Indústria paulista cria 13 mil empregos em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O quadro de trabalhadores que atuam na indústria paulista aumentou em 13 mil durante o mês de março, em relação a fevereiro, segundo a pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo divulgada pela Federação e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). Apesar das contratações, o levantamento apontou apenas um mês “morno” para o setor manufatureiro, enquanto as perspectivas da entidade para 2013 ainda são de uma recuperação modesta.

O relatório aponta uma variação negativa para o emprego na indústria quando se leva em consideração o período dos últimos 12 meses, quando foram fechados 24,5 mil postos de trabalho, um recuo de 0,93%. O total no ano sinaliza a criação de 33,5 mil empregos, com uma variação positiva de 1,29%. Na leitura com ajuste sazonal, o nível de emprego na indústria caiu 0,11% em março versus fevereiro.

“Não chega a ser uma apresentação empolgante quanto aos números porque não representa nem uma melhoria sensível nem uma perda sensível”, afirma Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) das entidades, em comunicado onde avalia os dados divulgados. “O que faz o dado dessazonalizado virar negativo é o setor de açúcar e álcool”, avalia o executivo.

O excesso de chuvas no final do segundo semestre de 2012, que atrasou o início da colheita da safra 2012/2013 de cana-de-açúcar, afetou as contratações de trabalhadores em 2013.  No ano passado, as usinas moeram cana até dezembro, quando o normal é a colheita terminar entre outubro e novembro.

“O que as empresas geralmente fazem num término normal de colheita é demitir todo o pessoal do campo para recontratar em fevereiro e março. Como prolongou, as usinas acharam que não havia necessidade de demitir para contratar, então permaneceram com seus funcionários no campo e diminuíram as contratações esse ano”, afirma o diretor do Depecon.

Do total de vagas criadas em março, 10.196 foram geradas pelo setor de açúcar e álcool, o equivalente a uma taxa positiva de 0,39% para o mês na comparação com fevereiro, já 2.804 foram criadas pela indústria de transformação. No ano, a indústria sucroalcooleira criou 14.618 vagas enquanto os outros segmentos da produção brasileira abriram 18.882 novos postos de trabalho.

 

Francini acredita que a indústria deve se recuperar ao longo deste ano, mas de forma apenas moderada. “Uma ligeira melhora, porém não entusiasmante, e que, talvez, ao final do ano, remova pelo menos parte das perdas.” A Federação e o Centro mantêm a projeção de crescimento de 3% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, expansão de 2,9% do PIB da Indústria este ano e aumento de 1,6% do emprego industrial em São Paulo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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