O uso de indicadores para a definição de políticas sociais está transformando o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) em documento com tanto impacto quanto as Atas do COPOM (Comitê de Política Monetária). Este é mais um elemento para comprovar como a questão da integração das classes D e E ao mercado de consumo e de cidadania é o fenômeno mais relevante dos últimos cinqüenta anos.
Do seminário “Mercado Popular: o consumidor invisível”, participam especialistas em políticas públicas, ONGs, consultorias como a A.T.Kearney, multinacionais como a Nestlé, Phillips e Carrefour.
O novo cidadão aparece nas pesquisas eleitorais; o novo consumidor está mapeado no radar das principais empresas.
Ontem entrou um leitor no Blog. Com um português claudicante escreveu você com cê cedilha, tropeçou aqui e ali, mas deu sua opinião. Vocês não sabem a importância desse processo, da inclusão também digital das classes D e E.
Sem prática de escrever, ele não se fez de rogado. Entrou sem complexo, opinou, leu e vai aos poucos aprendendo a se inserir no mercado de opinião. Esse fenômeno da Banda B da opinião pública é fantástico e mostra o poder regenerador do voto.
As políticas públicas no país só seguiram as pressões pontuais entre eleições. FHC curvou-se oito anos ao tal do mercado; e Lula mais quatro anos. E é a perspectiva das eleições que muda tudo. Mais do que nunca, Lula saberá que, se não houver desenvolvimento e manutenção da inclusão, sairá escorraçado do segundo mandato, da mesma maneira que FHC.
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