A volta às aulas em Realengo

Do G1

Onze dias após ataque em Realengo, alunos começam a retomar rotina

Nos primeiros dias, previsão é de que eles tenham apenas atividades lúdicas. Aulas deverão ser repostas gradativamente em até três semanas. 

Do G1 RJ

Alunos da Escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde 12 crianças morreram baleadas no dia 7 de abril por Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, retornam ao local a partir das 13h desta segunda-feira (18) para readaptação.

Nos primeiros dias, a previsão é de que eles participem apenas de atividades lúdicas, como arteterapia e pintura e poesia, para aliviar o trauma provocado pelo crime. As aulas deverão ser retomadas gradativamente em até três semanas.

“No início, pensamos em fazer uma cerimônia de reinvenção da escola, mas os psicólogos sugeriram evitar a superexposição das crianças e fazer um trabalho mais individualizado, permitindo o retorno seja por grupo, de uma forma gradativa”, explicou a secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, na semana passada.

NamaNa manhã do último sábado (16), cerca de 50 ex-alunos e voluntários se reuniram para pintar de branco o muro da escola. A iniciativa partiu do projeto “Mãos que Ajudam”, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que conseguiu recursos junto à prefeitura para comprar a tinta, pincel e lanche para os voluntários. A parte interna da escola também será pintada, com cores vivas, por profissionais voluntários do projeto. 

O prefeito Eduardo Paes já confirmou que vai indenizar as famílias das 12 crianças mortas. O crime deixou também outras 12 crianças feridas, mas o órgão não decidiu se elas também serão beneficiadas.

“A prefeitura resolveu que vai indenizar as famílias que perderam seus entes queridos. Essas famílias passaram por um sofrimento que é indescritível, que nada compensa, nada resolve. É uma perda irreparável, mas a gente entende que algum tipo de indenização deve ser discutido”, afirmou Paes na sexta-feira (15).

O prefeito explicou que já entrou em contato com o defensor público geral do estado e o procurador geral do município para tratar dos critérios técnicos e calcular o valor da indenização. A data do pagamento também ainda não foi definida. 

Luis Nassif

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