Frei Betto cobra Igreja no Brasil após Papa Francisco ligar para família de Marielle

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Frei Betto publicou artigo no jornal O Globo cobrando um posicionamento da Igreja Católica no Brasil após a notícia de que o Papa Francisco fez uma ligação para a família de Marielle Franco, executada no Rio de Janeiro na semana passada.
 
Segundo o artigo, nenhuma autoridade da Igreja Brasileira acionou o Vaticano sobre o assassinato da defensora dos direitos humanos, que teve repercussão internacional. O Papa tomou conhecimento do episódio porque a filha de Marielle escreveu uma carta e fez o documento chegar a ele através de um professor argentino, amigo de Francisco.
 
Pior: mesmo em solo nacional, a CNBB mantém um silêncio questionável sobre o assunto, algo que não se viu nem na Ditadura, disse Frei Betto.
 
“A atitude de Francisco se contrapõe ao silêncio da direção da CNBB e a ausência de autoridades católicas em manifestações e cultos em homenagem à vereadora. A única nota de protesto ao assassinato e à violência veio do Regional Leste 1 da CNBB e, assim mesmo, assinada pela ‘assessoria de imprensa'”, escreveu.
 
Segundo Frei Betto, a Igreja tem recuado diante da manifestção de alguns católicos” que, nas redes digitais, mostraram “indignação pela nota do Regional, enfatizando que Marielle defendia o direito ao aborto, à união homoafetiva e era mãe solteira.”
 
“A tímida reação de autoridades católicas do Brasil frente ao brutal assassinato de Marielle e Anderson contrasta com a história da CNBB durante a ditadura militar, quando reagiu publicamente em defesa dos direitos de comunistas e ateus perseguidos, exilados, presos ou assassinados.”
 
Frei Betto ainda lembrou no artigo que “Jesus jamais discriminou pessoas que divergiam dele ou viviam em contraposição aos valores que ele propagava. (…) E ensinou que toda pessoa, não importa o que faz ou como pensa, é templo vivo do Espírito de Deus.”
 
Leia a íntegra aqui.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Nasif;
    Grande Papa Francisco,

    Nasif;

    Grande Papa Francisco, se esforça ao extremo para converter a Igreja Católica a seguir Jesus Cristo.

    sds

     

    Genaro

  2. NassifA cnbb esta mais

    Nassif

    A cnbb esta mais preocupada em esconder seus escandalos do que sair em defesa da sociedade!

    Porque se expor a desafiar interesses difusos?

    Abração

  3. Hoje mesmo li uma entrevista

    Hoje mesmo li uma entrevista com o Padre Lancellotti, que vem sofrendo ainda maiores perseguições que as anteriores por parte das autoridades e da elite paulista que insiste em querer afastar os que vivem nas ruas como se apenas representassem uma coisa feia. Vimos o suficiente pra sentir como funciona a política paulistana contra os escluídos, que ora recebem jatos de água enquanto dormem, drogados postos em um local cercado de telas de proteção(?), ou arracados à força de onde estavam para darem lugar a um empreendimento supimpa, espalhando-os pela cidade, etc.

    Esse padre, tão perseguido por apoiar os pobres e miseráveis das ruas, tal como Marielle, pode vir a sofrer um atentado a qualquer momento. Mas ele tá sabendo disso, bem como está em favor dos ideais de Marielle. 

    A Igreja Católica não é mais a mesma. E se já não ficou pior  é porque lá no Vaticano tem um homem como Francisco, um Papa que não foi lá pra brincar d ser papa. Suas história pregressa é semelhante a de São Francisco, ou pelos menos vericamos que sua proposta primeira é de ouvir e ver os que mais carecem de generosidade e amor. 

    Realmente, nem na ditadura a nossa Igreja foi tão submissa, omissa e covarde mesmo em relação ao que está acontecendo com a sociedade, e como diria Pepe Escobar, uma guerra híbrida, porque hoje não se diz mais que só generais comandam esse inferno. São forças muitas unidas em prol da desgraça do semelhante que não pertença um partido X, ou a uma classe pensante, crítica. Isso que vemos é um caldo grosso de mistura de políticos, imprensa, judiciário, MP, e todos que estão no topo financeiramente, como os latifundiários, empresários, organizações como MBL, e muito mais.

    E sou contra, totalmente, àquela Canção Nova. Ela não representa os princípios da Igreja Católica tradicional. É, no fundo, uma cópia da Universal, também manipuladora, que só pensa em dnheiro e fazer dos fiéis uns imbecilizados. 

     

     

  4. Triste para um cristão observar que o Papa mais cristianista dos

    tempos modernos, não parece ser aceito, respeitado e seguido pelos seus conclaves. Por ser muito pró povo, para muitos ele é anti-clero.

  5. Lados e lodos
    Respeito Frei Betto mas não entendo em quê ele escrever para o jornal da Globélica representa a coerência que ele cobra da CNBB. Por acaso colaborar com uma empresa, ao lhe emprestar prestígio, que representa o lobo em pele de cordeiro de quem Jesus aconselhava manter-se afastado e alerta significa pluralidade, tolerância com o adversário, civilidade, que ele parece pregar em trecho de seu artigo reproduzido? – não li a íntegra. Que tal começar a citar Hitler como pensador sem considerar o resultado de suas ideias monstruosas?

    Jornalistas de profissão até dá pra entender porque se trata de dependência econômica e mercado de trabalho monopolizado e precário, mas alguém como Frei Betto o faz por que e por qual necessidade?
    Ainda não esqueci sua fala na capa da Farsa de São Paulo pedindo que a presidenta eleita Dilma Rousseff renunciasse, em plena campanha pelo golpe com verniz de legitimidade. Rigor com os “de casa” e permissividade com os “de fora” da arena ideológica enquanto se hospeda em terra de exílio presumido – a Globélica de assumidos vínculos com a ditadura militar de 1964-1985 e indisfarçáveis com o golpe em curso?

    Serviria de exemplo para a CNBB se ele escolhesse veículo de mídia menos fascista e anticristico para espalhar suas ideias, ou vai pregar o evangelho na mesa dos algozes contumazes da palavra de Jesus, de costas para aqueles que ele escolheu? Qual a diferença entre os desconhecidos raivosos fundamentalistas da internet que atacam as diferenças e os escribas infamosos raivosos e vendilhões do país e da democracia que instrumentalizam os primeiros em seu próprio benefício?

    P.S. Escrever para o jornal como colunista, portanto parceiro constante, enquanto ele ajuda a arrebentar o país não se explica pelo argumento da relação dialética e democrática da divergência política. Concordei com Haddad quando defendeu conversar com representantes da empresa, o que não significa, em princípio, parceria nem anuência com sua conduta. Mas se ele passar a colaborar frequentemente com o conteúdo produzido por seus veículos sem afirmar inequivocamente sua divergência, onde há coerência em ser civilizado e agir de modo promíscuo?

    Sampa/SP, 22/03/2018 – 12:01 (alterado às 12:14).

  6. A Igreja já fez o que deveria ser feito

    Sim, muitas vezes a Igreja se omite. No entanto, nesse caso da Marielle, a igreja já fez o que deveria ser feito, o papa ligou. 

    O Vaticano e a Igreja tem outros assuntos para tratar também, outras pessoas não conhecidas também são importantes, e que não saem na mídia. Sem mencionar que isso envolve questões políticas, sendo que dentro da igreja há fiéis com diversos de pensamentos, que há de ser respeitado. 

    Finalizando, que Deus tenha a Marielle! Que seja feito justiça conforme a vontade de Deus… A benção não precisa só vir de autoridades, pode vir também de uma simples cristã como eu. 

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