Intervenção: 71% da população não sentiu diferença, mas será eficaz para eleições

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Instituto Datafolha traz a chave para Temer: intervenção pode até não funcionar, mas ainda é bandeira com resultados para a possível tentativa de reeleição
 
Foto: RFI
 
Jornal GGN – Apesar de a maioria (76%) dos cariocas ouvidos pelo Instituto Datafolha serem a favor da intervenção federal de Michel Temer na Segurança Pública do Rio de Janeiro, também é maioria (71%) os que acreditam que a medida, com o aumento de tropas militares nas ruas da cidade, não fizeram nenhuma diferença no combate à violência.
 
Os números contraditórios revelam que, apesar de a população manter o pensamento conservador de que as forças armadas e policiamento nas ruas aumentam a sensação de segurança, também sabem e têm conhecimento da não ou pouca efetividade da medida. 
 
Dessa forma, o levantamento mostra outro viéis, além da questão da segurança em si: a intervenção pode até não funcionar, mas ainda é bandeira com resultados para a possível tentativa de reeleição de Temer, em campanha eleitoral deste ano.
 
A fé no decreto de intervenção federal na Segurança do Rio, contudo, não é de toda cega: metade da população carioca reserva esperança, 52% acham que até o fim da intervenção, a segurança irá melhorar.
 
CONTRA A MARÉ
 
Já do outro lado, são 36% os que acham que a violência ficará igual como era antes, passados todos os prazos estabelecidos pelo mandatário para o policiamento no local. Por isso, são 20% os ouvidos pelo Instituto Datafolha que são contrários à medida de Temer, número também representativo.
 
Determinada no dia 16 de fevereiro pelo presidente, o controle da Segurança no Rio passou ficar nas mãos do general Walter Braga Netto, o interventor. Neste cenário, há ainda 6% dos que acham que a situação não só não se modificou, como ainda piorou após a ação do Exército desde o mês passado. 
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

3 Comentários

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  1. Será que Temer vai se

    Será que Temer vai se candidatar só para ficar difícil colar “Michel Temer” na testa do Alckmin? Dessa forma, com essa esquerda esfacelada, Alckmin vai para o 2o. turno com o Bozo e vence.

  2. Ò Datafolha deveria fazer uma

    Ò Datafolha deveria fazer uma pesquisa setorizada. Uma só nas comunidades, tipo Rocinha e Vila Kennedy.

    Nessa questão vale a máxima da cidade partida. Não existe “a população carioca acha…”, existe “a população de tal lugar no Rio acha…”

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