A decisão do presidente Jair Bolsonaro em assinar o indulto ao deputado Daniel Silveira (PTB) foi tomada antes mesmo do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em almoço com representantes evangélicos na terça-feira passada, o presidente afirmou que enfrentaria o Supremo com o “indulto” individual, e pediu sigilo aos interlocutores a respeito.
Interlocutores tentaram fazer Bolsonaro mudar de ideia, mas não conseguiram, uma vez que o presidente disse não acreditar em uma saída para o caso via Congresso Nacional, e entendeu que o embate era consigo mesmo.
A decisão foi sacramentada depois que Bolsonaro foi informado do posicionamento do ministro André Mendonça – ao invés de pedir vista, como o Planalto esperava, o ministro decidiu votar pela prisão de Silveira, mas com uma pena menor do que a estabelecida.
Reportagem do jornal O Estado de S.Paulo destaca que a medida de concessão do indulto (e enfrentamento do STF) contou com o apoio de auxiliares mais próximos, como o ministro da Defesa, general Braga Netto – cotado para ser o vice-presidente na chapa presidencial bolsonarista.
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