Dilma critica vandalismo, mas diz que manifestações devem ser respeitadas

Foto: Nacho LemusJornal GGN – Ao fazer um balanço do Dia Nacional de Lutas, nesta quinta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff disse, ao desembarcar em Montevidéu para a reunião da cúpula do Mercosul, que as manifestações têm de ser respeitadas. A presidente afirmou ainda que reivindicar os direitos sociais com qualidade favorece a democracia.

Dilma, porém, criticou atos de vandalismo e interrupções de rodovias que, segundo ela, devem ser coibidos pelo governo. “Nós contamos também com o Judiciário para multar aquelas organizações e aquelas entidades que paralisam estradas porque o direito de ir e vir é fundamental. É um direito democrático”, completou.

Já o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que a orgamização vai fazer um balanço sobre os protestos que ocorreram em todo o Brasil, mas que, do ponto de vista dele, foram positivos pelas adesões dos trabalhadores. “Esperamos, com as manifestações, que o governo atenda às nossas demandas”, disse.

Paulinho não descarta a possibilidade de o sindicato marcar novas greves, caso o governo não abra oportunidade de negociações. “Vimos que milhões de pessoas ficaram em casa e isso, para nós foi um ponto positivo”, finalizou dizendo que decidirá hoje quais serão os próximos passos.

Reformas

Ao reconhecer o caráter das manifestações, Dilma enfatiza que o governo deveria acelerar as reformas para atender às demandas da população. “Precisamos de melhor serviço no Brasil”. Dilma lembrou que, nos últimos dez anos, o país “avançou de forma expressiva” e que essas conquistas  “vieram para ficar, e não serão de nenhuma forma abaladas”. Cabe agora, finalizou, “aumentar os direitos sociais”.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante – que acompanha a presidente na viagem a Montevidéu – também criticou o bloqueio de estradas porque “prejudica a vidas das pessoas e não constrói nada – não gera mais democracia, nem mais direitos sociais”. Mercadante disse que os protestos precisam ser respeitados, mas que os manifestantes também precisam respeitar os direitos dos outros. “Isso faz parte do amadurecimento e acho que está cada vez mais sólido”. O ministro considera que os protestos estão “mais moderados”, e que o Brasil está encerrando um ciclo.

 

 

Redação

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