Com Flávio Dino e Freixo, PSB quer unir desde comunistas a liberais progressistas contra Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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"A eleição de 2022 vai ser a mais importante da nossa história, até porque ela pode ser a última", diz Freixo

Jornal GGN – O governador do Manharão Flávio Dino e o deputado federal Marcelo Freixo assinaram na manhã desta terça-feira (22) a ficha de filiação ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), rompendo em definitivo com o PCdoB e o PSOL, respectivamente. A cerimônia foi marcada por discursos sobre a importância histórica das eleições de 2022 e a necessidade de formar uma frente ampla contra a reeleição do extremista de direita Jair Bolsonaro.

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira comentou que Dino e Freixo são quadros importantes que chegam em um momento de “autorreforma” do partido, que completará 74 anos. Ele confirmou o apoio para que Freixo dispute o governo do Estado do Rio de Janeiro, com o hoje deputado federal Alessandro Molon concorrendo ao Senado. A missão de Flávio Dino não foi revelada pelo dirigente.

As principais metas do PSB, segundo Siqueira, são duas: construir candidaturas fortes para disputar São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e concretizar as movimentações em torno de uma “aliança amplíssima” para derrotar Bolsonaro. “Não podemos fazer isso só com a esquerda, temos que fazer isso com todos aqueles que defendem a democracia”, apontou.

Dino avaliou que a eleição de 2022 será uma “batalha fundamental em torno de tudo que nós conseguimos concretizar” desde a Constituição de 1988. “A eleição de 2022 é um plebiscito entre quem quer a continuidade da democracia ou de um projeto de extermínio e destruição da população. Não podemos cometer erros”, asseverou.

Pedindo licença ao comando do PSB, Dino defendeu “uma ampla união, em que os comunistas estejam presentes, que os socialistas estejam presentes, os trabalhistas, os lulistas e petistas, mas também os liberais progressistas; que estejam presentes os, como eu, sejam adeptos da doutrina social da Igreja, os católicos progressistas, os evangélicos progressistas e, sobretudo, aqueles que não têm opinião política. É a eles que temos que falar, acima de tudo. A conjuntura não comporta abordagem narcisista, celebração dos nossos êxitos e virtudes. O que a conjuntura exige é que consigamos juntar, unir, quebrar resistência e preconceitos, para que a democracia possa prevalecer. É assim que me filio ao PSB.”

LULA 2022. Flávio Dino ainda chamou de “fantasia” os rumores, aventados por setores da grande mídia, insinuando que sua entrada no PSB seria um sinal de que o partido será levado em direção a Lula em 2022. O maranhense afirmou que jamais “subordinaria” o partido a “interesses imediatistas”, embora sua opinião pessoal seja a de que Lula deve ser o candidato da frente ampla. “Faremos um bom debate”, indicou.

Para Freixo, a “a eleição de 2022 vai ser a mais importante da nossa história, até porque ela pode ser a última, e não é dramático o que estou dizendo. A democracia está em risco nesse País”, disse. “O PSB será o lugar onde vamos fazer essa luta, com uma grande frente.”

O evento, que resgatou a memória de Miguel Arraes e de Eduardo Campo, contou com a participação do pré-candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França, o deputado federal Alessandro Molon, o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho, a senadora Eliziane Gama, o governador de Pernambuco Paulo Câmara, o prefeito de Recife João Campos, o governador do Espírito Santo Renato Casagrande, o governador do Ceará Camilo Santana, entre outros políticos, além dos advogados Alberto Toron e Alberto Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que são amigos pessoais de Freixo.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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