O corte nos juros

Duas notícias, uma boa, outra ruim. A boa é que rompeu-se a unanimidade em torno dos juros altos, e o governo já pode mudar a política monetária. A ruim é que Lula não sabe disso. Leia na aba de ECONOMIA, na Coluna Econômica.

Luis Nassif

31 Comentários

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  1. Parabéns pelo texto que
    Parabéns pelo texto que espelha uma verdadeira quebra de braços na realidade atual
    De um lado o Mercado financeiro que quer manter a sua rentabilidade e se outro o resto da sociedade que não aguenta mais essa Ditadura do Juros
    Vamos ver de que lado o Governo vai estar, da sociedade em geral ou do Mercado Financeiro.

  2. Caro Nassif, mas aqui
    Caro Nassif, mas aqui tropicamos com um problema que vc já havia identificado: Lula não é estadista, não está preocupado em reformar o que é preciso, mas fazer um “puxaDINHO”, apenas remendar e tocar para a frente o problema (bem que falavam que ele virou uma cópia de FHC).
    A minha esperança é que ações isoladas (como a de Fabio Konder, de propor e facilitar ações públicas e recalls de políticos ordinários) da sociedade civil avancem, porque estas eleiçõews comprovaram que os políticos se sentem como uma casta superior, que só deve receber as benções – que decepção!

    Um abraço

    Luis

    PS: Sempre fui çeitor da FSP, e apesar de gostar (e eme muitas das vezes concordar com o que Vinicius Torres Freire escreve), cara, vc faz falta naquele jornal

  3. Ah! Como eu gostaria de ver:
    Ah! Como eu gostaria de ver: de repente a taxa da selic cortada em 2% ou 3%, já pensou o pensou o prejuízo que os operadores teriam?
    Isto sim seria prova de independência do Banco Central, mas o funcionário do Banco de Boston não faria isto com seus patrões, pois seria demitido.

  4. Na série que escrevi sobre a
    Na série que escrevi sobre a China, há dois anos (postei aqui no blog há alguns meses) esse era um dos problemas emergentes mais claros.

  5. Prezado Nassif,
    Prezado Nassif,

    Parabéns. Muito esclarecedor,oportuno e lúcido esse seu comentário. É que ninguém neste país tem ganho tanto dinheiro, nos últimos anos, que os banqueiros nacionais e internacionais, a quem o nosso Banco Central se reporta e obedece de forma rastejante.É evidente que não existem justificativas técnicas para que a taxa de juros básica (SELIC), não baixe com mais rapidez e ao nível de mercado civilizado.Veja bem, inexiste a velha desculpa de fuga de capital, posto que o risco Brasil atual fulmina tal argumento.É importante lembrar ainda que os bancos nacionais nunca ganharam tanto dinheiro com a cobrança extorsiva de tarifas banárias, que hoje já cobrem todas suas despesas adminstrativas.Agora, achar que o atual presidente do BACEN ,abdicou de elevado salário em dólar ,para ganhar, em real ,salário equivalente a Ministro de Estado(Waldir Pires que o diga),é ser ingênuo ao ponto de acreditar em Papai Noel. Por fim, o Lula não precisa só ser avisado disso, precisa também saber que a diretoria do BACEN pensa que é Deus, enquanto o pessoal do COPOM, tem certeza.

    Abs.

    Edmar Melo

  6. Parece haver um movimento na
    Parece haver um movimento na direção apontada pelo autor do blog, mesmo na imprensa (pseudo-)econômica:

    http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/valor/2006/12/27/ult1913u62517.jhtm

    É a primeira análise desse tipo (sem estar publicana em coluna assinada), no Valor, que defende essencialmente as idéias que têm sido discutidas por Luís Nassif e seus leitores. Até a imprensa conservadora parece começar a enxergar que as coisas mudaram… E já vislumbra, provavelmente, um vetor de ataque com mais consistência ao governo Lula – que, de fato, está “dando tiro no pé” com a manutenção dos juros altos.

  7. Vamos assumir que o BC , que
    Vamos assumir que o BC , que tem um bancário de pouca cultura, expatriado, e pouco versado em economia ( comparando com o economista erudito Bob Fields) corte os juros da SELIC. Como ficariam os SPREAD?

  8. …enquanto isto fico
    …enquanto isto fico pensando no cenário mundial qual seria o problema emergente mais preocupante: Poque não a condenação à morte do polêmico Sadan Housen? E será que nenhum país simpatizante etc vai sair em defesa dos entendimentos, da religião e talvez até ideais do patriota ditador? A invasão, a matança e as versões dos EUA é que vão prevalecer na história, vão ter sucesso na empreitada sanguenta e sem contestação ou resistência mundial? Até quando os iankes, ou seria onde, aguentam a pressão mundial para não matar Sadan Housen? Este deve ser o cachorro que esta atrás da orelha dos americanos neste momento da história dos EUA e mundial. O mundo não vai mais rediscutir o lider iraquiano, os EUA e companhia tinham razão e bateram o martelo? Quando da captura com vida o mundo teve novamente a oportunidade de ouvir as duas versões e não ouvimos a do invadido, talvez ele até mereça ir para o inferno mesmo, mas acompanhado.
    …este deve ser o cachorro – as manifestações contrárias, e que deve estar atrás das orelhas dos “xerifes” do mundo.

  9. E lulla sabe de alguma coisa?
    E lulla sabe de alguma coisa? Ontem num jornal local foi dito: ” Cuba com todo o embargo economico atinge 9,5% de crescimento, Brasil com as portas escancaradas atinge 3,5%, não sou economista, mas acho que tem algo errado!

  10. É sabido que juros altos
    É sabido que juros altos funcionam em duas frentes. Primeiro atrair capital para formação de poupança, o que neste momento de balança comercial favoravel tem contribuido para dolar baixo, complicando ainda a exportação. No inicio do Real, o Brasil precisava disto, agora não sei. A segunda é conter a inflação de consumo. A nossa tem sido marcado pelos preços das commodities e dos regulados pelo governo. Não entendo, então, porque mantermos juros reais de 10 %. Tá bom! Se considerarmos que a previsão de inflação para o proximo ano é de cerca 4%, dá entre 8 e 9%… Mas está alto considerando que pagamos 39% de impostos, mais fatores de risco, daí pergunto!… Quem investe e gera empregos?…

  11. Caracas… de novo Nassifão.
    Caracas… de novo Nassifão. É verdade, claríssima, que os juros continuam altos. Mas se a culpa é do “ignorante” do nosso “torneiro mecânico”, pôe de novo o “economista, sociólogo, doutor BHC” lá. O cara manteve juros muito maiores, por muito mais tempo. Voces vivem procurando uma forma de chamar o Lula de burro. Repito. Qual foi o outro que fez tanto em tão pouco tempo. Ou vão dizer que ele não fez nada. 11% ou 20 milhões de brazucas saíram da linha da pobreza. Mais 11% ou mais 20 milhões deixaram a linha da miséria. Cerca de 6 milhões de empregos formais em 4 anos. Caraca gente. Querem dar opinião, ótimo, mas para com essa dor de cotovelo que não cabe mais. Quero ver qual vai ser a crítica (ácida) quando no final do próximo anos fecharmos com mais ótimas notícias e juros bem mais baixos. Criticar, tudo bem, mas com respeito. Tá na hora de vcs reconhecerem publicamente as inúmeras melhorias sociais e econômicas deste governo, conquistadas, apesar (e apesar mesmo) de todos contra. Mídia em geral (globinho liderando), economistas, ruralistas, etc. Muita gente contra e mesmo assim um governo que tem avaliação positiva superior a 70%. De novo, crítica sim, mas com respeiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito.

  12. Engraçado esse comentário
    Engraçado esse comentário sobre a China.

    De um país rural e de miseráveis ela está se industrializando e criando 10 milhões de empregos por ano !

    E tem gente que é contra, querendo que toda a população chinesa seja miserável, para assim alcançar o almejado índice gini de 0 e o paraíso na terra tenha um endereço: a China.

    Mas, enfim, é sempre muito mais fácil se distribuir a pobreza do que se distribuir a riqueza, Lulla que o diga, pois o Brasil cresce 1 ponto acima do seu crescimento demográfico.

    Vejo os petistas ficarem molhadinhos de excitação ao ouvir que a desigualdade no país está diminuindo, sem se darem em conta que o que aconteceu foi a queda de 46 na renda da classe média. E olhe que por classe média o IBGE considera quem ganha acima de três salários mínimos!

    Mas a mudança de um país, de uma economia de miseráveis para uma economia em franco crescimento expõe na população justamente o que antes estava escondido, que é a falência do modelo comunista.

    O comunismo é pródigo em distribuir a pobreza, mas é incapaz de distribuir a riqueza.

    Agora quanto ao Post do Nassif eu pergunto:

    E o Lulla sabe lá de alguma coisa?

  13. Acredito que o problema da
    Acredito que o problema da Selic não é apenas uma questão de tamanho. Já vimos que tanto faz ela ser alta ou menor um pouco, que isto não muda quase nada o spread bancário. Penso que o ponto mais influente é a previsibilidade pelo mercado fiananceiro. As posições são trocadas e ajustadas diáriamente com base nas estimativas de preços futuros dos ativos fianceiros. E quase todos os preços destes ativos andam muido colados à Selic. Vejam agora que o tal mercado está estimando uma redução de 0,25% no próximo Copom. A única demonstração de força que o BC consegue é manter em 0,5%.

    No fundo o BC quebra o galho da turma do mercado financeiro, dando-lhes um horizonte mais previsível para venderem o trabalho caríssimo que fazem.

  14. Nassif, alguém aí embaixo
    Nassif, alguém aí embaixo disse que é para criticar o lula com muito respeito. É..do nada para alguma coisa, já é alguma coisa. Mesmo que não tenha sido intencional, porque se fosse, teria melhorado o triplo, no mínimo, tão descarada é a proporção do que se produz neste país em relação ao que retorna a população em forma de benefício. Imagine o dia que este país tiver alguém sério na presidencia, que utilize o dinheiro dos impostos não para pagar juros, mas para investimentos, educação e saúde. Este cara vai idolatrar, endeusar, como se não fosse a obrigação de quem está no poder. Mais uma vez eu digo, votei no lula tres vezes sem ser petista. Até ele entrar na presidencia e repetir, não com palavras, o que disse o FHC. “Esqueçam o que eu disse, o que eu fiz, o que eu era”. Nem de esquerda ele é mais..! Tenha santa paciencia…

  15. Rinaldo, não dá para comparar
    Rinaldo, não dá para comparar tangerina e mexirica, apesar de serem da mesma familia. Não digo que o FHC foi o melhor dos presidentes, e até concordo com voce que ele errou para burro e não votaria nele, como não o fiz no segundo mandato. A diferença é que se ele poderia ter feito melhor em uma economia mundial com liquidez, e estavel, é outra historia. O PT boicotou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que depois o Palocci achou necessaria. Boicotou as metas de inflação, e utiliza a bolsas escola, vale gas, etc, que viraram bolsa familia. Não podemos ser cegos a isto. Em que situação estão sendo gerados estes empregos que voce fala com a economia mundial crescendo, será que se houvesse crise não teriamos a mesma resposta que o apagão aereo, ou seja lentissima? O FHC rateou na crise de 1998, e quase quebramos. Será que voce é solidario a ponto de apoiar o PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 137, que está na Comissão de Finanças e Tributação e é de autoria do Dep. Nazareno Fonteles (PT/PI)? Este projeto propõe a “poupança fraterna”, ou seja, confisco como fez o Collor.

  16. Jorge, a distribuição de
    Jorge, a distribuição de renda traz resultados a médio prazo. Mas só o aumento do consumo, e das classes de menor renda, é insuficiente para segurar o PIB.

  17. Nassif, você não acha que uma
    Nassif, você não acha que uma pressão dos governadores (principalmente o Aécio e o Serra) sobre o presidente não reverteria esse quadro ?
    abc,

    Wagner

  18. Ola Nassif

    Tem gente que
    Ola Nassif

    Tem gente que ainda insiste em elogiar o “avanço” economico do governo atual. Só prá lembrar:

    A renda cresceu? MENTIRA! A renda per-capita vem caindo a cada ano, pelo simples motivo que o PIB cresce (!?) menos que a inflação+população.

    Superávit-primário=BALELA! A economia não cobre a conta juros! FHC em 8 anos dobrou nossa dívida de 300 para 600 BI…..Em quatro anos este “governo” bateu em 1 TRILHÃO

    Emprego??? aonde??? Só se for de funcionários públicos fantasmas e vagabundos que vivem das TETAS DO ESTADO!

    Este “governinho” não sofreu e nem aguentará ao menor sinal de crise internacional! Todos os “ganhos” tão alardeados tem uma só fonte: IMPOSTOS, IMPOSTOS E MAIS IMPOSTOS!

    ACORDA BRASIL!

  19. Nassif (Califa de
    Nassif (Califa de Bagdá?),

    Eu sei que parece pueril eu insistir no assunto, mas eu gostaria de fazer algumas considerações sobre o texto do Alexandre Schwartzman. Ele faz considerações relativas, que vou contrapor aqui, além de no final colocar em pauta itens mais concretos, como a necessidade de enquadramento dos juros no contexto de controle orçamentário e o efeito deletério de uma alta taxa de juros sobre os investimentos produtivos.

    Bem, o artigo de Schwartzman tem como objeto explícito a resposta à seguinte pergunta:

    “É justificável o Tesouro Nacional pagar juros consideravelmente maiores pelos títulos domesticamente emitidos face aos pagos pelos títulos emitidos pelo Tesouro no exterior ?”

    Como objeto implícito, a seu turno, Schwartzman coloca a resposta à seguinte indagação:

    “É justificável o Banco Central manter a taxa Selic tão acima da taxa de remuneração oferecida pelos títulos denominados em dólar emitidos pelo próprio Tesouro Nacional?”

    1. Quanto ao objeto explícito do artigo, Schwartzman basicamente se coloca no lugar do investidor que parametriza as suas aplicações de acordo com o retorno gerado em moeda conversível.

    Assim, o investidor que compra uma LFT em reais esperaria na verdade um certo retorno em moeda conversível para esse título. Se ele comprasse uma LFT por X dólares convertidos em reais, esperaria, por exemplo, que essa LFT lhe retornasse depois de um ano os mesmos X dólares mais 6 por cento desses X dólares.

    Schwartzman então atribui ao fato da LFT ser denominada em reais a aplicação de uma taxa adicional de juros à remuneração do título, que serviria para cobrir satisfatoriamente um risco de desvalorização do real frente ao dólar.

    Basicamente, se o investidor, pagando X dólares, quer comprar Y reais em LFTs, ele, na sua visão, para ter X dólares mais seis por cento de seis dólares, só compraria as LFT se fosse grande a probabilidade de seu rendimento em reais ao menos igualar o rendimento desejado em dólares.

    Ainda na visão de Schwartzman, essa possibilidade aumentaria na razão direta do diferencial entre a taxa de juros oferecida pelas LFT e a taxa de 6% considerada.

    Schwartzman acha que isso poderia justificar uma taxa de 12, 13% remunerando as LFT em reais e uma taxa de 6.5% remunerando os títulos do Tesouro em dólar. Mas essa é uma consideração relativa e de dificílima comprovação, eis que também há muitos fatores que poderiam apontar justamente para a direção contrária. Eu cito apenas alguns:

    Ora, o prêmio pedido pelo investidor, conforme o próprio Schwartzman defende, seria decorrente da expectativa de desvalorização do real frente ao dólar. Com isso ele está admitindo implicitamente que a taxa atual de câmbio está fortemente sobrevalorizada em decorrência da própria SELIC.

    A expectativa atual de desvalorização do real justamente com a redução de juros, entretanto, não implica que num contexto de redução da SELIC o Tesouro não conseguiria rolar a sua dívida.

    Insisto: Ainda que boa parte dos investidores procurasse efetivamente parametrizar o seu retorno em moeda conversível, a redução na Taxa SELIC não necessariamente prejudicaria a demanda pelos títulos denominados em reais. Poderia até incrementá-la.

    Primeiro porque o risco de desvalorização cambial num determinado patamar de taxa básica, num contexto de orçamento equilibrado, tende a ser diretamente proporcional à taxa atual: Se a taxa atual é reduzida, e o espaço para futuras reduções diminui, a taxa de câmbio atual não tem muito espaço para se depreciar – O contrário acontece quando a taxa básica é elevada.

    Exemplifico:

    Um determinado investidor constata que no Brasil a taxa básica de juros é de 4% ao ano. Nesse patamar de juros básicos, a taxa de câmbio é de X reais por dólar.

    Esse investidor verifica que a “yield” oferecida pelo Tesouro Nacional no lançamento a ser feito no dia seguinte é próxima desses 4%, que é uma taxa menor que os 5,25% oferecidos pelos “Treasuries”.

    O investidor constata que nesse patamar dificilmente a taxa básica de juros será novamente reduzida, e afasta o risco de depreciação da moeda local, ao menos em face dessa baixa probabilidade de redução dos juros.

    Adicionalmente, esse mesmo investidor constata que o orçamento do governo central brasileiro é equilibrado e que o País vem apresentando seguidos superávits comerciais, além de ter potencial para um fluxo muito mais intenso de investimentos voltados para o Mercado de Capitais, de Commdities e para Fundos Imobiliários.

    E também não deixa de observar a tendência de aumento do ingresso do capital destinado ao financiamento direto de pessoas físicas e jurídicas, que no contexto do elevadíssimo “spread” brasileiro, tenderia a literalmente “jorrar” no País com a redução do risco de inadimplência e aumento do número de potencias tomadores, decorrente da elevação do nível de emprego e aumento da atividade econômica.

    Com tudo isso, nosso investidor passa a acreditar numa forte tendência de valorização da moeda brasileira frente ao dólar e aceita comprar LFTs que ofereçam uma taxa nominal inferior aos 5.25% pagos pelo Tesouro dos Estados Unidos.

    Entretanto, a coisa não pára aí: Um fluxo positivo de capitais, decorrente de maior expectativa de crescimento da economia brasileira, e voltado para o Mercado de Capitais, para Fundos de Commodities e para Fundos Imobiliários, não só por si poderia forçar uma apreciação da moeda local e com essa expectativa facilitar a rolagem da dívida pública, como poderia significar mais demanda por títulos públicos indiretamente, simplesmente porque todo fundo de investimento, ainda que de renda variável, DEVE APLICAR PARTE DE SEUS RECURSOS EM TÍTULOS PÚBLICOS.

    2. Quanto ao objeto implícito do artigo de Schwartzman, que basicamente passa pelo mandato do BC para manter a taxa de inflação dentro das metas impostas pelo CMN, temos que o articulista não considera outras variáveis que necessariamente deviam ser ponderadas juntamente com o cumprimento da meta inflacionária: nível de emprego, aumento do capital fixo (investimento produtivo), propensão de investir, taxa mínima de retorno do investimento produtivo e controle orçamentário.

    Em detalhes:

    a) A variável nível de emprego fala por si;

    b) o aumento do capital fixo atua no aumento da capacidade produtiva do País;

    c) A propensão de investir se relaciona com a demanda esperada-> Se ela aumenta, o investimento e o aumento de capital fixo tendem também a aumentar. Juros altos e desemprego, portanto, não ajudam;

    d) A taxa mínimo de retorno é parametrizada pela própria taxa básica de juros -> Se a taxa básica é alta, tende a desencorajar investimentos produtivos. Na verdade, ela afeta a própria propensão de investir;

    e) Controle orçamentário -> Esse é um parâmetro que vem sendo seguidamente negligenciado quando o assunto é a fixação da taxa básica de juros. Ora, a taxa básica de juros influencia diretamente o custo de rolagem da dívida pública e portanto sua fixação deve considerar os respectivos efeitos no gasto públicos.

    Todas essas são variáveis devem necessariamente ser ponderadas com o risco de inflação decorrente da redução da taxa básica de juros.

    Infelizmente, o eminente Dr. Schwartzman não parece dar muita importância a esses outros fatores…

  20. A definição da taxa de juros
    A definição da taxa de juros tem impacto sobre toda a sociedade brasileira? Sim.
    Então, o correto é que toda a sociedade, deve participar desta tomada de decisão.
    No Copom, deve haver também, a participação de economistas indicados por organizações representativas dos interesses industriais, da agricultura e dos trabalhadores.
    Hoje há apenas economistas claramente vinculados aos interesses do mercado financeiro… Portas abertas para a irresponsabilidade, sob as barbas do presidente Lula.

    O Brasil não aguenta mais a maior taxa de juros do planeta!

  21. Só prá concluir!

    Meu amigo!
    Só prá concluir!

    Meu amigo! Quem não precisa não pega empréstimo e nem paga juros! Quem precisa sempre (e muito!) tem que pagar mais! É simples assim! Não precisa enfeitar! A taxa SELIC representa os juros que o “gobierno” tem que pagar para rolar a imensa (e crescente) dívida!
    Portanto, “nostro gobierninho” só pode baixar juros se compensar na conta IMPOSTOS! Elementar meus caros Watson´s!

    ACORDA BRASIL!

  22. Está na Folha de hoje,
    Está na Folha de hoje, 29/12/2006; o senador Eduardo Suplicy disse que “Delfim Netto tem uma visão crítica de tudo aquilo que se passou ao longo dos anos da ditadura militar”.
    Será que teremos Delfim no governo Lula? Assusta-me, pois o projeto que o Delfim apresentou há alguns meses ao governo Lula consistia em cortar todos os gastos sociais, até aqueles com destinação fixa pela Constituição, para poder gerar superávits (sei o nome não, aquele superávit que serve para pagar os juros da dívida, além dos custos operacionais).
    Segundo Delfim, somente quando o Brasil demonstrar que é capaz de pagar a dívida (diminuí-la) é que os juros poderão cair. Afinal, disse Delfim na época, o Brasil não conseguiu mesmo progredir desde que destinou obrigatorimente parcelas fixas do orçamento para setores como saúde e educação.
    Então, Nassif, a responsabilidade social do Lula é mesmo uma mentira.
    A ironia maior é que a maquiagem que o Delfim fez nos índices de inflação oficiais lá por 1972 foi o motivo das reinvidicações de reajuste da primeira greve dos metalúrgicos de São Bernardo liderados por Lula.
    Os extremos se encontraram ….

  23. Pois é, Nassif…
    Parece que
    Pois é, Nassif…
    Parece que quem sabe tudo é o Douglas.
    Outra, neste mundo de Deus, o pecado mortal é ser ou ter sido PT. Outros partidos quais quer nem pecado venial é.
    E mais, sair do PT e sair falando mal dele, além de ser perdoado os pecados ganha elogios dos midiaticos letrados.

  24. Nossa dívida interna na
    Nossa dívida interna na apavorante cifra dos trilhões! Quanto paga realmente de juros? Quem são os beneficiários? Pode ser dito com todas as letras?

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