
Jornal GGN – O professor Marcos Rogério Jesus Chagas, coordenador da subsede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), foi procurado por um policial militar na sua casa e na escola que trabalha, em Bauru, no interior do estado, para desmarcar um ato em oposição ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que ocorrerá na cidade no dia 7 de setembro.
Chagas contou à Carta Capital que o PM, identificado apenas como Thiago, foi até sua casa, no dia 2, quando ele não estava. Na ocasião, o policial foi atendido pela esposa do professor e disse à mulher que o marido deveria cancelar o protesto marcado para 7 de setembro porque já estaria organizando uma manifestação em apoio a Bolsonaro.
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No mesmo dia, o PM resolveu ir até a escola pública onde o professor leciona, solicitou à direção que o retirasse da sala para conversar. “Primeiro ele solicitou o cancelamento do ato, depois pediu a mudança. Expliquei a ele que não era o organizador, que não tinha como tomar essa decisão, que era algo definido por entidades, organizações e partidos, e ainda assim ele insistiu alegando que já tinha uma manifestação marcada para data”, contou Chagas. A conversa terminou com o agente impondo que o protesto fosse adiado ainda na quinta-feira.
Em meio a intimidação, as entidades organizadoras da manifestação “Fora Bolsonaro” mudaram o local do ato, que será realizado em frente à Câmara de Vereadores de Bauru.
Vale ressaltar que pelo rendimento da própria PM, militares são proibidos de promoverem ao participarem de manifestações políticas. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ainda não se manifestou sobre a conduta do PM.

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