Jornalismo de resiliência, as mais lidas do dia, por Victor Saavedra

Arte Conti Outra

Jornalismo de resiliência, as mais lidas do dia, por Victor Saavedra

No mundo virtual que define nossa realidade, a informação perdeu seu valor e os profissionais da imprensa deveriam assumir de uma vez por todas o papel de vendedores de resultados

Uma rápida visita à seção de notícias mais lidas do portal UOL (2° maior site de notícias brasileiro, atrás apenas do Globo.com que inclui todo o conteúdo gerado pela emissora) permite visualizar como as redes sociais dominam o interesse dos brasileiros e a alienação de quem as dá faz uma busca proativa em busca de conteúdo.

Na liderança aparece o desabafo da jornalista Izabella Camargo contra sua demissão, seguida pela misteriosa postagem do filho da Gretchen (Thammy Miranda), que poderia significar uma gravidez, no site parceiro da Folha de S. Paulo (ambas estão baseadas na plataforma Instagram). Em terceiro lugar uma crítica do ex-jogador da seleção inglesa, Jamie Carragher, a Neymar, logo abaixo a expulsão de Catia Paganote do reality “A Fazenda 10”. A última publicação, que foge dessa linha, é sobre um apostador que pode perder $22 milhões se não se apresentar para resgatar seu prêmio nesta sexta-feira 30/11/18.

O preocupante dessa situação é que estamos vivendo um período de transição extremamente importante, com o assentamento de militares (da reserva) nas mais diversas esferas do poder público (incluindo nessa lista o general [r] Ajax Pinheiro, indicado pelo comandante do Exército para substituir o futuro ministro da defesa, general [r] Fernando Azevedo, como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal

https://www.youtube.com/watch?v=g0ZYzw-BIWY align:center

Enquanto o capitão eleito, e seu vice general, parecem ter lançado um plano de previdência para quem tinha estrelas ao aposentar a farda, os internautas, ávidos pela instantaneidade dos fatos, escolhem matérias que não abrem a maior discussão sobre o futuro da nação.

Enquanto o capitão eleito, e seu vice general, parecem ter lançado um plano de aposentadoria para quem tinha estrelas ao aposentar a farda. Os internautas, ávidos pela instantaneidade dos fatos, escolhem matérias que não abrem a maior discussão sobre o futuro da nação.

Isso já se reflete nas redações, pois a quantidade de visitas é o principal indicador na valorização dos espaços publicitários. Se Bolsonaro não gera visitas e o Instagram sim, até onde a ética de cada jornalista permitirá que se faça uma apuração detalhada das intenções, dos crimes e motivações? De onde virão os recursos para pagar o salário de quem investigar o governo se à partir do dia 1° de janeiro a publicidade oficial (antes pautada por critérios de divulgação e pluralidade) terá um viés ideológico? conforme anunciado pelo deputado – capitão – presidente.

Frente a essa realidade há espaços alternativos, como o próprio GGN, que se dispõem a debater e discutir pautas que incomodam quem está no poder. Jornalistas que enfrentarão tempos sombrios e que deverão resistir aos muitos ataques. Um deles (à Folha de S. Paulo) explícito, antes mesmo do resultado eleitoral, e confirmados como política de governo, na primeira entrevista ao Jornal Nacional.

 

Oxalá aqueles que decidiram transparentar as políticas ideologicamente militaristas de quem assumirá o país possam contar com o apoio de quem sabem que sem informação não há decisão e que a jornada dure só 4 anos. 

 

Redação

2 Comentários

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  1. Acho que tenho que parar de

    Acho que tenho que parar de criticar. Devo estar no país errado. Não sei quem é Isabela Camargo, muito menos que foi demitada da Globo. Embora saiba que a Gretchen tem uma filha transexual, não sabia de gravidez nenhuma, com quem, como e porque?! Faço questão de não querer saber de Neymar. A overdose desse moleque na copa foi sufocante! 

    Não joga na mega-cena porque meu escarço otimismo de que possa ganhar é muito menor que meu saco para aguentar a fila dos desesperados. E senão tenho ideia sobre quem está no BBB e se esse program ainda existe, imagina essa tal Fazenda, sub-produto da atração global. Só sei que é um reality show, o que já e muito. Agora de fato o nome é muito bom, o reality show chamado Brasil é uma grande fazenda mesmo. Somos o gado a pastar capim de péssima qualidade.

    Ou seja, acho que tenho que concluir que o desinformado sou eu, que fico perdendo tempo com essas coisa que o Nassif diz que são relevantes 

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