Ativismo: A Desocupação dos Sem Ocupação

 

Justiça volta atrás e proíbe acampamentos do Occupy em praça de NY
Juiz da Suprema Corte atende a recurso da Prefeitura e veta barracas na praça Zuccotti

 

 

Um juiz de Nova York decidiu nesta terça-feira (15/11) proibir os integrantes do movimento Occupy Wall Street de voltarem a acampar na praça Zuccotti, de onde foram removidos na madrugada passada pela Polícia por ordem do prefeito da cidade, Michael Bloomberg. A sentença do juiz Michael Stallman, da Corte Suprema estadual de Nova York, apoia a ordem de despejo da praça, onde os membros do movimento Ocuppy estavam instalados desde o dia 17 de setembro para protestar contra os excessos do sistema financeiro.

A ordem do juiz não os impede de voltar à Zuccotti, rebatizada de “Praça da Liberdade”, mas os manifestantes não poderão voltar a instalar barracas, tal como a empresa proprietária do espaço, Brookfield Properties, havia solicitado às autoridades.

Em sua decisão, Stallman ressalta que os manifestantes não conseguiram demonstrar que o direito à liberdade de expressão justifica que eles continuem acampados na praça Zuccotti com barracas e outros equipamentos.

Os advogados do movimento pretendem recorrer da decisão, disse à agência Efe um dos porta-vozes do Ocuppy, Mark Bray. A sentença foi um balde de água fria para os membros do movimento, que convocaram uma nova assembleia geral para esta noite para decidir os próximos passos.

Após serem removidos à força nesta madrugada, os manifestantes haviam conseguido uma ordem temporária – emitida pela juíza Lucy Billings – que lhes permitia retornar ao local com seus pertences, decisão que foi recorrida pela Prefeitura de Nova York e que motivou o bloqueio da praça pela Polícia.

Em seu recurso, o secretário da área de Operações da Prefeitura de Nova York, Cas Holloway, mencionou a possibilidade de os manifestantes terem “um número significativo de objetos que poderiam ser utilizados potencialmente como armas”, entre eles facas, paus e seringas.

Holloway destacou ter constatado com os próprios olhos que os manifestantes acumulavam “combustíveis, fogo e outros materiais perigosos”. Segundo ele, os manifestantes planejavam construir uma estrutura de madeira para proteger as barracas, “o que teria aumentado significativamente o risco de incêndio”.

Cerca de 200 pessoas foram detidas desde o início do despejo da Zuccotti, realizado por ordem expressa do prefeito Bloomberg, que, em entrevista à imprensa, afirmou nesta terça-feira que “criou-se (na praça) uma situação insuportável”.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador