Com Trump ou Hillary, o que muda nas relações Brasil-EUA?

 
Jornal GGN – A disputa pela sucessão na Casa Branca tem sido uma das mais acirradas e complicadas dos últimos tempos. Muito em razão do estilo e das propostas do candidato republicano, Donald Trump, empresário que propõe deportar imigrantes ilegais, construir um muro na fronteira com o México e que teve falas machistas vazadas em vídeo de 2005.
 
Antes do pleito, as pesquisas de opinião apontavam para uma pequena vantagem da democrata Hillary Clinton contra Trump, com cerca de 3 pontos percentuais para a ex-secretária de Estado, o que foi encarado de maneira positiva pelo mercado mundial.
 
A respeito das relações entre Brasil e Estados Unidos, os especialistas ouvidos pelo Jornal GGN acreditam que pouca coisa irá mudar, independentemente de quem for o eleito.
Para Geraldo Zahran, professor da PUC-SP e coordenador do Observatório Político dos Estados Unidos (Opeu), a relação entre os dois países é boa há algumas décadas e pouco deve mudar nesse sentido. 
 
“O que podemos ter são alguns efeitos indiretos, por exemplo, caso Trump vença e realmente leve a cabo o endurecimento  nas políticas de deportação nos EUA, provavelmente alguns imigrantes brasileiros vivendo lá sem documentação poderão ser afetados”, pontua.
 
Além disso, o coordenador do Opeu crê que uma vitória do republicano, com suas promessas de redefinir as relações com os aliados, como a Europa, poderia aumentar a instabilidade no sistema internacional. Com esta instabilidade, os investidores externos ficariam retraídos, o que atrapalharia os planos do governo Temer de atrair capital estrangeiro. 
 
André Araújo, consultor e colunista do Jornal GGN, afirma que não só o Brasil, mas como toda a América Latina está fora do radar dos Estados Unidos no momento atual. 
 
“A visão dos dois candidatos é uma visão de não muito interesse, porque aqui não há conflitos que coloquem em risco nada dos Estados Unidos”, afirma, o que inclui a projeção geopolítica, militar, e também a exposição a riscos de terrorismo para os EUA.
 
Para Araújo, o Brasil não seria prejudicado com nenhum dos dois candidatos, já que não tem acordos de livre comércio com os EUA. Trump tem se posicionado contra este tipo de acordo, como a Parceria Transpacífica (TPP, na sigla em inglês).
 
“Os países que tem tratado de livre comércio, como o Peru, Colômbia e o Chile, eles tem muito mais a temer”, ressalta Araújo.
 
“Eu não acredito que nem o Trump nem a Hillary vão mudar muita coisa, pelo menos em relação a política externa comercial do país”, diz Rodrigo Gallo, cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
 
Ele pontua que, mesmo com a recuperação depois da crise de 2008, a situação econômica dos EUA não é tão favorável e o país não pode perder a oportunidade de manter negócios internacionais. 
 
Em relação ao discursos de Trump sobre os imigrantes ilegais, Gallo pontua que há uma distância entre a retórica e a prática do republicano já  que, caso eleito, algumas de suas promessas terão de passar pelo Congresso. 
 
“Muitas coisas do que ele está prometendo terão de ser colocadas de lado, porque talvez não haja clima político para que elas sejam aprovadas no Congresso”, pontua. 
 
De acordo com o Votecastr, um mecanismo de projeção de votos em tempo real, Hillary vence  na Flórida e no Colorado, Estados são considerados cruciais nas eleições. É provável que o novo presidente dos EUA seja conhecido na madrugada de quarta-feira (horário de Brasília). 
Redação

18 Comentários

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  1. “os especialistas ouvidos

    “os especialistas ouvidos pelo Jornal GGNacreditam que pouca coisa irá mudar, independentemente de quem for o eleito”

     

    É claro, o Brasil nada tem a ver com a Ucrânia, com a Síria, com o conflito Rússia/China vs. EUA/Europa. Alías, o golpe no Brasil nada tem a ver com os conflitos geopolíticos. Somos uma ilha de (in) tranquilidade… DEUS!!!!

  2. São o mesmo
    Esses dois são e representam a mesma coisa, são quase a mesma pessoa.
    Um deles será o porta voz dos interesses da estrutura financeira e militar hegemônica hoje no mundo, continuando a missão de maximizar lucro e poder a qualquer preço.
    Já a cobertura da dita eleição indireta pela chamada “imprensa nacional”, que não é imprensa e muito menos nacional, é bizarra, supera qualquer coisa em matéria de deslumbramento, de submissão, orgulho de ser colonizado, de servir o patrão e o império.
    Andassem de quatro teriam mais dignidade.
    Chegam a provocar asco.

  3. Ela é pior para a colónia
    Aqui no quintal ainda temos que aguentar idiotas degladiando por um ou por outro. A doida já foi chefe do departamento de estado e sabe como tratar as colónias. O bufão é cabaço no assunto mas é um desiquilibrado. Com ele no poder é possível que temer receba carta branca para ficar até 2018. Já a doida vai exigir a cabeça do temer assim que tomar posse. Ela vai nos manipular com muito mais jactância que o bufão. Esse último será muito mais nocivo para o mundo e para a paz. Ele vai urinar na coloniazinha ridícula formada por primatas chamada brazil. Vai deixar bem claro o nosso papel de território subordinado. A tal ponto que poderá surgir questionamentos entre os animais nativos. No fundo, tanto faz a doida ou o bufão. O bufão pode fazer os alienados acordarem do seu sono profundo e.entenderem de uma vez por todas que vivem numa colònia e isso é bom.

    1. Respondo a Leonardo

      Respondo a Leonardo Koppes,08/11/2016,19:25.Pela clareza do seu bom comentário,aposto minha cabeça que você não é um cadastrado.

    1. Peço sinceras desculpas pelo

      Peço sinceras desculpas pelo dito acima.Eu não sabia que os senhores e senhoras cadastradas que aqui aportam,tinham pendores Clintistas.Nao costumo mentir.Se americano do norte fosse,sufragava o nome de Donald Trump,na plena certeza que ele abreviaria a vida de muuita gente desprovida de cérebros.

  4. Essa Hillary Cliton é uma

    Essa Hillary Cliton é uma espécie de Carmen Lúcia loira.Disputo no pauzinho para ver qual das duas é a mais facista.

  5. Em reunião terminada há pouco

    Em reunião terminada há pouco no auditório do GGN,os cadastrados fechatram com a candidatura de Hillary Clinton temendo um retrocesso.Pai,perdoai-vos,não sabem nada de política brasileira,imagine a norte americana.Um horror.

    1. Psicotico de terceira classe,

      Psicotico de terceira classe, da pra ler os comentarios que voce esta “comentando” antes de os “comentar”?

  6. NADA

        Nem com Trump se alteraria, somente uma certa turbulência existiria em um curto espaço de tempo, com Hillary a situação das relações USA –  América do Sul continuaria a mesma.

        E meus filhos : Tanto democratas como republicanos, e principalmente os ” funcionarios de carreira ” do DofState e DoD, o Brasil, independente do governo de “plantão”, na essencia trata-se de um “país amigo”, um possivel gendarme da América do Sul, um pretenso lider ( desde que aliado a eles ) deste subcontinente, e de acordo com alguns progressistas do DofState, um país que pode ser um bom interlocutor ( meio de campo ) dos interresses norte americanos na Africa Ocidental ( Atlantica ).

  7. “Antes do pleito, as

    “Antes do pleito, as pesquisas de opinião apontavam para uma pequena vantagem da democrata Hillary Clinton contra Trump, com cerca de 3 pontos percentuais para a ex-secretária de Estado”:

    E eu estou muitissimo satisfeito de dizer que votei em Trump.  Sob as minhas circunstancias, eu votaria ate em Jose Serra.

    Um pikininissimo ato de odio.

    Mas muitissimo bem merecido.

  8. USA e Brasil

    “André Araújo, consultor e colunista do Jornal GGN, afirma que não só o Brasil, mas como toda a América Latina está fora do radar dos Estados Unidos no momento atual. “

    Tem certeza?

  9. Esses cadastrados daqui não

    Esses cadastrados daqui não acertam uma comigo,principalmente as do sexo feminino.Na próxima eleição,seja qual for,pedirei ao meu amigo Nassif e a Da.Lourdes,que suspendam seus comentários,sob o argumento que vocês estão contaminadas pela SDR- Síndrome Dilma Rousseff.Vou ensinar-lhe um curiosidade visando melhorar seus conhecimentos sobre a política norte americana.Dificil,muito difícil,dificílimo um Democrata ficar no poder três vezes consecutivas.O maior problema de vocês,entendo não é apenas o desconhecimento sobre política partidária,aqui e em alhures,mas o fato de não leem,não possuem conhecimento histórico para levar adiante uma discussão comigo.Vou repetir sem desmerecer quem quer seja.Politiicamente falando não insistam,aqui não tem páreo para mim.Sinto muito,mais uma vez a previsão acertada me sorri.A provar-se o que digo,leiam os 5 comentários que fiz ontem à noite,onde sobraram acertos e faltaram estrelas.Lamento.

  10. Dois carecas…

    …brigando por um pente. Este é o resumo da ópera para os palpiteiros que apostavam em Hilária  C.  ou em Donald “Red Neck “Trump.  Deu pescoço vermelho, e nós, Cucarachas temos de agradecer aos céus por nosso imaculado chanceler da Mooca que apostou suas fichas na Hilária !!! Agora vai  !!!

    1. dois….

      A Inglaterra está preocupada com a opinião da Inglaterra. Os EUA estão preocupados com a opinião dos EUA. O Brasil está preocupado com a opinião dos outros. Anão Diplomático. E só abrir a janela e constatar a tragédia. O Brasil se explica.  

  11. Outra observação que me

    Outra observação que me permito fazer,no propósito de melhorar os conhecimentos dos cadastrados que aqui batem ponto,alguns diuturnamente,sobre eleições aqui e em alhures.O desempenho de Barak Obama nos dois mandatos à frente da Casa Branca,não foi igual à de Dilma Rousseff no Brasil,mas foi muito aquém do quem dele se espeva.Nao diria um desastre ferroviário como o Dilma,mas comparo a uma batida frontal entre duas Kombis.Tao simples,e vocês por pirra,ignoram meus providenciais ensinamentos.Volto depois.

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