Nascimentos em 2022 registram menor patamar nos últimos 45 anos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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País registrou 2,542 milhões de nascimentos no ano, segundo IBGE; total de óbitos caiu 15,8% por conta da vacinação contra covid-19

Foto de Christian Bowen na Unsplash

O Brasil encerrou 2022 com 2,542 milhões de nascimentos registrados, número 3,5% menor que o registrado em 2021 (2,635 milhões) e 10,8% abaixo da média de 2010 a 2019 (2,850 milhões), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O total de registros de nascimentos no país apresentou sua quarta redução consecutiva, e atingiu seu menor patamar desde 1977, ou seja, em 45 anos.

Na avaliação entre 2021 e 2022, foram observadas quedas nos nascimentos em todas as regiões do país, em especial no Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%).

Entre as 27 unidades da Federação, as principais reduções ocorreram na Paraíba (-9,9%), no Maranhão (-8,5%), em Sergipe (-7,8%) e no Rio Grande do Norte (-7,3%).

Os únicos estados com aumento no número de nascimentos no período foram Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%).

Os meses com maiores números de nascimentos registrados em 2022 foram março (233.177) e maio (230.798). Outubro registrou o menor número, com 189.003.

As mães com menos de 20 anos respondiam por 21,6% dos nascimentos em 2000, passando para 18,5% em 2010 e para 12,1% em 2022. A mesma tendência ocorreu com as mães entre 20 e 29 anos, que passaram de 54,5% em 2000, para 53,1% em 2010 e 49,2% em 2022.

Por outro lado, a parcela das mães com 30 a 39 anos subiu de 22% em 2000 para 26,1% em 2010 e 34,5% em 2022. As mães com 40 anos ou mais respondiam por 2% dos nascimentos em 2000, passando para 2,3% em 2010 e 4,2% em 2022.

O total de nascimentos ocorridos e não registrados no Brasil em 2021 foi estimado em 55.511, ou seja, 2,1% do total.

“A redução da natalidade e da fecundidade no país, já sinalizada pelos últimos censos demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia, são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no Brasil nos últimos anos”, afirma Klívia Brayner, pesquisadora do IBGE.

Queda no número de óbitos

Segundo o IBGE, o Brasil registrou 1,5 milhão de mortes em 2022, uma queda de 15,8% (281,5 mil a menos) em relação ao ano anterior por conta da imunização da população contra a covid-19.

O ano de 2021 tinha registrado recorde de mortes (1,78 milhão), na série histórica da pesquisa, iniciada em 1974. Ainda assim, 2022 teve aumento dos óbitos em relação a 2019, ano pré-pandemia (1,31 milhão de mortes).

No início de 2022, a covid-19 ainda afetou o número de mortes devido à variante ômicron. Janeiro teve um total de 161,18 mil óbitos, o quinto mês com maior mortalidade da pandemia, ficando atrás apenas do período de março a junho de 2021.

Um ponto de destaque envolve o aumento do número de mortes para a população com menos de 15 anos. O crescimento chegou a 7,8% em relação a 2021 para as pessoas com até 14 anos. Entre as crianças de 1 a 4 anos, a alta foi ainda maior (27,7%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Interessante reportagem. Seria legal ver um grafico com mortalidade e nascimento por ano, pelos últimos 20 anos. Efeito catastrofico da covid ficaria visualmente bem placativo

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