF Consult Ltd – Finlândia.

Promover a quebra dos sigilos fiscal e bancário das seguintes pessoas jurídicas, nas quais João Baptista Lima Filho participa como sócio:

·      PDA Projeto e Direção Arquitetônica Ltda., CNPJ 02.986.279/0001-50. Nesta sociedade civil constam como sócios João Baptista Lima Filho e Maria Rita Fratezi;

·      PDA Administração e Participação Ltda., CNPJ 14.657.413/0001-58. Nesta são sócios João Baptista Lima Filho e a PDA Projeto e Direção Arquitetônica Ltda.;

·      Argeplan Arquitetura e Engenharia Ltda., CNPJ 45.070.687/0001-70. Nesta são sócios João Baptista Lima Filho e Carlos Alberto Costa.

Promover a quebra dos sigilos fiscal e bancário da AF Consult Ltd, da Finlândia, extensiva às empresas nas quais teve ou tem participação societária:  

·      AF Consult do Brasil Ltda. – CNPJ 08.307.539/0001-08;

·      AF Consult Switzerland Ltd, sociedade suíça.

Verificar se as movimentações financeiras das pessoas jurídicas acima mencionadas foram compatíveis com suas atuações no mercado nos últimos 10 anos;

Verificar se as evoluções patrimoniais das pessoas físicas citadas foram compatíveis com seus rendimentos nos últimos dez anos;

Por último, promover o rastreamento do dinheiro para se chegar aos destinatários finais da suposta propina.

Peça 6 – a título de conclusão

Não há uma explicação razoável para essa omissão da Lava Jato e do juiz Sérgio Moro.

Incompetência apenas não explica. Afinal, tinham todos os dados sobre a importância da AF Consult e do não tão misterioso Lima.

Uma das hipóteses foi a da partidarização da Lava Jato, já de cabeça na campanha do impeachment, evitando qualquer passo que pudesse atrapalhar o desfecho. E denunciar o braço direito de Temer significaria enfraquecer a principal frente do golpe, justamente os defensores da tal “Ponte para o futuro”.

Pode ter sido um impulso político, pode haver mais mistérios por trás dessa omissão.

Só o tempo esclarecerá.

Peça 7 – construindo o conhecimento

Aqui vai uma relação de documentos levantados na representação ao PGR, para quem quiser ajudar a construir conhecimento:

Doze consórcios com a participação da Argeplan

A AF Consult do Brasil

A representação a Janot

Depoimento de Antunes Sobrinho

PDA Projetos Arquitetônicos

A denúncia do MPF de Curitiba

 

Luis Nassif

44 Comentários

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  1. Pô Nassif, será tão difícil

    Pô Nassif, será tão difícil você formar uma parceria com o excelente jornalista John Pilger e lançar mundialmente este minucioso documento, anexando depoimentos do Dr.Eugênio Aragão, PHA e tantos outras personalidades que conhecem profundamente como ocorreu a conspiração e o consequente golpe de 2016 ?

    O MUNDO PRECISA CONHECER ESTA TRAGÉDIA QUE NOS ABATEU !!

  2. Está dificil

    No mensalão mentirão também foi assim. Tem o que interessa e o que “não vem ao caso” de jeito nenhum.

    Isto não é criminoso?

    Ah, e tem aquela perguntas que o eduardo cunha fez ao temer e que o moro achou um absurdo e as retirou. alguem se lembra quais foram; podem dar uma pista.

    O negócio está ficando feio.

  3. Pelamor dos deuses! Será que

    Pelamor dos deuses! Será que há dinheiro por trás dessa criminosa omissão? Não! Não posso acreditar que tenha rolado grana pruns e outros? Talvez a chuva tenha molhado e desconstituído a documentação; vá que alguém tenha deixado as janelas abertas! Agora, dinheiro em mala, em paraísos, em bolsos oblíquos… Não, não consigo acreditar!

  4. Mais um exemplo de que a

    Mais um exemplo de que a Lava-Jato de Curitiba é Temer e que o Joesley ignorou os moros e dallagnóis porque sabia disso (e quem orientou Joesley?)

  5. Li a denúncia.

    O Lima e o Roberto, só “lima” e só “roberto”, que iam decidir sobre contratações, são gloriosamente citados e esquecidos de passagem. Entraram, mas aí sairam. Fantasmas. O lima e o roberto.

    Cita, não sei por que, o vacarri reuniu 27 vezes com o presidente da andrade entre 2007 e 2014. Nada mais. Mas o vacarri está lá.

    Citaram a petrobrás na obra de angra 3. A gasolina deve ser atômica. Cuidado, gente. 

    O othon é orfão de padrinho. Nem perguntaram se ele vota no LULA. É ele e ele. Orfão.

    Neste caso os políticos foram corretíssimos, não apadrinharam ninguém nem tiraram proveito. Um exemplo de honestidade que devia ser mais valorizado. Foi só o otho. E família.

    O lima e o roberto, esqueçam. Gente fina na certa.

  6. O vice-almirante Othon foi usado por MT e sua quadrilha

    Não conheço pessoalmente nem tenho informações detalhadas sobre ações do vice-almirante Othon Pinheiro à frente da Eletronuclear. O que dele sei é que é um Engenheiro Nuclear altamente qualificado. O que depreendemos desta e de outras reportagens sobre o tema é que o setor eletronuclear dos EUA, assim como o Dep. de Estado,  ordenaram que se investigasse e tirasse de serviço o vice-almirante Othon, paralisando e inviabilizando o programa nuclear brasileiro.

    Pelas ligações e colaborações de ‘MT’ com embaixada e consulados dos EUA, na condição de informante, como mostrado pelo Wikileaks fica evidente que o vice-almirante Othon, assim como familiares dele, foram usados por ‘MT’ e seu comparsa, o coronel Lima. A atuação da Fraude a Jato como ORCRIM institucional fica provada de forma cabal por esta reportagem; os criminosos lavajateiros ignoram as evidências e provas de práticas criminosas por parte de Michel Temer e do coronel Lima, seguindo ordens dos departamentos e agências de espionagem e investigação dos EUA, que deram ordem para retirar o vice-almirante Othon Luiz de circulação, paralisando e inviabilizando o programa nuclear brasileiro, ao mesmo tempo que pavimentava a estrada para a consumação do golpe de Estado que levaria ‘MT’ e sua quadrilha ao Palácio do Planalto.

    As digitais dos EUA na concepção, organização e aplicação do golpe se tornam mais nítidas a cada dia.

  7. Grande trabalho jornalistico

    Quando juiz e ministério público se aliam, as coisas ficam muito complicadas. Já vi situações assim. Acertos entre as partes são passíveis de controles (inclusive a rescisória). Mas entre ministério público e juiz, não conheço meio de penetrar e controlar. O ministério público é visto pela doutrina e na prática como ‘parte imparcial’, como parte ‘desinteressada. Assim, o controle dos tribunais fica embaçado.

  8. conspiração das mais infames mesmo…

    cheia de erros e,

    pior, com erros maiores que a mentira lava jato

    saca só: não se usa uma águia para pegar moscas

    ( o segredo está nos erros ) mas aí o jogo fica perigoso e é bom não avançar muito, recomendo

    pois o que menos se tem no país hoje, nesta altura do golpe, é segurança pessoal

    1. de mais a mais…

      os envolvidos foram criados para nos proteger……………………….

      agora veja o que estão fazendo e pensem no que podem fazer com qualquer um e com toda liberdade

      1. não vale a pena se arriscar…

        ante um erro maior que uma mentira…………………………….

        se a justiça deixa acontecer, é sinal de que ninguém está seguro

  9. se há algo que ainda pode ser salvo…

    e precisar ser urgentemente para o bem dos nossos filhos e netos, futuro do nosso país

    é o Judiciário

  10. neste tipo de conspiração impera o seguinte…

    o melhor lugar para um traidor se sentir seguro é nos braços de outro traidor

    e quando acontece, só a inteligência militar pode resolver

     

    1. para vocês jornalista…

      o caminho está certo, mas a direção está errada…………………………………..

      mafiosos não conspiram contra o país em que estão

  11. ês

    Se o jornalista Nassif sabe desses detalhes, a inteligência do Exército também deve, ou deveria saber.

    Se sabe, porque não fez pressão sobre os questionamentos aqui expostos, aos responsáveis deste processo. Existe um brasileiro importante preso, que é membro da FFAA. Por que o silêncio da três armas.

    Se a inteligência do Exercito não sabe desses detalhes, então não há razão para ter este nome.

    Apesar de todos os erros do Almirante, o que me intriga , é o silencio da FFAA. Até entre os milicos de pijamas.

    Este caso deveria se nivelar todos por baixo. Se varios ladrões, inclusive o Aécio, estáo solto, o Almirante também deveria está.

    Pelo menos o Almirante foi mais importante ao país, do que esse bando de ladrões corruptos que estão soltos rindo da nossa cara.

    Existe algo muito nebuloso envolvendo este caso. Devia  ser melhor esclarecido, pois envolve questões de segurança nacional.

    1. Essa resposta é simples, ditadura militar de 64 pariu o PMDB,que

      pariu o PSDB, todos unidos na corrupção, o golpe foi para “arrecadar” mais e interromper as investigações, mas a arrecadação de corrupção é tão grande que arrebentou a represa, eles não conseguem parar a inundação.

  12. mi$hell é um pulha, um pusilânime

    Quem comanda o boneco mi$hell?

    Ele não tem capacidade para fazer tudo o que vem fazendo.

    O xerife midiático moro não fica atrás.

    Dois talhados para apenas cumprirem ordens, nada são por si-mesmos, ambos são limitados.

    A resposta está aqui e agora, exposta claramente nesse trabalho magnífico do brilhante e incansável jornalista Luís Nassif.

    Dá-lhe, Nassa!

     

     

  13. Não só a Lavajato protege Temer

     

    Toda a oposição protegeu Temrr comparecendo em peso à Câmara para dar quorum e, assim, comprovar o resultado a favor de Temer, que já era conhecido de antemão. Golpe contra o povo brasileiro, contra aqueles que repudiam esse governo ilegítimo e suas reformas, contra o povo desempregado e na miséria. Mais arrocho.  E porque ? Usam a estratégia oportunista e vil de que quanto pior o governo, mais chances eles têm em 2018. Apostam  em um desgaste do governo. O povo que se dane ! As reform as serão irreversíveis.  Os rombos para comprar os votos dos  mercenários e cúmplices vão ser tiados do bolso  de todos is trabalhadores na forma de um sistema previdenciário vil e injusto, na forma de outras  reformas e impostos.Se a oposição não tivesse dado o quorum, Temer continuaria hoje refém da denúncia, sangrando,  enfraquecido, à espera da  segunda denúncia  e  sem conseguir implementar as reformas repudiadas pela maioria do povo brasileiro. No meu entender,  o povo brasileiro foi traído tanto  pelos aliados  de Temer, o  que não é de se espantar,  como  também  pela oposição.  A oposição fortaleceu Tener ao invés de enfraquecê-lo. Votou a favor da denúncia mas contra os interesses do povo e a favor de si próprios. Com esses políticos o povo não precisa de inimigos !           

     

  14. Não só a Lavajato protege Temer

     

    Toda a oposição protegeu Temrr comparecendo em peso à Câmara para dar quorum e, assim, comprovar o resultado a favor de Temer, que já era conhecido de antemão. Golpe contra o povo brasileiro, contra aqueles que repudiam esse governo ilegítimo e suas reformas, contra o povo desempregado e na miséria. Mais arrocho.  E porque ? Usam a estratégia oportunista e vil de que quanto pior o governo, mais chances eles têm em 2018. Apostam  em um desgaste do governo. O povo que se dane ! As reform as serão irreversíveis.  Os rombos para comprar os votos dos  mercenários e cúmplices vão ser tiados do bolso  de todos is trabalhadores na forma de um sistema previdenciário vil e injusto, na forma de outras  reformas e impostos.Se a oposição não tivesse dado o quorum, Temer continuaria hoje refém da denúncia, sangrando,  enfraquecido, à espera da  segunda denúncia  e  sem conseguir implementar as reformas repudiadas pela maioria do povo brasileiro. No meu entender,  o povo brasileiro foi traído tanto  pelos aliados  de Temer, o  que não é de se espantar,  como  também  pela oposição.  A oposição fortaleceu Tener ao invés de enfraquecê-lo. Votou a favor da denúncia mas contra os interesses do povo e a favor de si próprios. Com esses políticos o povo não precisa de inimigos !           

     

  15. A matéria acima de Luis

    A matéria acima de Luis Nassif vale como Representação ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público para que se apure possíveis infrações funcionais e penais de Sérgio Moro e dos Procuradores Federais de Curitiba denunciantes. 

    A se dar prosseguimento.

  16. Xadrez de como a Lava Jato protegeu Michel Temer

    há uma guerra. uma guerra de mundos. a guerra do mundo unipolar contra todos os demais.

    nesta guerra, os BRICS se tornaram alvo preferencial. com a África do Sul neutralizada pela política de hegemonia às avessas simbolizada por Mandela (os negros no governo, mas os brancos no poder), o Brasil era o tijolo mais fraco da construção. aqui também a hegemonia às avessas foi nosso pior inimigo (o Partido dos Trabalhadores no governo, mas a cleptocracia no poder).

    a arquitetura do caos no Brasil se desenvolve em 3 camadas:

    1. a interna e imediata: um setor dominante historicamente escravagista e colonial tem como único projeto manter sua subserviente condição de sócio minoritário do grande interesse internacional. negociam o pré-sal e almejam o fim dos direitos trabalhistas. como moeda de troca para “estancar a sangria” o Brasil recua à condição de neo colônia semi escravagista, mas ainda assim perfeitamente up to date com o modelo sócio-economico de uma governança mundial gestora do capitalismo financeirizado;

    2. a externa e geopolítica: redefinição da institucionalidade mundial sob a égide da tirania financeira. o espectro da dominação total ronda o planeta: um mundo pós nacional, prescindindo da democracia, com uma governança global e a serviço de mega corporações cartelizadas. ordenação jurídica através de acordos trans-nacionais: TTIP (Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento), TPSEP (Acordo de Parceria Econômica Estratégica Trans-Pacífico) e TISA (Acordo sobre o Comércio de Serviços);

    3. Millenium: neo-fascismo, capitalismo como religião, zumbificação, anomia, admirável mundo novo, robótica, engenharia genética, nanotecnologia, Inteligência Artificial, singularidade científica, anti-Cristo. a sociedade convertida em colmeia através da uberização da vida e da privatização da mente. os 0,001% convertidos em avatares através de seu upload para a web. os demais, nós todos, como térmitas sem vontade própria. o Capitalismo atinge os limites de sua esquizofrenia. um sistema fundado no lucro e no mercado, pretende se perpetuar abolindo-os.

    nenhuma Pax nos salvará. “a vida só é bela para os ressuscitados”. somente os antropofágicos atravessarão o despenhadeiro das sombras.

    .

    1. Colmeirização e uberização da sociedade
      Arbx, já vi textos sobre os perigos da uberização por aqui, agora sobre a colmerização é novidade para mim, já que acho que referencia a textos da época do iluminismo. Teria alguma referência atual para enriquecer o tema?

      1. Xadrez de como a Lava Jato protegeu Michel Temer

        -> Teria alguma referência atual para enriquecer o tema?

        não tenho no momento nenhuma outra referência além de apenas olhar em torno. abraços.

        .

  17. Ótimo trabalho jornalístico

    Ótimo trabalho jornalístico do Nassif. A operação lava jato está desmascarada, como parte do golpe que coloca o Brasil de joelhos, que é parte do golpe comandado pelo capital internacional e pela máquina de guerra americana. Difícil acreditar que o povo brasileiro ofereça alguma resistência, dada a manipulação total das informações pela mídia hegemônica. Mais fácil acreditar na conscientização de parte do povo norte americano. 

  18. Não entendo…

    Nassif, vejo o general Villas Boas protestar contra os problemas orçamentários causados por essa zona chamada governo Temer, mas não vi absolutamente nenhum pronunciamento, nenhum protesto, nada vindo da Marinha sobre o desmonte inacreditável do programa nuclear e da nossa indústria naval.

    Por que?

  19. Nossa! Jornalismo é isso

    Nossa! Jornalismo é isso aí!

    Se as instituições não estivessem tacitamente cartelizadas e tomadas pelo golpe, certamente nosso anfitrião Nassif ganharia um prêmio por esse “xadrez”.

    Grato e parabéns, caro Nassif!

  20. Nassif, seu post me remeteu a
    Nassif, seu post me remeteu a este outro, daqui mesmo do GGN, onde você fala da estranheza de Janot se encontrar nos EUA com uma ex-sócia de forte concorrente da Eletronuclear:
    .

    https://jornalggn.com.br/noticia/pgr-encontrou-se-nos-eua-com-ex-socia-de-concorrentes-da-eletronuclear#.Vbz4pYdpWU.facebook

    .
    Portanto, teríamos dois absurdos em relação a esse processo: a evidente blindagem a Temer, prova cabal da parcialidade de Janot, demais procuradores e Moro, e a destruição, a serviço de interesses americanos, de nosso projeto nuclear.

  21. Até o mundo mineral sabe que

    Até o mundo mineral sabe que esse juiz é parcial. Sós os petistas ainda acham que a questão é de direito, quando na realidade é tudo político, principalmente os processos judiciais de curitiba.

    Desisto….

  22. A esperança é existir um fito maior nesse imbróglio ou trama

     

    Luis Nassif,

    Ou há uma estratégia bem urdida aí ou é muita ingenuidade ou então . . . . Bem é melhor que sejam só essas duas alternativas mesmo.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 05/08/2017

  23. ????????????????

    As informações obtidas durante uma investigação ficam registradas onde? Quem tem acesso? Pode-se fazer uma investigação após o fim? ou se perdem……

  24. Deixou na mão do Temer???!!!

    Nassif, eu estaria equivocado em concluir que a Dilma deixou / delegou / pouco se importou / confiou uma tarefa desse porte, como o da infraestrutura nuclear, ao vice conspirador / PMDB???!!!

    É isso???!!!

    Então, reclamam do quê, minha gente???!!!

    Tiveram / colheram / receberam o que procuraram / plantaram / negligenciaram.

    É incompetência / arrogância / estupidez demais para um governo / partido!!!

    De fato, estiveram no governo enquanto o poder econômico permitiu / tolerou / se beneficiou.

  25. Para onde o MPF e o Judiciario pesam que estão levando o Brasil?

    Mas ninguém estranhou que a delação do Cunha não sai? Toda semana aparecem notas (plantadas) de que Eduardo Cunha vai fazer a delação premiada e que sera então o fim do mundo da republica brasiliense. Mas nada acontece. Alias, a ultima a vazar é de que em sua delação, Cunha falaria de Rodrigo Maia. Tchan, tchan, tchan! Essa noticia (plantada) saiu semanas antes da votação da Câmara contra ou favor de Temer.

    Coisas estranhas têm acontecido nos rumos da governança do Pais e o problema é que agora o MPF e o Judiciario – tendo os juizes de piso à frente de um protagonismo que antes pertencia apenas ao STF -, pensam que podem decidir em nome dos cidadãos brasileiros quem fica e quem roda no giro politico. Se o MPF e o Judiciario não voltarem a cumprir estritamente suas funções, o Brasil vai seguir feito um mastodonte para o despenhadeiro.

    1. Maria Luisa, já caímos do

      Maria Luisa, já caímos do despenhadeiro. No momento estamos embaixo, aturdidos, sem saber se estamos já no fundo, ou se ainda há mais para despencar. De acordo com a mediocridade intelectual e moral dos atores do golpe, de acordo com os interesses do grande capital, de acordo com os ódios expressos contra tudo que pudesse levar este país a um grau mínimo de dignidade no concerto dos povos, temo que estejamos ainda, revolvidos na poeira, em alguma camada ainda do precipício, prontos a cair mais e mais, até um atoleiro indefinível. Só o tempo pode dizer, o resto é especulação, e só nos resta especular, tentar entender primeiro, pra, depois, quem sabe, agir se houver alguma chance…

  26. O “judiciário empresarial”
    O “judiciário empresarial” vai pra cima mesmo dos trabalhadores e seus representantes,tb quantos são empresários ou amigões dos empresários!

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