Escritor americano diz que chanceler de Bolsonaro expõe o Brasil ao ridículo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O escritor norte-americano Benjamin Moser, prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural em 2016 e autor da biografia de Clarice Lispector, escreveu uma carta endereçada a Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro, afirmando que a imagem do Brasil no exterior ficou pior com o novo governo, graças às declarações “ridículas” que o chanceler têm dado sobre aquecimento global, combate à globalização e outros assuntos.

“(…) em poucos meses, essa imagem já mudou bastante. Temo que não seja na direção que o senhor pretende. Pois, em todos os meus anos de brasiliófilo, nunca vi tantas matérias ruins sobre o Brasil surgirem na imprensa europeia e americana. Isso deve ser motivo de preocupação para um chanceler. Porque o Brasil, apesar de seus problemas, sempre desfrutou de um nome positivo no mundo.”
 
Moser alertou a Araújo que, quando um chanceler se dirige a um público internacional, deve evitar o emprego dos termos globalistas, marxistas, anticosmopolitas, valores cristãos, “que, em inglês, têm fortes conotações antissemitas. São extraídos do léxico de conspiração global judaica, e, dada a história deste léxico, pessoas civilizadas, tanto de direita como de esquerda, aprenderam a evitá-lo.”
 
O escritor ainda alertou que não só o chanceler, mas outros membros do governo Bolsonaro – incluindo o próprio presidente – têm levado à antiga boa foma do Brasil à lona. “Desde o primeiro dia, este governo deu a impressão de querer abusar das pessoas mais vulneráveis da sociedade. Todos os jornais do mundo têm noticiado os ataques aos índios e à população LGBT, além da redução do salário mínimo para os trabalhadores mais pobres.”
 
Ao final, Moser ainda apela para que Araújo pare de passar vergonha em nível internacional e comporte-se à altura do cargo que recebeu. “O senhor se descreve, no seu Instagram, como ‘ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro’. Não é. É ministro das Relações Exteriores do Brasil. Seria bom que se comportasse com a dignidade que tal posição exige.”
 
 
Leia, abaixo, a carta completa:
 
Prezado ministro,
 
Há pouco mais de dois anos, o ministério que o senhor hoje encabeça me outorgou o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural. Foi um reconhecimento do meu trabalho e trouxe consigo uma obrigação de continuar trabalhando em prol do Brasil —de ser algo como um amigo oficial do Brasil. E é nesta capacidade que lhe escrevo.
 
Recentemente, o senhor publicou uma matéria no meu idioma, o inglês, e no meu país, os Estados Unidos (“Bolsonaro was not elected to take Brazil as he found it”, ou “Bolsonaro não foi eleito para deixar o Brasil como o encontrou”, na Bloomberg, em 7/1). Se respondo em português, é por dois motivos. 
 
Primeiro, porque sua matéria ilustra muito bem que saber a gramática ou o vocabulário de outra língua não implica compreender suas sutilezas: como soa. Se tivesse maior noção do meu idioma, seria de esperar que não houvesse publicado uma coisa que —digo francamente— expõe o Brasil ao ridículo.
 
E essa é a segunda razão pela qual lhe respondo em português. Apesar de não ser de nacionalidade brasileira, o Brasil não me é de maneira nenhuma alheio. Desagrada-me profundamente vê-lo alvo de risadas internacionais. Gostaria, pois, que esta conversa ficasse entre nós —em português.
 
Em inglês, a sua vinculação da política externa com Ludwig Wittgenstein soa bizarra. Suspeito que não seja sua intenção —que é, se estou lendo bem, de deslumbrar o leitor com frases como “desconstrução pós-moderna avant la lettre do sujeito humano e negação da realidade do pensamento”.
 
Sabe aquele estudante de pós-graduação que encurrala a menina na festa falando de Derrida ou Baudrillard?
 
Pois é.
 
Aliás, em inglês, proclamar “não gosto de Wittgenstein” soa pretensioso, arrogante. Sabe aquele homem que, diante de um Picasso, diz que sua filha de quatro anos poderia ter feito melhor?
 
Mas, além do tom, qual é mesmo seu problema com Wittgenstein? Vejo que não é sequer uma frase inteira, mas uma parte de uma frase: “O mundo tal como o encontramos.”
 
O senhor lê isso como um pedido —uma ordem, até— de aceitar tudo no mundo tal como é, de não tentar mudar nada, de se comportar como se não tivesse vontade própria. Se acompanho a sua lógica, é assim que o Brasil tem se comportado durante todos os governos, de esquerda como de direita, que precederam o atual.
 
Para quem conhece a obra de Wittgenstein —assim como para quem tem noções da história diplomática brasileira—, isso pode soar inexato. Mas o senhor pretende romper um padrão que tem impedido o surgimento da verdadeira grandeza do Brasil. O país, segundo o senhor, antes disse: “Eu não acho nada. Eu não tenho ideias. Assim como o sujeito desconstruído de Wittgenstein, eu não tenho um ‘eu’.”
 
Eu não caracterizaria o trabalho de gerações de diplomatas brasileiros assim. Imagino que, em português, possa soar desdenhoso. Mas estamos falando de como soa em inglês, e, se muito ficou incerto na sua matéria, uma coisa ficou clara: sua vontade de mudar a imagem do Brasil no mundo.
 
De fato, em poucos meses, essa imagem já mudou bastante. Temo que não seja na direção que o senhor pretende. Pois, em todos os meus anos de brasiliófilo, nunca vi tantas matérias ruins sobre o Brasil surgirem na imprensa europeia e americana. Isso deve ser motivo de preocupação para um chanceler. Porque o Brasil, apesar de seus problemas, sempre desfrutou de um nome positivo no mundo.
 
O racismo, a homofobia e a saudade da ditadura da nova administração têm sido fartamente comentados na imprensa mundial. Em inglês, o tom dessa cobertura tem sido extremamente negativo. Um chanceler deve poder responder num inglês sereno e compreensível e explicar as razões que levam o novo governo a adotar tal e tal medida.
 
Quando se dirige a um público internacional, uma coisa a evitar a todo preço é o emprego de termos —“globalistas,” “marxistas,” “anticosmopolitas,” “valores cristãos”— que, em inglês, têm fortes conotações antissemitas. 
 
São extraídos do léxico de conspiração global judaica, e, dada a história deste léxico, pessoas civilizadas, tanto de direita como de esquerda, aprenderam a evitá-lo.
 
Quando se fala inglês, é preferível, em geral, evitar falar de conspirações. Dá a impressão de ter passado a noite em claro na internet decifrando os segredos das pirâmides. Talvez seja por isso que suas descrições sobre o aquecimento global como trama marxista tenham sido tão amplamente ridicularizadas na imprensa mundial.
 
Quem, em língua inglesa, quer ser levado a sério evita tais caracterizações. E não é mesmo este o maior desejo do senhor, o de ser levado a sério? É a única coisa que fica clara debaixo da linguagem um tanto acalorada. 
 
A novidade que o senhor anuncia não é outra coisa senão a mais antiga emoção do conservador brasileiro: o ufanismo magoado. 
 
Este é o sentimento de quem quer uma nação que esteja à altura da imagem —muitas vezes exagerada— que tem de si próprio.
 
Se o senhor imagina que o Brasil não é suficientemente respeitado, seria bom nos brindar com pelo menos um exemplo; na minha experiência, vasta, do Brasil no âmbito internacional, confesso que nunca percebi a falta de respeito.
 
Mas, mesmo que ela existisse, seria bom lembrar que, em qualquer país, o respeito não se exige. Com paciência e trabalho, se ganha.
 
Ninguém sabe melhor do que eu os lados positivos que tem o Brasil. Mas, sabemos, brasileiros e estrangeiros, que o Brasil também tem uma cara feia. E é essa cara que seu tom me traz à mente. É o tom daquele patrão que grita “faça que tô mandando!” para a empregada. Asseguro-lhe que não fica mais elegante em tradução inglesa.
 
Infelizmente, não é apenas uma questão de tom. Desde o primeiro dia, este governo deu a impressão de querer abusar das pessoas mais vulneráveis da sociedade. Todos os jornais do mundo têm noticiado os ataques aos índios e à população LGBT, além da redução do salário mínimo para os trabalhadores mais pobres.
 
É possível que haja explicações razoáveis para tais medidas, mas confesso que até agora não as vi. De novo, seria mais eficaz explicá-las com calma do que andar pelo mundo proclamando que os brasileiros não são mais “robôs pós-modernos” e que não suportarão mais “a opressão wittgensteiniana da morte-do-sujeito.”
 
Porque, ironicamente, é seu medo de ver as pessoas zombarem do Brasil que fará… as pessoas zombarem do Brasil. Deve ter visto a ministra Damares gritando que “menino veste azul e menina veste rosa!” e notado como isso repercutiu pelo mundo. As suas declarações também não ajudam a que as pessoas levem o Brasil a sério.
 
Se há um ponto em que estamos em total acordo é que também não gosto de ver o Brasil ridicularizado. Por isso, lhe encorajo a lembrar em nome de quem está falando. E de escolher com mais tato, em português como em inglês, as suas palavras.
 
O senhor se descreve, no seu Instagram, como “ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro”. Não é.
 
É ministro das Relações Exteriores do Brasil.
 
Seria bom que se comportasse com a dignidade que tal posição exige.
 
E se, no futuro, tiver uma dúvida de inglês, pode sempre entrar em contato comigo.
 
Cordialmente,
Benjamin Moser
Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, 2016  
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

39 Comentários

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    1. Se me permites,

      acho a segunda hipótese muito mais provável. O problema vai ser achar alguém que vista o apetrecho no sujeito, já que no Brasil atual parece que todas as pessos que teriam poder para isso estão no mesmo nível dele, ou pior, como é o caso, por exemplo, do próprio Presidente!

  1. Como diria o Mussum: “Que

    Como diria o Mussum: “Que cacetadis!” Certamente a crítica mais contundente e abalizada já feita a essa “marmota”, ministro das Relações Exteriores, que serve a um governo presidido por uma aberração chamada Jair Bolsonaro.

    Em menos de duas semanas conseguiram negativar a imagem do país lá fora como nunca antes desde a proclamação da República. O editorial do New York Times e agora essa carta são bem ilustrativos para comprovar isso.

    E é porque estamos no começo. O futuro – se houver – nos promete novas “emoções”.

     

  2. DEVIDAMENTE ESCLARECIDO

    AGORA FICOU CLARO: O PT NÃO MANDOU REPRESENTANTE PARA PRESTIGIAR A POSSE DO BOÇAL MAS MANDOU PARA A POSSE DE MADURO POR UM SIMPLES MOTIVO.   PRESTIGIAR UM GOVERNO MADURO, TUDO BEM, MAS UM GOVERNO QUE JÁ COMEÇA PODRE NÃO DÁ…..E O CIRO SE ENROLANDO CADA VEZ MAIS NAS SUAS CONTRADIÇÕES, POIS AGORA CRITICOU GLEISE HOFFMAN POR IR À POSSE NA VENEZUELA, MAS A PARTIR DA PRÓPRIA DECLARAÇÃO DE CIRO, EM JUNHO/2018, ELE PRÓPRIO, CIRO, TAMBÉM IRIA À TAL POSSE…POIS DECLAROU QUE A VENEZUELA É TÃO DEMOCRÁTICA QUANTO OS ESTADOS UNIDOS E O BRASIL…..(SE BEM QUE A DEMOCRACIA BRASILEIRA E ATÉ MESMO A AMERICANA É MUITO QUESTIONÁVEL FACE AOS GOVERNOS FASCISTAS DESSES DOIS PAÍSES).

  3. Como disse o Costa, um

    Como disse o Costa, um petardo. Se o chanceler tivesse um mínimo de vergonha na cara, parava para refletir, pelo menos. 

    Nunca antes, tantas pessoas fizeram tão mal a si mesmas com apenas um apertar de botão “confirma” no fatídico ano de 2018

  4. Do artigo na
    Do artigo na bloomberg

    “Algumas pessoas acham que nossa abordagem de marketing deveria ser: “Olha, eu sou o Brasil. Eu não acho nada. Eu não tenho idéias. Assim como o sujeito desconstruído de Wittgenstein, eu não tenho um ’eu’. Eu não incomodo ninguém. Faça negócios comigo!””

    Fiquei confuso nessa,,,,
    Queria entender onde está a crítica em não aceitar a lógica Wittgenstein.
    Se alguém me esclarecer, agradeço!

    1. Uma crianca passou anos

      Uma crianca passou anos trancada dentro de um guardaroupas sem cuidado nenhum. Quando a salvaram ela ja nao tinha teoria de mente1propria nem capacidade de a adquirir.  Sen capacidade de fala nem comorehensao, ela passou o resto da vida se defecando, com a teoria de mente equivalente aa de um recem nascido.  (a mae foi pra cadeia.  Mas nao havia salvacao pra menina)

      SE eh que esse eh o assunto, o ponto do “sujeito decondtruido” vai nas seguintes linhas, e note aonde o “diplomata” SE mediocrizou nas estrelinhas que eu coloquei:

      https://en.m.wikipedia.org/wiki/Private_language_argument

      Memory scepticismEdit

      One common interpretation is that the possibility exists that one might misremember the sensation, and therefore one does not have any firm criterion for using S in each case.[10] So, for example, I might one day focus on that sensation, and link it to the symbol S; but the next day, I have no criteria for knowing that the sensation I have now is the same as the one yesterday, except for my memory; and since my memory might fail me, I have no firm criteria for knowing that the sensation I have now is indeed S.

      However, memory scepticism has been criticized[by whom?] as applying to public language, also. If one person can misremember, it is entirely possible that several people can misremember. So memory scepticism could be applied with equal effect to ostensive definitions given in a public language. For example, Jim and Jenny might one day decide to call some particular tree T; but the next day both misremember which tree it was they named. If they were depending entirely on their memory, and had not written down the location of the tree, or told anyone else, then they would appear to be with the same difficulties as the individual who defined S ostensively. And so, if this is the case, the argument presented against private language would apply equally to public language.

      ***************This interpretation (and the criticism of Wittgenstein that arises from it) is based on a complete misreading[citation needed], however, because Wittgenstein’s argument has nothing to do with the fallibility of human memory[citation needed], but rather concerns the intelligibility of remembering something for which there is no external criterion of correctness*******. It is not that we will not, in fact, remember the sensation correctly, but rather that it makes no sense to talk about our memory being either correct or incorrect in this case. The point, as Diego Marconi puts it[citation needed], is not so much that private language is “a game at which we can’t win, it is a game we can’t lose”.

      Wittgenstein makes this clear in section 258: “A definition surely serves to establish the meaning of a sign.—Well, that is done precisely by the concentrating of my attention; for in this way I impress on myself the connexion between the sign and the sensation.—But “I impress it on myself” can only mean: this process brings it about that I remember the connexion right in the future. But in the present case, I have no criterion of correctness.” This absence of any criterion of correctness is not a problem because it makes it more difficult for the private linguist to remember his sensation correctly; it is a problem because it undermines the intelligibility of such a concept as remembering the sensation, whether correctly or incorrectly.

      Wittgenstein explains this unintelligibility with a series of analogies. For example, in section 265 he observes the pointlessness of a dictionary that exists only in the imagination. Since the idea of a dictionary is to justify the translation of one word by another, and thus constitute the reference of justification for such a translation, all this is lost the moment we talk of a dictionary in the imagination; for “justification consists in appealing to something independent”. Hence, to appeal to a private ostensive definition as the standard of correct use of a term would be “as if someone were to buy several copies of the morning paper to assure himself that what it said was true.”

      O conceito de “inteligibilidade” nao se aplica ao CO CO que um recem nascido fez na fralda.  Tendo teoria de mente voce e eu podemos dizer “isso esta errado” e os seguidores de Bolsonaro podem perfeitamente dizer “ta certi, a gente se caga em publico o tempo todo”, e ambos os lados estao Estados.

      Nao existe A Verdade sobre co co.  Ele simplesmente EH.  Opportunistas que usam conceitos tao mal digeridos ao ponto de SE cagarem em publico somente “existem”.

      (tenho profundas e insanaveis objecoes ao conceito de “verdade” filosofico, de fato.  Parei de escrever porque nao vale a pena sem computador)

      1. ((ERRADOS, nao Estados)Note

        ((ERRADOS, nao Estados)

        Note se que o “argumento de linguagem privada” eh invalido a qualquer nivel possible e imaginavel, no entanto.  Eh uma salada de conceitos errados e campos mistos de palavras falaciosamente usadas -leia o item complete no wiki, recomendo altamente.

        Temple Grandin conta que como autista ela tinha enormes dificuldade de saber o que as pessoas queriam quando alguem lhe pedia pra imagines “uma casa”, “um gato”, “uma rua”.

        (Termino aqui a pouco)

        1. A magnificacao do

          A magnificacao do entendimento de Grandin eh tao alta que ela quereria saber a raca do gato de Shrodinger!  Ja a magnificacao de “O Pequeno Principe” eh tao baixa que so a causa ja define a ovelha que esta dentro dela!

          So que linguagem JA DEFINE que existe um ser usuario e um ser sendo ENDERECADO.  ENDERECAMENTO DE PENSAMENTO eh central so conceito de linguagem intrinsecamente.

          Ja que estamos em “ENDERECAMENTO” eu ja cobri o assunto verbo=atomo e nao vou cobrir de novo.  O ponto eh que verbos sao atomicos.  Ponto final.

          So que o que eles estao discutindo eh a VALIDADE do pensando alheio como “linguagem privada”.  Ora, se linguagem eh atomica ela nao eh la tao “privada” assim, exceto em seres NAO-atomicos.  Nod nao inventamos lingiagem, ela ja nos pre-existia.

          A outra confusao massiva que eles fazem eh discutir S (a letra S eh conceito de Witgenstein que exige mais extensiva leitura) como se fosse UMA SENSACAO!!!

          Eh uma burrada tao extensiva ao meio filosofico que a gente fica ate sem folego pra a corrigir, ok?

          SENSACAO eh sentimento.  Portanto, gravitico.  Nada a ver com atomica sem uma coordenada a mais!

          Eh exatamente por Witgenstein estar certo que todo mundo recorre aa”indescritivel sensacao diki…”

          Isso eh… Presuncao elevada aa velocidade da luz, isso sim:  saem do atomico SEM o entender pra discutir a grande”sensacao diki”.  E o fazem porque a suposta “sensacao diki” igualmente nao pode ser descrita e qualifica, portanto, como “linguagem privada”.

          So que quem transmitte “sensacoes diki” nos ouvidos de mediums sao VOCES.  Quem tem pensamentos publicos sao VOCES e nos ja estamos, francamente, de saco cheio de voces.

          Isso eh…  Saem do mal digerido conceito de linguagem atomica e se enfiam em…  conceito muitissimo mais poderoso baseado em GRAVIDADE!

          O conceito central de Witgenstein esta certissimo -embora ele tambem recorra a “sensacao diki”. A linguagem privada dos “tecnicos”  eh o mais puro caos.

        2. A confusao conceitual eh tao

          A confusao conceitual eh tao grande que ate mesmo as anatomias de linguagem e sentimento sao completamente diferentes!

          Linguagem eh somente atomica.  Sentimento eh DUAS linguagens -a minha e a sua- e duas polaridades!

          Nao sao a mesma coisa!  Impossivel um medium confundir um com o outro:  sao TECNICAMENTE DIFERENTES!

        3. Alias, as diferencas entre

          Alias, as diferencas entre “linguagem” e “sentimentos” sao exata e precisamente iguais aas diferencas entre Relatividade e “Quantum Mechanics”. Ponto por ponto.  Qualquer INequalidade entre as duas eh fisicamente impossivel.  Ponto final tambem:  nao admito que eu pudesse ERRAR a respeito disso, eh impensavel.

      2. (eu quiz dizer que OS

        (eu quiz dizer que OS ARGUMENTOS, isso eh, as discussoes em torno da existencia de linguagem privada estao erradas, so nao tenho tempo Imediatamente.  Mesmo canal, horario diferente…)

    2. Subiu ao telhado e puxou a
      Subiu ao telhado e puxou a escada.

      Vá criar galnhas, então, “chanceler”.

      Se joga.

      Ou, então, fala com o Gianotti, fundador do PSDB.

    3. Texto de Moser sobre Araujo
      Parece q a crítica de Moser sobre isso é qto à má interpretaçao do que diz Wittgenstein. E , de resto, à má interpretação do ministro sobre seu proprio papel no cargo, à má interpretação dos impactos de seu uso da comunicação e ao mal uso do próprio “conhecimento” … Em suma, Araujo é mais um despreparado na atual situação …

  5. A Bala Tem Sempre Razão

    Nassif: quem esse tal de Moser pensa que é? Sua missiva é mais que deselegante. Chega às raias da indelicadeza. Onde já se viu interpelar assim um membro do governo do Messias? Por muito menos EliotNessTupiniquim, a mando dos VerdeSaúva (AttaLaevigataCaesernorium, variedade saldadesca cabeça lisa, sem brilhantismo), botou gente em cana, especialmente o SapoBarbudo, que lhe garantiu o posto.

    Tudo bem, o titular tem dado mostras (diplomaticamente falando) que assina com o dedão e (como Costa-e-Silva) por extenso. Mas é Hôme do grupo de Washington. Com formação pelo MOBRAL bolsonarista, com distinção e louvor.

    Será com ele, até meados desse ano, que o daBala haverá de declarar guerra à Venezuela. E romper relações diplomáticas e comerciais com os kummunistas russos e chineses. Os árabes também tão na lista, a pedido dos nazi-sionistas (deVarsóvia), sob orientação do Príncipe de Paris, que chefia a ala de Pindorama.

    O dito em campanha tem de ser cumprido. É dívida para com 56 milhões de eleitores que apostaram em tais promessas.

    E veja que em sua lista de minorias o autor esqueceu dos negros que pesem mais de 3,5 arrobas. Estes sim, sifu. Serão mandados à Província de Goiás, sob a administração dos Caiados, que mandam no pedaço há quase 150 anos.

    Tá certo o ministro. Ele serve aos mais fortes. O que é o Brasil, se comparado ao governo Bolsonaro?

    1. Alto lá!

      Não é porque o ministro pegou segunda época em massinha no jardim de infância que americano vai falar mal dele.

      E aproveitando o ensejo quero  acrescentar às suas citações, o justo apêndice:

      (AttaLaevigataCaesernorium, variedade saldadesca cabeça lisa, sem brilhantismo: variedade soldadesca cabeça lisa, Brilhante e’ Ustra

  6. O inimigo do inimigo é o que?

    Opa! E não é que um “americano” (legítimo, hein?  ainda por cima “brasiliófilo”! E não é que ele diz que gosta de nós? “Cute”, mister!) está esculachando um brasileiro? Tá certo, a-do-ra-mos quando gente tão fina, sagaz, inteligente, culta… tão tudo como são todos os “americanos” mete o pau num brasileiro, é o que merecemos, é ou não é? Afinal a gente é tão bosta que nem dos nossos próprios problemas podemos cuidar, a-do-ra-mos quando os outros cuidam prá nós.

    É, tá vendo? “Soft power” pouco é bobagem, mesmo. Daqui a pouco a gente começa a achar até legal a venda da Embraer à Boeing…

    Mas, de verdade… ora, Benjamim, vá cuidar d”o seu idioma, o inglês, e do seu país, os Estados Unidos” que, a propósito, só tem trazido ao meu, Brasil, prejuízo. Nada de bom exceto, talvez, a alienação da nossa identidade cultural e sua reposição por bobegens marqueteadas como o riso compulsivo ante o Mickey Mouse na Flórida. De resto, todas as vezes que nossos político se aproximam dos seus – exceto Lula e Dilma – foi só prejuízo nos nossos bolsos.

    Uma sugestão: comece e lidere campanha no seu idoma e no seu país para evitar que seu país ataque outros píses, belicamente, “soft power” ou “lawfare”.

    E ainda tem brasileiro que aplaude, é mole?

    1. Não tome como pessoal,

      Não tome como pessoal, Benjamim, são apenas negócios. Toda vez que deixamos uma das muitas pessoas como você entrar, entraram de penetras um monte de outras pessoas do “seu idioma, do seu país” cujas ações só nos prejudicaram. Mesmo a sua ação é nefasta e não é novidade: estrangeiro metendo o pau em brasileiro sob o aplauso de brasileiros vira-lata.

      Também não estamos tomando como pessoal, isso o “seu país, no seu idioma”  faz há 100 anos contra muitos outros países além do nosso, Brasil.

      Então, se estadunidenses querem vir ao meu país negociar, como qualquer outro país, e se a proposta atender aos nossos interesses, tudo bem. O que não dá é prá vir aqui, jogar o pé em cima da mesa e ainda ameaçar com armas de fogo, “soft power” ou “lawfare”…  Sabe aquela história do vendedor que, em não aceitando “não” como resposta, mete o pé entre a porta e o batente para impedir que seja fechada? Pois é, esse cara aqui acaba com o metatarso quebrado… E desculpe de novo, não é pessoal, é questão de soberania e dinheiro “só”, faríamos o mesmo com qualquer outro vendedor-país.

      1.    É brincadeira sua? Temos

           É brincadeira sua? Temos um “chanceler” que fala no aquecimento global como sendo “trama marxista” e sua preocupação é a crítica do estrangeiro a ele??

          Mil chanceleres desse tipo não valem um Benjamin. Lamentável sua patriotada desconexa.

        1. Não, não estou brincando. E

          Não, não estou brincando. E não, minha crítica é a brasileiro que acha que não faz mal admirar “americano”, que não tem consciência do que é neocolonialismo e nem passa perto de entender o que é “soft power”. Sabe aquele tipo que pergunta: “Ora, que mal pode fazer ao Brasil levar meus filhos à Disney? E mesmo que faça, que se foda: o negócio é meus filhos terem o que contar aos colegas na volta às aulas.”, sem perceber que com isso está ensinando aos pimpolhos uma admiração que os põe como admiradores e aos estadunidenses como admiráveis. O conhecido complexo de vira-lata.

          O que Benjamim – ou qualquer outro “americano” – faz  é problema dele. O que nós, brasileiros, fazemos é o que me interessa.

          1. “E mesmo que faça, que se

            “E mesmo que faça, que se foda: o negócio é meus filhos terem o que contar aos colegas na volta às aulas.”, sem perceber que com isso está ensinando aos pimpolhos uma admiração que os põe como admiradores e aos estadunidenses como admiráveis. O conhecido complexo de vira-lata.”

            Voce nao tem a OPCAO de tecnicamente descrever seu complexo de inferioridade e o “extender” pro resto da populacao atravez das palavras magicas “complexo de vira latas”.

            Nao eh assim que a vida funciona.

          2. Não tenho obrigação de dar

            Não tenho obrigação de dar satisfação a você, meu caro, mas faço-lhe essa concessão: tenho a opção que for do meu interesse, me permito isso. Quanto à sua opinião sobre se tenho ou não complexo de vira-lata, bem… sua opinião não tem a menor importância. Mesmo assim, na tentativa de ajudá-lo a e compreender um pouco mais sobre a vida (sua opinião não tem a mínima importância mas sua pessoa sim), o chamado complexo de vira-lata é fácil de ser entendido por estadunidenses: é a face oculta do complexo de “meu país é o melhor do mundo, senão o único”. Como Jakyll e Hyde, esses dois complexos são inseparáveis. Concedo que não é fácil para essa turma olhar seu Hyde – por isso mesmo é que esse lado vive escondido. Mas para quem, como você, parece ter alguma curiosidade sobre como funciona a vida, taí a dica: olhe-se no espelho sem a máscara das ilusões. E se enxergar um Jakyll (“Meu país é o melhor do mundo.”), olhe duas vezes e verá um Hyde (“Eu mesmo me considero patético.”).

  7. “ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro”

    Com um inglês “The book is on the table” e um curso de filosofia do Olavo de Carvalho no curriculum, o ministro só poderia resvalar pelo  o perigoso caminho da galhofa mesmo.

  8. O homem de Olavo de Carvalho

    Esse é o homem de Olavo de Carvalho, aquele mesmo que é um dublê de astrólogo e filósofo e que passeia pela física criticando a teoria da relatividade da qual não entende bulhufas, argumenta que a Terra é plana e depois conclue que precisa estudar mais um pouco. O que esperar desse diplomata de 5º escalão?

  9. O homem de Olavo de Carvalho

    Esse é o homem de Olavo de Carvalho, aquele mesmo que é um dublê de astrólogo e filósofo e que passeia pela física criticando a teoria da relatividade da qual não entende bulhufas, argumenta que a Terra é plana e depois conclue que precisa estudar mais um pouco. O que esperar desse diplomata de 5º escalão?

  10. GUERRA OU PAZ

    O que mais me preocupa neste “Ministro das Relações Exteriores do Bolsonaro”, é que ele não honra a principal tradição da nossa diplomacia, que sempre foi a “Diplomacia da Paz”, ele junto com o seu presidente estão querendo fazer a “Diplomacia da Guerra”, com atos como a troca da embaixada para Jerusalém ou fomentar a queda do governo eleito da Venezuela. Com o primeiro ato podemos trazer ataques terroristas para o Brasil, quanto ao segundo, pior, podemos trazer a guerra para nossas portas, para defender interesses americanos, pois a Venezuela não vai aguentar calada, tem um exército e 400 mil milicianos, e ajuda com certeza de Rússia e China, de início armando este pessoal e depois provavelmente se envolvendo diretamente. Devemos lembrar que pelas leis internacionais existe somente duas formas de um Estado intervir em outro, primeiramente pelo Conselho de Segurança da ONU, depois por um “pedido de ajuda” de um governo, será o caso da Venezuela. A última Guerra que o Brasil entrou de “gaiato” na América do Sul foi contra o Paraguai e destruiu a nossa relação com os outros países do subcontinente por 100 anos, todos imaginavam que o Brasil tinha interesse em invadi-los e toma-los, Uruguai, Argentina, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Venezuela, etc, por sinal nós vivemos longo período de corrida armamentista entre Brasil e Argentina, principalmente no período das ditaduras militares, iniciou-se até uma corrida nuclear. Não devemos nos envolver em assuntos que são de interesse das superpotências, os EUA querem continuar controlando o mercado de petróleo e isto não interessa a Rússia e China.

     Diplomacia da Guerra é o que sempre faz os EUA, nós devemos ficar longe disto, a nossa tradição é a Paz.

     

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