Em entrevista ao programa TVGGN 20 Horas, no canal do GGN no Youtube (inscreva-se aqui), o historiador Murilo Cleto avaliou que não são todos os apoiadores de Jair Bolsonaro que são adeptos ao extremismo em torno do Presidente. Porém, para o entrevistado, o atual mandatário é o “principal polo tencionador da democracia à direita”.
“A gente pode pensar que no contexto em que o Bolsonaro foi eleito, em 2018, o monstro parecia um pouco maior do que realmente era. Afinal de contas, foi uma votação de fato expressiva. Mas o mandato dele foi evoluindo e a gente foi percebendo que aquele apoio que ele recebeu na eleição foi um apoio mais de ocasião do que qualquer outra coisa”, declarou Cleto.
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Segundo ele, “o núcleo duro do bolsonarismo” foi perdendo força, o que seria uma demonstração de que há eleitores do Presidente que são contrários ao autoritarismo.
“Aquele apoio que nas eleições foi de mais de 50% dos votos válidos começou a desidratar, e hoje está ali em torno de 25%. Mesmo dentro desses 25%, a gente percebe que nem todos os apoiadores do Bolsonaro comungam exatamente das mesmas ideias daquilo que a gente chama de ‘bolsonarismo’. Existem diversas pesquisas nesse sentido”, explicou Murilo Cleto.
Golpe não deve ocorrer
Na visão do entrevistado, as eleições vão ocorrer apesar de não ser da vontade de Bolsonaro e da tentativa de melhorar a opinião pública sobre o chefe do Executivo.
“Vamos ter eleições. Isso é uma verdade indigesta para o Presidente Bolsonaro, que tem feito de tudo para tentar perverter esse processo eleitoral. Acho que eles está contando com uma possível reversão, diante das últimas medidas que aprovou de modo açodado, para ver se consegue reverter a popularidade”, previu Cleto.
Assista a entrevista completa abaixo:
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